Boy Problem escrita por Vanserra


Capítulo 2
O2


Notas iniciais do capítulo

Quanto tempo né??
Boom, espero que gostem..



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Me despedi do pessoal e fui para o colégio, coloquei meus fones de ouvido e saí. Quando cheguei notei que as “panelinhas” estavam mais atiçadas hoje, cada uma estava em um canto e sussurrando coisas sem valor, estava indo em direção a minha sala quando alguém esbarra em mim.

–Olha por onde anda né?

–Desculpe, mas pelo que notei você também não estava um poço de atenção!

–Hey! -Olhei para cima e vi o garoto de cabelos pálidos, os que eu achei lindo porem um pouco metido. –Quem esbarrou em mim foi você então a culpa não é minha.

–Tanto faz, desculpe.

–Como assim tanto faz?

–Eu já pedi desculpas, o que quer garota? Flores?

–Mais educação da sua parte, mas ok.

Saí dali bufando e tendo a completa certeza que aquele garoto era um completo babaca! Entrei na minha sala e me sentei na minha mesa habitual, alguns minutos depois o Logan apareceu se sentando ao meu lado e me falando tudo que eu havia perdido enquanto eu estive “fora”, que na realidade seria eu tendo uma crise séria de bronquite. Estávamos conversando quando o garoto e a garota entraram, ele se sentou no fundo da sala com cara de poucos amigos e ela a minha direita, seu olhar percorreu a sala e olhou para o livro que estava em sua mão. Comecei a me revirar tentando ver que livro era quando ela me olhou meio espantada e sorriu amarelo mostrando o livro em sua mão:A Maldição do Titã.

–Semideusa também? Perguntei curiosa.

–Sim. -Ela disse com um sorriso.

–Filha de quem?

–De Iris. -Ela falou sorrindo envergonhada.

–Que raridade, eu sou habitante do chalé 13. Sou filha de Hades e esse aqui é de Hermes. -Falei rindo e apontando pro Logan que estava nos olhando.

–Porque Hermes é Hermes né. -Ele falou rindo.

Quando fui perguntar seu nome o professor Zachariah chegou e eu desejei boa sorte para ela, pois só nós que já estudamos a anos aqui sabemos como funciona as apresentações dele.

–Onde estão os alunos novos?

–Aqui. -Os dois se levantaram.

–Se apresentem, digam seu nome, sua idade, o que querem fazer e se fosse pra matar alguém quem vocês matariam ou se matariam por dinheiro. Ah, se fossem outra pessoa quem seria.

–Bom, sou Jonathan Christopher Morgentern Fairchild mas as pessoas me chamam de Sebastian, tenho dezessete anos, quero fazer publicidade, seria capaz de matar por dinheiro e se pudesse matar alguém eu mataria meu ex-melhor amigo. Eu queria ser o Tony Stark, porque ele é rico, tem uma mulher gata e ainda tem uma armadura foda.

Todos aplaudimos e alguns riram da sua apresentação, quando chegou a vez da Clary ela estava enrubescida.

–Oi, sou Clarissa Adele Morgenstern Fairchild mas todos me chama de Clary, tenho dezesseis anos e quero fazer artes plásticas. Não mataria por dinheiro pois não sei se vou viver com a culpa por ter tirado uma vida. Se pudesse ser outra pessoa seria Annabeth Chase pois ela é esperta e sabe se defender.

Todos aplaudiram também mas não com o mesmo entusiasmo do que quando aplaudiram o irmão dela.

–Então Clary, sou Anna Carolina Harlow Titanium e esse é Logan Andre Harlow Titanium meu irmão.

*Três aulas depois*

–Aquela ruivinha é gostosa né? -Ele falou para mim.

–Eu não sei, eu não reparo em mulheres e nem digo se elas são ou não gostosas.

–Mas no irmão dela você reparou não é?

–Não vem ao caso comentar isso agora!

Ele riu e apontou para a mesa onde a Aline e a Helen estavam sentadas em um animado bate papo. Aline e Helen eram namoradas e minhas melhores amigos, eu não tinha nenhum preconceito com o fato delas serem lésbicas e isso nunca me afetou então eu não falava nada só curtia a companhia delas.

–Hoje tem festa né Ann?

–Pior que tem. -Falei, repousando minha cabeça na mesa que me pareceu ótima para poder tirar um cochilo.

–Vamos amiga levanta esse astral, olha aquele garoto que você achou um gato. -Ela estava apontando para um garoto que logo reconheci sendo o Sebastian.

–Ele é um bosta, muito grosseiro e ridículo. Eu não gosto dele.

–Acreditamos. -Eles riram e eu revirei os olhos achando cada vez mais que aquela mesa estava ótima para um cochilo.

Consegui cochilar um pouquinho mas o sinal de que havia acabado o intervalo tocou me fazendo acordar assustada, todos riram de mim e eu revirei os olhos novamente. Quando estava saindo um pé foi posto na minha frente com a intenção de que eu caísse, quando olhei para o pé notei que ele estava com as unhas em um tom vermelho vivo e em um salto alto que caso a pessoa caísse quebrava o pescoço. Passei pelo pé e pisei nele, ouvindo em seguida um gritinho de dor saindo da garganta de Camille Bellcourt.

–Algum problema Camille?

–Você esmagou meu pé sua vagabundinha!

–Eita, não me xinga não e foi você que colocou o pé na minha frente, eu apenas andei. -Fiz a melhor cara calma que eu podia, enquanto isso o Logan me segurava pelo braço com um certo medo de que eu pulasse em cima dela.

–Vadiazinha.

–Tá se olhando no espelho Camille? Finalmente notou o que você é?

–IOOOOOOOOOOOOOW-O pessoal ao nosso redor fez, o que me fez rir naquele momento, ela começou a ficar vermelha.

–Pelo menos minha mãe não morreu de desgosto ao ver a filha que tinha.

–Sua vadia! NÃO FALA DA MINHA MÃE!

Me desvencilhei da mão do Logan e fui para cima daquela garota, puxava seu cabelo com força e dava tapas na sua cara. De repente senti alguém me puxar pela cintura, comecei a me debater mas o aperto era muito forte.

–LOGAN É DA NOSSA MÃE QUE ESSA PROSTITUTA TA FALANDO!

–Eu sei, mas calma. -Ele falou na minha frente.

Mas espera um pouco:Se o Logan esta aqui na minha frente, quem está me segurando?

–Mas você sabe que é verdade! Sua mãe teve nojo ao ver quem você se tornou. A garotinha da mamãe se tornou garçonete e DJ. Não pode satisfazer a mamãe e ela morreu. Você deu tanto desgosto pra sua mãe que causou a morte dela.

–Ela teria orgulho de mim, porque eu não estou dormindo com todo o time de futebol ou gastando o dinheiro do meu pai. Eu trabalho, coisa que você e suas amiguinhas nunca saberão o que é, porque vocês só são umas patricinhas, putas que deram pra metade do colégio.

–Eu trabalho também ok?

–Que você é prostituta geral aqui já sabe querida!Não adianta Camille, você ainda é repugnante, nojenta e digna do meu ódio.

–Pelo menos eu posso beijar minha mãe de noite e você?

Eu fui pular novamente em cima dela mas o Logan gritou que era pro Sebastian me tirar dali e que da Camille ele cuidava. Apesar dos meus protestos ele me levou para a quadra onde cuidou de alguns ferimentos meus. Depois ficamos em silencio olhando para o nada.

–Boa surra que você deu nela. –Ele falou ainda olhando pro nada.

–O que? -Eu falei surpresa.

–Você deu uma boa surra nela, se fosse comigo a pessoa já estava desmaiada mas você tem um pouco de alto controle.

–Obrigado, eu acho.

–De nada, desculpe por hoje cedo. Eu não sei lidar muito bem com pessoas brigando comigo e dizendo que estou errado ou algo assim.

–Você me pareceu um pouco mimado agora.

–Verdade. -Ele falou rindo. -Mas enfim, me desculpe.

–Não vou mentir, eu fiquei com uma vontade absurda de te dar um tapa na cara aquela hora.

–Eu faria o mesmo se alguém fizesse isso comigo.

–Pois é, mas eu entendi o seu estresse. Colégio novo, “panelinhas” e pessoas tirando conclusões precipitadas são irritantes mesmo.

–Muito. -Ficamos em silencio, um silencio que começou a pesar.

–Ela morreu. -Falei olhando para o nada.

–Quem? -Ele falou me encarando curioso.

–Minha mãe, ela morreu quando eu tinha 13 anos. Desde então eu me crio, sem a ajuda do meu pai porque ele trabalha demais.

–Meus pêsames. . . -Ele falou olhando para onde eu olhava. –Agora pude entender o que a Camille falava.

–O que? Que minha mãe morreu de desgosto?

–Não! Apenas da morte dela. Mas porque desgosto?

–Na noite da morte da minha mãe eu tinha começado a trabalhar como menor aprendiz na lanchonete que você me viu hoje, nesse mesmo dia eu fui contar para ela. Ela me olhou chorando dizendo que tinha orgulho por eu estar conquistando meu espaço e sendo independente, então nós iríamos fazer um jantar comemorando isso, eu e o Log estávamos arrumando a mesa e meu pai estava no escritório ligando para a secretaria cancelando todas as coisas do outro dia, mas minha mãe havia saído para buscar comida. –Eu não pude notar enquanto falava, mas quando fiz a pausa notei as lagrimas escorrendo dos meus olhos e o Sebastian me olhando não com pena mas com uma certa compreensão. –Eu ouvi uma freada na frente de casa e num instinto corri para a porta, quando cheguei lá eu vi a pior cena da minha vida. Ela estava estirada no chão e uma poça de sangue estava ao seu redor, a Camille era minha vizinha e ouviu eu contando para a minha mãe que eu trabalhava como garçonete e começou a criar boatos dizendo que minha mãe saiu de casa não suportando a filha que tinha.

–Mas a Camille é uma vaca também! –Ele falou com uma certa revolta. –Até hoje isso te machuca não é?

–Nunca é fácil superar a perda, principalmente se for da mãe. -Falei cabisbaixa.

–Verdade. –Ele, de uma maneira desajeitada me abraçou de lado tentando dar um pouco de conforto. –Estamos perdendo aula de química, melhor irmos.

–Capaz! Ter que aguentar o Senhor Trevor com aquele bafo e com aquela baba branca no canto da boca é horrível!

Ele riu e me largou, levantamos e fomos em direção a sala de aula onde o professor nos barrou dizendo que tínhamos muita cara de pau mesmo, que já havia passado dez minutos desde o intervalo e mesmo assim queríamos entrar. Fomos para a secretaria onde eu tive uma pequena conversa com a Renata que era a moça da secretaria, que nos entregou duas autorizações para entrar. Bati na porta da sala novamente e entreguei a folhinha pra ele que me olhou furioso e me deu espaço para entrar.

–Na próxima não vou permitir a entrada. –Ele falou bufando, espalhando seu bafo entre nós.

–Se eu entregar o papel o senhor é obrigado a me deixar entrar. –Respondi calmamente.

–Não sou não. –Ele falou me encarando.

–É sim, nesse papel esta escrito autorização para entrada, quer dizer que eu estou autorizada a entrar. –Falei irônica.

–Fique em silencio senhorita Titanium, do mesmo jeito que a senhora entrou poderá sair!

–Ok, viram como eu tinha razão? –Falei me virando para a classe e para ele, vendo a baba branca aumentar mais.

–Se acha espertinha não é? Então nos diga: O que influencia no tempo de reação de uma substancia?

–A superfície de contato, o catalisador, a temperatura e a concentração. –Respondi olhando para ele. –Acertei?

– Acertou. -Ele falou frustrado –Mas na próxima fique em silencio ok?

–Tabom.

Ele se virou dando continuidade para a aula e eu abaixei a cabeça, continuando a cochilar. Quando deu o sinal para irmos embora eu levantei em um salto, porém o professor avisou que a Diretora Kirova (N/A:Só usei o nome ok? Os personagens de VA não vão aparecer aqui. Mas enfim, direitos autorais do pessoal de VA. ) queria me ver. Peguei minhas coisas e fui em direção a sala que eu conhecia completamente.

–Olá Sammy. –Cumprimentei a secretaria que estava na porta me aguardando.

–Ola Anninha, o que aprontou hoje?

–Não sei, discuti com a Camille, com o professor Trevor, cheguei atrasada e dormi na aula. Não fiz nada.

–Não muda mesmo né? Entre que a diretora esta pronta pra ter ver.

–Ok. –Entrei e me deparei com a diretora conversando com o meu pai. –Há que devo a honra da ilustre presença?

–Você esta aqui. . .

–Estava falando do meu pai. -Cortei ela rapidamente, o que a deixou com uma certa raiva. Me sentei no sofá que havia na parede ao lado. –Mas prossiga.

–Bom, eu chamei seu pai aqui porque soube que você andou tendo uma discussão com uma aluna no meio do corredor, com direito a tapas na cara. Devido a essa atitude tive que chamar seu pai para avisa-lo que na próxima você será suspensa e se ocorrer depois da suspensão você será expulsa.

–Hum, -Falei olhando para eles. –mas a sua aluna lhe contou o porque da agressão ter ocorrido?

–Ela disse que estava encostada na parede e você pisou no pé dela, quando ela foi reclamar você soltou uma série de palavrões e ela foi por um fim. Você não gostou e foi para cima dela, graças a ajuda do seu irmão e de um aluno novo você saiu de cima dela.

–Sério? –Comecei a gargalhar, recebendo um olhar reprovador do meu pai e um olhar irritado dela. –Camille falou dela, ela voltou a falar dos boatos. Disse que ela morreu de desgosto por ter uma filha igual a mim e que ela pelo menos podia beijar a mãe de noite, ela me chamou de vadiazinha. Vocês queriam o que? Que eu agradecesse e fosse embora?

–Não há relatos sobre isso.

–Porque ela não quer que ninguém saiba, qual é Kirova você teve a minha idade e sabe como nós somos capazes de jogar a culpa nos outros para nos livrar dela.

–Não me chame de Kirova e sim eu sei como vocês fazem.

–Então diretora, creio que tudo isso não passou de uma confusão criada pela aluna Bellcourt. O que você irá fazer?

–Eu creio que é sim uma confusão criada por Camille, seus pais irão ser chamados aqui. Mesmo assim a senhorita Anna esta avisada, os avisos continuam. Mas alem disso, a senhorita também discutiu com o professor de química não?

–Sim, mas ele quis me rebaixar perante a classe e eu não deixei. O que o deixou um pouco alterado.

–Hum, -Ela falou pensativa. Eu revirei os olhos e meu pai me olhou novamente com um olhar reprovador por causa do meu ato. –podem ir. Qualquer coisa o senhor será comunicado senhor Harlow,

–Ok, -Ele se levantou cumprimentando ela e indo para a porta. –Vamos Anna.

–Até outra hora Kirova.

–Até Senhorita Titanium.

Saí e passei pela Samantha me despedindo e dizendo para ela dar um beijo em sua filha a meu pedido. O caminho todo para casa foi sufocante, ele não dizia uma palavra e eu não fazia questão alguma de conversar. Quando chegamos ele se sentou no sofá com uma expressão derrotada.

–Eu não tenho tempo para as suas discussõezinhas no colégio Anna! Eu tenho assuntos a resolver.

–Mas era da mamãe que aquela garota estava falando!Papai eu não vou deixar barato!

–Quanto mais atenção você dar mais ela vai te infernizar, mas agora me diga: Eu precisava ir lá hoje? Eu precisava largar o meu serviço para ir no seu colégio só pra ouvir sobre você?

–Isso é uma coisa que um pai faria. -Falei cuspindo as palavras.

Falei e o deixei falando sozinho, hoje eu tinha que trabalhar na Pandemônio então arrumei minhas coisas e fui tomar um banho. Ouvi a porta do escritório sendo fechada, o que significava que ele iria trabalhar hoje também.

–É senhorita Titanium, a noite vai ser longa. –Falei para mim mesma entrando no banho.


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Notas finais do capítulo

Falem: Deu um certo ódio do pai dela agora né??
Mas fazer oq...
Até a próxima....
Kisses
~Hathaway



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