The Impossible Daughter escrita por Vity Wood Valdez


Capítulo 3
Não há lugar como um lar ... será?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, minha net tava com problemas.



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Estavam a caminho do acampamento enquanto Steve explicava a Kaya sobre esse novo mundo no qual ela era introduzida. Já estavam no estado de Nova York quando várias memórias voltaram; tinha 4 anos quando viu uma porca grande de asas falante no jardim de casa em Nova Orleans, o pai a mandou entrar e depois disse que a porca havia ido embora. Em outro ocasião onde tinha 8 anos e estavam em Orlando com Emily Mulligan, irmã de Steve:

– Tia Em, porque elas são diferentes? - Kaya disse apontando em direção a duas adolescentes. Uma delas era ruiva de olhos verdes frios. A outra era morena de olhos castanhos e usava saia curta como a ruiva. Ambas tinham abaixa da saia, a perna esquerda marrom e peluda com casco de burro, e a direita tinha formato de perna humana, mas era feita de bronze. Eram empousai, servas de Hécate.

– Eu te conto depois, mas porque você não vai pegar se pavãozinho no carro? Acho que ele também quer brincar nos brinquedos. - disse ela indicando a Steve que a levasse dali. Depois de ter pegado o pavão de pelúcia, sua tia estava limpando o pó da roupa. Lembrando disso, Kaya percebeu que Emily também via através da Névoa.

– Agora me lembro de algumas coisas, mas por que eu só me lembrei agora que já sei de tudo?

– Isso é coisa da sua mãe. Ela achou melhor essas memórias ficarem escondidas para que você tivesse uma vida normal - ele disse com o olhar perdido no horizonte.

– Uma vida normal? Pai eu nunca tive uma vida normal. Cresci sem mãe, nunca me dei bem com ninguém em nenhuma das escolas que frequentei, não tenho amigos e nunca ficamos na mesma casa por mais de 2 meses. Isso é ter uma vida normal? - Kaya estava gritando - Você só pode estar brincando!

– Tá, não foi uma vida normal mas foi preciso, você não podia ter contato nenhum com esse mundo. Se descobrissem sobre você antes da hora, seria um caos completo.

– Por quê? Por que não podiam descobrir sobre mim? Por que seria um caos? - ela perguntou olhando pra ele.

– Você vai saber tudo o que precisar na hora certa. Logo terá suas respostas.

– Sempre diz essa mesma besteira. Por que não me responde diretamente?- Kaya percebeu que ele segurava com força o volante. - Porque não cabe a mim responder - ele elevou um pouco o tom da voz, o que a assustou - e sim a sua mãe.

Ela ficou alguns segundos em silêncio, seu pai sempre foi calmo, mas ela estava passando dos limites. Fez muitas perguntas e não conseguindo as respostas que queria, ficou exaltada e essa exaltação o afetou.

– Eu sinto muito se não teve a vida que você queria, mas eu me esforcei para fosse o mais normal possível, e você sabe disso - ela sabia.

– Me desculpe, é que eu... só estou um pouco frustrada. Quanto tempo ficarei no acampamento?

– Não sei. Já estamos chegando. - faltavam alguns minutos para o sol se por quando viraram à esquerda em uma rua menor - É logo ali, a Colina Meio-Sangue.

Ele apontou para uma colina a cerca de 200 metros. Kaya não conseguia imaginar como haveria um acampamento ali, pois não viu nada. Steve parou o carro na base da colina e disse.

– De agora em diante você enfrentará muitas coisa: monstros, deuses, forças maiores e menores, então tome cuidado - ele a abraçou - Terá que ir sozinha agora, há um campo de força na colina que impede mortais de entrar e que mantém o acampamento escondido.

– Por isso não o vejo. Mas você ficará bem? - ela estava preocupada que os monstros continuassem atrás de seu pai, mesmo ele sabendo se defender.

– Sim, as criaturas só nos seguiam pelo seu cheiro. Longe de você sou apenas mais um mortal.

Ela o abraçou mais uma vez, pegou sua mochila que sempre ficava no carro - apenas coisas básicas como: roupas extras e retratos dela com o pai - e saiu. Deu um ultimo tchau quando viu Steve manobrar o carro e voltar pela rua que entraram. Provavelmente ele ficaria em Nova York por uns 2 dias e depois voltaria pra Flórida para junto de Tia Emily.

Suspirou e olhou para a colina e disse a si mesma: "Coragem Kaya, está na hora de ser forte". Ela não sabia o que esperar, mas uma coisa tinha certeza: teria uma grande aventura pela frente e seria cheia de desafios. E a ultima parte ela não soube dizer se gostou ou não.

E rumou para o Acampamento Meio-Sangue.

Subindo a colina, Kaya deparou-se com um grande pinheiro, que da estrada não havia visto. E dormindo na base da árvore havia algo enorme e roxo, e no galho mais baixo algo que parecia pele de carneiro.

– Céus, aquilo é um dragão? - ele perguntou em voz alta, mas não esperava resposta.

– É sim, e aquele é o Velocino de Ouro. - uma voz fina e estridente lhe respondeu

Olhou em volta procurando a origem da voz, mas não viu nada. Ouviu um bater de asas e olhou para cima. Então viu a criatura: tinha olhos ardentes como brasas, grandes asas de couro, garras de morcego e uma boca repleta de presas amareladas e era toda enrugada - e estava prestes a fazê-la em pedaços.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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