The Impossible Daughter escrita por Vity Wood Valdez


Capítulo 2
Coisas estranhas acontecem.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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– Ora ora garota! Foi difícil encontrar vocês. Estou os seguindo desde o Texas, seu cheiro me atrai tanto que não consegui evitar - ele inspira com tamanho prazer que Kaya faria uma piadinha de sabia que era cheirosa, mas o terror de ver aquela coisa a impediu.

– Você não tem nada a fazer aqui ogro - o pai dela pareceu confiante mas ela percebeu que a mão com a qual ele a segurava estava suada, o que significava que estava com medo.

– É claro que sim, primeiro: eu não sou um ogro, sou um lestrigão e segundo: eu tenho uma refeição a fazer ué. Sabia que o gosto de um humano que vê através da Névoa é melhor que um que não vê? Meu amigo Zé-Mané me disse.

– Desculpe, mas como o senhor se chama? - Kaya queria ganhar tempo para se acalmar.

– Mão-Pesada. Porquê?

– Então senhor Mão-Pesada, vá fazer sua refeição em outro lugar - ela disse com a voz trêmula, precisava se acalmar pelo seu próprio bem e o de seu pai.

Inspira, expira, inspira, expira; precisou repetir umas 5 vezes para ficar calma, enquanto o monstro falava de quais temperos gostava de usar. Desejou que seu pai também se acalmasse e percebeu, aos poucos, que ele parou de tremer e suar. " Será que fui eu?" talvez , balançou a cabeça livrando-se do pensamento.

– O senhor vai nos deixar ir embora ou não?

– Obrigado mas eu estou com fome. Meu senhor mandou não deixar você chegar em Long Island - Ela já ia perguntar o que tinha em Long Island quando o lestrigão atacou e deu de cara na porta, pois eles pularam cada um pra um lado. Steve gritou para se esconder e o atacou pela esquerda, cravando a lança com força em seu braço e logo depois a retirando, o gigante urrou de dor e o golpeou na barriga, ele foi lançado violentamente em direção a parede e chocou-se, bateu a cabeça e caiu inconsciente no chão.

O monstro virou e sorriu pra ela, e nesse momento Kaya sentiu o mesmo ódio mortal que sentia quando via colegas de escola sendo agredidos; ela só se lembrava depois quando todos a olhavam espantados e via suas mãos fechadas em punho, roxas ou com sangue de outra pessoa. Todos a subestimavam por que ela tem 16 anos, é bonita e quieta e esses eram uns dos motivos das brigas, até com os garotos mais fortes dos colégios ela já brigou.

Lembrou de um dia em que batera tanto em um garoto que precisou usar colar cervical , por que ele enfiou a o rosto do garoto mais indefeso da escola na privada. No dia seguinte chegou em casa chorando e disse ao pai que havia sido expulsa, ele a confortou dizendo:

– Bom pelo menos ele não vai enfiar a cabeça de mais ninguém na privada - ele secou suas lágrimas - Você tem que aprender a canalizar essa raiva para outras coisas e controlá-la, uma dia você aprenderá no lugar certo na hora certa.

Segurando a espada firmemente, tentou canalizar sua raiva no monstro:

– Vou acabar com você!

Correu e golpeou o lestrigão na perna esquerda abrindo um ferimento de 60 centímetros, ele gritou e a empurrou contra manequins de roupas femininas, ela se levantou num pulo e deslizou por baixo das suas pernas e pegou um escudo recostado na parede.

– Você não é páreo para mim - ele gritou; Kaya cravou a espada no pé do gigante que começou a chorar como um bebê, então ela lançou o escudo com toda a força que conseguiu em direção ao pescoço do monstro, que se dissolveu em poeira dourada com o impacto.

Ainda tinha força por seu ataque de fúria mas sabia que dali a 5 minutos acabaria, pegou seu pai no colo e o levou até o estacionamento. O carro azul marinho estava a cerca de 10 metros mas ela já sentia o peso dele aumentando, quando o colocou no banco traseiro sentiu suas forças haviam ido embora; foi dirigindo até o hospital mais perto, que era saindo de Nova Jersey.

Passados 40 minutos de espera uma enfermeira avisou que Steve havia acordado.

– Está se sentindo melhor pai? - Kaya perguntou quando a enfermeira os deixou a sós.

– Sim, daqui a 1 hora serei liberado. Tenho certeza que você quer saber o que aconteceu hoje, certo? - Ela fez que sim com a cabeça e sentou na cama de frente pra ele - Sabe a Mitologia Grega, os deuses, os monstros e tudo o mais? Então ... é tudo real, tudo isso existe.

Ela demorou poucos segundos para assimilar tudo, lembrou do lestrigão que enfrentara mais cedo e também de ter visto coisas estranhas durante a vida, como quando tinha 9 anos e estavam em um hotel no Arizona e viu um homem de um olho só, Steve a levou rápido até o quarto e disse:

– Querida, fique aqui que o papai vai fazer o check-out para nós irmos embora, fique aqui tá? - Depois de alguns instantes ele voltou com a roupa um pouco suja de pó dourado - Pronto, vamos embora filha.

De volta ao quarto de hospital, Kaya tinha várias perguntas principalmente: quem era sua mãe e se ela realmente é uma deusa, mas tudo se embolou na sua cabeça e só conseguiu fazer uma pergunta:

– Compreendo mas e agora?

– Vou te levar pra um lugar onde há outros como você, vamos para o Acampamento Meio-Sangue.


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Notas finais do capítulo

Já já tem outro :)



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