Our Real Is Forever escrita por sunshine


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, feriado, trabalhos escolares, tempo que não me sobra...
Mas aí está e espero que gostem.
Boa leitura!



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Era mais difícil do que eu imaginava. Fazia cerca de duas horas que estávamos treinando e Peeta acertara o alvo somente quatro vezes. Os papéis se inverteram, porque eu estava completamente calma e ele já estava ficando irritado consigo mesmo.

–Acalme-se, Peeta. Nervosismo só vai piorar. – mirei a flecha na árvore que estava sendo usada como alvo e acertei em cheio.

Ele me dirigiu um olhar um tanto raivoso.

–Patético. Tenho a melhor professora do mundo ao meu lado e nem assim consigo acertar! – Ele chutou a arvorezinha a seu lado, e a pobrezinha deixou escapar uma pinha, que passou de raspão no rosto de Peeta.

–Ai!

Não me aguentei e comecei a rir.

–Isso não tem graça, Katniss! – mesmo com tom elevado, ele ria, e sua voz estava em um tom brincalhão levemente dramático – Eu posso ficar cego, sabia! Isso não ia ser nada engraçado.

–Me deixe ver isso aí, Rei do Drama. – Ele retirou as mãos do rosto, e embora estivesse bastante vermelho, estava ileso. – Ai meu Deus Peeta!

–O que foi? – ele realmente se assustou.

– Você é um exagerado. – Ri. Ele me olhou tediado, mas logo riu.

–Boba. – Ele me puxou e me deu um abraço.

Eu o abracei também, e ficamos daquele jeito por um tempo. Uma hora mais tarde, Peeta já conseguia acertar três alvos seguidos, então, completamente exaustos decidimos que era o bastante para o primeiro dia.

Deitamos na grama.

Ali começamos a falar sobre o início – a colheita, quando demos as mãos no Edifício da Justiça, a primeira viagem de trem... Estava tão bom que só percebemos que era hora de voltar quando nossas barrigas roncaram.

–Acho que é bom voltarmos pra casa. Vou fazer pães de queijo pra você. – Voltamos à casa de Peeta de mãos dadas e rindo pelo caminho todo. Ainda estávamos rindo quando entramos na casa, tivemos uma enorme surpresa. Foi Peeta quem primeiro disse:

–Gale.

–Peeta. – Por seu tom um pouco amargurado, era fácil notar que ainda não havia superado a rivalidade com Peeta. Então ele olhou pra mim. – Katniss.

–O que... O que você está fazendo aqui? – perguntei confusa. Ele permaneceu em silêncio por um tempo, então começou:

–Annie... Ela pediu que eu entregasse... Pessoalmente. –Ele esticou as mãos, e então notei que segurava um envelope.

Eu o abri, e estava escrito com uma letra cursiva feita, sem dúvidas, por computadores na Capital:

“Chá de bebê!

O meu bebê está chegando e eu decidi fazer uma festa todinha pra ele. Espero que você venha, afinal, não é todo dia que se tem uma criança a caminho. Vai ser no Jardim Presidencial, às 16 horas, nesse sábado. Te espero lá hein!

Com amor, Annie.”

– Ela disse que sua presença é indispensável, Katniss. E Plutarch disse que se aceitar, um aerodeslizador virá buscá-los às 10 horas no sábado. – De repente notei como Gale parecia... Robótico. Sua fala parecia tão ensaiada, como se fosse realmente um mensageiro dirigindo a palavra ao seu destino. Eu o conhecia, sabia que não estava brincando.

–T-tudo bem. Diga a ela que nós vamos com certeza.

Ele assentiu com a cabeça. Então se virou pra ir embora.

–Ei, Gale! Não quer ficar pro café? Vou fazer uns pãezinhos. – Disse Peeta gentil como sempre.

Gale hesitou.

–Não, obrigado. Preciso mesmo voltar. – Ele sorriu, desculpando-se – fica pra próxima.

–Bom, nesse caso, até mais então.

–Até mais, Peeta. – Já na porta, ele se virou e sussurrou – Até mais, Catnip.

–Até mais... Gale.

E algo bem lá no fundo começou a queimar...

~*~

Enquanto tomava banho, pensava em como Gale agira estranho. Estaia ainda ressentido por causa de minha escolha por Peeta? Não, eu o conhecia. Jamais agiria de modo tão infantil. O que estava por trás era uma coisa muito maior, muito mais complexa do que ressentimento.E quando ele disse Catnip... Senti algo... Não sei bem o quê. Como se ele estivesse tentando me mandar uma mensagem subliminar pra contar algo que era forçado a esconder. Mas Gale não era forçado a nada. Ele agia por conta própria agora. E era o que mais me atormentava.

Saí do banho e já pude sentir o cheirinho de pão assado invadindo o ar. Isso fez meu estômago roncar, e lembrei que não comia nada há horas. Era uma coisa possível de esquecer, uma vez que já se passou dias com fome na arena.Peeta estava na cozinha, colocando a travessa de pão na mesa. Ele sorria, mas suas sobrancelhas estavam repuxadas ao centro, tensamente.

–Katniss? Você está bem?

Sua pergunta me pegou de surpresa, mas eu sabia ao que ele se referia.

–Não muito.- Não havia razão alguma pra mentir pra Peeta. Eu confiava nele e vice versa. Afinal, ele sabia que Gale sempre fora muito importante pra mim, mesmo que como amigo apenas. - Gale me pareceu meio...

–Robótico? - ele completou. Assenti e ele prosseguiu- Sim, também achei. Mas por que razão?

–É exatamente o que fiquei pensando.

Ele notou como eu parecia tensa, e logo sorriu ao dizer.

–Não fique aborrecida, Katniss. Tenho certeza de que ele só não se acostumou ainda com a nova forma de vida de todos nós. Tanto no distrito que ele agora vive quanto em todos os outros as coisas estão muito diferentes. E vamos demorar a nos adaptar.

Sabia que Peeta tinha total razão, mas algo no fundo ainda me cutucava. Resolvi guardar isso pra mim, e peguei um pãozinho.Enquanto mastigava-o, olhei para o outro canto da mesa e notei o envelope de Annie. Pobre Annie. Mal aproveitou sua lua de mel e já perdeu Finnick. E essa criança agora, nasceria sabendo que o pai foi um herói, mas jamais o conheceria. Lembrei-me de quando eu o conheci, junto àos cavalos.

"Quer um cubo de açúcar?" foi o que me dissera. Seu belo rosto, maliciosamente caloroso e sorridente.

Pra mim era um rosto de inimigo. Engraçado pensar que Finnick me ajudou à beça depois. Lembrou-me de forjar a gravidez, me salvou diversas vezes dos bestantes, Deixou Maggs se sacrificar pra salvar a mim e a Peeta. Abriu mão de uma vida inteira feliz e sossegada com Annie à seu lado só pra me ajudar naquela maldita invasão.

Ah, eu gostava bastante de Finnick. Ele era um grande amigo e ajudador. Lembro de quando desafiadoramente desfez o nó no nosso treinamento. Só pelo fato de me abraçar por trás já me deixou irritado. E quando Haymitch disse que devia tê-lo no meu grupo de Carreiristas. Já hoje não sei o quenos teria sido sem ele.

Finnick fará falta, sem dúvida. Ainda mais à esta criança, que nascerá meio órfã. E isso por minha causa.

–Mal vejo a hora de ver Annie. - Peeta irrompeu-me de meus pensamentos.- Ela deve estar muito feliz,né?

–Não muito. Aposto que desejaria que Finnick pudesse ver o filho.- respondi

–Claro. Mas Katniss... Uma criança é...- seus olhos continham uma expressão sonhadora, um tanto delirante até- mágico!

Ele me olhou, então notou minha expressão confusa.

–Ora, Katniss. Mesmo com a perda de Finnick, Annie está contente à essa hora. Afinal, ela vai ter sempre um pedacinho dele com ela. -ele me olhou por um tempo, então sua expressão tornou-se questionável - Por que você está me olhando assim?

–Nada. É só que... Você as vezes é tão poético.

–Obrigado...Eu acho.

–Isso é lindo, Peeta.

Ele corou.

Estávamos sentados no sofá. A tarde estava na metade. Não voltaríamos à floresta novamente, e não havia nada interessante na TV.

–Vamos visitar Haymitch. - Peeta disse estendendo-me a mão - sinto falta daquele bêbado tão patético e querido.

Segurei em sua mão, e juntos fomos em direção a mais um marco do nosso passado.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, espero que tenham gostado.
Reviews são importantes, adoro saber o que acham e o que posso melhorar.
Até a próxima, beijos!



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