More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 28
Capítulo 28 - Lily


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!!
Como vão de carnaval?
Cá estou eu com um capítulo novinho em folha. Bem, espero que gostem dele. Tudo o que posso dizer é que temos algumas revelações digamos que interessantes.
Acho que é só isso que eu tenho pra dizer hoje.
Beijos da Mabizinha ♡♥♡



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Após uma boa noite de sono, o que menos espero é algo que destrua tudo isso. Infelizmente, é justamente isso que acontece. Pego o celular que abandonei na sala ainda cedo ontem. 28 mensagens de Scott. VINTE E OITO. Contra todos os meus princípios, resolvo ler as mensagens. Quase todas me imploravam perdão, me falavam que ele me amava e tudo isso. Mas as últimas eram estranhas. Ele falou que eu fui bipolar. Que, mesmo depois que ele beijou a Summer, ainda tínhamos ficado juntos à noite. Me perguntou como eu poderia ter me esquecido de tudo tão rápido. Pois é, a criatura tava mais bêbada que meu avô no carnaval e queria dizer que eu tinha esquecido alguma coisa. Mais fácil que ele tenha alucinado do que eu. E, mesmo depois de duas semanas, ele continua batendo nessa mesma tecla.

Mas eu estava na praia e não queria saber de nada disso. Não queria saber de Scott, Summer, problemas, vida, escola... de literalmente nada. Só queria saber se o sol iria me queimar ou me bronzear.

Eu estava tão concentrada na música tocando em meus fones de ouvido que não percebi que tinha alguém atrás de mim.

– Oi.

Tomei um susto quando ouvi aquela voz. Por um segundo, jurava que era Scott e quase me decepcionei quando me virei e encontrei uma cabeleira castanha e olhos azuis.

– Ah. Oi. - falei com o garoto bonito.

– Acho que você não sabe quem eu sou, né?

– Ahn, não. Desculpe. - sorri.

– Tudo bem. Eu faço aula de literatura com você. Sou o Eric.

– Ah. Prazer Eric. Sou a Lily. - apertamos as mãos e ele sorriu. - Tem certeza que estudamos juntos? Eu acho que teria notado um menino lindo como você.

Ele riu, uma risada muito melodiosa e perfeita.

– Eu não sou tão bonito assim. E, mesmo que fosse, você só tinha olhos pro seu namorado. - ele sentou-se ao meu lado.

– Ex. - falei com amargura.

– Ah. Desculpe.

– Não tem problema. - falei acenando as mãos. - Eu fui idiota em namorar aquele estúpido.

– Eu não acho.

– Sério?

Ele acenou a cabeça, afirmando.

– Claro que não. Você é inteligente demais pra ser idiota por sair com estúpidos.

– Mas fui estúpida o suficiente para sair com ele.

– Quem dirá que há razão nas coisas feitas pelo coração? E quem dirá que não há razão? - corei.

Citações? Meu Deus do céu, vou casar com esse cara.

– Acho que o meu é idiota.

– Nenhum é idiota. Só cometem erros como todos os seres humanos.

Jesus Cristo. Que cara fofo!

– Acho que o meu comete os piores.

– Não. Acredite, todos acham isso. Mas nenhum erra a ponto de cometer erros tão grandes quanto quem mata inocentes.

Abri a boca para falar algo, mas nada saiu. Apenas abaixei a cabeça. Do nada, ele começou a massagear meus ombros.

– Eu te entendo. Também fiz coisas estúpidas muitas vezes. - ele sussurrou em meu ouvido, me dando arrepios. Depois falou num tom baixo, mas não mais sussurrando. - Depois de um tempo, você acaba superando isso. Se esquece dessa estupidez e faz outras. Algumas menos estúpidas, outras mais. Mas isso faz parte da vida.

A cada momento, eu me sentia mais encantada e mais atraída por uma luz que parecia irradiar dele. Uma luz própria. Se ele falasse mais algo, eu ia me render de vez à essa luz.

– Nossa, obrigada.

– Aliviou sua consciência? - ele perguntou, um sorriso leve em seu rosto.

– Er, mais ou menos. Mas, obrigada.

– Ninguém precisa sentir culpa por algo que fez guiado pelo coração.

– Então não vou me sentir culpada por isso.

Me aproximei dele e o beijei. Ele não beijava tãaaaaaaao bem assim, mas dava pro gasto. De repente, percebi que queria que fosse Scott aqui comigo. Droga de pensamento idiota sobre um idiota. Nos separamos pela falta de ar, mas logo voltamos. Minhas mãos estavam em seu pescoço e as dele em minha cintura. Do nada, ouço uma voz conhecida.

– Lily? - meu nome soou meio esganiçado na voz incrédula dele, mas só uma pessoa tinha aquela voz.

Scott.

Desgrudei um pouco de Eric, apenas para ver um Scott só de bermuda e com uma cara de descrença. Tudo o que eu menos queria. Eu ia acabar me distraindo ao olhar para ele, para aquela boca que me faz delirar, o cabelo loiro no qual meus dedos se perdiam, os olhos castanhos mais lindos desse mundo... para de voar Lily! Sai de Nárnia! Você tem um gato do seu lado e fica olhando pro seu ex? Que também é muito lindo e que te faz delirar só de olhar para ele, seus olhos castanhos, sua boca... SAI DE NÁRNIA!

– Lily, o que é isso? - ele perguntou, talvez pela décima vez.

– Terminamos, esqueceu? Eu estou seguindo em frente. Não vou viver pra sempre num passado triste. - falei.

– Ora, Lily. Por favor. Não me diga que caiu nos truques desse encantador barato.

– Scott, por favor. Não me diga que está com ciúmes.

– Claro que estou. Eu tenho que proteger o que é meu. - dele? Eu dele? HAHAHA.

– E desde quando eu sou sua, por acaso? - perguntei cruzando os braços.

– Você não se considera, mas é. Pode tentar se esquecer de tudo, mas eu não vou esquecer. Eu te amo. Sempre amei.

Isso quis derreter meu coração, mas eu não deixaria transpassar isso.

– Não me lembro de ter te dito que eu era sua. - falei, ríspida.

Ele empalideceu.

– Você nunca disse que era minha. Mas já disse muitas vezes que eu sou seu. Achei que isso implicasse que você é minha também.

– Na verdade implica. - murmurei. Tenho quase certeza que ele escutou, já que vi um sorriso se formar em sua face. - Também implica que você tem que cuidar, ter cuidado pra não machucar o que é seu. - falei num tom mais alto.

Ele suspirou, se ajoelhando perto de mim.

– Eu só quero que você me perdoe. Não estou pedindo para voltarmos a namorar, só para fazer parte da sua vida de novo. Nem que seja como antes. Porque eu preciso de você na minha vida. Simplesmente preciso. Eu preciso olhar para o seu sorriso, ver sua risada, mesmo que de longe. Eu preciso disso. Te ver feliz, mesmo que com outra pessoa. Eu preciso disso.

Eu já estava à beira das lágrimas. Ele só queria me ver feliz. Não pedia para voltar. Mas como eu podia dizer que só seria feliz se voltássemos? Como eu podia dizer que toda raiva desaparecia só de olhar dentro de seus olhos castanhos? Como podia dizer que o simples fato de ouvir sua voz me acalmava? Como eu podia dizer que tinha me apaixonado por ele de novo no momento em que olhei para ele? Como? Como eu podia ir contra todos os meus princípios? Como eu podia assumir de novo para o mundo que eu ainda o amava mesmo depois do que ele fez? A única coisa que consegui pensar foi uma frase que eu conheço desde criança: o amor é cego.

Então fiz algo que sempre achei improvável fazer.

Dei um tapa forte em seu braço. Logo depois, quando ele ainda olhava incrédulo para a marca vermelho em seu braço, o beijei. Beijei muito mais intensamente do que já achei que algum dia seria capaz. Ele correspondeu na mesma hora. Minhas mãos passavam por aquela cabeleira loira que eu tanto adorava enquanto as dele me seguravam forte pela cintura, como se não quisessem que eu fosse embora nunca. Nos separamos pela maldita falta de ar.

– Lily, o que foi isso? - ele perguntou arfando.

– Eu... eu não sei explicar. Te bati por causa do que a simples visão do seu rosto me causa e da raiva que eu sinto por ainda te amar mesmo depois de tudo. Te beijei porque eu te amo e preciso de você. Simplesmente isso. Mesmo quando estava muito puta com você, sonhei que ia à minha janela e me pedia perdão e acabávamos juntos.

– Er, isso aconteceu. Você não estava sonhando, Lily.

Empalideci.

– Sério? Por favor me diga que você está mentindo. Você não fez uma serenata pra mim.

– Eu fiz. E a Summer me ajudou.

– Desculpe por não saber diferenciar um sonho da realidade.

– Tudo bem. - ele sentou do meu lado e me abraçou.

Apoiei minha cabeça no ombro dele e pude sentir ele depositando um beijo em meus cabelos.

– Não faz ideia da falta que eu senti disso. - ele murmurou.

– Deve ter sido tanta quanta eu senti. - murmurei e nos beijamos longamente, como não fazíamos há tempos.

Então ficamos assim. Sentados na areia da praia observando o movimento do mar.

– PUTA QUE PARIU! O que é preciso fazer pra separar vocês dois? - aquela voz que fazia parte de meus melhores sonhos (já que eram eu batendo nele) falou.

– Por favor diga que não é quem eu estou pensando. - murmurei para Scott.

– Acho que é exatamente quem você está pensando. - bufou. - Vamos lá outra vez. O que você quer Jason?

– Quero saber o que é preciso para separar vocês dois. Da primeira vez foi tão mais fácil!

– Do que você está falando, Jason? - perguntei, já irritada. Não fazia nem um minuto que a criatura tinha chegado e eu já estava puta da vida.

– Da primeira vez que eu separei vocês dois. Foi tão mais fácil! Eu só tive que arrancar a cabeça de uma boneca, cortar o cabelo e jogar suco de uva em cima. Depois culpar o Scott e pronto! Estavam separados!

De repente, eu comecei a me lembrar de uma boneca que eu tinha cujo cabelo era roxo e curto e tinha fita adesiva no pescoço. Acabei jogando-a no lixo, pois ninguém iria querer.

– Foi você, seu filho da puta? - Scott falou, irado. - Eu passei 10 anos tentando me reaproximar da Lily sem conseguir por sua culpa.

– Claro que fui eu, MUAHAHAHA. Desde aquela época eu tentava te separar dessa coisa do cabelo ruim. Daí quando eu tenho certeza que vocês não poderiam mais se juntar, vocês começam a namorar. Então eu comecei a arquitetar um plano para separá-los. Então eu tentei fazê-la acreditar que você estava olhando para mim.

– Mas isso falhou miseravelmente e a partir daí já sabemos.

–Vocês sabem que eu paguei o Eric pra dar em cima da Lily pra vocês brigarem de verdade?

– Como é que é? - exclamei.

– Nada não.

– Já acabou? - Scott perguntou.

– Sim.

– Ótimo. Dê o fora daqui e procure um grupo de ajuda, você é demente. AGORA. - ele falou a última palavra com uma intensidade anormal, mesmo para ele.

– Você ainda será...

– Nunca. - Scott cortou-o. - Eu só pertenço à Lily. E eu não vou desistir dela nunca, porque ela é minha. - Scott me abraçou forte novamente.

Jason estava indignado e foi embora logo. Ainda bem.

– Agora sim. Paz. - Scott falou.

– Com certeza. - afirmei.

Ainda estávamos abraçados olhando o mar. Tudo o que eu queria é que esse momento não acabasse nunca.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUUU



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