As Crônicas Incontáveis de Bane escrita por ApplePie


Capítulo 4
Ragnor Fell e a Batalha Mortal


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoas lindas.
Desculpem a demora. Eu estava sem inspiração, sorry =P
Quero agradecer muito à "Meyrisse" e "Theresa Gray" por terem favoritado a fic!!
I hope you enjoy,
Kissus



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Idris, 2008

Era um dia que seria como qualquer outro se Magnus não estivesse em frente ao corpo morto de seu amigo, Ragnor Fell.

Bane tinha atravessado o caminho sinuoso até a moradia em Idris do amigo. Ele precisava conversar com Ragnor sobre muitas coisas. Entretanto, Fell tinha sido assassinado.

Isso era extremamente chocante. Um dos feiticeiros que ficou ao lado de Magnus durante todos esses anos, alguém que Magnus sempre pôde contar.

O que ele iria dizer para Catarina?

Era normal algum deles morrer assassinado, afinal eles eram imortais, não é como se eles pudessem morrer de velhice, mas Bane jamais pensou que Ragnor iria ser envolvido a ponto de ser morto.

Magnus sempre se envolveu mais do que qualquer outro feiticeiro quando o assunto era Caçadores de Sombras e ele não foi morto.

Ele tinha que arrumar tudo. Se alguém viesse até Ragnor, ele não poderia deixar alguém saber por enquanto que Ragnor estava morto. Com isso, Magnus poderia descobrir porquê Ragnor foi morto e o que estava acontecendo exatamente.

Quem o matou não era problema algum descobrir. Valentim estava de volta e Bane tinha quase certeza de que uma Guerra iria eclodir logo.

Celulares não funcionavam em Idris. Não tinha como ele entrar em contato com Catarina ou com até mesmo com Raphael (afinal, ele e Ragnor estavam sempre se falando).

Ele também não poderia deixar tudo isso na mão dos Caçadores de Sombras. Eles tinham uma técnica incrível de não perceber coisas que estavam em frente a eles.

Jocelyn estava num sono como a Bela Adormecida e Jem estava na Cidade do Silêncio.

Ele tinha que agir sozinho.

Não que ele nunca agiu sozinho antes, mas não estava sendo nada divertido cuidar do cadáver de um amigo.

A casa estava toda revirada e um cheiro demoníaco estava impregnado no local.

Magnus riu sem humor.

Para alguém que prega a “pureza dos Nephilim” e sobre como “todos os seres do Submundo devem ser aniquilados”, Valentim era bastante hipócrita ao se relacionar com demônios.

Bane lembrou-se da história do feiticeiro que morreu ao ajudar Valentim a invocar o demônio do medo. Ele se perguntou se caso ele fosse tão ingênuo e novo como aquele feiticeiro, ele faria o mesmo.

Ele balançou a cabeça negativamente. Não adiantava nada em pensar em coisas assim. Ele tinha que tirar o corpo de Ragnor dali.

Estalando os dedos, Magnus fez um encantamento para elevar o corpo de Ragnor horizontalmente até a cintura de Magnus.

O feiticeiro quase deu risada. Isso parecia um daqueles shows de mágica fajutos.

Magnus colocou o corpo de Ragnor em seu quarto até decidir o que fazer com ele. Queria entrar em contato com Catarina primeiro.

Uma tristeza e dor preencheram o peito de Bane. Ele estava acostumado com pessoas partindo, ele já foi obrigado a dizer adeus a muitos de seus amantes. A dor era passageira, afinal Magnus não permitia que ela ficasse ali por muito tempo ignorando seu passado ou até mesmo não deixando a pessoa ocupar muito de sua mente.

Entretanto, Bane jamais pensou que ele teria que dizer adeus à Ragnor. Ele era um feiticeiro bastante cauteloso e, acima de tudo, nunca passou pela cabeça de Magnus que Valentim iria direto para Ragnor.

Bane pegou o cachimbo de Fell e começou a fumá-lo. Ele tinha muitas coisas para resolver. E como sempre era culpa de algum Caçador de Sombras.

Depois de, através de um feitiço, arrumar a maioria da casa de Ragnor, Magnus percebeu que alguém estava por perto. Ele sabia disso por causa da lareira mágica de Ragnor que Magnus nunca viu utilidade. Até hoje.

A lareira costumava a soltar fumaça de acordo com o humor de alguém que se aproximava. Era possível ver mais claramente quando a fumaça saía pela chaminé.

Ele percebeu que quem quer se aproximava não tinha intenções ruins, então decidiu abrir a porta.

A sua surpresa foi rapidamente mascarada quando ele deu de cara com ninguém menos que Clary Fray.

Salão dos Acordos, 2008

O Livro Branco parecia se esquentar sob suas mãos. Ele folheou as páginas, deixando seus olhos se alargarem quando viu tantos feitiços, tanto conhecimento.

— Isso é ainda melhor do que eu tinha ouvido — ele anunciou alegremente. — Mal posso esperar para começar esses feitiços.

Clary protestou falando que sua mãe vinha em primeiro lugar. Magnus concordou falando que cumpria suas promessas.

Com tanta informação naquele livro, acordar Jocelyn Fray seria fichinha. Clary parecia meio desconfiada, provavelmente por causa do olhar que Bane provavelmente tinha em seu rosto.

— Há algo mais também, antes que você vá... — Clary começou. Até que uma voz a interrompeu.

— Clary! — um Caçador de Sombras apareceu atrás dela.

Magnus percebeu que era o moreno que tinha ido com Clary até a casa de Ragnor. Era o S... bem, era o Caçador de Sombras. Ele estava falando com Clary.

O feiticeiro não entendeu o porquê, mas ele podia ver com mais clareza: algo naquele garoto gritava perigo. Magnus tinha anos de experiência, ele reconhecia alguém problemático quando via um.

Bane percebeu que ele olhava para o livro atentamente e isso não era nada bom.

— O que é isso? — ele perguntou.

Magnus estudou-o por um momento, seus olhos de gato considerando.

— Um livro de feitiços — ele disse finalmente. — Nada que seria do interesse de um Caçador de Sombras.

O moreno foi mais insistente para ver o livro, mas Magnus sabia melhor do que isso.

Em seguida, Alec e Jace apareceram. Alec estava gritando alguma coisa sobre sua família estar sozinha já que o moreno estava ali.

Ciúme estava emanando de Jace como se fosse uma aura e os quatro Nephilim estavam numa conversa bastante intensa.

O moreno estava praticamente arrastando Clary para fora dali. Magnus não sabia o motivo, mas tinha certeza que aquela não era uma boa ideia. Clary parecia hesitante.

Bane sempre teve um enorme afeto e carinho pela ruiva, já que ele a viu crescer e acompanhou muitas de suas visitas. Ele era obrigado a mexer na cabeça dela então sabia de muita coisa, logo ele sentia-se muito conectado à ela.

E todo esse amor racional fez os instintos de Magnus gritarem mais ainda “perigo” na presença do outro Caçador de Sombras.

Clary virou-se na direção de Magnus e ele balançou a cabeça uma vez, de maneira ligeira para ninguém mais ver.

Ela pareceu entender e seguir o conselho de Magnus já que fez o moreno parar de arrastá-la para fora do salão.

Eles começaram a conversar e Magnus decidiu que era a hora dele partir, a hora de fazer alguma coisa por aquela Guerra que iria eclodir. Ele não ia deixar Valentim ganhar.

Magnus saiu do local o mais rápido possível e se dirigiu ao portal mais próximo para Nova York.

Valentim já tinha matado Ragnor por causa daquele livro. Ele tinha feito seu movimento.

Agora era a vez de Magnus. Ele iria acordar Jocelyn Fray, alguém que com certeza iria mais uma vez tentar impedir Valentim a custo de tudo.

A Batalha Mortal havia realmente começado.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que ficou pequeno, desculpe por isso, é que não tinha como escrever muito sobre essas partes e eu realmente queria escrever esse capítulo.
Eu coloquei que "Magnus ama Clary" porque eu acredito que todo esse afeto de que ele sempre fala se transformou num amor como você ama um parente, sabe? Só que ele não é TÃO GRANDE e Magnus não sabe direito, afinal todos nós sabemos como foi trágico o passado dele. Pobre Bane :(
Comentem, favoritem ou recomendem!!!
Até o próximo capítulo,
Byebye



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