Sherlock Holmes e a Expedição Perdida escrita por Carol Stark


Capítulo 8
O Segredo dos Peles-Vermelhas


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos e lindas!!
Primeiramente, me desculpem pelo atraso (de um dia) para postar o capítulo! Mas estava até sexta com um projeto da universidade para findar e apresentar sábado. Finalmente, me livrei! :D
Bom, gostaria também de já deixar vocês, meus amores, avisados(as) que ficarei postando a medida que for escrevendo e acumulando mais capítulos! Então... Fiquem ligados(as) que a qualquer momento atualizo esta belezura aqui, ok?!

Agora, ao capítulO!
A tribo guarda um segredo e quer Estella do lado deles... Como o detetive resolverá isto?

ÓTIMA LEITURA!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/585439/chapter/8

Longos minutos depois e o trio ainda caminhava. O detetive recolhia ao longo das trilhas, algumas plantas, amostras de terra e da água de alguns riachos. Seguiam silenciosos a espera de um mínimo sinal de Holmes, algum comando sequer que saísse daquela mesmice sem pistas, mas foi um forte estalido que os despertou do silêncio que os cobria.

– Fique atrás de mim, Rita. – Sherlock recomendou preocupado.

– Eu esperava pistas, mas não alguma que se mexesse! – Watson exclamou surpreso com o alto estalido em meio à mata densa.

Sherlock fez sinal para que o outro silenciasse.

– Esperem, é alguém falando. Conseguem ouvir? – O detetive sussurrou afastando-se um pouco do local que as vozes pareciam ecoar abafadas.

– Sherlock, esta voz... No es daquela mulher? – Rita inquiriu já em tom de afirmação.

Ficaram a ouvir:

–O quê está dizendo? – A voz de Estella a denunciava – Não acredito nas suas palavras! Tenho certeza do que aconteceu e não posso fazer nada!

– Como não pode?! – Uma voz masculina grave e pausada falou – Você tem que acreditar em nós e vir comigo, senhorita Lavoie.

– Um dos índios da tribo Nascente! – Watson murmurou para os demais e permaneceram em silêncio em meio às árvores e grandes arbustos ouvindo o que viria a ser aquilo.

– Por favor, solte-me seu índio mentiroso! Meu marido e eu confiávamos em vocês e não esperava que me forçassem a nada! – Estella via-se alterada.

– Não a machucaríamos, Lavoie, se você nos ajudasse de bom grado. – O índio falou sério e ameaçador.

– Não pode simplesmente me sequestrar. – Estella falou encarando-o – Irão sentir minha falta e deixarei pistas até que me encontrem!

O índio tomou uma postura firme levantando os ombros e segurando sua lança ao lado do corpo.

– Venho em nome do meu povo, pedir-lhe que me acompanhe e nos ajude. Não pense que estou aqui educadamente porque quero. – O pele-vermelha, de estatura alta e forte, falou entre dentes olhando de relance para a sua lança – Sabemos mais do que você pensa e o perigo está muito próximo, cara-pálida. – O índio de nome Raoni, passou seu áspero indicador na face da mulher que cerrou os olhos.

O índio continuou:

– Você. Mulher de George. Deve vir! – O índio segurou-a pelo pulso que com dificuldade, desvencilhou-se.

– Você não me intimida, Raoni.

– Muito menos você à mim, cara-pálida. – O índio apontou lança para Estella que recuou um passo.

– Sherlock, devemos fazer alguna cosa! – Rita olhou aflita na direção das vozes

– Só mais um segundo... – Holmes aguardava o momento certo olhando para Watson significativamente que meneou a cabeça positivamente.

O indígena e Estella continuavam:

– Afaste-se ou-- - Estella começou.

– Ou o quê?! Não dificulte. Acredite em meu povo.

– Não! Não faz sentido! O que você disse, não pode ser verdade!

– Ouça: nasci para ser um guerreiro e você deveria ter cuidado em me enfrentar. – Raoni ofegava de impaciência.

– Mas... Não compreendo! Por quê?... Raoni, explique-me!

Raoni rugiu e falou apenas:

– Segredo!

– Segredo? – Estella repetiu angustiada sem compreender.

– Da tribo! - O índio irritado, puxou-a pelo braço arrastando-a por uma das trilhas por entre a mata. Estella gritou a medida que batia no índio com toda a força.

– Ei! – Watson gritou agressivamente pulando para o campo de visão de Raoni e Estella. Com sua espada em punho e adrenalina em alta, andou passos à frente.

– Vo-você?! – Estella encarou o doutor confusa e agradecida.

– Solte-a! – Watson ordenou sem medo.

– Não se meta! Assunto da tribo! – Raoni respondeu voltando a andar.

Watson então, olhando ao redor, pegou um pedaço de madeira e mirou no índio que rodou nos calcanhares encarando o doutor.

Em menos de um segundo, o índio apontou a lança para Watson, atirando-a certeira em direção ao seu peito que a desviou com a espada cortando-a já próxima a si.

Raoni após a tentativa com a lança, correu em direção à Watson tão agressivo e esguio como uma serpente. Este, por sua vez, aguardava com a espada à postos, mas foi um tiro seco que os fez parar.

O índio parou estático e assustado procurando de onde viera tal tiro.

– Calminha aí, meu caro. – Holmes fez-se ver com a arma em mãos. Apontava para o pele-vermelha – Deixe-a conosco ou atiro, desta vez em você.

– Homens idiotas! – Raoni xingou-os.

– Como?! – Sherlock perguntou em desafio. Rita aproximou-se do detetive tocando-lhe o ombro.

– No atire, Sherlock. – A espanhola sussurrou.

Raoni encarou Rita por segundos de maneira enigmática e falou:

– Não acabou. – E em movimentos ágeis, sumiu pelo verde abundante e misterioso.

– Estás bien? – Rita aproximou-se de Estella que permanecera caída no chão, observando o acontecido.

– Sim, estou. Obrigada.

– Deixe-me ajudá-la. – Watson estendeu a mão para a mulher que aceitou levantando-se com esforço.

– Peço desculpas, cavalheiros, - Estella começou permitindo uma lágrima escorrer pelo seu rosto – mas ainda não compreendo... Eu, eu não sei o que de fato está acontecendo...

– É melhor voltarmos o quanto antes. Este lugar não é tão convidativo quanto pensava. – Sherlock recomendou – A senhorita volta conosco e se recompõe (...). – Holmes falou um tanto constrangido com aquela situação – Permite-me fazer-lhe algumas perguntas, Srta Lavoie?

– Sim... Claro. – Ela olhou do detetive para Watson que a apoiava pela cintura.

– Vamos, entonces. – Rita falou baixo seguindo com Sherlock à frente. Watson e Estella, que mancava, iam logo atrás.

Assim, caminharam de volta para a Hospedaria, pesarosos e pensativos.

– Obrigada por me ajudarem. – Estella murmurou para Watson que a segurava ajudando-lhe a andar.

O doutor nada disse, apenas observou-a enxugar uma silenciosa lágrima, e seguiram sem nada pronunciar; cada um absorto em seus conturbados pensamentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

P.S.: Imagem representando o índio Raoni!!

Qual será o segredo da tribo e porque eles querem a ajuda de Estella Lavoie?

Dêem seus palpites nos comentários, pleaaaase, e digam para esta autora aqui o que estão achando da trama!

Quem sabe dou à vocês alguns pequenos spoilers?... *-* BesitOs e até breve!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sherlock Holmes e a Expedição Perdida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.