Soluço observou o brilho das estrelas enquanto estava deitado do lado de Banguela. Amanha eles iriam voar, assim que Stoico fosse procurar o ninho ele e o melhor amigo iriam para a campina. Ele tem certeza que como ele não tentou lutar mais cedo seu pai não o forçaria ao treinamento de como matar um dragão.

"Banguela, você acha que eu vou ser um bom padeiro?" O menino se imaginou fazendo pães. "Eu não teria que matar dragões e nem fazer as armas que os matam. Bocão não vai ser muito feliz de eu sair da ferraria, mas é melhor assim."

O dragão pensou em como seu humano parecia triste. Ele se levantou derrubando Soluço no chão e abriu as asas indicando para o seu cavaleiro subir.

O menino ponderou que alguém poderia estar acordado, mas ele podia voar longe de Berk, e a noite ninguém veria o fúria da noite e nem ele por causa da armadura. Soluço pegou o capacete escondido na campina e o colocou.

"Vamos companheiro"

A sensação de estar nos céus era indescritível, eles voaram para longe de Berk e fizeram suas acrobacias usuais . O dragão sentiu falta de sua cauda postiça, ela fazia com que ele e Soluço estivesse mais ligados um ao outro . O garoto sentiu o vento contra seu corpo e se animou como não fazia em semanas, apenas ficou com saudades de sua perna e da cauda postiça de Banguela. Aqueles dois faziam com que estivesse mais juntos um do outro, e de alguma forma fazia com que o voo fosse mais espetacular.

Ao voltarem para a terra ambos se sentiram tontos. Soluço tentou se equilibrar em Banguela, entretanto o Fúria da Noite já tinha desmaiado. O menino caiu em cima de seu dragão.

—----De manhã

Soluço acordou e tentou se levantar.... apenas tentou... ele caiu logo após e percebeu que estava sem uma parte de uma de suas pernas.

"Banguela!" Chamou o cavaleiro apenas para vez que uma das tailfins de Banguela também tinha sumido e sido subsistida pela a que ele fez quando mais novo... ou mais velho... mexer com o tempo é complicado. 

Ele olhou para o lado e achou sua perna postiça e logo a colocou,do lado dela havia um bilhete e um par de botas.

Eu percebi como você e Banguela estavam desconfortáveis com seus corpos completos, a bota vai ser capaz de esconder a perna junto da calça. Acho que você sabe utilizar ela não e mesmo? 

Do seu deus favorito.

O dragão olhou para o papel na mão de seu amigo como se pergunta-se do que se tratava.

"Frey retirou minha perna e sua tailfins como presente."

O dragão olhou a tailfins e saltou de felicidade, ele e Soluço seriam como um novamente.

"Tenho que voltar para a aldeia, mas agora que me lembro o deus disse que você poderia se transformar em um gato para poder andar comigo pela aldeia."

O Dragão se concentrou na forma de um gato e quando olhou para soluço percebeu que ele estava mais alto do que o normal.

"Perfeito" O Vicking pegou o amigo e o colocou em seu ombro." Não parece tão diferente do normal, você sempre se comportou como um gato mesmo."

O gato preto de olhos verde olhou para o menino irritado e enfiou uma de suas garras no ombro do menino. Soluço apenas olhou para seu melhor amigo e sorriu, as coisas seriam melhores a partir de agora. Ele apenas precisa planejar um modo de matar a rainha. Seria mais fácil se Banguela ainda fosse um alfa.

O menino voltou para casa e viu que seu pai já tinha saído. Entrou em seu quarto e se deitou na cama, talvez ele conseguisse um pouco descaço agora. Quando encostou sua cabeça na cama e fechou os olhos Bocão abriu a porta de seu quarto, o menino sentiu vontade de bater sua cabeça na parede.

"Soluço, seu pai vai sair em breve. É melhor ir se despedir, eu vou ficar aqui e cuidar de você. Sabe eu vou treinar os garotos esse ano, e mesmo que você ainda não esteja preparado... sabe... você pode ver as aula do lado de fora."

"Obrigado Bocão, mas eu desisti disso." O menino falou encarando o loiro e pegando Banguela o colocando em seu colo.

"Disso o que?" Perguntou o mais velho.

"Bocão olhe para mim." O menino fez sinal para ele todo." Eu não sirvo para ser um vicking , pelo menos não um guerreiro. Não consigo nem mesmo lutar direito. Não existem muitos vickings padeiros... por exemplo... tenho certeza que a senhora Grito vai adorar ter ajuda."

Bocão suspirou e se sentou na cama de Soluço. Ele sabia que o que o menino falou era verdade, mas algo parecia errado. E desde quando o ruivo tem um gato?

"Soluço, mesmo que você não vá ser um guerreiro . Você pode trabalhar na ferraria, seus trabalhos estão cada vez melhores." 

O menino olhou para ele e fez que não com a cabeça. Ele se sentia mal em mentir para Bocão. Soluço era um ótimo guerreiro.

"Bocão... eu não sou um guerreiro e nem posso trabalhar na ferraria. Você acha que alguém iria me respeitar o suficiente? Por não ser um guerreiro eu apenas posso fazer trabalhos de menos importância. E eu também não quero ficar vendo toda a luta e não poder me intrometer. Estou cansado de tentar impressionar meu pai ou a aldeia." O menino sorriu com o rosto espantado de Bocão provavelmente impressionado com as palavras dele. 

"Mas... seu pai..."

"Ele também acha que não sou capaz de seu um guerreiro, eu ouvi vocês conversando. Vou falar com ele antes de partir."