Seguindo a majestosa figura de Mayuri, a maga parou numa porta de dois metros de altura e quatro de diâmetro. Madeira bem polida e um pouco mais escura que as demais. Tinham-se desenhos de dragões de vários tipos e formas na porta. A maçaneta era feita de ouro puro, criada e desenhada pela própria Autum. Quando abriu, estava tudo escuro até Mayuri dar algumas palmas e tudo se acendeu. Lampiões com esferas de luz mágica iluminaram uma magnífica biblioteca. Tinha inúmeras estantes e estava lotada de livros e pergaminhos. "Nanica iria ter um treco aqui". Avaliou Gajeel. Um sorriso correu sobre seus lábios imaginando os pulinhos que Levy daria ao ver esta grandiosa relíquia de papeis e capas espessas.

– Aqui é o melhor lugar de todo o templo. Vocês passarão bastante tempo aqui, ao pesquisar mais sobre os Dragões-Reis, sobre os primeiros Dragon Slayers, sobre a língua antiga dos Dragões. Tudo! Tudo o que são, e tudo o que serão está aqui. - Mayuri vacilou alguns passos, parecia estar zonza, e logo teve o apoio de seu filho, Zygos – Perdoem-me, mas terei que me retirar. Zygos, termine com as explicações, Autum venha comigo.

– Sim... Mamãe... – resmungou Zygos. Mostrando preocupação ao vê-la partir. Respirou fundo e depois virou para os convidados, também mostraram preocupação. – Não se preocupem, ela vai ficar bem. Quando chegará a hora, mamãe... Digo, Mestra Mayuri, irá contar mais sobre os dragões e tudo mais. Eu passo horas aqui. Lendo e relendo muitas e muitas historiasss. – a ultima palavra saiu como o sibilar de uma serpente. – Bom devem estar se perguntando, que tipo de Dragon Slayer eu sou... Bom... Posso ser você. – num estralo de dedos, toda pele visível de Zygos transformou-se em escamas e posteriormente essas escamas transformaram-se em outro tipo de pele, resumidamente, ele ficou idêntico ao Gajeel. – Dragon Slayer Camaleão ao seu dispor. – e fez um reverencia.

– Mas que bizarro! – gritou Kamona, dando tapa no ombro esquerdo de Gajeel. Este por sua vez odiou a provocação. Zygos pareceu ler a mente de Gajeel e abriu um sorriso, mostrando a fileira de dentes pontiagudos, era estranho o quanto parecia um lagarto.

– Mesmo odiando, eu sou muito mais que isso. Alem de me parecer com a pessoa, posso ter acesso aos seus poderes, pensamentos... Sentimentos... – Gajeel pareceu ruborizado.

– Pare já com isso! – cerrou os punhos.

– Acalme-se. – voltou ao normal. – Sou DS da segunda geração como a minha mana. Ah! Outra coisa! – num salto e deu um mortal e se transformou no animal que da sentindo aos seus poderes mágicos, um camaleão. – Posso também me transformar em animais. É tipo uma Take Soul, mas, mais chique.

– Tá... Depois deste showzinho de estrelismo, vai ou não nos contar o que quer! – ainda com raiva, Gajeel queria sumir dali o mais rápido possível.

– Ora, relaxe ai! – pediu cinicamente Zygos – Os Exceeds vão adorar uma ala que foi separada especialmente para vocês... Sobre suas origens, seus poderes. Happy, você pode muito mais do que apenas comer centenas de peixes. Pode ser tão forte quanto Pantherlily. – os olhos de Happy brilharam.

– É mesmo?

– Claro. A alameda dos livros dos Exceeds fica bem ali naquele corredor. – apontou para um corredor que ficava pouco mais de dois metros de onde estavam. – Fiquem a vontade! – e então os cincos Exceeds voaram e encontram os diversos livros sobre Exceeds. – Quem já enfrentou um DS da segunda geração? – Natsu e Gajeel levantaram as mãos. Wendy acompanhou Kamona e Hedera acanhados por não ter tal feito. – Somos bem teimosos, por que temos quantidade bem generosa de poder mágico acumulado.

– Sting, Cobra, Rogue e Laxus que o digam. – resumiu Natsu, dando de ombros.

– Blah... Eles não foram nada. – orgulhoso, Gajeel cruzou os braços virando o rosto.

– Porém. Os DS da primeira geração tem muita mais força. Uma quantidade enorme de poder mágico pode ser exaurida num piscar de olhos e, vocês podem tornar-se dragões, nós, não. E isso não é um problema ou uma dádiva. Simplesmente é ou não. Entendem? Aqui na biblioteca, poderão buscar mais sobre si. Cada lugar está catalogado por espécies e poderes. Dragões Metalicos para um lado, Dragões de Fogo para outro e assim vai, e não só o que são sua espécies.

“Muito mais que isso”, respirou fundo e continuou, “a historia pode ser chata, entretanto, é conveniente. Se querem saber o que são e qual o propósito, uma dica: leiam. Leiam muito. Lady Mayuri é tão sabia e poderosa por ter lido e ter se empanhado, sem contar os anos de experiência. Aos seus olhos, somos crianças. Eu e a Autum ainda estamos treinamento. É tudo questão de paciência.”

Gajeel começou a mudar seu conceito. Zygos não era tão mala assim. Mas ainda não tinha inspirado confiança total.

– Existem muitos Dragon Slayer de segunda e terceira geração... Recentemente descobrimos algo incrível: um Dragon Slayer da Quarta Geração! – Zygos foi até uma das mesas feitas de madeira – mesma madeira das portas – com detalhes dourados, esculpido pela própria Autum, segundo Zygos. As mesas possuíam pergaminhos e anotações nestes, algumas fotos recortadas e alguns livros de História dos Dragões. Ainda o olhavam ansiosos para Zygos, aguardando as explicações. – Um dia vocês, nós, iremos nos casar. E ter filhos, e nossos filhos terão uma grande probabilidade de possuir sentidos aguçados, caninos e presas mais altas, assim como os nossos e, é claro, nossos poderes.

– Nossa! Deve ser maravilhoso ter uma família inteira tendo poderes de dragões. – observou Hedera, admirada, fazendo suas flores em seus cabelos emanarem uma mistura deliciosa de aromas.

– Nem tanto. – logo Hedera fechou a cara. Zygos respirou fundo e deu umas das fotografias para Hedera ver. Ela analisou confusa até entender em uma das pessoas na foto era Mayuri.

– Quem são as outras pessoas?

– Mayuri não fora solitária a vida inteira. – Autum chegou e acenou para o irmão adotivo. – Vossa Mestra tem muita experiência em todos os sentidos e por isso está aqui, para ensiná-los tudo sobre Dragon Slayers. Meu irmão, acho que deveríamos contar mais tarde sobre sua historia.

– Minha? – ele abriu um largo sorriso e depois piscou para a irmã. – Outrora meu precioso Ouro, outrora. Por enquanto – foi até Hedera e tomou a fotografia gentilmente de suas mãos – A tarefa a dar-lhes é ler cada um de vocês sobre suas historias e conquistas. Elementos e tudo mais. Daqui uma hora retornaremos para o jantar. Certo?

E assim foi feito. Mesmo á contragosto da maioria. Natsu – acompanhado de Happy que havia desistido de ir ler – pousará em seu ombro. Quando perguntou o que estava lendo, Natsu deu de ombros e não soube explicar o que era. Pegará o primeiro livro que vira e simplesmente começou a folheá-lo. Virou novamente a capa e sentiu a espessura do objeto. A capa era feita de uma espécie de tecido grosso e tinha somente o titulo em destaque: As Propriedades do Fogo. Voltou a ler a pagina onde seu dedo indicador segurava-a, começou a ler em voz alta para Happy, que se mostrava muito mais interessado. O fogo, segundo os primórdios dos estudos mágicos e científicos, é a rápida oxidação, de um material combustível liberando calor, luz e produtos de reação, tais como o dióxido de carbono e a água.

Natsu fez careta para as palavras difíceis e depois continuou: A capacidade de controle de fogo foi uma mudança dramática nos hábitos dos primeiros seres humanos. Fazer fogo para gerar calor e luz tornou possível às pessoas cozinhar alimentos, aumentando a variedade e disponibilidade de nutrientes. O calor produzido também ajudou as pessoas a manterem-se aquecidas no frio, permitindo-lhes viver em climas mais frios.

– Que legal! – disse Happy alegremente. - Natsu, o fogo é realmente poderoso!

– Parece que sim... Vamos ver um pouco sobre as propriedades mágicas do fogo... O que eu sei bem. – passando varias paginas, ele parou onde bem querida. O peso do livro lhe dava uma sensação de desconforto e, portanto, sentou-se e encostou-se em uma das estantes históricas. – Aqui... Escute bem Happy...

– Aye!

– O Fogo é o elemento mais forte de todos os cinco. Além do uso do Poder Mágico e deu seu Eternano. O fogo pode manipular qualquer coisa viva que estiver ao seu alcance, poder roubar sua energia a mantê-la em resguardo caso necessária. – Natsu parou um pouco para pensar...

E pensar...

Até entender estes trechos. Olhou para um dos lampiões com as esferas de energia para iluminar o local, fechou os olhos e tentou se concentrar somente naquela energia. Podia senti-la quente e formidável. Happy apenas observá-lo silenciosamente. Abriu os olhos e esticou o braço esquerdo para objeto mágico. Sentia o poder daquela pequena coisa vindo até a palma de sua mão e com isso, a luz falhava às vezes e depois foi continuo. Natsu começou a lembrar de Igneel e sobre sua infância, lapsos sobre os ensinamentos sobre magia e por fim, a morte devastadora de seu pai-dragão. O lampião explodiu.

– Natsu...? – com as pequenas patinhas, o Exceed azul afagou o rosto suado do amigo. Natsu não o olhou, mas agradeceu pelo apoio.

– Relaxa, foi um... Deslize. - deu um sorriso forçado. –Estamos lendo há quanto tempo aqui?

– Fará uma hora. – Kamona aproximou-se de Natsu. – Gostaria de lutar com você algum dia, Lekana... Você demonstra força inigualável quando determinado.

– Do que me chamou?

– Será um apelido meu daqui por diante.

– O que significa! – Natsu guardou o livro onde achará e encarou Kamona, este apenas de ombros.

– Quando estiver pronto, saberá!