The Greater Good escrita por Alpaca


Capítulo 1
Capítulo I - Sloth Brain Mucus


Notas iniciais do capítulo

Então, esse é o provável único capítulo da história vide avisos.Talvez a história continue, mas se não, apenas imagine que o que aconteceu é o que foi narrado nos livros. Então, tecnicamente, você já tem seu final.



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— Detenção.

— Olha, Armando- — o garoto foi interrompido pelo professor que, com um ar de severidade, adiantou-se em corrigi-lo.

— É Professor Dippet para você, senhor Grindelwald.

— Como quiser, Professor Dippet — fez uma imitação barata do diretor, cujos olhos se cerraram para o garoto. — eu entendo que o senhor queira me punir por... bem...

— Por andar pelos corredores à noite com frascos duvidosos nos bolsos, talvez — ironizou o professor.

— Ah, claro, isso também. Tudo bem, eu entendo que você... — o professor tornou a cerrar os olhos para o garoto, que não tardou a se corrigir antes que o professor o fizesse. — ...que o senhor queira me punir por isso, mas ninguém daria falta de um pouco de muco de verme gosmento. É algo nojento de se- — o garoto fora novamente interrompido pelo diretor.

— É um ingrediente importante para poções poderosas, senhor Grindelwald. O que o senhor pretende fazer com ele?

— O dever de Poções, professor. Veja bem, eu derrubei meu resto de muco na última aula e não posso sair para comprar mais no Beco Diagonal. Como o senhor espera que eu termine o dever?

— E desde quando estrangeiros têm aula aqui em Hogwarts?

O diretor direcionou-lhe um olhar suspeito, mas viu o olhar que o garoto o retribuiu, e pensou que poderia “escapar” que o diretor não gostava de estrangeiros logo em meio ao Torneio Tribruxo. Soltou um resmungo e virou-se de costas, e Grindelwald entendeu o recado. Não poderia ser visto vagando pela escola novamente, teria de ficar em seu navio.

Embora Gellert Grindelwald fosse aluno de Durmstrang, sua aparência parecia ter mais traços de Veela: seu cabelo era loiro claro e seus olhos, azuis. Diferente do resto dos alunos de Durmstrang, ele não era búlgaro. Um estrangeiro em uma escola estrangeira. Ao contrário do que se esperava, todas as garotas pareciam se atrair por ele. Mandavam-no corujas com bombons e cartas dia sim, dia não. Ele não respondia nenhuma delas.

***

O dia amanheceu claro, com algumas nuvens no céu. O ar de término de inverno estava implícito na brisa que adentrava o navio de Durmstrang, e Gellert tratou de levantar cedo. Havia feito uma Poção Wiggenweld e precisava dá-la a Albus.

Os dois garotos se conheceram quando Durmstrang chegou a Hogwarts. Enquanto todos os outros garotos faziam acrobacias e demonstrações de sua força física, Gellert ficara nos jardins apreciando a vista, onde se encontrou com Albus Dumbledore que, ele sempre dizia, prefere passar o tempo consigo mesmo que com todas aquelas pessoas juntas gritando feito berradores.

Os dois garotos se encontraram no mesmo lugar de sempre nos jardins, e Gellert entregou a poção a Albus.

— Gellert, não precisava — Albus proclamou, direcionando com dificuldade um olhar agradecido a Gellert.

— Você estava mal, Albus. Não reclame, apenas beba — o garoto respondeu, retribuindo o olhar e abrindo um sorriso.

— Você se arriscou muito.

— Ah, que se há de fazer? Eu faria de novo, se preciso. Agora beba logo.

O garoto o obedeceu, levando o frasco à boca. Não tinha um gosto de Poção Wiggenweld com o qual estava acostumado, mas não quis dizer isso a Gellert. A poção, entretanto, surtiu o efeito esperado, embora todo esse trabalho pudesse ser evitado se Albus simplesmente fosse à enfermaria, uma vez que disponibilizam essas poções lá como se fossem água. Logo Albus se recuperara, e já sentia forças para se levantar.

— Você sabe o que dizem dessa poção aqui na Inglaterra, Gellert? — indagou Albus com um certo quê sugestivo.

— Vocês e essas suas historinhas... o que dizem?

Albus sorriu, entregando-lhe o frasco.

— Dizem que o Príncipe Encantado certa vez mergulhou os lábios nessa poção e beijou a Bela Adormecida.

Gellert começou a rir.

— Vocês vivem no mundo dos sonhos. As coisas não funcionam assim, Albus.

Albus o encarou com um olhar de dúvida. Ele sabia que essa era apenas uma história, mas Gellert deu a sugerir que levara o assunto a sério.

— Se você beijar alguém com essa... coisa nos lábios, a pessoa nunca mais vai falar com você.

Os dois começaram a rir, e se deitaram na grama. Viram alguns pelúcios da aula de Trato de Criaturas Mágicas passearem pelo jardim carregando algumas moedas, e Gellert deixou escapar que gostaria de ter um para ficar rico algum dia. Fitaram o céu por alguns minutos em silêncio e com os olhos semicerrados.

— E como vai o treinamento, Gellert? — Albus virou a cabeça, olhando os cabelos do garoto.

— Depois que você saiu, nada bem. Não tenho mais a quem estuporar.

Os dois riram novamente, e Gellert virou a cabeça, olhando nos olhos do amigo. Os dois ficaram ali por alguns minutos, até que uma voz gritante ecoou da porta do castelo.

— Albus, você não pode ficar aí o dia todo! Estão fazendo a despedida dos alunos estrangeiros!

— Já vou, Ab! — gritou em resposta, e o garoto retornou ao castelo.

— Hoje é meu último dia aqui... — reclamou Gellert, com um ar de tristeza.

— Ficou todo sentimental agora, Gellert? — caçoou Albus, embora ele também estivesse demasiado triste em ter de se despedir.

Gellert não respondeu, e os dois ficaram ali se encarando novamente.

— Nós vamos nos ver nas férias, não é? — indagou Albus. Gellert virou o rosto para cima, pensativo.

— Albus, venha comigo.

— Para onde-

— Apenas cale a boca e venha.

Gellert se levantou do chão limpando as vestes pretas, e Albus o imitou. Gellert fez sinal para Albus o acompanhar, e ele o fez. Os dois garotos saíram andando em direção à floresta, passando pela carruagem de Beauxbatons e, em seguida, pelo navio de Durmstrang. Cruzaram a orla da floresta, e Gellert parou em uma árvore qualquer.

— Eu não queria te falar antes para você não ficar estressado, mas não podemos nos ver nas férias e provavelmente não haverá outro Torneio Tribruxo tão cedo. Isso é um adeus, Albus.

— Por que nós não-

— Vou estar muito ocupado treinando, e você também deveria. Sem contar que o seu irmão, bem... ele não gosta muito de mim, não é?

— Dane-se Aberforth! Nós podemos...

A expressão de tristeza que comandava o rosto de Albus invadiu o de Gellert, e eles se entreolharam. Não queriam dizer adeus, aqueles dez meses foram tão ótimos. Todo aquele tempo praticando, a armada de Gellert Grindelwald... Albus não queria dizer adeus àquilo tudo.

— E por que viemos aqui? — indagou Albus, olhando ao redor.

— Eu precisava te dar uma coisa.

Gellert adentrou a mão no bolso e retirou um colar dourado com uma ampulheta no centro e alguns escritos gravados em três argolas que a rodeavam. Um vira-tempo.

— Não se apresse, ele não é de verdade — apressou Gellert em dizer, envergonhando-se. — Eu... bem, eu só queria que você pensasse que eu sou impressionante, então eu fiz esse feitiço de transfiguração.

Albus retirou sua varinha de seu bolso e passou-a por cima do colar, revelando uma corrente prateada e um pingente de fênix. Gellert ficou mais envergonhado e fez menção de gritar.

— Ei, não era pra vo-

Albus colocou o colar em volta do pescoço, e olhou para Gellert.

— Você é impressionante, Gellert. Um dos melhores bruxos em Defesa Contra as Artes das Trevas que já conheci. Você é... — Albus ficou sem palavras, e encarava o rosto corado de Gellert.

— Albus, eu sinto muito. Eu prometo que algum dia vamos nos ver novamente. Eu... bem, para não ser totalmente inútil... eu enfeiticei esse colar com um dos melhores feitiços de proteção que consigo fazer. Não é muito, mas...

Albus o interrompeu, selando aquele péssimo momento de despedida com um beijo. Sua mão direita segurava o rosto de Gellert, e logo se afastou. Os dois se olharam por um segundo, e sua mão deslizou pelo ombro do garoto, envolvendo-o com ambos os braços e puxando-o para um abraço. Sentiu seu ombro esquentar com as lágrimas que caíam, e não tardou para que ele as despejasse também.

— Albus, a gente não pode...

— Por quê?

— Me desculpe.

Gellert tirou a varinha do bolso e apontou-a para Albus, murmurando obliviate em meio a lágrimas. Um feixe de luz branco irrompeu da ponta de sua varinha, acertando o peito de Albus, que caiu no chão desacordado.

Gellert tentou em vão segurar as lágrimas e abaixou-se para despedir-se do amigo.

Me desculpe, Albus. É para um bem maior.

Adeus.


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Notas finais do capítulo

E aí, pessoas!Espero que tenham gostado da fic, e se quiserem que ela continue, não deixem de avisar pelos reviews!Obrigado por ler e comentar!



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