Nossa história continua! escrita por The Kira Girl


Capítulo 5
GAAH - Devorado vivo por carapanãs!


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! sei que eu tava sumida, a culpa é da escola nova que vive passando bilhares de deveres de casa e eu nunca encontro tempo para escrever! Sei que vai ter gente que vai me matar pela demora, mas só o que eu posso dizer é: foi mal.
Mas eu vou continuar com a história, mesmo que eu passe algum tempo sem postar, um dia eu posto, blz? *___*
Então está ai, mais um capitulo, espero que gostem!:D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584302/chapter/5

GAAH

Jade foi para o quarto dela (sem dar boa noite, o que me deixou um pouco chateado, mas tudo bem) e eu fui procurar o meu.

Soube que teria que dividir o quarto com o primo dela, Andrew, que me parecia ser um cara legal. Ele tinha um estilo interessante, usava uma camisa do álbum The Dark Side of The Moon da banda Pink Floyd e calça jeans rasgadas. Parecia ser um roqueiro, mas os óculos o deixavam com um ar de intelectual (nerd, pra ser mais simples). Fiquei em duvida quanto a isso. As únicas coisas que eu sabia sobre ele é que era primo da minha namorada e que devia adorar música, porque estava sempre com aqueles fones enormes no pescoço ligados ao celular no bolso.

Subimos as escadas daquela “mansão” e passamos por um corredor um pouco estreito, com várias portas de madeira comidas por cupins. Sinceramente, achei que a casa de uma senhora tão... “espalhafatosa” (para não dizer perua) como a avó de Jade fosse mais arrumada. Uma reforma lá, pelo menos no andar superior, iria bem.

– Este é o nosso quarto? – Andew perguntou para a avó que nos guio até o cômodo. – Cadê a televisão? A wi-fi? E o mais importante, o ar-condicionado!???

– Oh, meu filho, nós não temos essas coisas aqui não! – ela respondeu olhando para ele como se fosse algo extremamente natural.

– Como assim? – os olhos dele se arregalaram e ele parecia prestes a surtar.

– Aqui temos contato com a natureza, meu bem! Não precisamos dessas coisas da tecnologia de adolescente! Isso tudo tira a atenção de vocês e acabam nem curtindo esse sítio maravilhoso!

– Ai meu deus.... – Andrew suspirou.

– Pare de reclamar, vai ser bom!

– Claro, vai ser incrível... – disse sarcasticamente.

– Boa noite, meninos, durmam bem e cuidado com o homem da mala! – A avó fechou a porta deixando-nos sozinhos. Andrew jogou a mochila no chão. Ele parecia aborrecido com tudo ao seu redor.

– Homem da mala? – perguntei tentando aliviar o clima tenso que ele tinha criado. – O que que é isso?

– É uma lenda do interior, você não pode sair de casa ou espiar pela fechadura depois da meia noite senão o homem da mala te tranca na mala que ele carrega e te leva embora pra todo o sempre. Mas isso é só historinha pra criança! Acredite, se fosse verdade eu já teria sido levado a muito tempo. - Rimos. Ele olhou pra mim por um tempo e depois me perguntou - Ei, cara, você não está nem um pouco incomodado com o fato de estarmos isolados neste fim de mundo?

– Hm... um pouco. Mas eu gosto da natureza, gosto de animais e principalmente, gosto da Jade!

– Ah, agora entendi... ela te pediu para vir, não é? Claro, ela não suporta a gente...

– Parece que ninguém nessa família se suporta... – comentei

– É verdade! A gente se ama, mas não se aguenta por muito tempo! Eu sei disso por que convivo com a Megan já faz um tempo, pra ser mais exato, desde que formamos a banda e ela me chamou junto com uns amigos pra ser o baterista. As vezes não aguentamos ficar a tarde toda sem brigar por coisas sem importância alguma. Já com a Jade... faz tempo que eu não a via, mas pelo jeito continua a mesma de sempre: Teimosa, irritante e chata. Fala sério, cara, como você aguenta essa garota?

– Ela não é tão ruim quanto você pensa! É porque como você mesmo disse, não convive com ela, então ainda não se acostumou com esse jeito dela de ser.

– Nossa, o amor é mesmo cego... – ele pegou a toalha de dentro da mochila, juntamente com uma escova de dentes. – Eu vou no banheiro, pode escolher sua cama, eu não ligo em dormir embaixo ou em cima do beliche...

– Obrigado! – disse antes dele sair do quarto.

Fiquei observando o quarto. Realmente, ele era bem simples para uma pessoa como ele, mas perfeito para mim. Quem me conhece sabe que meu quarto é uma bagunça, aquele lá podia não ser o meu, mas com certeza seria mais confortável de dormir. Além disso eu não teria meu irmão lá para me azucrinar durante a noite. Certa vez, eu estava dormindo tranquilamente quando ele me acordou para lavar a louça que eu deixei suja do jantar na pia. Sério, cara, POR QUE?? Acho que se eu tivesse um pai, ele não seria tão cruel quanto meu irmão. Sinceramente eu não sei por que ele pega tanto no meu pé assim...

Escolhi a cama de cima do beliche. Me sinto mais seguro dormindo em cima. Quando durmo embaixo, não consigo pregar os olhos, sempre acho que a pessoa de cima pode cair em cima de mim e me esmagar. Acho que essa seria uma forma ridícula de morrer.

Eu estava muito cansado, por isso depois da minha vez de tomar banho e escovar os dentes, eu me enrolei nos lençóis (não pelo frio, por sinal estava muito calor, mas pelo enxame de mosquitos que resolveram provar meu sangue), encostei minha cabeça naquele travesseiro que parecia estar dissolvido dentro da fronha de tão molenga e adormeci rapidamente.

_________________________________________________

No dia seguinte, acordei todo empolado. Culpa daqueles mosquitos malditos que me perfuraram a noite toda através do lençol. Aliás, eu nunca contei, mas tenho alergia a mordidas de inseto. Minha pele começa a coçar miseravelmente e eu fico todo vermelho! Esse é o problema de gente branca demais (eu), você não pode nem se coçar, nem pegar sol que fica vermelho e eu odeio isso.

Realmente, acho que agora entendo as razões de ninguém gostar de vir pra cá.

Fui no banheiro e troquei meu pijama por uma camisa e uma bermuda que achei no fundo do meu guarda-roupa. Desci as escadas junto com o Andrew (que também não parecia ter dormido muito bem) para o café da manhã. Dei bom dia para todo mundo e achei um lugar ao lado de Jade para sentar. Ela estava com os olhos vermelhos de sono.

– Oi, princesa! - disse amistosamente.

– Oi, Gaah. – ela respondeu meio sonâmbula.

– Dormiu bem?

– Não.

– Imaginei.

– Porque você está todo vermelho? Foram os carapanãs?

– Não, foram os mosquitos mesmo... - disse sem entender o significado dessa palavra.

– Seu bobo... – ela riu – Carapanã é como chamam os mosquitos aqui no interior...

– Ah... eu não sabia...

– Agora você sabe... – ela se debruçou sobre a mesa e ficou olhando pra mim. – Pelo jeito, parece que foi devorado vivo!

– Acho que eles gostaram do meu sangue. - ri. Desviei meus olhos de Jade e quando voltei a olhar para ela, já estava cochilando. Admito que foi a primeira vez que vi uma pessoa dormir tão rápido.

________________________________________________

Pelo menos o café da manhã foi bom. Tinha pão, queijo, leite, iogurte, torta e outras coisas que normalmente em casa não tem. Sempre comia na lanchonete do meu tio ou então ia pra escola com fome mesmo. Nunca tinha comida natural, feita em casa, junto da família que tecnicamente já era quase minha também.

Apesar da primeira noite ter sido um inferno, acho que com o tempo vou me acostumar. Vou estar perto de Jade e para mim, acho que isso já é o suficiente.

Aliás, venho pensando no que vou dar para ela de aniversário de quinze anos. Não sou nada bom com presentes, principalmente para meninas. Nos aniversários das minhas amigas, sempre comprava roupa, sapato, maquiagem, perfume e essas coisas que normalmente as meninas adoram. Mas esses presentes são genéricos, queria que para minha namorada fosse algo mais especial, afinal, ela é especial! Não vou dar o mesmo presente que dou para qualquer uma.

Mas sinceramente, eu não faço ideia do que comprar. Melhor esperar chegar mais perto, quem sabe até o dia da festa eu não encontre algo a cara dela....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nossa história continua!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.