.: RUKI'S P.O.V. :.

Eu estava sentado em meu quarto fazendo minha "lição de casa". Sim, isso mesmo. Eu era um estudante universitário. Estava quase terminando, quando ouço meu "chamado" :

-Ruki, venha seu expediente começa agora!- era Uruha, ele era como meu padrastro, madrasta, chame-o como quiser. Mas ele me tratava bem, era como um verdadeiro pia para mim.

Ele cuida de mim desde que minha mãe morreu alguns anos atrás. Mas isso não importa muito agora. Eu tinha que terminar meu dever para trabalhar. Sim, eu era um estudante universitário que trabalhava para pagar a faculdade. E agora eu tinha que ir.

Desci as escadas correndo e cheguei ao andar de baixo da lanchonete. Era lá que eu trabalhava. Como "garçom".

A lanchonete era de Uruha e ele pediu para que eu trabalhasse ali. Ele sabia que eu estava tentando arrumar dinheiro, mas que eu não conseguia um trabalho digno de pagar minha faculdade, então me cedeu a vaga que tinha disponível.

Então a porta se abriu, e quando eu estava prestes a atender o novo freguês, apenas dei meia volta e me escondi atrás do balcão.

-Eu não acredito, o que ele está fazendo aqui?

-Quem, meu querido? - pergunta Hayana. Ela era minha amiga desde que começamos a trabalhar na lanchonete.

-Ele, Haya. O Reita!

-O cara mais lindo e popular do seu colégio?

-É sim! - eu apontava, desesperado, para o loiro que acabara de entrar na lanchonete, alto, musculoso, olhos escuros e com uma faixa sobre o nariz.

-Por que a faixa?- perguntou Haya

-Eu não sei, ninguém sabe, e acho que é isso que o torna ainda mais legal. Ele é tão misterioso, e ninguém resiste a ele, nenhuma garota, até mesmo alguns garotos já se declararam para ele.

-Nossa que estranho...

-É mesmo.- mas eu não achava isso. Não vou dizer que gosto dele, mas não posso negar que ele é bonito e muito legal.

-Espera aí... Você está gostando dele!

-O que? Eu não...

-Está sim! Você nunca concorda comigo em relação aos garotos que você odeia, mas você concordou quando falamos do tal Reita. Você gosta dele!

-Shhh! Tá pode ser verdade, mas...

-Mas nada! Eu vou ajudar vocês a ficarem juntos e...

-Haya! Somos homens!

-E daí? - olhei para ela com uma cara que acho que fez ela entender o recado.- Tá bom, mas não irei desistir...

-Olha, pode cuidar só dele pra mim, por favor? Eu juro que te recompenso depois.

-Aiinn, tá bem.- e lá foi ela atender aos rapazes.

O que foi? Ah tá bom, eu disse que não gostava dele, eu menti, mas, qual é? Quem sai por aí dizendo coisas assim. Eu gosto dele, pronto satisfeitos?

E de repente, ouvi uma voz conhecida me chamar no balcão, era ele. Me desesperei. Mas tinha que levantar, meu salário dependeria disso.

-Pois não? - levantei -me com a cara vermelha.

-Será que você poderia me servir um Capuccino?

-Pois não.- virei-me rápido, querendo mais é esconder a cara. Peguei seu Capuccino, e lá atrás pude ouvir seus colegas zombando de mim:

-Há, há, há, o idiota é tão pobre que tem que trabalhar numa lanchonete para pagar a faculdade.

E de alguma forma, aquilo me deixou mal.

Virei-me novamente para dar a Reita seu Capuccino. Lágrimas ameaçavam rolar de meus olhos, mas eu nada podia fazer, tinha que cumprir meu trabalho. Mas ele pareceu perceber, e o cara que eu achava ser tão frio quanto a brisa de um noite gelada, se mostrou diferente do que eu havia pensado:

-Olha, Ruki, nee? Não ligue pro que aqueles caras dizem, eles que nunca passaram dificuldades não tem noção de como é difícil viver assim e ser humilhado por todos.

-Por que diz isso? Por acaso você já foi assim?

-Bem. eu... Eu tenho que ir. Tchau.

-Tchau.- ok, ele era sim o Reita que eu conhecia. Mas eu estava feliz por ter me consolado daquela maneira.

Haya veio correndo até mim me perguntando o que aconteceu, e eu lhe contei toda a história.

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Depois que meu expediente acabou, fui para a casa acompanhado de Uruha, que insistia em me perguntar como havia sido meu domingo.

-Péssimo.- eu disse.

-Porque chibi?- apenas ele me chamava assim.

-Ahh, uns caras lá da minha faculdade foram lá na lanchonete hoje.

-E eles de deixaram mau, nee?

-É, é por aí.

-Olha, chibi, dei-me dizer-lhe algo: não importa o que os outro falem ou pensem de você, o que importa é a sua própria opinião, ok? Nunca deixe eles te julgarem pelo que eles pensam que você é, e sim pelo que você realmente é. Você precisa mostrar isso pra eles. Certo?

-Obrigada, Uru-chan, eu juro que tentarei.- e o abracei.

E depois, seguimos o resto do caminho sem falar mais nada.

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Acordei segunda de manhã com meus "irmãos" pulando em cima de mim:

-Vamos, "nii-chan", acorda é segunda.- ás vezes eu odiava o quanto ele amavam ir a escola.

-Ok, ok, mas vocês poderiam sair do quarto para eu me trocar? Sabe, porque eu ainda não estou pronto, pois não sou fanático pela escola.

-Ah qual é?- disse Yuu.- As gatinhas estão esperando pela gente!- e os dois começaram a me dar travesseiradas. Eu entrei na brincadeira, e as travesseiradas, os tirei para fora do quarto.

Me arrumei e fui para a escola, seguindo os dois que estavam a minha frente.

E logo que cheguei vi algo que me assustou: um cartaz so baile da escola. Eu estava esperando por aquilo, mais ainda não havia convidado ninguém. E provavelmente, nem convidaria.