Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 17
A dança


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!
Música do capítulo:
https://www.youtube.com/watch?v=Jo2QHf4Itoo
Vão saber quando colocar, espero que gostem!



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FELICITY

Paro em frente ao bar elaborado dos Queens, minhas mãos estão tremulas, depois de cinco minutos de conversa. Isso é ridículo, ele é só um cara normal, por que eu sou apaixonada... Tem isso também, deve ser suficiente para justificar a tremedeira. Peço vinho branco, não vou ficar bêbada, só preciso pensar em outras coisas, ou melhor não pensar em nada.

–Felicity querida! –escuto a voz de Moira e trato de colocar um sorriso em minha face. Ela beija meu rosto de sua forma elegante. –Não te vejo desde a semana passada, como estão as coisas?

–Eu fui ver minha mãe. –conto. –Mas Thea sabia, pensei que ela havia contado.

–Tudo bem com a Sra. Smoak? –questiona preocupada.

–Só senti falta de colo. –assumo e ela sorri para mim de forma doce. –Sabe como é.

–Sei sim, não existe nada melhor no mundo do que o colo da mãe. –Moira respira fundo com ar nostálgico. –Mas me conte, como vão as coisas com meu filho?

–Ele diz que quer guarda compartilhada de Ray. –falo em meio ao riso. –Já te peço perdão adiantado, pelo que ele fará com seu estofado. –murmuro sem medir minhas palavras, mas para minha surpresa Moira dá risada.

–O que Oliver quer, é uma desculpa para ainda estar ligado a você querida. Aceite a proposta dele, estabeleça dias e horários, vamos ver até onde ele agüenta. –aconselha divertida. –Preciso ver o resto dos convidados, divirta-se.

Me divertir, suspiro pensando em que mundo eu conseguiria fazer isso. Olho em volta procurando por Thea ou Diggle, ou algum rosto familiar, mas não vejo nem mesmo Oliver no meio da multidão, o que me leva a pensar que ele resolveu vestir seu uniforme camuflado e nesse momento está me observando a distancia com o rifle preparado para atacar qualquer cara que se aproximar. Dou risada sozinha com minha mente fértil.

–Oi, parece entediada. –uma voz masculina grave, olho em direção a voz percebendo um homem alto muito bonito, com um tapa olho. Quem no mundo real usa tapa olhos?

–É por que estou. –respondo bebericando meu vinho.

–Então somos dois. –assume antes de pedir whisky no bar. –Slade Wilson. –ele pega a minha mão a levando a seus lábios. De onde essa cara saiu? Do filme do Peter Pan?

–Felicity Smoak. –respondo segurando o riso, mas ele de repente toma certa distancia.

–Você é a garota do Oliver. –agora tudo faz sentido.

–Na verdade, ex. –corrijo virando o resto do meu vinho, dali dedo podre! –Sou ex namorada do Oliver

–Conheço a história, pensei que estariam juntos depois que ele voltasse. Mas pelo visto vocês são amigos.

–Temos um cachorro juntos. –dou de ombros mordendo o lábio para evitar dar risada. Olho mais uma vez em volta a fim de encontrar Thea, mas só o que vejo é Oliver entretido em uma conversa animada com uma mulher morena, muito bonita por sinal, que era toda sorrisos para ele. –Quer dançar? –as palavras escapam da minha boca, diante do que eu acredito ser um ataque se ciúmes. Mas acho que Slade é seguro, afinal ele teve um amor épico que acabou de forma trágica e ainda é amigo de Oliver.

–Eu adoraria. –responde galante, seguindo a direção do meu olhar. Nos seguimos para a pista de dança e sinto sua mão enorme envolver minha cintura, enquanto a outra toma a minha a segurando sobre seu peito. –Aquilo não é o que você está pensando Felicity.

–Bom, Oliver me pediu para avisar ao cara que aceitasse dançar comigo, que ele tem porte de armas, e que acabou de chegar da guerra. –solto falando muito rápido, um sorriso divertido surge nos lábios de Slade. Ignoro a parte de ex namorada, acho que seria meio redundante nesse caso.

–Então somos dois. –responde me girando habilidosamente. –Oliver é um bom garoto. –fala comigo de frente para ele mais uma vez.

–Não quero mais falar dele. –digo vendo meu ex ter o rosto acariciado por outra mulher.

–Para sua sorte eu sou um homem de muitos assuntos. –sorri de lado. –Por que não me conta com o que trabalha? –faço careta franzindo o nariz. –Trabalha com ele? –concordo e Slade da risada. –Olha, prometo que vamos nos divertir essa noite.

–Ah, você promete? –questiono divertida.

–Não duvide, eu sempre cumpro minhas promessas! –diz cheio de convicção. –O que acha agora de pagar com a mesma moeda? –sugere.

–O que tem em mente? –questiono interessada e seu sorriso se torna ainda mais largo.

OLIVER

–Eu estou bem Makena. –sorrio educado tirando a mão dela de meu rosto. –Como anda o trabalho na policia?

–Normal, sabe como é Starlling City. –dá de ombros.

–Sei sim. –respondo olhando em volta, incomodado com a proximidade entre nós, avisto Felicity dançando com Slade que a fazia gargalhar em seus braços. –Quer dançar? –pergunto a garota, sem nem mesmo olhar direito para ela.

–Oliver sua perna. –diz um tanto surpresa.

–Seguramos as mãos um do outro, ou nos abraçamos no meio da pista. –falo já a levando na direção que eu queria. –Não vai ser problema, vai? –abro meu melhor sorriso para ela que parece ser o suficiente.

–Tudo bem Queen. –responde com um sorriso largo.

Caminho com ela até estar ao lado de Felicity e Slade, o que sorri abertamente a me ver. –Slade o que você está fazendo? –pergunto segurando na cintura de Makena, que não faz idéia do que estava acontecendo e recebe um olhar frio de Felicity. Eu voltei para guerra por causa desse cara e agora ele dança com a minha garota?

–Dançando com a mulher mais bonita da Festa. –ele responde divertido olhando diretamente para minha namorada, ex, quem se importa com termos?

–Ah Oliver. –ela me chama, ganhando imediatamente minha atenção. –Dei seu recado a ele, acho que não foi um problema, foi Sr. Wilson? –diz com deboche.

–Nem um pouco. –ele pisca para mim, e me sinto atraído pela idéia de perfurar o olho que o restou.

–Quem é essa Oliver? –Makena pergunta incomodada.

–Minha namorada. –respondo por reflexo.

–Ex. –Felicity corrige rapidamente. –Sou ex namorada dele.

–Não decidimos ainda. –falo a encarando em desafio.

–Quer dançar? –Slade pergunta a Makena que se anima me soltando. –Acho que eles precisam decidir isso.

–Mas você prometeu! –protesta Felicity indignada.

–Prometi que nós dois iríamos nos divertir, sabe tanto quanto eu que se divertirá mais com ele. E eu com certeza vou me divertir com ela. –Slade toca em meu ombro sussurrando a ultima parte em tom de segredo. –Vê se não faz merda kid. Ela é uma boa garota.

–Não farei. –prometo.

–Você é adorável Felicity. –diz antes de sair com Makena.

–Tchau Sr. Wilson. –murmura.

–Quer dançar? –pergunto oferecendo a mão para ela.

–Você não deveria estar dançando. –Felicity murmura parada em minha frente de braços cruzados.

–Para você ver o que me leva a fazer. –acuso ainda enciumado.

–Ele é seu amigo Oliver! –exclama irritada. –Passou o tempo todo arrumando as formas mais absurdas para dizer o quanto você é incrível, e heróico, mais uma dúzia de coisas!

–Nesse caso eu não deveria ter interrompido. –digo em tom de desculpas. –Quer que eu o chame de volta? –pergunto apontado na direção que ele dançava com Makena.

–Você Oliver Queen, é um idiota. -ela empurra meu ombro com um tapa, mas se arrepende quando eu quase caio devido a minha lesão e a falta de equilíbrio que ela causou.

Por instinto Felicity me puxa em direção a seu corpo a fim de evitar a minha queda. Passo minhas mãos ao redor de sua cintura, para estabilizar meu corpo a principio, mas então sou atingido pela sensação de a ter em meus braços mais uma vez. Sentir seu cheiro, suas mãos espalmadas em meus ombros, a maciez de sua pele. Sinto seus braços envolverem meu pescoço, e ela deita a cabeça em meu ombro, sem dizer nada, apenas nos abraçamos. Parados no meio da pista de dança ao som de Latch.

Você alegra meu coração, quando o resto de mim está triste. Você... Você me encanta mesmo quando não está por perto. Se houver fronteiras eu tentarei derrubá-las. Eu estou finalmente entendendo, agora sei o que encontrei.”

–Eu estava pensando sobre o que disse mais cedo. –comenta, ainda abraçada a mim, acho que nenhum de nós estava pronto para soltar, e tínhamos a desculpa da musica de toda forma.

–Sobre nosso cão diabólico? –sinto seu riso em meu peito.

–Apesar de eu ainda acreditar que está o usando para me manipular, sua mãe me aconselhou a aceitar.

–Conversou sobre Ray com minha mãe? –questiono incrédulo.

–Precisava avisá-la sobre o provável estrago no estofado e tapeçaria que ela irá sofrer!

–Você não me engana Felicity, no fundo o que você queria era uma aliada no divórcio! –acuso em tom de brincadeira. Ela se afasta apenas o suficiente para me olhar nos olhos com falsa seriedade.

–Quer ou não saber o que eu decidi? –seus olhos azuis estão semicerrados e impacientes.

–Claro que eu quero. –revido com carinho, afastando uma mecha de cabelo de sua face, a desarmando com o gesto.

Eu sinto que estamos perto o suficiente, posso me perder em seu amor? Eu sinto que estamos perto o suficiente, posso me prender em seu amor? Agora que eu tenho você aqui, não vou abrir mão de você. Você está acorrentado a meus braços. Estou agarrado a você.”

–Ele é seu as segundas depois das sete da noite, terças e quartas. Pode me entregá-lo na quinta, antes das sete da noite.

–Mas eu trabalho todos esses dias, não vou poder passar um tempo de qualidade com ele. Não agora que com a lesão, eu mão posso correr pela manhã. –argumento, acho que esse ferimento tem me dado alguma vantagem. –E acho que deveríamos passar o domingo juntos, como família, nós três. –ela ergue uma sobrancelha para mim. – Felicity, ele não precisa sofrer por o que seja, que está acontecendo entre nós! –faço minha melhor cara de bom moço.

–Ele é um cachorro Oliver! –solta chocada com minha cara de pau.

–Então conta isso para ele! –olho em seus olhos sério e ela não consegue mais conter o riso. Por um segundo sentimos a corrente elétrica entre nós, à vontade sobre humana de beijá-la.

Eu estou aprisionado, estou envolvido por seu toque. Me sinto apaixonado, agarre-me com toda a sua força. Como você faz isso? Você me faz perder o fôlego. O que você me deu para fazer meu coração saltar do peito? Sinto que estamos perto o suficiente. Posso me perder no seu amor?”

–Acho melhor eu ir. –murmura se soltando de meus braços, minha mãos encontram as dela e eu a seguro, incapaz de permitir que ela vá.

–Está cedo. –tento argumentar.

–Lembra a minha fada madrinha?

–Pensei que negasse a existência dela.

–Ah não, ela existe. Totalmente. –comenta debochada. –E para meu azar, hoje meu carro vai virar abóbora depois da meia noite.

–Te levo no meu.

–E tem a coisa do vestido, sabe como é... Vai tudo virar um amontoado de trapos. –desço meu olhos por seu corpo com um sorriso desprovido de qualquer vergonha.

–Isso também não me parece um problema.

–Nos vemos no domingo Oliver, para esse tal dia da família. –revira os olhos, mas eu me sinto vitorioso.

–Se cuida amor. –solto por instinto, mas ela sorri e se inclina nas pontas dos pés para beijar meu rosto.

–Vai se sentar, já ficou em pé por tempo de mais. –ordena apontando o dedo em minha direção enquanto saia.

Agora que te tenho em meu espaço, não vou abrir mão de você. Está acorrentado em meu braço, estou agarrado a você.”

Thea me acompanhou a fisioterapia nessa manhã, o que foi bom, por que minha mãe é um pouco exagerada nisso de doença, lesões, ou qualquer coisa que aconteça com seus filhos. A bateria de exercício que tenho feito é pesada e todos eles são absurdamente dolorosos, algo que dona Moira não seria capaz de assistir.

–Você está bem? –Thea questiona me ajudando a entrar no carro.

–É... –respondo com esforço. –Muito bem.

–Onde quer que eu te deixe? –fala dando partida no carro.

–Como assim me deixar? –olho para ela surpreso. –Pensei que fosse almoçar comigo.

–Na verdade eu tenho um almoço marcado com uma amiga. –faz uma careta culpada me olhando de lado. –Desculpe Ollie.

–Felicity? –questiono respirando fundo por causa da dor.

–É que eu não consegui a ver na festa, e acabei marcando que nos veríamos hoje. Tem problema?

–Nenhum, gosto que tenham uma a outra. –dou de ombros e pego o comprimido que tomo para dor em minha mochila, tomando dois de uma só vez. –Pode me deixar naquele restaurante perto da Verdant.

–Ah não, como vou te deixar nesse estado, para comer sozinho na rua Ollie? Vem comigo e Felicity.

–Ela vai ficar desconfortável, e eu não vou estar sozinho, preciso consertar algumas coisas. –estendo a mão pegando meu celular, disco um numero que não discava a muito, muito tempo, sou atendido no primeiro toque.

‘Ollie?’ –sua voz soa duvidosa, como se temesse que fosse trote.

–Hey, acho que já passou da hora da gente conversar. O que acha de um almoço, agora?

‘Me passa o endereço. ’


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Notas finais do capítulo

Não deixem de me dizer o que acharam, é super importante.
Bjs