Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 24
Capitulo 24 : A quase perda


Notas iniciais do capítulo

O capitulo mais triste que escrevi. Vocês me dirão o que acharam dele...



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Gabriela acordou ao meio da noite com uma forte dor de barriga. Era um noite quente, demasiado quente. As janelas estavam abertas mas mesmo assim, o ambiente estava insuportavél. Carlos Daniel dormia abraçado a ela, uma perna entrelaçava à dela, os seus cabelos estavam molhados e um fio de suor escorria pela sua testa morena. Tentou adormecer novamente e esquecer a dor que a tormentava mas não podendo mais, se levantou e desceu para buscar um copo com água.

Ao chegar à cozinha, uma forte pontada fez com que se dobrase em dois. Respirando profundamente, ergueu-se e abrindo a porta do armário tirou um copo e logo pegou na água que estava no frigorífico para o encher mas apenas levou o copo aos labios outra pontada fez com que ela gritasse e perdendo as forças deixou o copo cair fazendo com que ele se partisse em mil pedaços.

– Carlos Daniel! Carlos Daniel! - Gritou chorando, sentia que estava a ponto de desmaiar. Agarrando-se fortemente ao balcão, chamou uma vez mais pelo seu noivo.

Acordando de repente, Carlos Daniel tinha a impressão de ter ouvido a Paulina a gritar e olhando para o lado direito da cama, viu que estava vazia. Paulina gritou outra vez mas desta vez num grito surdo e desesperado. Saltou da cama e desceu a correr quase caindo nas escadas.

Paulina se segurava ao balcão com uma mão e com a outra segurava o seu ventre. Estava branca como o papel e a sua respiração era entrecortada.

– Paulina? Paulina, o que tens meu amor?

– A minha barriga... AI!!! - chorava franzindo a testa, - está-me a doer Carlos Daniel... Ai!!! parece que vai rebentar, doi-me Carlos Daniel, doi-me.

Pegando nela ao colo, levou-a para a cama e chamou o doutour Varela que deixando tudo a meio, disse que em menos de dez minutos estaria em casa deles.

A dor era cada vez mais forte e ela se contorcionava da esquerda para a direita como uma serpente. Carlos Daniel já não sabia o que fazer, indo à casa de banho, passou uma toalha por água fria e pousou-a sobre a testa dela. Foi quando finalmente tocaram à campainha e em menos de dois minutos os dois já estavam à beira dela.

– A quanto tempo sente estas dores? - Perguntou o doutor medindo a tensão que estava mais elevada do que o normal.

– Quando acordei à uns dez minutos atrás, foi a primeira coisa que senti... ai! outra vez, - disse se contorciunando.

– Comeu algo de inhabitual? Teve problemas de tensão ultimamente? Stress?

– Não, nada que nunca tivesse sentido ou feito antes... - sentiu uma dor muito mais forte do que as anteriores e foi quando começou a sentir algo quente escorrer-lhe pelas pernas.

Destapando-se, viram que estava a sanguerar e entrando em pânico, um leve grito saiu da sua garganta.

– Você esta grávida?

– Grávida?! - Repetiu Carlos Daniel ainda mais perplexo.

– N... não! Respondeu Paulina ainda mais pálida do que o que já estava.

– Tem a certeza? Porque ao parecer, está a perder o seu bébé. Temos que a levar imediatamente para o hospital.

Enquanto que Carlos Daniel telefonava para o hospital, o doutor Varela tentava parar a hemorragia. Conseguiu frear-la justamente quando a ambulância chegou. Pegando na Lizett que dormia e depois de ter vestido umas calças e uma tee-shirt, Carlos Daniel seguiu a ambulância no seu carro. O caminho até ao hospital jamais tinha-lhe parecido tão longo, nem tinha tempo para pensar de tão preocupado que estava pela mulher que ia na ambulância a ponto de talvez perder o seu filho ou filha. Chegando ao hospital, foi obrigado a esperar por ela na sala de espera enquanto que os médicos tentavam tanto salvar a vida dela como a do ser que estava a crescer dentro dela, pois outra explicação não havia. As horas passavam e continuava sem noticias, começava a pensar o pior quando finalmente o doutor Varela abriu as portas do bloco operatorio e se derigia para ele.

– Como está doutor? Está bem?

– Conseguimos parar a hemorregia e tivemos que por um pequeno imã no seu utero para que não perca o bébé até que ele nasça. Talvez nasça prematuro.

– Graças a Deus, - disse aliviado, - mas ela está grávida? - Ainda não podia acreditar. Como era possivél?

– Sim, e de dois meses para ser-lhe exacto. Felicidades, vai ser pai.

– Mas... mas... como? Se ela nunca aparentou sintomas e se sempre nos cuidamos?

– Ás vezes uma mulher não sente os sintomas da gravidez e é por isso que muitas apenas sabem que estam grávidas aos cinco meses que é quando se nota mais a barriga. Quanto ao facto de se protegerem... sabe que há sempre riscos. Mas já não se preocupe que ela vai ficar bem.

« Ficará aqui pelos menos dois dias mais de repouso e depois terá que descansar o máximo possível. Sei que são actores e que estam a filmar uma telenovela mas é importante que ela se repouse. Senão o seu bébé correra um grande risco.

– Prometo que faremos de tudo para que isso não aconteça. Obrigado doutor e, posso ir ver-la?

– Sim, mas não a altere. Vamos a trazer para o quarto que fica à sua esquerda.

Quando a viu na cama, pálida, sentiu um forte aperto no coração. Pousando a Lizett no sofá, dirigiu-se para a beira da sua noiva que dormia. Beijou os seus labios suavemente e pasando uma mão no seu rosto frio, deu-lhe graças a Deus por ter salvo a sua vida e a do seu filho.

– Carlos Daniel? - Abriu os olhos que pareciam pesar kilos, a sua voz era fraca e rouca.

– Estou aqui, meu anjo. Está tudo bem, não te preocupes. - Acariciou-lhe o rosto.

– O que aconteceu? Onde estou? E porque é que me sinto tão cansada?

– Não te lembras de nada do que sucedeu, preciosa?

– Lembro-me que me doí a barriga, que o doutor Varela entrou no quarto e começei a sentir algo quente mas não me lembro do resto. O que aconteceu? Porque é que me doía tanto a barriga?

– Tives-te uma grande hemorregia e estiveste a ponto de perder o nosso bebê, mas o médico operou-te para que não o perdesses e agora so tens que guardar descanço e tudo estará bem.

– Um... um bebê? Estou grávida? Eu?

– Sim não é formidavél meu anjo? Vamos ser pais.

– Mas...

– Não queres?

– Como duvidas, Carlos Daniel. Apenas fiquei atorduada com a notícia. Nós sempre nos protegemos tirando esta noite e eu não tive simptomas nenhuns.

– O doutor disse que às vezes acontece porque nem todas as mulheres reagem da mesma forma, sobretudo porque é a tua primeira gravidez. Mas agora tens que te repousar, preciosa porque já falaste demais e o doutor vai puxar-me pelas orelhas, - brincou pousando um beijo cálido nos seus labios.

Fanzendo espaço na cama dela, deitou-se ao seu lado abrigando-a em seus braços. Uma vez mais tinham passado por uma etapa dificil mas uma vez mais, o amor deles venceu as barreiras frente à diversidade.

Aninhando-se entre os braços do seu futuro esposo, Paulina suspirou, sentiasse protegida e amada, sabia que em seus braços nada de mal passaria e graças a Deus o seu filho estava salvo mesmo se sabia que teria uma gravidez de risco. Mas não valia a pena pensar nisso, o mais importante era que estava ao lado do homem que amava, o seu bebê estava bem e tinha a filha mais linda e doce que poderia desejar.


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