Maze Runner -Interativa escrita por New Girl


Capítulo 25
XXIV-Kevin


Notas iniciais do capítulo

Hey
Adivinha quem terminou o trabalho? Se você disse eu,você errou. Foi uma vadia da minha turma e.........e Ela assim como metade da sala fez movimento punk sou a unica que vende artes naquela coisa. Mas agora que já foi metade do trabalho ta de boa pra postar.

espero que gostem



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Lutava contra a coisa que tinha me pego,mas de nada ajudava. Acho que nunca cheguei a imaginar que essas coisas fossem tão fortes. A unica coisa que podia fazer era procurar alguma coisa para usar como arma,tinha cometido um error em deixar aquela faca para trás.

As ruas estavam naquele puro breu,os múrmuros insanos era indecifráveis,o cheiro de carne podre era a única coisa que sentia e um calafrio percorria minha espinha. Me debati um pouco mais e soltei meu peso pro lado esquerdo,na esperança que isso desse certo. O crank que me arrastava resmungou de dor,mas não largou-me e agora podia sentir sua mão deslizando para meu pescoço começando a estrangular-me . Respirar havia se tornando uma coisa difícil de se fazer. A pressão que sentia naquela região era intensa demais,mas ainda me debatia tentando me desvencilhar do crank. Só consegui dar-lhe uma cotovelada ,antes que meu pescoço fosse quebrado pelo mesmo, e por sorte acertei em seu braço o fazendo recuar um pouco,finalmente me soltando. Tossi algumas vezes enquanto passava a mão pelo meu pescoço,não tive muito tempo para ver se estava tudo bem pois o crank se jogava em cima de mim,tentando agarrar meu pescoço de novo.

O crank era um homem de meia idade,seu maxilar estava quebrado e toda a pele ao redor de sua boca estava cortada,parecia que ele próprio havia mastigado aquela região. Seu corpo estava em um estado de decadência total,de seus orifícios saia um liquido espesso e negro,infelizmente uma gota desse liquido caiu sobre minha bochecha esquerda,tinha um cheiro horrível, era como uma mistura de sangue e carne podre entre outras coisas. O homem não conseguia articular por causa do maxilar quebrado,mas deixava claro que seu objetivo principal era me estrangular.

Não demorou para perder o equilíbrio e levando o crank para o chão. O homem estava sobre mim,agora tentava arrancar um pedaço do meu braço com a fileira de dentes que ali o restava. O empurrava contra mim e dava alguns chutes. Podia tentar quebrar o pescoço dele,mas ele se mexia demais para isso e as chances de ser mordido eram altas demais,por isso esqueci essa ideia e o joguei para trás graças aos chutes que dava. Por sorte aquelas coisas não tinham muita agilidade e demoravam para ficarem de pé. Fui para cima do mesmo e comecei a golpeá-lo no peito. Dava um soco atrás do outro em seu peito,ele cuspia um pouco de sangue e daquele liquido preto,um pouco foi no meu rosto e o resto nas minhas roupas,mas simplesmente não ligava. Continuei a golpeá-lo,tornando sua respiração mais difícil,até que finalmente parou de se mexer.

Acho que fiquei uns cinco minutos parado sem saber o que fazer. O crank estava morto embaixo do meu corpo e acho que só restava voltar para perto dos outros.

Todavia,quando estava prestes a me levantar aquele homem,que julgava estar morto,arregalou seus olhos tateou sua mão pela rua ,com bastante agilidade para um crank, até finalmente achar uma garrafa de vidro e quebra-la em minha cabeça com toda força que lhe restava.

Não pude conter um gemido alto de dor a unica coisa que consegui fazer foi colocar a mão em minha cabeça,estava sangrando demais,tinha de sair dali antes que os outros cranks voltassem. Levantei-me o mais rápido que pude,isso me deixou muito tonto por um momento quase cai no chão de novo,não conseguia correr a unica coisa que conseguia fazer era andar um pouco rápido e só agora percebia que tinha me afastado demais de Caleb e dos clareanos. Seria loucura ir atrás dele já que em poucos segundos aquele lugar estaria de novo cheio de cranks. Dei uma rápida olhada as coisas ao meu redor até ver um deposito abandonado,nas portas tinham algumas barricadas de madeira,porém duas já haviam sido quebradas. Não fazia a menor ideia do que tinha no interior daquele lugar,mas era minha unica escolha.

Assim que entrei no lugar passei por alguns panos velhos e rasgados cobertos de poeira,isso era um bom sinal,talvez esse lugar esteja abandonado desde que essa loucura começou. Porém não pude examinar o lugar,apenas dei algumas passos para longe da entrada e deixei meu corpo cair no chão feito de madeira. Pressionava minhas mãos contra o corte,mas não conseguia mais me manter acordado...

...

–Acorde! -chamava uma voz muito distante. Não conseguia reconhece-la.

Minha cabeça doía demais,parecia que uma pessoa estava a me golpear com um martelo. A simples ação de abrir meus olhos era dolorida,mas me obriguei a fazer isso para saber quem estava falando comigo.

Minha visão estava embaçada demais,a unica coisa que conseguia ver era um medalhão feito de ouro que balança para os lados conforme o dono se mexia. Havia algo gravado no mesmo ''Nous voyons à Paris'',não foi preciso forçar meus olhos pois minha visão começava a voltar ao normal. Mas aquilo era francês?

–Finalmente acordou. -dizia a voz e finalmente tinha a chance de perceber que era uma voz feminina com um forte sotaque francês. -Está tudo bem?

Levantei-me devagar,colocando a mão sobre minha cabeça,fiquei um pouco tonto,mas nada muito serio. Me sentia um plong e sentia que estava fedendo,tudo por causa daquele liquido preto daquele maldito crank. Porém não dei muita importância para isso a primeira coisa que fiz foi virar meu rosto pro lado e ver a dona da voz e do medalhão.

Era uma garota que deveria ter mais ou menos uns 17 anos. Sua pele era branca demais quase translucida,mas suas bochechas era meio coradas. Seu cabelo era comprido de um tom muito fraco de loiro,chegava a ser branco. Poderia jurar que a garota era albina,mas seus olhos mostravam que não,tinham um forte tom esverdeado. Seus traços eram típicos de uma francesa,um rosto delicado e um corpo quase sem curvas. A garota usava uma calça jeans desbotada e uma blusa branca sem mangas.

–Quem é você?-perguntei enquanto me passava minha mão pelo corte em minha cabeça e depois olhava. O sangue havia sido estancado.

–Valentina...-o a garota parecia estar bem mais assustada do que eu com aquilo tudo. -E você? Como conseguiu esse corte na cabeça? E por que está coberto com essa coisa?

Passei a mão pelo meu rosto,aquele plong já estava seco seria quase impossível tirar agora. Balancei a cabeça algumas vezes e depois me voltei para Valentina.

–Kevin. Longa historia.

–Temos todo o tempo do mundo aqui. Os cranks não sabem que esse lugar está aberto...Bom,os cranks insanos. -nesse momento pude perceber uma certa tristeza no tom da garota.

–Você é uma crank,certo?

–Você também,se não fosse porque diabos estaria aqui? -questionava começando a me fuzilar com seus olhos esverdeados. -Por pura diversão que não é.

Não consegui conter um riso baixo. Algumas mechas de cabelo caíram sobre meu rosto,mas logo as joguei para trás de novo,voltando a observar a francesa.

–Tem razão,não sou tão maluco assim. -respondia enquanto olhava ao redor. -Bom,eu fui separado do meu grupo por culpa desses mértilentos e tal. Dai tive de atacar um deles para poder sobreviver. Achei que ele tinha morrido,mas estava errado e acabei levando uma garrafada na cabeça. Acho que isso resume toda a historia.

A garota me fitava com certo espanto,parecia que tinha contado para ela que tinha matado um cara e não um crank.

–Você matou uma pessoa!- gritou a mesma se colocando de pé.

–Era um crank.-respondia. -Era só um maldito crank.

–Nós somos cranks!-sibilava a mesma. -Todos aqui estão vivos,mas a unica coisa que mudou é que eles sucumbiram ao vírus! Não deveria mata-los.

–Você ouviu o que falei?

Tava começando a sentir saudade da Mikayla,ela não defendia cranks insanos,mas agora estava preso com a defensora número um dos cranks.

–Você que não quer me escutar. Pelo jeito que age vai sucumbir ao vírus bem antes de mim! Acha que por isso vou virar uma assassina e te matar? -a garota estava de pé e com seus braços cruzados. -É isso que o CRUEL quer. Para eles deve ser divertido ver pessoas normal enlouquecendo e outras pessoas se tornando assassinas. Tudo isso enquanto eles procuram uma cura que nunca vai existir.

–Você sabe do CRUEL?-me colocava de pé e segurava os braços da mesma. -Como sabe que não tem uma cura?

–Se tivesse uma cura não mandaria pessoas como eu para cá. -murmurava a garota observando o chão. -Confesso que é egoismo da minha parte pensar assim.

Fiquei calado por alguns minutos. O Homem-Rato havia prometido uma cura para nós. Mas por que acreditamos nisso? Desde sempre o que o CRUEL fez foi mentir para nós,mentir agora sobre uma cura não seria uma coisa difícil. Sem contar,por que daria a cura para um experimento falho como nós. Talvez realmente a unica coisa que eles queiram e ver um grupo de adolescentes sendo devorados vivos.

–Está tudo bem?-perguntou Valentina,quebrando o silencio.

–Hã? Sim. Só pensando um pouco...Mas o que quis dizer com ''pessoas como você''?

–Nada.-a garota respondeu meu rápido e depois virou seu rosto. -Nada que importe mais. Nosso passado simplesmente não existe mais.

–Eu sei disso...-respondi enquanto observava o chão de madeira,que estava um pouco manchado com meu próprio sangue e daquele Crank.


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