I do not remember anything escrita por Hale


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Eu estou simplesmente apaixonada pelos comentários



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583306/chapter/6

Já devia passar das 4 da tarde e eu continua deitada na mesma posição olhando o teto. Minha mente estava uma verdadeira bagunça, eu tentava me lembrar um pouco da minha vida antes do acidente, ou pelo menos me lembrar um pouco do acidente, mas nada fazia diferença, eu continuava sem lembrar de nada.

É tudo tão estranho, quer dizer, eu não sei nada sobre mim. Eu só sei que meu nome é Malia, ou eu acho que é. É bizarro toda essa situação, não saber nada sobre si mesmo, mas de certa forma pode ser bom, quer dizer, provavelmente tem coisas que eu gostaria de esquecer e bem, eu consegui esquecer.

Sabe, não é como se eu não me lembrasse de nada do acidente, eu me lembro, bem vagamente, mas lembro. Eu me lembro de luzes, faróis, lembro do gosto do metálico do sangue, me lembro de sirenes soando e me lembro principalmente da dor, me lembro dos machucados profundos.

Machucados ? Quando esse pensamento me passou pela cabeça eu me levantei rapidamente e olhei meus braços, limpos, sem nenhum machucado, atadura, curativo ou cicatriz. Depois olhei para minhas pernas, também não tinha nada, nem mesmo um corte. Nesse momento eu já estava com a boca a aberta, e o meu rosto ? Eu tenho quase certeza que eu havia me cortado na bochecha.

Eu me levantei da cama e corri para o banheiro, e me olhei no espelho. Nada. Nenhum corte, nenhuma mancha, curativo ou qualquer outra coisa. Okay, eu estava assustada.

Eu voltei para a cama e me sentei, milhões de pensamentos passavam pela minha cabeça. Como é possível eu ter sofrido um acidente dessa gravidade e não ter me machucado ? Eu bati minha cabeça e perdi a memória e não tenho nem mesmo um arranhão ?

Enquanto eu me perdi em devaneios a porta do quarto foi aberta e alguns adolescentes entrarão. Eu estava com as mãos apertando minha barriga, em um local em que eu tinha certeza que havia sido machucado.

–Malia ? O que foi ? Está se sentindo bem ? -Perguntou a enfermeira que abriu a porta.

Eu fiz que não com a cabeça freneticamente.

–Não eu não estou nem um pouco bem. -Eu disse rapidamente, pressionando ainda mais minha barriga.

–O que está sentido ? Quer que eu busque algum remédio ? -Perguntou a enfermeira preocupada. Todos no quarto me olhavam preocupados, principalmente aquele Stiles.

–Você não vê ? Com é possível ? -Eu disse apontando para meus braços.

–Não vejo o que querida ? -Disse a enfermeira com a voz controlada. Todos no quarto me olhavam preocupadamente, temendo a minha resposta.

–Eu não estou machucada. -Eu disse em um suspiro.

–E isso é bom querida. -Disse a doutora sorrindo.

–Bom ? Como assim bom ? EU SOFRI A DROGA DE UM ACIDENTE E NÃO ESTOU MACHUCADA ? ISSO NÃO É BOM. -Eu já estava gritando, ninguém estava me entendo, ninguém via.

–Malia, por favor se acalme- Disse a doutora um pouco assustada pela minha reação. Na verdade todos pareciam assustados pela minha reação.

–Me acalmar ? Como eu vou me acalmar ? Eu me lembro de dor, me lembro de sangue, me lembro de machucados, como é possível eu estar bem agora ?

–Malia, eu prometo que você vai entender isso em breve, mas agora por favor se acalme. -A doutora disse com certo receio, como se eu fosse uma bomba, prestes a explodir.

Eu não disse nada, apenas peguei uma seringa que estava ao lado da cama e passei ela pelo meu pulso fazendo um corte fino porém profundo. Todos me olharam com espanto, logo Stiles tirou a seringa da minha mãe e a enfermeira se aproximou assustada, o meu braço sangrava muito.

–Malia você não devia ter feito isso querida.

Eu não respondi apenas fiquei olhando para o meu braço e arregalei meus olhos. O meu ferimento estava se curando.

–O que... que... como.... -Eu não conseguia formular uma frase, estava tudo confuso na minha mente.

–Malia por favor se acalme. -Disse a doutora normalmente, como se fosse normal tudo que estava acontecendo.

–EU NÃO VOU ME ACALMAR. EU ESTOU ME CURANDO. ISSO NÃO É POSSÍVEL. NÃO É. O QUE ESTÁ ACONTECENDO ? -Eu voltei a gritar e a me debater na cama.

A doutora não disse nada, apenas olhou para os garotos que estavam ao lado da cama. Eles assentiram e se aproximaram de mim e me seguraram, me imobilizando na cama. Eu continuei gritando.

A doutora tirou uma seringa do avental e se aproximou de mim, ela murmurou algo como, "me desculpe, mas é preciso", depois injetou a seringa em meu braço e a inconsciência me levou quase instantaneamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de comentar



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I do not remember anything" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.