Aidentiti no kōkan escrita por Neko D Lully


Capítulo 14
Visitas no treino


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora, tive dificuldades com esse cap e ainda por cima lendo mangá, que aliás está me dando água na boca *¬*... Ah bem, deixando toda essa baboseira de lado, aproveitem o cap ^^



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O dia de treino começou do mesmo jeito que todos os dias. As aulas já tinham chegado ao fim e como era sexta feira todos os alunos se apressaram para casa, seria o ultimo treino da semana a espera do dois últimos amistosos marcados para a semana seguinte. Seria um treino completamente normal se logo depois do aquecimento, bem no meio de uma partida duas pessoas não tivessem aparecido no lugar.

– Nii-san! - gritou Shinra escapulindo de sua posição quase no mesmo momento em que a bola vinha em sua direção, salvando seu próprio rosto todavia deixando que a mesma caísse. Ennoshita, no susto, até tentou recuperá-la, em vão.

– Sakurano, não saia de sua posição no meio do jogo!! - repreendeu enquanto se erguia do chão furioso.

– Espera... Ele disse "Nii-san"?!! - exclamaram Hinata e Nishinoya, quase passando por cima Ennoshita enquanto se aproximavam do pequeno garoto que havia corrido até a porta.

– Por que não me disse que viria?! - reclamou para seu irmão assim que se viu frente a frente com ele, um muxoxo em seu rosto. - Devia ter me avisado ontem! E não venha com desculpas porque você teve tempo suficiente pra isso!

– Não é como se fosse algo que eu precisasse avisar. - comentou o rapaz levando as mãos para dentro do bolso. Talvez só então, em meio a sua irritação o pequeno jogador reparou que mais alguém estava ali, uma garota ao lado de seu irmão, praticamente de seu tamanho, os cabelos loiros e olhos atentos em sua direção. Arrastou-se para perto de seu irmão, seus olhos ainda sem deixar a garota que ele tinha ao lado, temendo que com aquele olhar fosse saltar em sua direção.

– Ne... Nii-san, quem é ela? - sussurrou, apontando discretamente na direção da garota loira.

– Ah, desculpe. Essa é minha amiga Emily, Emily esse é o "irmão" que tanto te falei. - apresentou sem muito interesse, todavia um pequeno sorriso brotava em seus lábios de forma discreta, bem sabendo o que sucederia em seguida. Emily podia ser uma garota muito quieta, mas era curiosa e quando finalmente tinha a oportunidade de matar essa curiosidade deixava escapar um lado que poucos viam.

– É um prazer conhecê-lo! Minha nossa, seu irmão me falou tanto de você que sinto que já te conheço! Eu estava ansiosa por esse momento, nem acredito que finalmente posso te ver. - sem demora a pequena loira agarrou a mão do jogador, falando tão depressa que ele mal conseguia entender se quer uma palavra do que era dito.

Nishinoya e Hinata observavam ligeiramente próximos, todo o treino havia dado uma pausa por causa dos convidados e agora não conseguiam parar de encarar. Exatamente por dois motivos: o primeiro, e mais obvio de todos, a garota que havia chegado era simplesmente linda! Um anjo caído na opinião de Nishinoya e Tanaka que também havia se aproximado, os rostos corados ao ver a pequena loira. E o segundo motivo, o qual deveria ser o principal, no entanto não era, era o pequeno detalhe que estavam vendo DOIS Shinras! Como assim estavam vendo em dobro?! Mesmo tamanho, mesma cor de cabelo, mesma cor dos olhos, mesma cor da pele, até mesmo o corpo magro parecia igual! Talvez se não fosse as roupas diferentes eles seriam facilmente confundidos!

– Eh... Shinra... - chamou o irmão, apontando para suas costas. Uma onda de encaradas estava sendo emitida daquele lugar, "Shinra" não tinha percebido, todavia seu irmão já estava começando a se sentir um idiota pelado sendo encarado por uma enorme plateia. Não era nada agradável ser observado daquele jeito.

– Ah! Desculpe, Senpais esse é meu irmão, Nii-san esses são meus senpais, Hinata-senpai, Yuu-senpai e Takana-senpai. - apresentou, um enorme sorriso surgindo em seus lábios enquanto apontava para cada um enquanto citava os nomes de forma respectiva.

– É um prazer conhecer todos vocês. Esse aqui fala muito bem desse clube, então obrigado por cuidarem tão bem do meu irmão. - ele fez uma pequena reverencia, deixando todos os senpais por perto extremamente corados e sem jeito. Aquilo não acontecia todo dia, principalmente se tratando de um bando de marmanjo que em tudo que conseguiam se destacar era no vôlei.

– Novamente, você foi formal de mais. - resmungou a pequena loira enquanto sorria carinhosamente, seu jeito angelical havia voltado. O garoto bufou, cruzando os braços, não era como se tivesse dito algo errado. Apesar de que não teria palavras o suficiente para agradecer a aquelas pessoas pelo que fizeram a sua irmã.

– Meu coração foi flechado! Acho que estou morto porque estou vendo um anjo! - exclamou Tanaka, o rosto completamente corado e os olhos em formato de coração, a mão apertando forte sua roupa na região do peito.

– Acho que estou apaixonado por esse rosto de anjo! Sua beleza é tanta que me cega! - dessa vez era Nishinoya, o rosto voltando-se para outro lado, como se realmente uma luz forte o estivesse machucando os olhos. Era realmente uma situação engraçada e típica dos dois, todavia deixaram a pequena com um forte rubor no rosto enquanto seu companheiro ao lado soltava uma pequena veia em sua testa.

Claro, a brincadeira não poderia durar muito. Uma aura sombria cobriu os garotos que se divertiam, uma aura que eles conheciam bem e os fez gelar dos pés a cabeça. Nishinoya e Tanaka sabia, e Shinra já teve suas pequenas experiências, de como Ennoshita poderia ser verdadeiramente assustador. Nos tempos de estudo em que o moreno e atual capitão do time, ajudava aos dois desajustados a se dar bem nas provas e isso se aplicava a uma ditadura de ferro. A irmã de Tanaka era a prova de seu verdadeiro potencial em colocar todos na linha.

– As crianças já acabaram com o recreio? - a voz era tranquila, todavia o tom nem tanto. Os dois senpais estremeceram, enquanto o pequeno calouro esgueirava-se pelos cantos de forma que não fosse notado. - Podemos continuar o nosso treino? Ou vocês querem outra derrota em um amistoso? Ou melhor, vão querer perder nas primeiras partidas do intercolegiais?

– N-não está e-exagerando um pouco E-ennoshita-san? - gaguejou Tanaka, encolhido ao lado de seu pequeno companheiro que havia emudecido por um instante.

– Está me questionando Tanaka?

– Não senhor!

– Então de volta para quadra vocês dois, agora!

– Vocês... dois? - Nishinoya e Tanaka encararam o lugar onde antes Shinra se encontrava, percebendo finalmente que o pequeno não estava mais lá e sim dentro da quadra, em seu devido lugar, como se nunca tivesse saído de lá. Ele abandonou seus senpais!

O treino voltou a seu ritmo normal, os dois convidados sentando-se em um canto onde pudesse observar o jogo que se seguia. Não era como se pudessem ter um divertimento, mas convenhamos, sempre se observar um jogo que é efetuado com todas as fibras de seu corpo, com toda a dedicação e força, nunca se fica entediado, o coração vai a mil e sente vontade de ficar ali, vendo aquele espetáculo para frente. E algo que sempre foi deixado demarcado nos jogos de Karasuno era sua dedicação e emoção em cada uma das partidas. Como se cada jogo fosse o ultimo. Onde cada passe, cada corte, cada contra ataque e recepção poderiam equivaler aos últimos pontos.

Em algumas estratégias de jogos bolas impossíveis de pegar eram deixadas de lado. "É apenas um ponto perdido, não vai fazer diferença na partida", é o que alguns pensam. Mas em um jogo oficial, não se pode dar ao luxo de perder um ponto se quer, pois um ponto perdido era um ponto mais perto que o adversário estava de alcançar a vitória ou seu rival. Para quem dedicava a alma e o coração naquele esporte, perder era intolerável, era insuportável!

Shinra observava sua irmã jogar com um sorriso tão grande em seu rosto, com um empenho tão exageradamente comovente que não teve palavras. Apenas conseguia observar, apenas conseguia ver cada movimento, não apenas dela, como o de seus companheiros. Chegava até a ter vontade de entrar e jogar, de mover seu corpo como o deles, para ajudar, para saborear a vitória que foi conseguida não por sorte, mas por sangue, suor e dedicação.

Recordou-se do tempo que ajudava Hina a treinar, o tanto que ela se esforçava, que dedicava sua vida a apenas um mero esporte. Ela era apaixonada por um jogo, talvez por esse motivo ignorava qualquer outro detalhe que era importante para qualquer outra pessoa. Estudos? Sim ela se dedicava a eles, mas não eram sua prioridade. Amigos? Ela os conseguiu por causa do esporte, mas viveu a maior parte da sua vida sem precisar seguir ninguém. Namorados? Nossa! Ela nunca teve e sabia bem que nunca pensou em ter. Era toda uma "machinha".

Vestidos nunca usou, seus joelhos estavam sempre ralados, as mãos tinham calos e bolhas de tanto que treinou cortes e levantamentos. Seus cabelos nunca estavam penteados e as vezes o lavava mal, sempre curtos para livrá-la do trabalho arrumá-los e do incomodo que seria nos jogos. Bermudas largas, blusas largas, nada que mostrasse suas curvas femininas nem ao menos um instante, por mais que tivesse um corpo escultural de boa forma por todos os exercícios que fazia. Tinha muita energia e demasiadamente tagarela. Sua irmã realmente era uma peça rara que em poucos lugares poderia se encaixar.

Esteve a seu lado desde o nascimento, observou várias de suas facetas, esteve com ela em momentos bons e ruins, viu sorrisos de todos os tipos em seu rosto, as vezes acompanhados de lágrimas, e mesmo assim era a primeira vez em toda sua vida que conseguia ver um sorriso tão sincero no rosto de sua irmã. Um sorriso que só poderia ser expresso como a mais pura felicidade.

Reparou, no entanto, que não apenas ela era assim. Todos ali estava se dedicando ao máximo para ter um bom desempenho, alguns destacando-se mais que os outros. Não entendia muito de vôlei, mas sabia algumas coisas que o ajudavam a ver de forma mais clara o que se passava na quadra.

Os líberos de ambos os times, apesar de pequenos, se moviam com agilidade e destreza o suficiente para apanhar bolas que as vezes jurava que atingiriam o chão, os ponteiros, retirando sua irmã obviamente, tinham um ar ameaçador que indicava considerável força. O bloqueio parecia não ser bem firme, mas alguns até que se destacavam, como o garoto de óculos que era até intimidador. Eles eram um time que dava valor a seu nome e força.

– Incrível! - exclamou Emily a seu lado, os braços abraçando fortemente os joelhos que haviam sido puxados para o peito, enquanto seus olhos focavam-se no jogo a frente. - E nem estamos em uma partida. Vê-los treinando é incrível

– Tem razão... - murmurou, quase em um assobio de satisfação. Estava feliz por ter ido ali.

– Ah, quem são vocês? Shinra-san, não devia estar treinando?! - os dois convidados ergueram o olhar ao ouvir a voz que havia se aproximado. Yachi chegara um pouco atrasada por causa de algumas atividades extraescolares que foi obrigada a fazer. Todavia, assim que viu o pequeno atacante sentado do lado de uma garota desconhecida, questionou-se o que poderia estar acontecendo.

– Deve estar me confundido com meu irmão. Ele está logo ali na quadra. - comentou, apontando para o lugar onde Hina saltava e acertava a bola em mais um ponto perfeito. Yachi encarou um após o outro, seus olhos virando espirais que demonstravam sua confusão pelo assunto.

– Dois Shinras?!! - exclamou assustada, em um estado de desesperação. Os convidados riam de sua reação exagerada, que terrivelmente demorou um pouco para se acalmar. - Então Shinra é seu irmão gêmeo, isso explica porque são tão parecidos. Ufa, por um minuto pensei que Sakurano-san estivesse se multiplicando.

– Isso seria realmente um desastre para o mundo. - riu o garoto, voltando seus olhos para a quadra.

– Mas é incrível te conhecer, Sakurano-san realmente se destaca na quadra, mesmo sendo tão pequeno, vocês devem incentivar muito ele a treinar. - comentou Yachi, um pequeno sorriso surgindo em seu rosto.

– Ah, nem tanto. Eu sempre ajudei ele, mas nossos pais não são muito a favor. - comentou o garoto, sem muita emoção em sua voz. Era uma noticia já velha.

– Sério? Por que?

– Apesar de estar bem quieto, como ele me falou, meu irmão tem o costume de se meter em encrencas, mesmo que não sejam relacionadas a ele no começo. - comentou seu olhar distraído na quadra, observando sua irmã jogar. - Isso acaba por gerar lesões que as vezes podem impedi-lo de jogar por um tempo. Ele é esperto, então sabe como tratar dessas lesões de forma que possa jogar com tudo o que tem, mas nosso pais não veem assim. Para eles, parar o esporte é a solução mais segura e viável, sem falar de mais barata. Pagar fisioterapias não é fácil. Por isso meu irmão sempre esconde o que faz.

– E pensar que por trás daquele sorriso poderia ter tantas barreiras. - comentou Emily com um pequeno sorriso surpreso no rosto. Shinra e sua irmã nunca aparentaram qualquer dificuldade em lidar com problemas, apesar do garoto ser completamente sem emoção qualquer um diria que sua vida era fácil. E com o sorriso e jeito simples que sua irmã portava o tempo inteiro, ninguém diria que passou por algum problema em sua vida.

– Ele realmente não parece ser do tipo que tem alguma dificuldade ou se preocupa com elas. - concordou Yachi. - Então é bom vê-lo aqui agora, com toda essa empolgação.

– Tem razão, é incrível... - murmurou o garoto, mais para si mesmo do que para suas companheiras. Ele havia se encolhido um pouco, os olhos verdes reluzindo de um jeito enigmático que nenhuma das duas conseguia compreender, nem sua reação nem sua fala. Haviam detalhes que ainda não haviam sido contados, detalhes que permaneceriam enterrados entre os dois irmãos.

Assim que o treino terminou Shinra se despediu de seus senpais, voltando para casa junto com seu irmão, Emily e Akane.

– Nii-san, o Akane-kun vai ir lá pra casa hoje. - comentou Hina com um enorme sorriso no rosto, caminhando tranquilamente pelas ruas, sua bolsa pendurada sobre os ombros e os braços jogados atrás da cabeça. O anuncio foi feito de repente, em um momento de silencio entre os quatros.

– Eu vou?

– Ele vai?

– Vai, temos uma partida de vídeo game, esqueceu Akane-kun? Eu quero testar o jogo novo que ganhei e quero que você jogue comigo. - comentou sorrindo, não reparando no constrangimento de seu companheiro. - Sem falar que já me cansei de ganhar do meu irmão, ele é muito fácil.

– Oie! - exclamou indignado Shinra. Não poderia negar que sempre perdia de sua irmã em qualquer jogo que aparecesse em casa, mas não era para ela ficar falando que derrotá-lo era fácil. Aí já era humilhante de mais. - E você não pode falar esse tipo de coisa tão de repente. Tem que ser com antecedência.

– Mas eu avisei com antecedência, nem chegamos em casa ainda. - comentou inocentemente.

– Tenho a impressão que você tem uma falha em sua mentalidade de antecedência. - foi então que algo lhe surgiu, não teria problema afinal, se Hina levava um amigo ele também poderia. - Então Emily também vai lá pra casa.

– Eu vou?

– Ela vai?

– Isso ta ficando repetitivo. - resmungou Hina fazendo um bico de desgosto, e então suspirou. - Tudo bem, não é como se tivesse muito problema. É bom que assim mamãe não vai ficar me incomodando por ter levado alguém.

– Você planejou isso sua... - e a brincadeira recomeçava até o momento que chegaram em casa.

Como Hina havia previsto sua mãe não tinha se incomodado com o fato desde que Shinra também havia trazido um convidado, claro, eles acabaram por mentir dizendo que Akane na verdade era colega de Shinra e que Emily era a amiga da escola de Hina, quando na verdade as coisas eram o contrario. Shinra recobriu um pouco tarde que o rapaz já sabia sobre o segredo, mas quando foi perguntar como Hina escapuliu do assunto, prontamente correndo para o sofá começar sua sessão de jogos.

Quando a mãe dos gêmeos sugeriu que os garotos ficassem, já que estava muito tarde, Akane já havia perdido três partidas de quatro, mas claro a ultima derrota Hina nunca admitira que tinha sido pra valer. Emily depressa foi ao telefone informar seus pais que não voltaria para casa, mas estranhamente Akane nem ao menos se preocupou em levantar-se do lugar.

– Não vai ligar para o seus pais? - chegou a perguntar Hina uma vez que percebeu que seu companheiro não estava disposto a parar o jogo, mesmo depois que Emily havia desocupado o telefone da casa.

– Não preciso ligar. - comentou simplesmente o garoto, sem tirar os olhos da tela da TV onde se passava o jogo.

– Eles não vão ficar preocupados.

– Tenho certeza que não.

Depois disso decidiu não perguntar mais. Tomaram banho e então se reuniram na sala de jantar para poder comer o que a mãe dos gêmeos havia preparado. O pai deles apenas chegava durante a madrugada, então não o veriam naquela noite.

– Você faz parte do mesmo clube que o Shinra-kun, Tomoshi-san? - começou a mãe dos gêmeos com um sorriso reluzente no rosto, não reparando o gesto de nojo que Hina havia feito apenas para seu irmão perceber, obrigando o mesmo a soltar uma gargalhada contida. Akane simplesmente se dedicou a assentir. - Então, como meu filho tem se saído. Sabe, Shinra não é muito fã de esportes, e tenho certeza que só entrou no vôlei porque o pai o obrigou. Ele tem causado algum problema?

– Não é que seja um problema, mas ele se deixa levar muito pela onda dos senpais, é instável e terrível nas recepções de qualquer tipo de bola, me impressiona que não tenha quebrado. - comentou o garoto, parecia não se importar muito e continuava a comer calmamente enquanto falava. Hina se encolheu, era obvio que ele não estava falando de Shinra, mas dela. Seu irmão, no entanto, segurou uma pequena risada. - Mas, quando está jogando e mesmo quando não está, motiva todos os jogadores a darem seu melhor, o tamanho não parece lhe atrapalhar e sempre tenta fazer coisas novas. É um companheiro incrível, animado e prestativo. No mais, não temos muito o que reclamar dele.

– Oh? Sério? Poxa nem parece que estava falando do meu filho. - comentou a mãe dos gêmeos com um sorriso impressionado.

– Akane no baka. - murmurou Hina escondendo o rosto completamente vermelho.

Assim que o jantar terminou Akane foi para o quarto de Shinra enquanto Emily dormiria no quarto de Hina. Um clima meio estranho seria posto entre eles já que não tinham o menor contato um com o outro tirando aquele mesmo dia. O melhor a se fazer era dormir, todavia, parecia que Hina não conhecia essa palavra.

– Então você descobriu que meu irmão era um garoto só de vê-lo algumas vezes? Ele deve ser uma menina horrível. - comentou divertida.

– Não tanto quanto você. - brincou a loira. - Você é realmente um ótimo menino.

– Isso foi cruel. - riu a morena. - Mas como meu irmão tem se saído na escola? Não com relação aos estudos, isso eu sei que ele é um nerd irremediável!

– Bem, ele tem alguns amigos além de mim, e como é uma "garota", alguns interessados também. - Emily se dentou no futon preparado para ela e encarou o teto enquanto pensava, não tinha ideia do que exatamente Hina estava querendo saber, todavia, tentou procurar o melhor para dizer. - Mas tirando isso ele costuma passar despercebido na maior parte do tempo e é muito insensível com relação a pessoas que não conhece.

– Então ele não mudou nado do padrão eh... Continua a mesma coisa... - Hina ajeitou-se em sua cama, sendo atentamente observada por sua companheira. Depois de alguns minutos voltou seu olhar para ela com um sorriso gentil, mas enigmático. - Cuide bem do meu irmão, Emily-chan. Ele precisa muito de alguém como você do lado dele.

Emily não entendeu, havia algo por trás daquelas palavras que não conseguiu descobrir o que era, todavia não viu como perguntar. Assim sexta passou, um dia tranquilo, sábado veio junto o fim de semana que por sua vez também chegou a seu fim. A semana seguinte veio como sempre e novamente sexta estava ali, um amistoso e finalmente sábado.

O jogo contra Seijoh ia começar.


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Notas finais do capítulo

Ok, espero que tenha ficado bom, a partir daqui começa a chegar novos personagens e tentarei andar mais rápido com os acontecimentos, já que pretendo chegar ao final dessa fic sem que ela fica extremamente grade.

Bye bye