Immune escrita por Feer


Capítulo 5
Desconhecida


Notas iniciais do capítulo

Peço imensas desculpas pelo sumiço de anos. rs
Estou de volta, e com alguns capítulos já saídos do forno. Ou do oceano. Hm.



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Irlanda, suas duas fiéis amigas e o acompanhante de Samantha seguiam para o Triângulo das Bermudas. A viagem era longa, mas nada que um auxilio do Mar os fizessem chegar mais rápido. 

— Nós vamos adentrar aquele redemoinho, e ele nos levará direto ao nosso destino. Eles funcionam como portais dentro dos mares. Confiem em mim. — a seriedade do tom que a ruiva usava deixava claro quais eram suas intenções. Não estava brincando, muito menos testando suas colegas. Deveriam pular ali dentro de quisessem conhecer o mistério que a mais antiga protege com tanto afinco — Deem as mãos. Não podemos nos soltar, caso contrário, será muito difícil para nos reunirmos novamente.

Samanta fora a primeira a dar-lhes a mão, seguida de Bering, que segurava as sete garras de seu interesse romântico. Alasca ofereceu a mão esquerda para Anya, que encontrava-se relutante quanto à escolha. Deveria mesmo seguir por este caminho? E se acabassem no meio do abismo? Ou então, encontrassem algum tipo de monstro marinho? Fechando os olhos em apuros, agarrou a mal da ruiva, apertando-lhe como se não houvesse amanhã.

E assim foram os quatro para dentro do fenômeno natural. O que a bela sereia não sabia era que seu inimigo iminente estava a alguns metros ao lado dela, adentrando ao redemoinho com sua tripulação. 

~

A viagem de alguns minutos fora turbulenta, mas os quatro seres místicos conseguiram avistar terra, como prometido. Todos aparentavam estar surpresos com o lugar — principalmente Irlanda, que reconhecia que ali não era sua proteção.

— Estamos no lugar errado. — proferiu assim que todos saíram da água, ganhando pernas para caminhar pela areia. — O mais curioso é que eu nunca vi esta ilha antes.

— Então descobrimos um lugar novo? Inacreditável! — a euforia de Anya era presente em seu tom de voz. Deu alguns pulinhos, até que sentiu certo incômodo nos tendões. — Estou enferrujada. Fazia muito tempo que não andava em minha forma humana.

— É por isso que deveriam periodicamente sair caminhando por aí. Nem que seja pelas pedras da superfície mais próxima de onde vivemos. — respondeu Samanta, andando de forma delicada por entre as pequenas conchas ali dispostas.

— Eu gostaria de afirmar que encontramos um lugar novo, mas aparentemente não estamos sozinhos. — a ruiva proferiu enquanto observava alguns aspectos os quais provavam que alguém já havia passado por ali.

Para começar, havia uma pequena poça de sangue coberta por uma pequena rocha, quase imperceptível. Seguindo o caminho que tal pessoa tenha feito, a poucos metros havia uma tora de madeira fincada no solo, onde já havia terra firme. Alguns caroços de frutas eram visíveis ao lado da mesma, e a sereia mais velha podia ouvir de longe passos, juntos de...

Um arpão em sua direção.

A ruiva habilidosa conseguiu segurar a arma antes que pudesse lhe deformar o rosto. Prestando atenção de onde o objeto veio, correu para encontrar quem ousou atacar-lhe e, em uma velocidade surpreendente, ergueu o indivíduo com suas mãos, retirando-lhe do chão.

— Calma, calma! Achei que vocês fossem humanos invasores, e não criaturas do mar! — respondeu afobado, aliviando-se assim que a ruiva, com uma expressão curiosa no rosto, colocou-lhe no chão — Reconheço uma charmosa sereia quando analiso de perto. Os anos me trouxeram alguns problemas de visão. — sorriu de maneira frouxa, visualizando o grupo juntar-se.

Era um homem cheio de músculos, sarado. Tinha a cor do ébano, sua pelagem limitando-se a alguns fios na barba, apenas. Os olhos escuros fitavam Irlanda com gracejo, e a postura forte e sagaz trazia-lhe confiança, dando um ar de poder para ele.

— Quem é você? — perguntou a ruiva, franzindo o cenho.

— Sou Trindad, protetor desta ilha. Nosso pai me concedeu este privilégio. — mostrou-lhe então uma tatuagem tribal que possuía no braço esquerdo. — Não precisam temer. A ilha é calma, os animais deste habitat são pacíficos e as plantas não lhe trarão mal algum.

E, desta forma, os cinco místicos conversaram um pouco. Irlanda explicou que estavam indo para o Triângulo das Bermudas enquanto Anya admirava as diversas frutas existentes naquela área. Samanta e Bering aproveitaram o momento para explorar um pouco o local juntos, a procura de privacidade.

Mal sabiam eles que, ao norte da ilha, humanos comemoravam uma falsa vitória.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!



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