O poder era algo gracioso em Irlanda. Não importa onde - lago, rio, represa, mar, oceano - ela sempre causava boas intenções. Tanto em outras dela, tanto em inocentes atingidos pela mesma.

Seus cabelos tinham uma cor indescritível. Hora ruivo, hora castanho. Era uma mistura onde era possível notar fios rosa ou vermelho-fogo as vezes.

Irlanda nunca foi de ficar presa. Faz muitas amizades por todos os caminhos que percorreu, mas o seu espírito é livre. Nem os pais conseguiram prendê-la, imagina meras sereias pelo caminho. Tão bela e tão divina, chega até a conquistar tubarões ou qualquer outro ser-vivo dentro do mar. Até os irracionais se encantam com ela. O peder era algo realmente gracioso em Irlanda.

Combinava com a sereia, que tendo a pele com um leve bronzeado e a cauda num tom verde-esmeralda - assim como seu olhos - vagava de águas em águas, sempre sendo cautelosa com quem a via. Não poderia deixar humanos quaisquer vê-la. Deveriam ser apenas suas vítimas e algumas sereias que encontrava pelo caminho.

Irlanda havia acabo de sair do Lago Ness em busca de qualquer outro lugar para se divertir. Foi quando decidiu, por conta própria, visitar o Mar da Irlanda, lugar onde nasceu seu codinome.

Lá não era um lugar assustador ou sombrio, porém lhe agradava a vista e o clima do lugar. Sem contar que era deserto e, realmente, o que Irlanda precisava era da solidão.
Solidão. Era a única coisa que a domava por inteira. Nasceu para ser sozinha. Nasceu para vagar sozinha. A solidão lhe trazia esperanças de ser uma rainha de onde veio. Trazia sonhos e devaneios onde a moça era tudo o que queria, principalmente humana.

Humana? Não... Irlanda não queria ser exatamente humana. Ela tinha um certo medo de pernas. Pareciam ser tão frágeis. Como dois palitos conseguem sustentar um tronco, dois braços e uma cabeça?

Guiou-se até uma pedra, onde decidiu sentar-se de maneira confortável. Observou o mar e fechou os olhos em seguida, deixando seus pensamentos consumirem-a enquanto o sol nascia.