New neighbor escrita por Sadie Ketchum Potter


Capítulo 8
8 - Mais um novato e... BEIJO?!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que gostem hihihi



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Já havia se passado duas semanas, e hoje Tracey chegaria em Twinleaf. Ash já zoava mais junto com a gente, no momento, estávamos todos na rodoviária da cidade. O Ketchum e o Hayden falavam de batalhas, enquanto que eu, a Maple e a Waterflower olhávamos o ônibus.

— Caraca, que demora! - Exclamou o moreno. - Ô Misty, que horas chega o ônibus dele?

— Umas 16:00, que horas são?

— 16:20 - Respondi.

Ela fez uma careta, no mesmo momento, o celular da de olhos verdes vibrou, e ao pegar, meu algo que não queria muito: Tracey demoraria pra chegar pois o trânsito estava caótico. Resolvemos então ir à cafeteria do local, comer algo e descontrair.

Chegamos e sentei-me com o pessoal numa das mesas, a morena, o esverdeado e a ruiva estavam de frente para mim e para o moreno. Pedimos dois sucos de morango, um de uva, dois de laranja, cinco pães de queijo e cinco macarons.

— Então, o que faremos quando ele chegar? Ou melhor, onde raios ele vai ficar? - Questionei.

— Numa república do lado do Pearl, por incrível que pareça… - Respondeu nossa ruiva.

— Bem, tenho novidades pra vocês, o Diamond foi comprado pelo Pearl e agora geral vai pra lá.

Cuspi meu suco de laranja pra fora e fitei o ser esverdeado, isso significava que teria e estudar com a Platinum, com o Harley, o Nando… Não pensei duas vezes e saltei pra cima dele, sendo segurada por Ash, que tinha uma gota lateral em sua cabeça.

— Calma ai Dawn… - Dizia o moreno.

— CALMA AI O CARAMBA! QUE HISTÓRIA É ESSA Ô GRAMA AMBULANTE?!

Ele explicou melhor, o prédio tava caindo aos pedaços e tiveram de vender. Sentei e voltei a tomar meu delicioso suquinho enquanto bufava várias e várias vezes. Eu ainda mato esse coisa chamado primo da Misty.

Comemos mais um pouco e lá pelas 17:30 o ônibus de Traceu chegou. Quando ele desceu, a de olhos verdes pulou nele, abraçando-o fortemente. Ele era um cara de pele morena (mais que a do meu vizinho), olhos pretos e cabelos castanhos escuros e que vinham na altura do queixo. O cara parecia ser um surfista.

— E aí! - Eu disse. - Sabe que a praia não é aqui né?

— D-Dawn! - Exclamou a ruiva. - Tracey, esta é Dawn, amiga minha e de May, Meu primo Drew e Ash, vizinho da Dawn.

— Olá! Muito prazer!

Todos nós o cumprimentamos e fomos levá-lo até a república. Ele trazia muitas malas, aposto que em uma pelo menos tinha coisas de gente surfista! Eu ainda vou espiar a mala dele! É só esperar uma brecha.

— Aposto R$5,00 que tem coisas de surfista naquela mala! - Sussurrei para meu belo vizinho.

— Fechado! - Ele respondeu em mesmo tom.

Enquanto não me davam tempo, ficamos conversando e fui dando uma de Sherlock Holmes pra cima do novato. Tracey era das Ilhas Laranja (sabia que era surfista!) e se mudou para cá para ter melhores estudos. Misty dava uma risada baixa, até que dava dó dele, porém, não vou baixar guarda pra cima desse moleque não! Meus amigos são meu bem maior, se alguém feri-los, vai apanhar muito e muito!

— Ei pessoal, vamos fazer uma torta? - Questionou a morena.

Todos assentimos e aproveitei a distração pra xeretar a mala de Tracey. Realmente, tinham coisas de surfista, como por exemplo uma prancha de surf e umas fotos dele surfando. Tirei uma foto discretamente com meu celular, fechei a mala e voltei, esperando o retorno de minhas amigas com os ingredientes.

Quando elas voltaram, a tragédia começou: Quebramos ovos no chão, derrubamos farinha, o recheio (no caso leite ninho e nutella) quase foi pro beleléu… Entretanto, conseguimos fazer uma deliciosa torta doce. Devoramos praticamente tudo, o novato instalou seu PlayStation2 e jogamos um jogo das Tartarugas Ninja. Isso até às 19:30, horário que tivemos que ir embora.

— Ele é muito gente boa. - Comentou Ash.

— Verdade… - Disse Drew, ainda um pouco sério.

— Bem povo, eu e o Ketchum aqui temos que ir… Bye! - Exclamei, arrastando meu vizinho. - Dá meus cinco conto!

Ele arregalou de leve seus lindos e brilhantes olhos e deu meu dinheiro, mostrei as fotos e o mesmo deu uma risada baixa. Ao chegarmos em minha casa, notei que havia um homem nela. Ele tinha cabelos azuis como os meus e estes eram ralos, seus olhos eram castanhos escuros e sua barba era igual a do Robert Downey Jr.

Minha versão mais velha deu a desculpa de que iria fechar a janela e pediu para eu ir até a casa dos vizinhos, sua face demonstrava preocupação e um pouco de desespero. Apenas assenti, extremamente preocupada e, no fundo, desesperada. Entramos na casa do moreno e ficamos sentados no sofá, a senhora Ketchum disse que mais tarde dona Johanna passaria lá para me buscar.

— Mãe, quem é aquele cara? - Questionou o maior.

— Eu… Não sei…

Passamos algumas horas conversando sobre assuntos diversos e levamos um susto ao ouvir a campainha soando. Delia abriu a porta e vimos mamãe com uma expressão de choro. Engoli em seco, o que raios havia acontecido naquela casa?

— D-Dawn… E-Eu te amo minha filha…

— Mãe, o que aconteceu?!

— Seu pai! É isso o que aconteceu!

Arregalei meus olhos levemente, o que meu pai tinha haver com todo o ocorrido? A minha versão mais velha começou a explicar, o homem que estava em casa era meu pai, queria conversar com mamãe e pedir minha guarda. Comecei a chorar. POR QUE ELE ME QUERIA DEPOIS DE TANTOS ANOS?! O QUE ESSE IDIOTA QUERIA?!

— Não é justo! Eu não quero vê-lo, nunca!

— Querida, entenda, ele vai tentar por muito… - Não adiantou, ela voltou a chorar.

— Johanna, você vai precisar descansar, passe a noite aqui… Você e Dawn. - Delia disse.

Minha mãe assentiu, sentando no sofá e me abraçando fortemente. Ash apenas nos encarava, resolveu ajudar sua mãe com os colchões para baixo. Eu apenas abraçava minha mãe de forma forte, ela não parava de chorar assim como eu. Lá pelas 22:00, todos fomos dormir. Fiquei pensando no que acontecera na minha casa, engoli meu choro e adormeci.

Na manhã seguinte, o colchão de minha mãe havia sumido do meu lado, a Sra. Ketchum não estava e Ash fazia seu café da manhã. Espreguicei-me, dobrei o cobertor e guardei o colchão no andar de cima. Sentei-me ao lado do moreno e fiquei encarando um pão com manteiga tristemente. Quem fica triste encarando com com manteiga?

— Dawny-chan, fica calma, sua mãe vai ficar com você.

— Assim espero.

Tomei o café-da-manhã, agradeci meu vizinho e fui pra minha casa, disse para ele ir pra lá depois. Ao chegar, fui para o banheiro, tomei banho, deixando a água escorrer por mim e me relaxando. Após isso, vesti uma calça jeans azul clara com rasgos, regata branca com flores pretas e uma rasteirinha bege.

Não demorou muito para o moreno tocar a campainha, abri a porta e notei que, além de Pikachu, ele trazia um violão consigo. Arregalei meus olhos levemente e me sentei no sofá junto dele. Ash deu um sorriso para mim e disse para eu me sentar de frente para ele.

— O que é isso?

— Vou fazer uma serenata de alegria. - O moreno sorriu para mim.

Suspirei, ouvindo a doce melodia do rapaz cantando Pra Sonhar - Marcelo Jeneci. Quando a música acabou, pude sentir uma lágrima teimosa saindo de mim. Não, não posso chorar na frente dele! Isso seria extremamente constrangedor! Mas quem disse que sou eu que controlo meu corpo?

Comecei a chorar um pouco. Tá, na verdade comecei a chorar o sistema Cantareira inteiro, porém, para piorar (ou melhorar, hehe), eu estava chorando na camiseta por cima daquele tanquinho definido! Como não ficar constrangedor?!

— Dawn, calma… - Ele me dizia. Ash consegue ser a pessoa mais fofa do mundo quando quer reconfortar alguém.

— C-como? Um cara que se diz meu pai quer me tirar de quem realmente me criou!

Senti o moreno suspirar e suas mãos irem parar no meu queixo, ele levantou meu rosto, nos deixando extremamente próximos, coisa que deixou-me mais corada ainda. Seus olhos negros se fecharam, e, instantaneamente, os meus azuis também fecharam, ficamos mais perto ainda e finalmente pudemos selar nossos lábios. Ficamos no selinho por um tempo, até eu pedir passagem para a língua e ele ceder, fazendo tal ato ficar intenso e prazeroso, sua boca tinha um gosto doce e era quente, algo que me tranquilizava.

Paramos de nos beijar, abrimos nossos olhos e nos encaramos, extremamente vermelhos e envergonhados. O garoto deu um sorriso galanteador e me deixou mais ruborizada ainda. Sério Arceus, por que ele faz isso com o meu pobre coraçãozinho? E o que fazemos com meninos que nos beijam mas não são nossos namorados? Exato, colocamos eles para fora de casa antes que avancem esses beijos.

— Ok ok, melhor você ir, não?

— Dawny-chan, o que você…? - O pobre Ketchum não pôde terminar a frase, fechei a porta na cara dele. - DAWN, ABRE A PORTA, POR FAVOR!

Suspirei, ainda muito envergonhada do que eu acabara de fazer. Caminhei até meu quarto e mandei mensagens para minhas amigas, contando o ocorrido e como eu estava envergonhada. As três aparentemente queria dar gritos histéricos e, sem zoeira, eu acho que a qualquer momento elas brotariam na minha casa, mas por incrível que pareça ninguém surgiu na porta.

PORÉM UM SER RETARDADO QUE EU CONSIDERO MEU VIZINHO BROTOU NA JANELA DO MEU QUARTO! Na hora que o vi pelo espelho dei um berro, como ele subiu até a janela…? Ah, a trepadeira ao lado da janela… Clichê, entretanto, é muito kawaii-desu.

— Ash, desce daí!

— Só saio daqui se me deixar entrar.

Suspirei, corando mais um pouco e dando passagem para ele subir. Notei que seu Pikachu subia com um pouco mais de dificuldade, todavia, ele chegou em meu quarto, arfando um pouquinho e ficando estirado no chão e recebendo auxílio de meu Piplup.

— Quer jogar algo?

Assenti, descemos a escada pelo corrimão e fomos jogar xadrez. Sim, eu sei jogar xadrez, e sim, eu ganhei do Ketchum três de sete vezes, ou seja, não sou tão ruim assim. Passamos a tarde daquela forma, jogando, rindo, conversando, coisas que conseguiram me distrair do problema que surgia em minha família.


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