Você já sabe que em qualquer lugar
Eu tô pensando em você
Por mais distante que eu pareça estar
Eu tô pensando em você

Há tanta coisa fora do lugar
Que eu tento arrumar por você
Só pra poder te mostrar que ao seu lado é meu lugar
E que não há mais ninguém

Pensa em mim que eu tô chegando agora
Não precisa mais chorar
É que a saudade eu já deixei lá fora
Espera, eu não demoro a voltar

Pensa em mim que eu tô chegando agora
Não precisa mais chorar
É que a saudade eu já deixei lá fora
Espera, eu não demoro a voltar

Você já sabe que em qualquer lugar
Eu tô pensando em você
Por mais distante que eu pareça estar
Eu tô pensando em você

Agora eu tô tentando arrumar
Um jeito de ficar com você
E pra nunca mais partir
Eu só quero é ser feliz
Com você e mais ninguém

Pensa em mim que eu tô chegando agora
Não precisa mais chorar
É que a saudade eu já deixei lá fora
Espera, eu não demoro a voltar

Eu não quero ser só mais um na sua vida
Voltando pra casa eu já sei onde vou ficar
Dormir e acordar com você todo dia
E pra não ter mais que te deixar
E pra nunca mais te deixar

Pensa em mim que eu tô chegando agora
Não precisa mais chorar
É que a saudade eu já deixei lá fora
Espera, eu não demoro a voltar

(Meu Lugar– Onze:20)

○ ○ ○

A garota corria apressadamente entre os corredores da escola, tinha que encontra-lo! Em seu rosto havia várias lágrimas descendo sobre o mesmo, mais dessa vez as lágrimas não eram de dor como costumavam ser, agora eram lágrimas de felicidades, sim ela estava muito feliz, pois, agora sabia que Juca sempre esteve falando a verdade. E naquele momento a felicidade não era o único sentimento que estava sentindo, estava com raiva, mais não de Juca, de Débora ou de qualquer outra pessoa, estava com raiva de si mesma, por fazer tanto drama e nem deixa-lo explicar direito, raiva de ter ficado tanto tempo longe de seu tão amado namorado!

Cris corria cada vez mais, entrando em qualquer sala pela frente. As pessoas a olhavam como se ela fosse uma alienígena, ela corria apressadamente e ás vezes esbarrava em seus próprios pés, mais no momento não ligava se as pessoas a olhavam estranho, apenas queria o encontrar e dizer-lhe tudo que tem em seu coração.

Havia chegado em um sala, conhecia a ali, era a sala de musica, abriu a porta e suspirou aliviada por finalmente o encontrar, sim, Juca estava ali olhando para os instrumentos, mais Cris percebeu que o garoto estava chorando, tanto que nem percebeu sua chegada.

—Juca...? –o chamou com a respiração ofegante, o garoto logo reconheceu aquela voz e se virou arregalando os olhos.

—Cris, eu preciso falar com você! –falou ele chegando perto dela e a garota o olhou, os olhos vermelhos e a expressão confusa e distante.

—Espera Juca, eu realmente preciso falar com você... Mais primeiro deixa eu me recuperar – falou divertida e Juca ficou quieto a olhando respirar fundo em busca de folego, ele estava distante mais a sua vontade era de estar abraçado com ela e nunca mais solta-la! Nunca mais...

—Desculpa por isso, eu queria te encontrar logo – falou Cris e Juca a olhou sem entender, ela estava o procurando? –Eu preciso te dizer uma coisa – falou ela.

—Eu vou te ouvir! –falou ele

—Eu quero que você saiba que a alguns tempos atrás, uma semana mais ou menos, eu estava pensando em partir para outra, não queria mais sofrer por você... Mais eu via você todos os dias e eu sentia que a cada dia que passava eu me apaixonava mais e mais por você!

–O que você quer dizer com isso Cris? Você tem outra pessoa? –perguntou Juca já deixando as lágrimas caírem, Cris sentiu seu coração doer vendo-o triste daquele jeito

–Não Juca, eu não tenho outra pessoa... –falou Cris e o garoto sentiu um peso ir embora, que bom! —Eu realmente pensei em ter, pois, achava que nós nunca daríamos certo de novo. E foi com esses pensamentos que eu encontrei uma garota! Ela me contou que estava apaixonada por um menino e que ele não correspondia os sentimentos, no começo eu fiquei triste por ela, mais depois eu não queria ajuda-la, pois o garoto que ela gosta é meu e apenas meu... –Cris deu uma pausa e olhou para Juca que estava a olhando cada vez mais confuso, Cris soltou uma breve gargalhada mais logo continuou — Ela me disse que te beijou e que a culpa foi dela e apenas dela, no começo não acreditei, nem um pouco para falar a verdade, mais eu achei a atitude dela muito linda! Ela me falou que ela que te beijou porque te amava, mas você não correspondeu nem o beijo e nem os sentimentos dela...

—A Débora...? –perguntou ele e Cris andou devagar até ele, parando em sua frente.

—Sim... Juca, você poderia ter continuado sem mim, talvez não com a Débora mais com qualquer outra garota, porque não fez isso? –perguntou Cris e Juca a olhou no fundo de seus olhos

—Por que eu te amo... –sussurrou encostando suas testas

—Eu também te amo Juca...

—Cris, eu sou o cara mais idiota do mundo por quase ter perdido minha única felicidade! –falou ele e Cris deixou lágrimas caírem, Juca sempre falava coisas lindas para ela!

—Eu que sou a garota mais idiota do mundo por não ter acreditado em você... Desculpa-me Juca! Eu tive medo que você apenas quisesse me enganar e... –foi interrompida por um beijo, calmo e doce, como sentiram falta daquilo, dos beijos, das caricias, dos abraços e de tudo! Logo, o beijo tão esperado por ambos foi interrompido pela falta de ar, Juca a abraçou forte e sussurrou.

—Eu entendo você minha pequena! Você tem medo de se machucar com o amor, não é? Medo de não acreditar mais no amor... Você é minha anjinha e eu sempre farei você acreditar no amor!

—Droga Juca, você entende tudo tão bem - falou ela escondendo o rosto na curva de pescoço dele, que apenas riu.

—Apenas quando se trata de você – disse e deu vários selinhos na amada

—Juca posso te pedir uma coisa? –perguntou ela e Juca sorriu

—Claro que sim amor! –falou

—Então, será que você...

○ ○ ○

Juca andava a procura da ruiva, o garoto sabia que agiu muito mal com Débora, mais também era de se esperar, afinal ela havia destruído seu relacionamento com sua amada! Mais parando para pensar agora... Ela havia destruído e construído novamente... Certo? Sim, ela havia falado com Cris e Juca não tinha, agora, nada contra Débora na verdade ela até que pode ser uma boa amiga para ele!

Olhou para o banco e viu Débora no mesmo lugar que Cris havia dito, sentada no banco do pátio. O garoto andou rapidamente até lá e a chamou

—Débora, eu posso falar com você? –perguntou ele

—Juca? O que você está fazendo aqui? Não me diga que a Cris não te aceitou de volta? Eu vou falar com ela de novo! –disse Débora se levantando e apenas não começou a andar porque Juca riu —O que foi? –perguntou envergonhada e feliz, ele estava sorrindo depois de tanto tempo!

—Está tudo bem Débora, a Cris me desculpou sim! –disse ele se sentando no banco e batendo levemente no mesmo para que Débora também se sentasse, ela meio indecisa se sentou do lado dele.

—O que você quer dizer então...? –perguntou

—A palavra certa não seria ‘dizer’ e sim ‘agradecer’ e ‘desculpar’ –disse sorrindo —Débora, eu sei que fui muito mal com você, e me desculpo por isso...

—Está tudo bem, eu fiz algo muito ruim! –falou a garota

—Mesmo assim, não queria descontar tudo em você, por isso me desculpe! –falou Juca e nem deu tempo de Débora responder, pois, logo continuou — Eu queria agradecer á você por ter falado com a Cris sobre o que realmente rolou entre a gente, ela me disse que admirou seu ato e u também fiquei muito admirado por você ter feito isso! –falou Juca abrindo um enorme sorriso para ela que se envergonhou

—Você e nem a Cris precisam me agradecer, o que eu fiz foi errado e apenas fiz o que era certo a se fazer! –disse ela

—Por isso mesmo, você reconheceu ser próprios erros e isso é de se admirar! –falou Juca sorrindo e se aproximando devagar dela.

—O que você está fazendo? –perguntou ela envergonhada e se surpreendeu quando Juca a abraçou, num abraço apertado.

—Me desculpa por ter magoado seus sentimentos, eu estou arrependido! Me desculpa por dizer isso mais a única pessoa que eu amor é minha pequena, fico feliz por você estar gostando e mim, mais esses sentimentos só estão te magoando... –falou ele

—Eu sei, mais eu gosto de você!... Mais eu também sei que seus sentimentos são verdadeiros por isso eu vou tentar partir para outra!

—Fico mais aliviado, não posso te amar do jeito que você quer mais posso te amar como uma amiga, uma irmã. O que você acha, ‘talvez maninha’? –perguntou ele Débora riu

—Claro maninho! –falou ela o abraçando mais apertado, Juca sorriu e retribuiu o abraço mais apertado.

–HunHun... –ouvira uma tosse forçada e os dois olharam para frente vendo Cris — Desculpa atrapalhar o momento mais eu ainda fico com ciúmes, enterram? –Cris perguntou e os outros dois riram

—Que fofa – disse Débora

—Vem cá também fofinha –disse Juca sorrindo e a puxando para um abraço triplo!