Cap  20

POV Autora (Gajeel)

A música estava alta, meu corpo, agitado. A qualquer momento a garota azulada entraria pela porta com o cafajeste que ela passou um bom tempo amando, mas neste dia, ele finalmente irá pagar pelo que fez a azulada.

A porta já havia sido aberta muitas vezes. Natsu, Gray, Erza, Jellal e muitas outras pessoas entraram, mas nada da azulada. Eu já começara a ficar mais do que irritado, nunca fui bom em esperar. Quando a porta é aberta novamente, eu vejo uma pequena azulada de máscara laranja. Como sempre, ela conseguia estar uma gracinha. Mas eu nunca admitiria isto a ninguém, então foda-se. Bora estava ao seu lado com um sorriso satisfeito no rosto. Isso me deixa fervendo de raiva.

Começo a chegar perto dos dois. A coitada conseguia fingir muito bem rindo e abraçando- o, logo isto iria terminar. Quando ele se afasta, a mesma segue em minha direção.

—Vamos começar quando? Estou nervosa... – Ela fala e só então eu percebo que ela está muito perto de mim, e um pouco vermelha. Ela era muito fofa.

—Não fique nervosa, na melhor chance você fala. Eu estou na espreita. Vai lá que ele está voltando.

Ela olha para o lado em um pulo, e corre até lá. Me aproximo do lugar onde o grupinho estava. Por sorte eles diminuíram um pouco a música, e eu consegui ouvir a conversa. 

—Iai, vocês dois já estão namorando sério? –Ele nota um olhar de gozação na cara da menina que falou isso.

Idiota.

—B-bem. – Ela gagueja, não de vergonha, mas de nervosismo. Ele percebe, mas o pessoal do grupo não. – Eu não diria namorar já que gosto de outra pessoa.

Bora, que estava ao lado dela, congelou assim como todo o grupo. As meninas começaram a rir. Irritado eu ando até o grupo e empurro Bora, que já estava rindo. Pego a cintura de Levy e dou-lhe um beijo, que ela retribui.

Finalmente a solto, e vejo que está ofegante e vermelha. – Cara, faz tempo que eu queria fazer isso. – Eu solto sem pensar.

Olho de volta ao idiota, ele estava vermelho de raiva. Então vejo um punho vindo em minha direção. Por pouco desvio. Levy deu um gritinho de susto. Olho a ela de soslaio, com isso recebendo um soco no rosto. – Então sua vadia, você sempre esteve mentindo para mim?

—Filho da mãe. – Eu resmungo, colocando a baixinha de lado quando o idiota quase voa para cima dela. Vou para cima do mesmo dando um soco em sua barriga, e logo depois um outro em sua cara de veado. Eu já queria fazer isto a algum tempo.

POV Autora (Gray),

Depois daquele dia, Juvia não me olhava mais na cara. Estava no baile, algumas garotas haviam me convidado, mas eu as havia dispensado. Acho que sou o tipo da porcaria de algum masoquista. Por acaso estava aqui só para ver o Lyon e ela juntos? Não valia a pena.

Andando até a porta, vou ao estacionamento. Estava chovendo a algum tempo, para melhorar o humor. Paro de andar quando eu vejo uma garota sentada no banco na frente do dormitório das garotas. Ela não estava de vestido. O que ela estava fazendo aqui se não fosse para entrar no baile, e nessa chuva? Por algum motivo ficar olhando de longe estava me incomodando, então chego mais perto. Percebo que ela tem uma cabeleira azul e encaracolada igual a Juvia. Ainda mais perto eu conseguia ouvir esta garota chorando.

—Juvia, o que você está fazendo aqui fora chorando? – Eu falo em um tom bravo quando chego até ela.

 Ela dá um pulo e olha para trás com os olhos vermelhos. Levanta e começa a se afastar, eu rapidamente pulo o banco. Quase derrapo no chão, mas me seguro no mesmo e seguro seu braço.

—Gray, me deixe ir por favor! – Nesta hora um trovão atravessa o céu. – Você é a única pessoa que não queria ver hoje, por que está aqui? – Sua voz estava tremula.

Puxo ela para o meu peito. –Hey, o que aconteceu com você?

—Eu contei para ele. - Ela fala enquanto derrama mais lágrimas. Eu pergunto o que ela havia contado.

 -Eu só aceitei ficar com ele por que queria te esquecer! –

A frustração me dá um tapa na cara. Ela fez aquilo por minha causa. – Me desculpe.

Pego seu rosto e beijo-a na bochecha. Depois, na boca. – Eu não queria fazer você passar por isso, é que você sempre foi tão intensa. Eu não sei o que fazer perto de você.

Ofegante e não diminuindo seu aperto em torno de minha cintura, ela me olha com os olhos marejados. Mas desta vez eles não estavam mais tristes.

—Eu fiquei louco quando me disse que iria vir com o Lyon. Sinceramente não parava de pensar nisto. – Eu admito.

Ela me dá um enorme sorriso. Ela espirra, e percebo que está tremendo. – Vamos entrar, o vento está frio e estamos encharcados.

Voltamos para o baile, mas não estava como quando eu havia saído de lá. Havia um grupo de pessoas brigando.

POV Autora (Lucy)

Aproximadamente 1 hora antes dos acontecimentos anteriores.

Passamos pelas portas do salão e todos estavam bem agitados. Mesmo vendo algumas meninas chorando ou brigando, mas caso à parte. Wendy estava radiante agora que ela conseguia ver tantas pessoas. Provavelmente iria ficar assim por um bom tempo. Os garotos não eram só os da nossa escola, eu tinha ouvido que outras escolas tinham sido convidadas para o baile.

—Irmão, vamos pegar algo para beber. – Wendy pede para Natsu, e ele assente com a cabeça. Falo que eu iria ficar lá por um tempo. Queria dançar. – Beleza, mas nos encontre daqui a meia hora no barzinho. – Ele fala.

 Eu comecei a procurar pela Erza logo que os dois saíram, mas eu não achava ela em lugar nenhum. Só conseguira reconhecer a Mira, mas ela estava junto dos professores. Por isso eu comecei a dançar sozinha. Depois de um tempo, vi que estava sendo ridícula e então comecei a andar até aonde Natsu pediu. Porém, haviam muitas pessoas, o que dificultava o meu trabalho.

Eu paro quando eu vejo algo chocante. Gajeel puxando Levy de um garoto e beijando-a. Mas ela não tinha um namorado? Aparentemente era o garoto que socou o Gajeel logo em seguida, e solta um berro a ela. Isso não foi nada gracioso. Ele iria para cima da coitada, se Gajeel não tivesse empurrado a mesma em minha direção. Que merda era aquela? Um filme de ação por acaso?

—Você está bem? – Eu a solto assustada. Ela me olha com medo – Me d-desculpe. – A coitada estava tremendo. Eu escuto um trovão do lado de fora e solto uma maldição.

—Hey, olhe o que você fez! Estava brincando com o Bora este tempo todo? – Uma garota fala emburrando Levy.

Eu vejo Levy inflar o peito e seus olhos mostravam raiva, fico surpresa, pois ela era a última que eu esperava ver com tanta raiva. –Que surpresa, ouvir você falando isso. –Ela retruca empurrado a menina de volta, que cambaleia para trás.

Mas que merda, ela ia empurra-la de novo quando eu seguro o braço da mesma. – Nós não precisamos brigar, certo? – Eu falo, não parecendo uma pergunta. Realmente espero que não, eu nunca gostei de violência, mas sabia me defender quando ameaçada.

—Me solta sua desgraçada! –Ela puxa o braço de volta, mas logo depois tenta vir para cima de mim. Eu desvio. Ela com certeza não brigava muito. Antes de ela conseguir puxar seu braço, eu seguro ele bem forte eu dou um soco em sua cara. A coitada cai no chão com o nariz sangrando. – Venha, antes que mais alguém tente ir para cima de você. – Eu falo empurrando os ombros de Levy, mas uma mão segura meu ombro virando-me bruscamente.

Me deparo com um cara enorme. –Onde você pensa que vai com essa menina? Ela vai se arrepender de ter brincado com o Bora, e você de ter socado a minha amiga. – Ele estava pressionando meu ombro com muita força, e estava começando a doer. – Me solte! – Eu falo sentindo meus olhos arderem.

—Calminha meu amigo, para que tratar uma garota pequena como ela deste jeito? – Uma voz fala atrás do homem, que logo solta meu ombro e se vira. –Sting, seu maldito, o que você quer? –

 O grandão se esqueceu completamente de nós duas!

—Ah, só salvando essas duas garotas. Ninguém nunca te ensinou a não bater em mulheres? – O menino falou, não conseguia ver o que estava acontecendo. Aquela muralha atrapalhava minha visão. Mas eu não podia ficar aqui de qualquer jeito, alguém mais poderia vir e tentar defender este tal de Bora novamente. Virando-me para Levy, vejo que a coitada estava com lágrimas nos olhos. – Você está bem? Eu me chamo Lucy e você é?

—Levy... – Ela fala. – Então vamos sair daqui antes que tudo piore. – Ela assente.

—As duas garotas estão bem? – A voz do mesmo garoto atinge nossos ouvidos. Olho para trás e vejo um garoto loiro e alto. –Eu sou o Sting, como o grandalhão já me apresentou. – Sting fala sorrindo para nós duas.

Olho para trás dele e vejo o grande homem deitado ao chão. Meus olhos arregalam-se. – Muito obrigada por nos salvar! Sou Lucy. – Eu falo sorrindo. Ele parecia ser uma boa pessoa.

—Oi, você se lembra de mim? Eu sou a Levy. – Ela fala baixinho.

—Ah claro aquela menina esperta da Fairy Tail. Bom, vocês sabem como deixar uma festa animada. – Ele fala com humor.

—Sting! Não corra assim feito um idiota. – Um garoto com cabelos negros fala com raiva atrás de Sting. O mesmo nos olha e murmura um “oi”

—Mas o que está acontecendo aqui? Por que o Redfox está dando uma surra no Bora? – Sting pergunta olhando para trás. Eu também olho na mesma direção, e nossa, ele havia imobilizado o mesmo.

—G-gajeel, não mate ele! – Levy fala correndo para os dois garotos se matando no chão. E não eram só eles que estavam brigando, metade das pessoas do baile estavam se confrontando.

—E-ei meninas não voltem! –ouço o tal de Sting falar mas ignoro, não podia deixar a Levy sozinha com aquelas pessoas.

—L-Levy! – Eu corro até ela mas quando eu sinto um peso em minhas costas, eu solto um grito. Alguém havia caído em cima de mim. Logo essa pessoa se levanta. – Luce, você está bem?- Natsu aparece me ajudando a levantar. – LUCY! Como você conseguiu errar meu nome, depois de me conhecer por tanto tempo? – Eu dou um tapa em sua cabeça. – Calma Luigi! – Ele levanta as mãos em rendição.

—Errado novamente. – Eu murmuro e vou atrás de Levy que estava segurando Gajeel, Bora já estava deitado no chão inconsciente, não sei porque não estava surpresa.

—Lucy, Lucy, você não tem senso de humor. Mas isso não importa, vamos em bora que a Wendy ficou nervosa com toda esta situação. Ela está esperando no carro. – Ele fala, sem eu perceber nós estávamos de mãos dadas, com ele me levantando a o estacionamento.

—Mas a Levy... – Eu reclamo me virando para ver a mesma beijando Gajeel pela segunda vez na noite. – Vamos para casa logo. – Eu falo pegando sua mão e saindo daquele lugar louco.