— Meus Demônios. escrita por Scar


Capítulo 2
• Sono perturbador.


Notas iniciais do capítulo

— Oi pessoal, este capitulo eu fiz bem mais leve.



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Levi tinha saído do bar onde tinha ocorrido uma certa perca de controle, o moreno saia na chuva que antes era fina e agora mais pesada a ponto de dar pressão sobre o corpo de tão forte que descia a terra aquelas gotas de água. Via-se do lado direito policais passando indo a direção de onde o moreno antes estava, provavelmente já foram chamados pelo dono do bar. Levi se incomodava pouco, devido a não confiar nas pessoas, mas não fazia nada ao ver aqueles cinco policiais passando por ele. Procurava um lugar para fechar os olhos e tentar dormir, era isto o que ele desejava no momento. O cabo da tropa de exploração então via uma casa velha abandonada em ruínas. Ele franzia as sobrancelhas não gostando muito da aparência que aquilo tinha, mas seria melhor do que ir a algum hotel ou hospedaria ter que preencher uma fixa, ele não queria deixar “rastros” sobre seu paradeiro. Aos redores da casa tinha muros quebrados e gramados altos agora molhados pela chuva que ainda escorria, o moreno ia entrando neste terreno e em passos calmos ate finalmente chegar na porta quebrada da casa, ele encostava a mão direita na madeira molhada e empurrava abrindo a porta que rangia ao dar passagem. Tudo escuro lá dentro estava, a chuva ainda invadia a casa devido ao teto quebrado, mas aquilo não o incomodava, Levi ia caminhando olhando os lados da casa e os móveis quebrados espalhados em todo o lugar, ate que ao chegar ao centro de onde seria a cozinha um som estranho era ouvido no chão, uma coisa mais “Oca” a cada passo que ele dava, o moreno olhava para o piso de madeira e assim continuava andando ate sentir por baixo do pé direito um certo relevo, dava dois passos para trás então ele se abaixava apoiando o joelho esquerdo no chão e assim colocava a mão direita sobre aquele relevo que antes foi sentido de baixo do pé, um encaixe era sentido por entre os dedos que agora era puxado por ele com certa força.

Uma porta escondida no chão, uma passagem para ser mais exato. Tinha escadas e uma escuridão profunda, ele não enxergaria nada ali dentro, o moreno deixava aquela passagem aberta e se erguia começando a andar pela cozinha e achando uma caixa de fósforo antiga de palitos grandes, estava com apenas 6 palitos dentro e a caixa úmida pela chuva, ele colocava a caixa dentro do bolso do casaco que vestia e seguia ate pedaços de madeira espalhados pelo local, pegava pernas de cadeira e partes de mesas, alem de fiapos velhos e mais finos. Pegava e andava em direção aquela passagem que dava a uma escuridão maior, ao entrar ele descia poucas escadas, seis degraus para ser exato, não conseguia enxergar mais nada a frente, só por trás, a chuva ali onde ele estava não batia mais, o moreno então apoiava as madeiras e os fiapos no degrau que estava atrás dele, ficava só com uma perna de cadeira em sua mão direita, ele guiava a outra mão ao bolso do casaco onde pegava a caixa de fósforos e segurava um pálido, procurava por a perna da cadeira por baixo do braço e assim dar um apoio melhor a tentar acender o fósforo, ele guiava a cabeça do palito ate a parede ao lado esquerdo riscando e acendendo o fogo no topo do palito comprido, Neste momento iluminava-se pouco aquele local, ele podia ver na prede em uns oito degraus a baixo um lustre na parede e aparentava ter uma vela dentro. O moreno descia as escadas com cuidado soltando aquele pedaço de pau do braço e deixando cair degrau a baixo, parava ao lado da lustre e então acendia a pela que tinha nela, ao acender aquele lugar era mais iluminado agora.

O moreno podia enxergar melhor aquele lugar e existia pilares do chão ate o suposto “Teto” que também tinha lustres com velas o moreno andava ate cada uma delas e acendia as que conseguia com os fósforos, agora sim, aquele local estava bem iluminado. Uma mesa quadrada com duas cadeiras velhas de madeira, uma pia, armários ao lado dela exatamente doze gavetas seis a cada lado da outra. Ele andava ate estas gavetas e abria a terceira do lado direito vendo dentro ela variedades de facas, Levi arqueava a sobrancelha direita olhando por cima e depois ao fechar a gaveta olhava o outro lado do local, tinha uma sela aberta com correntes dentro ao que aparentava ser uma prisão, existia algemas de parede e ainda uma coleira de parede também presa com corrente. Ao lado uma cama velha de madeira sem nada sobre ela.

Uma certa cena se passava rápido como flash na mente do moreno que o deixava parado olhando aquele local...

...Um menino de cabelos ate o pescoço todo machucado, camisa branca suja e rasgada maior que o mesmo, calça preta também rasgada, aquela criança estava presa nas algemas e a coleira prendendo eu pescoço, em suas pernas também as correntes lhe prendiam, sangue escorria dos pulsos e três sombras de homens a sua frente, onde um deles tinha em suas mãos uma seringa cheia vazia. Os dois homens seguravam o pequeno pelos braços que tentava resistir, mas fraco mal conseguia se mover, seus cabelos negros eram puxados e sua cabeça era levantada deixando visível o pescoço do pequeno. Seus olhos eram finos e tinha uma coloração azul prateado. O homem com a seringa enfiava a agulha no pescoço do menor onde começava a tirar o sangue dele, era uma quantidade grande devido a seringa não ser de tamanho normal, o pequeno enfraquecia e assim a seringa era tirada do pescoço dele, os dois homens o soltava deixando ele caído no chão e iam saindo da sela. Aquele pequeno garoto levantava o olhar que tinha sido coberto pelos cabelos negros deixando assim só um único olho ser visto com a expressão nítida de absoluto ódio. Era um olhar fino com expressão fria, a visão de Levi entrava naquele olhar ate chegar a Ires da criança e finalmente ao se afastar estar voltado a si.

Levi abaixava o capuz do casaco e saia daquela sela andando ate a direção da mesa, puxava uma das cadeiras e assim se sentava nela, estava pouco empoeirada, Ele tirava do bolso do casaco um lenço branco de tamanho médio que daria bem para ele enrolar na cabeça ate, mas o moreno forrava aquele lenço na mesa no lado dele onde dava para ele apoiar os braços sobre a mesma e assim encostar a cabeça, ele fechava os olhos e respirava fundo tentando privar-se dos pensamentos. Mas era meio impossível, mais imagens como flash vinham em sua mente...

...Braços e pernas espalhadas aos lados de um local ao que aparentava ser um laboratório, sangue e mais sangue pintando as paredes e o chão, cabeças amputadas, isso, corpos multilados espalhados, mulheres e homens com jalecos manchados de rubro que saiam de seus corpos, ou o que sobrou deles. O lado direito e esquerdo do laboratório estava saindo fumaça e o fogo estava quase consumindo o local. Pés eram agora focados, estava descalço e sobre sangue, a visão ia subindo aos poucos e via-se a calça preta rasgada e uma camisa maior que aquele pequeno, sim era aquela criança de antes, em seu punho tinha uma lamina, um facão coberto de sangue, a camisa branca mal aparentava ter aquela cor suja, mas agora grande parte do vermelho lhe cobria, seu pescoço melado de sangue e parte da face, seus cabelos negros colados na face e seus olhos arregalados com aquela pequena ires prata olhando um pouco a sua frente. Tinha um homem encostado na parede falando algum com certo medo estampado em sua face, seus olhos mal eram vistos em um desfocado momento. Aquela criança se aproximava do homem aos poucos e aquele homem tentava se mover mais não conseguia, seus pés tinham sido cortados nos calcanhares. Aquele menino olhava aquele homem caído no chão por cima, levantava a mão com o facão ao alto e parava a frente do homem que gritava “Louco, monstro olhe para você, um anormal!” Então um sussurro aquele pequeno dizia em um tom de voz semelhante... “Sim, acho que sou!” Então aquele braço era abaixado com velocidade onde a lamina do facão perfurava o crânio do homem do topo da cabeça e atravessava por baixo do queixo.

Levi apertava os olhos e se mexia pouco, aparentava estar perturbado, tentando lutar contra aqueles Flashes que não o deixava em paz. Então mais um era feito...

...Aquela criança de antes correndo saindo do laboratório e matando militares que vestiam a farda da monarquia, a criança era muito rápida, e tinha aquele olhar assassino, dentes trincados a passar degolando, mutilando braços e pernas e ate mesmo torando corpos no meio com tanta facilidade, era uma força monstruosa de fato. Finalmente ele chegava a frente de uma janela onde sem demoras pulava quebrando o vidro e saindo do estabelecimento, mas ainda na queda livre aquele laboratório explodia deixando assim a pressão do ar o empurrar a mais longe o fazendo perder de mãos o facão. O pequeno não se intimidava, ao cair no chão com a pressão do ar embolava no chão se machucando pouco, mas não demorava a se levantar e correr mancando em direção a uma floresta. A mata fechada e escura, a chuva que caía era forte igual a daquele dia, no exato momento em que um trovão era tido aquela criança avistava um homem sobre um cavalo, ele olhava por cima e via aquela criança toda machucada, que o olhava com um olhar assassino, o homem tinha sua face escondida pela sobra que seu chapéu fazia. “O que uma criança faz aqui? E neste estado?” Era o que o homem perguntava ao garoto que não dizia nada. O homem notava bem o estado daquela criança. Então ouvia som de armas atirando na direção deles, aquele homem esticava a mão a direção da criança “Venha, vamos sair daqui...” Sem demoras o pequeno segurava a mão do homem e subia no cavalo que cavalgava agora em velocidade a direção oposta de onde estavam. Em meio as cavalgadas aquele homem dizia “Deve ter feito algum muito ruim... Qual o seu nome pequeno?” Nada aquele menino dizia, o homem então sorria de canto de lábios, era um sorriso sínico “Tudo bem, depois quando quiser me diga seu nome, mas pode me chamar de Kanny”.

Levi abria os olhos se erguendo ficando novamente sentado reto agora com os braços apoiados sobre a mesa, ele olhava pra frente com os olhos pouco arregalados, sua respiração estava pouco pesada. O moreno abaixava a cabeça levantando os antebraços deixando os cotovelos apoiados sobre a mesa e encostava a testa sobre as palmas das mãos, ele balançava pouco a cabeça em sinal de negativo e trincava os dentes deixando assim uma sombra na região dos olhos, mais um flash na mente...

...Aquele homem estava sentado em uma cadeira e a criança estava parada de costas para ele, estava vestindo agora roupas novas, uma camisa social branca de mangas compridas estava limpo e de forma adequada. O homem estava corando os cabelos do menino e um silêncio estava estabelecido naquele momento, ao terminar de cortar os cabelos, a criança abaixava a visão vendo os restos no chão, o homem se levantava e ia guardar a tesoura, logo depois pegava de seu bolso da calça um maço de cigarros pondo um deles na boca, quando o mais velho ia acender o cigarro aquela criança falava “Levi...” O pequeno olhava em direção ao homem o olhando de perfil e então era visto finalmente aquela Face “Meu nome é Levi Ackerman”.

Levi abria os olhos e novamente ia deixando os braços caírem sobre a mesa apoiando a cabeça sobre os mesmos, a cabeça dele estava virada para o lado direito olhando para uma das velas que estava perto de se apagar pendurada em um lustre na parede, ele aos poucos ia fechando os olhos, mais tentava resistir inicialmente, aquela vela apagava e a visão então escurecia.


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Notas finais do capítulo

— Se gostaram, ou se tiverem duvidas, comentem pessoal. Obrigado por lerem ♥



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