Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 54
Capítulo 52 - Veredicto


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a camilamm e a vaninha pelas recomendações! EO já está com 6 recomendações galera!! Continuem assim ^^

Beijinhos, nos falamos lá em baixo..
Boa leitura!



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Capítulo 52 – Veredicto

 

- E qual o veredicto, Demetri?

 

Nem Jasper conseguiu aplacar a tensão que emanava de cada um de nós. Aquela bruxa loira e exibida estava de queixo erguido, nos encarando como se nós fossemos mesmo ser punidos. Como ela era idiota. Claudia abraçou-me pela cintura e ficou entre mim e Edward. Pousei minha mão em seu ombro e então os encarei.

 

- Ela não vai nos oferecer perigo, Jane. – Ele disse suavemente, quase esboçando um sorriso.

- Aro não irá gostar de saber disso. – Ela resmungou, parecendo uma velha ranzinza.

- Eu irei me entender com ele. – Demetri olhou feio para Jane e então voltou seu olhar para Amy.

- Com a sua exceção, Demetri, os Volturi estão proibidos de pisar em território nosso. – Edward disse friamente. – Temos muito que conversar.

- Os Volturi estão proibidos de pisar em território Inglês novamente. – Amy encarou-o estreitando os olhos, dando ênfase que não queríamos vampiros italianos na Inglaterra.

- Avise os italianos, nós não permitiremos. – Christine finalmente falou, tomando posição ao lado de Amy.

- Quando você voltar, nós iremos conversar. – Amy murmurou.

- Quem vocês duas pensam que são?? – Jane arregalou os olhos e encarou Chris e Amy.

- Nem tente Jane! Já passamos dos limites! – Demetri rosnou. Eu pude ver a raiva crescendo em sua mente, ele defenderia Amy com todas as suas forças.

- Quem vai me impedir? Você? – Ela rosnou e lançou um olhar maldoso a ele, que trincava os dentes, quando seu corpo era contorcido pela dor provocada por Jane.

 

Amy rosnou alto, como eu só havia visto uma vez – quando ela tinha me salvado há muito tempo atrás. Seus olhos perderam o azul e adquiriram a coloração negra, de quando ela estava com raiva. Afastei Claudia para trás e dei um passo à frente, Christine ergueu a mão, pedindo que eu me afastasse.

 

- Então, o gato comeu sua língua? – Jane provocou. – Você não pode me impedir.

 

Demetri continuava estirado no chão, contorcendo-se de dor.

 

- Eu sou a verdadeira governante da Inglaterra! – Amy avançou sobre Jane, que se esquivava um segundo antes. – Meu nome é Amy Bowes-Lyon! – Amy dizia rangendo os dentes. Suas mãos estavam voando rapidamente em direção á Jane, que já começava a ficar apavorada, libertando Demetri da dor. – Sou a filha mais velha de Elizabeth Bowes-Lyon, a rainha-mãe! Sou herdeira do trono inglês e o farei quando minha irmã não estiver mais em condições!

 

Jane recuou. Amy avançou. Christine riu e sua risada soprano-lírico ecoou pelo ambiente, chamando a atenção da Volturi.

 

- Achou mesmo que nós duas fossemos duas... Qualquer? – Christine riu. – Ainda não entendeu? Vá embora e não volte.

- Não traga nenhum deles aqui.

- Nós não nos conteremos em puni-los. – As duas disseram juntas. – Vão embora agora!

 

A voz de Christine e Amy adquiriu um tom de autoridade. Eu não sabia dizer se era porque as duas tinham dons que juntos podiam ser bem úteis, ou se eu é que estava imaginando coisas. Os Volturi deram as costas para todos nós e então saíram porta a fora. Eu só vislumbrei o borrão negro dos mantos indo em direção á floresta.

 

Demetri não disse uma só palavra quando se levantou. Ele bateu as mãos no sobretudo e então fechou-as sobre o colar com o V em ouro, símbolo do clã italiano. O colar deslizou por seus dedos e então ele nos deu ás costas. A vergonha pairava sobre sua mente, Demetri não via motivos para continuar ali e nem junto aos Volturi.

 

- Demetri!!! – Amy gritou e correu até ele.

- Você não precisa ir. – Ela disse suavemente.

- Sim, preciso. – Ele ralhou. – Não posso ficar aqui, quando a vergonha de um fracasso está em minha cabeça. Os Volturi nunca falham, Amy. Nunca erram. Eu coloquei a vida de uma criança, inocente, em perigo. Eu quis matá-la.

- Você não precisa ir. – Ela repetiu. – Aro sempre dá as ordens e vocês nunca desacatam.

- Desculpe, Amy. Eu não posso ficar aqui. – Ele abaixou sua cabeça e então olhou para o colar em sua mão. – Destrua isso. Adeus.

 

Demetri deu ás costas a Amy e saiu andando, numa velocidade lenta demais para um vampiro. Amy abaixou a cabeça e então soltou um rosnado. Como que saindo de um transe, todos nós nos demos conta de que estávamos parados observando o desenrolar da situação. Deixei Claudia de lado e fui em direção á Amy, que olhava para o por do sol.

 

- Ele vai voltar, Amy. – Alice sibilou. Amy apenas olhou-a com desagrado e voltou seu olhar para o horizonte.

- Eu não sei. – Ela resmungou. – Talvez seja a hora de voltar a vida solitária...

- Não diga isso! – Exclamei. – Fugir não vai adiantar. Além do mais, porque acha que ele não voltaria?

- Você está falando da minha pessoa, meu bem! – Alice apareceu atrás de nós duas. – Ainda duvida das minhas visões?

- Não. Eu confio em você.

- Então, me escute. – A fadinha disse com uma voz monótona. – Eu o vejo perdido, ele não sabe para onde irá. Mas em algum momento, ele vai voltar. Mas... Eu não vejo você tão claramente. O que você ainda não decidiu?

- Eu não sei, Alice... – Ela disse baixo. – Eu vou dar uma volta.

 

Amy saiu andando em direção aos fundos da mansão. Por lá, ela correria pelo campo e atravessaria quaisquer limites. Eu nunca havia visto Amy tão deprimida como agora. Senti-me mal por ela, mas eu não tinha como fazer Demetri voltar, ele teria que voltar por si só.

 

Quando entrei, Claudia veio correndo em minha direção e me abraçou. Ela escondeu o rosto no vão de meu pescoço e ficou ali por alguns instantes. Afaguei as mechas cor de mel, até que ela finalmente me encarasse.

 

- Está tudo bem. – eu disse a ela.

- Mas a Amy, ela...

- Olhe, nenhum de nós poderíamos ter evitado isso. A culpa toda não é sua e nem deles, a culpa é de um vampiro italiano e metido, que acha que controla o mundo. – Assegurei-lhe.

- Eu sempre vou ser uma criança, por mais que minha mente esteja evoluída. Sempre vou ter que agir como uma criança...

- Lamento por isso. – Respondi.

- Não se preocupe. – Ela sorriu.

 

Todos nós ajudamos a limpar e arrumar o salão, que havia ficado com algum desfalque de móveis. Eu finalmente podia sentir que nós teríamos um pouco de paz e conseguiríamos viver um pouco mais tranqüilos.

 

Os dias foram passando e eu não tive sinal algum de Amy, nem Alice conseguia ver o futuro dela. Amy havia sumido, voltado para a sua vida solitária, agora que estava sem Demetri ao seu lado. Sem ela, sem a minha amiga e irmã, eu sentia um vazio em meu peito.

 

- Eu quero ir com vocês! – Claudia bateu o pé, quando eu disse que queria ir caçar.

- Mas Bella...

- Nada de ‘mas’, Edward. – Exclamei. – Eu não vou ficar eternamente me alimentando de você.

- Nem eu de você. – Claudia rebateu.

- Tudo bem, mas eu vou junto.

- Negativo Edward Cullen! – Rosalie reclamou. – Essa é uma noite das garotas. Além do mais, Allie acha que conseguiu ver uma decisão da Amy, vocês só vão atrapalhar.

- Vocês também vão?

- Claro, queridinha! – Alice riu alto.

 

Todas nós saímos e fomos correndo pela floresta, encontramos com Christine e Damen no início da auto-estrada que ficava a caminho da mansão. Damen subiu e Chris nos acompanhou. Era estranho saber que antes eu era a vitima de certo vampiro e, que agora, eu era uma vampira que faria uma das poucas vítimas em sua não-vida. Por mais desagradável que fosse pensar que eu poderia ser presa por canibalismo e assassinato triplamente qualificado – caso eu fosse pega em flagrante -; o mesmo tempo, era excitante – não em um duplo sentido – pensar que eu iria pegá-lo.

 

 Rosalie decidiu mostrar a Claudia como funcionava todo o ‘esquema’ de caça. Ela ajeitou o cabelo loiro ondulado, abriu o sobretudo e deixou o decote em V de sua blusa a mostra. Mas levando-se em conta de que estávamos falando de Rosalie, não era preciso tantos adornos.

 

- Nunca mate sua vítima. – Rosalie dizia. – Nós não queremos assassinatos e boatos de serial killer.

- E normalmente é agindo, que descobrimos se temos, ou não, um dom. – Alice disse baixo. – Não que isso se aplique a mim...

- Bella, lembra quando você me perguntou o que eu fazia? – Rosalie disse-me, virando as costas logo em seguida.

 

Rosalie desfilava em direção a um homem alto, de pele clara e olhos escuros. Ele arfou quando a viu parar perto de si e encará-lo. Eu podia ouvir o coração descompassado do homem só de vê-la, quando ela falou com ele, ele quase não sobreviveu. Eu ri baixo.

 

“Com licença, eu acho que me perdi dos meus amigos...” Rosalie disse inocentemente, sem fazer qualquer insinuação.

“Eu te ajudo a encontrá-los.”

 

- Bell, não tem graça, o dom dela é esse, seduzir. – Claudia disse resmungando.

 

Nós resolvemos ficar na área, Alice havia dito que lá seria um bom lugar. Pouco depois que o homem entrou na rua ao lado com Rosalie, Alice levantou-se e flutuou pela calçada. Ela conseguia conquistar qualquer um com simpatia e, sabia muito bem em quem deveria chegar. Christine foi em direção á sua vitima e eu levei Claudia para a rua ao lado.

 

- Vai me deixar tentar, né? – Ela sorriu.

- Tudo bem, mas olhe quem você vai querer. – Eu disse para ela e, surpreendi-me da maneira como minhas palavras soaram.

 

Claudia sorriu e então saltitou em direção á um banco que havia perto de onde eu estava. Fiquei observando ela sentar-se e balançar os pés, como se fosse uma criança. Pouco depois, uma mulher que devia ter seus quase 30 anos, aproximou-se do banco e sentou ao lado dela.

 

“Você está bem? Não é normal uma criança estar aqui há esta hora...” A mulher comentava.

“Eu quero minha mãe...” Ela disse chorosa. A mulher a abraçou e pousou a mão sobre o cabelo dela e ficou acariciando.

 

A cada segundo que se passava, eu sentia a mulher mais próxima a ela. Ela cravou seus dentes no pescoço da mulher, assim que teve a chance. Alice, Rosalie e Christine assistiram a cena perplexas.

 

- Ela... Tem um dom... – eu disse a elas. – A mente da mulher é confusa...

- O que quer dizer? – Christine encostou-se no poste, cuja luz estava apagada.

- É como se ela se sentisse como mãe dela. – Respondi. – Como se criasse laços.

- Esse é o dom dela. – Uma voz soou no escuro.

 

Nós estávamos numa rua, numa avenida larga, próxima ao Tamisa. A voz vinha em nossa direção, os passos eram silenciosos e uma silhueta escultural se aproximava. Claudia sorriu e então parou perto de onde a silhueta misteriosa estava.

 

- Amy!! – Claudia abraçou-a. – Me desculpe.

- Não foi sua culpa. Ele só precisa de um tempo para ele e eu precisava para mim. – Amy sorriu e veio em nossa direção de mãos dadas com ela. – è raro vê-las por aqui.

- Como sabia que estávamos aqui? – Perguntei, abraçando-a quando ela veio em minha direção.

- Simples, eu estava olhando a luz do alto daquele prédio. E vi uma criança mordendo uma mulher. Imaginei que fossem vocês. Não existe outra criança-vampira em Londres. –Ela contou rindo.

 

Nós todas seguimos para a mansão e finalmente, quase tudo estava como deveria estar. Só faltava Demetri aqui, para que a felicidade geral fosse completa, porque eu sabia que, por mais que Amy estivesse bem, ela ficaria melhor que o amor de sua existência estivesse aqui. Mas eu tinha a ligeira impressão, de que ele não demoraria em voltar. É como dizem, às vezes precisamos de um tempo para esfriar a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Yey!!! Mais um capítulo de EO para vocês! o/
Sinto em informar mas este é o penultimo capítulo, portanto já sabem, só posto o último ( e olha que não tem epílogo, pois ele já esta incluido no próximo cap) com muitos comentários *-*

Comentem bastante, recomendem e leiam minhas outras fics!

Beijinhos

PS: No outro cap eu faço uma lista com os links das minhas fics para vocês.. assim eu quero ver todo mundo lá!!! o/

PS²: @ninaxaubet -> follow
;*