Estranha Obsessão escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 11
Capítulo 09 - Apenas existindo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!!!
 
E aí, ficaram bem confusos com os novos acontecimentos? :? shauhsuahsuhauhsua
 
Bem, reavisando ou avisando, caso eu tenha esquecido de falar: Agora os pov's serão em maior número. Serão pov's do Ed, Bells e meu. Espero que não se importem com a mudança repentina de pensamentos.
 
Não fiquem surtando muito, ok? Eu gosto de ter leitores, shaushauhsuash.
 
Bem, por enquanto é só!
 
Comentem e recomendem! o/
 
Beijinhos.
 
PS: Ê Jeh!!!! Agora começa hein! muahuahuahua *risada do Aro*



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Capítulo 09 – Apenas existindo.

 

POV do Edward

 

- Porque não sai dessa? – Jasper dizia enviando suas ondas calmas e tranqüilizantes para mim. – Vai ficar nessa fossa por mais quanto tempo? Eternamente?

 

Apenas suspirei e saí. Voltei ao meu quarto, deitei novamente sobre a cama – intocada, como disse Em. – e me afundei mais sobre minha própria amargura. Sim, eu realmente iria ficar naquela fossa... ficaria por quanto tempo fosse, eternamente se fosse preciso, até que tudo se resolvesse... até que... até que o dia de hoje terminasse, ou quem sabe, até que uma luz voltasse a aparecer no fim do meu longo túnel.

 

- Todos os anos são assim... – Eu ouvia os murmúrios de Rosalie. – Há tanto tempo... E eu... eu nem sei de tudo realmente...

- Sim, você realmente não sabe. Mas não posso contar, Rose. Quem deve fazê-lo é ele.

- Eu entendo, querido. Não se preocupe, não ficarei perguntando. – Ela assentiu.

 

POV da Bella

 

Sentei-me no sofá da sala e liguei a TV. Deixei o som bem baixo, as cortinas entreabertas e enrolei-me numa coberta. Minha cabeça ainda estava pesada. Eu acho que tinha um sério problema com o mês de fevereiro, talvez fosse a morte de Charlie e Renée – que acontecera mais ou menos nesta época, anos atrás – ou talvez eu estivesse com algum mal estar, um início de gripe.

 

Minha cabeça girava, meus braços estavam envolta dos meus joelhos e minha cabeça sobre eles. A imagem do jovem morrendo queimado, gritando ao verem levar a menina não me saía da cabeça. Seus gritos de dor, a expressão de cansaço dela e as chamas invadindo o quarto eram as três imagens fixas, que eu não conseguia esquecer. Fazia meu peito doer.

 

- Bella... – Christine sentou-se ao meu lado. – Vamos, deite-se no meu colo, tente dormir.

- Tome esse chá, tem ervas calmantes. – Damen entregou-me uma xícara.

- Obrigada. – Murmurei quase que silenciosamente. – Sabe, essa época do ano é difícil para mim. O fim desse mês sempre é... problemático.

- Pode nos contar? – Damen sentou-se na poltrona ao lado. De costas para a fresta de sol que entrava pela porta da sacada.

- Meus pais morreram neste mês há alguns anos atrás. Acho que... nunca superei... totalmente.

- É, pode ser que seja somente isso. Não se preocupe, Bella... – Christine deitou minha cabeça sobre sua perna e ficou massageando minhas temporas, não demorou para que o sono chegasse novamente.

 

Novamente eu estava sonhando. Eu me via, meu corpo era translúcido, e eu estava em um campo. Mais ao longe, uma menina – a mesma menina de antes – andava sobre os gramados esverdeados e cobertos pela neve que caía. Ela ia em direção à uma pequena casa de campo, que havia ali, mais distante. Ao seu lado, um jovem caminhava, sim, o noivo, mas eles não falavam nada, apenas caminhavam juntos.

 

Supirei mais profundamente, então, como se por um comando, eu acordei. Minha vista estava embaçada, mas minha cabeça parecia mais leve. Era como se fosse um desabafo. Levantei-me do colo de Christine, ela apenas me encarava, surpresa com alguma coisa.

 

- O que houve? – Perguntei.

-  Você vai querer me matar... mas usei um pouco da minha hipnose com você. – Disse-me.

- Você me... hipnotizou?

- Você realmente adormeceu, mas acabei entrando em sua cabeça.

- Esses são os dons dela, Bella. – Damen disse calmamente. – Christine tem um poder de hipnose muito grande, maior que o de muitos vampiros. Ela consegue entrar em sua cabeça, mesmo você sendo mentalmente segura.

- Eu vi seu sonho. Era com esses jovens que sonhou antes?

- Era. Só que antes foi pior. – Murmurei. -  Havia um quarto, alguém tinha ateado fogo no quarto. Levaram-na enquanto ela dormia. O jovem... morreu queimado.

- Isso é mesmo terrível, Bella. – Ela concordou. – Talvez...

- Talvez se você fizer isso comigo, bem, olhe, me sinto melhor, como se... como se eu desabafasse. Minha cabeça não está mais pesada.

- Seria uma boa idéia, Bella.

- Eu vou andar um pouco no parque, tudo bem? Não precisam se preocupar.

- Não quer que te acompanhemos? – Damen perguntou.

- Não precisa. – Eu sorri. – Podem ficar de olho em mim daqui se quiserem. O parque é na outra quadra. Não se preocupem.

 

POV do Edward

 

- Vou andar por ai um pouco. – Murmurei.

- Está sol. – Alice falou.

- Não está tão forte e, na cidade ele não é tão forte como aqui. – Murmurei.

 

Saí andando e fui em direção à garagem. Entrei no volvo e saí em direção à cidade. O vento batia em meu rosto me dando uma sensação de alívio que, eu só senti realmente, há muito tempo atrás. As ruas estavam vazias, domingo era um dia em que ninguém saía de casa. Parei o carro perto do bosque no centro e andei sob a sombra das árvores.

 

- Ah, você? – Alguém disse.

- Oi, Bella. – Murmurei e sentei-me no banco.

- Bem, hoje não é um dia muito sabe... não veio...

- Não se preocupe. Hoje é um dia que eu não caço. – Falei seco. Ela revirou os olhos. – Me desculpe. Não quis ser grosso. Sua amiga foi em casa hoje.

- Eu sei, foi falar com a Alice. Sobre mim. Pelo menos nos entendemos em algumas coisas. – Ela murmurou e sentou-se na ponta mais distante do banco. – Hoje também não é um dia muito bom para mim.

- Imagino. Posso apenas ser o Edward, quase humano, hoje. Não vou ser traiçoeiro. Não hoje. – Sorri torto.

- Tudo bem. – Ela concordou. – O que houve? Você realmente parece ruim.

- Fantasmas que assombram minha vida. – Respondi apenas, eu não queria abrir novamente o buraco em que meu peito se encontrava.

- Ontem você estava bem. – Ela lembrou-me da festa.

- É, sempre faço essas festas. Eu... esqueço os motivos, pelo menos por um momento... Mas o dia seguinte...

- É sempre pior. – Ela completou.

- Sabe como me sinto de alguma forma, eu acho... – Respondi a ela. – Porque não está bem hoje?

- Digamos que o mês de fevereiro é meio turbulento. – Bella disse fazendo uma careta de quase dor. – Vou indo, Edward. Não quero ficar por aí depois que anoitece.

- Eu te acompanho.

- Não precisa. – Ela recusou.

- Não se preocupe. Hoje eu não caço, hoje eu apenas existo.

 

Fui caminhando com Bella ao meu lado até seu apartamento, que ficava há algumas quadras dali. Trocamos apenas algumas palavras, não foi tão ruim quanto eu pensei que fosse. Bella era realmente uma pessoa agradável – com um sangue deliciosamente cheiroso -, no fim das contas, Alice tinha razão em ter Isabella como sua amiga, assim como Rosalie – de uma forma bem surpreendente.

 

Deixei Bella em frente ao seu prédio e segui andando sem rumo, agora o sol já não estava no céu, era a hora do crepúsculo. A hora mais fácil e a hora mais difícil para mim. Era como se fosse automático, há mais ou menos 150 ou 180 anos eu era assim. Comemorava meu aniversário, no dia 19 de fevereiro, e, no dia seguinte, lamentava uma perda que jamais fez sentido para mim. Minhas festas de aniversário só existiam por conta de um motivo.

 

- Estamos indo caçar. – Jazz anunciou, saindo acompanhado de Emmett. – Devia ir também, mas sei que não fará isso.

- Não. – Resmunguei.

- Edward... – Rosalie me chamou. – Poderia me contar o que houve realmente? Bem, eu sei da história, mas...

- Alice te contará.

 

POV de Bella

 

Na segunda feira de manhã, meu desânimo já havia desaparecido. Fui com Amy para a joalheria e mostrei meus novos projetos para Ângela. Fui até o atelier enquanto Amy fazia algumas ligações, fiquei trabalhando em um design que eu havia começado há algum tempo atrás.

 

Coloquei a folha sobre a mesa inclinada, prendi-a e comecei a passar o rascunho a limpo. Era um anel. Possuía uma pedra de safira, lapidada em formato retangular, com as arestas um pouco irregulares. Segurando a pedra, havia dois pares de asas, com diamantes nas pontas, simulando as penas. Entre cada par de asas, havia uma pedra de diamante. O anel iria ser feito em prata. Terminei o desenho final, com os lápis coloridos, quando Demetri veio ao meu lado.

 

- Que lindo, Bella. – Ele elogiou. – Este é o projeto que será feito?

- Também, mas este é um projeto pessoal. Vou mandar fazê-lo, mas para mim.

- É perfeito. Um desenho bem original. O que te inspirou a fazê-lo?

- Sonhei com este anel. – Eu sorri fraco. Eu não poderia contar a ele que sempre sonhei com este anel. Todas as noites de minha vida, pelo menos até onde eu me lembre, eu tenho sonhado com este anel. Seria loucura. Ou não.

 

Anel, criação da Bella.


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Notas finais do capítulo

Comentem e recomendem!!!
 
Beijinhos ;*