Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 27
Sete dias


Notas iniciais do capítulo

Muuuito feliz – é assim que me sinto hoje. Quando comecei a escrever esse plot de Kate internada em coma, de certa forma já sabia que seria um choque e um sofrimento para vocês. Não que isso me faça feliz – não sou sádica, viu? – mas a minha intenção desde o começo era emocionar. Emocionar com Castle desesperado, Jim o fazendo criar forças, ele lutando para poupar as crianças, Lanie sofrendo com a amiga, os esforços de Rick para poder ficar perto dela alguns minutinhos a mais, e, principalmente, com Kate acordando com os filhos (aliás, a história começou aí em minha mente, o resto eu fui criando depois – só quem escreve entende a falta de lógica dos acontecimentos na hora da criação rs).
Então eu estou feliz por isso, por ter conseguido que vocês lessem e se emocionassem (não foram poucas que choraram, de alegria ou de tristeza, ao longo desses últimos capítulos).
Só mais uma coisinha: como assim tem gente que não gosta dos BAckyardigans??? Gente, eu AMO! Acho um desenho super criativo, pois as 5 personagens se transformam em outras a cada episódio, inventando histórias para brincar. Acho fofo *-* #fã hahaha

“Nunca entendo o que era a Uniqua também! HUAHUUAHUHA (Gabi)”
Eu também não entendia, e antes de escrever o capítulo fui pesquisar (para não falar besteira né?), aí li que a criadora do desenho disse que a Uniqua era inspirada nela (?) e por isso não é nenhum bichinho definido.

“pq a Serena mandou todo mundo sair correndo e chamar o médico ?Devo me preocupar? (MM)”
Não. Serena fez isso porque tinha que chamar o médico imediatamente, e ela tinha nada mais nada menos que infiltrado duas crianças na UTI, coisa que jamais deveria fazer.

Beijo, Ari ;)



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Kate: Você vai me dizer o que está acontecendo ou não?

A porta havia se fechado e agora só estavam Kate e a enfermeira na sala. Serena fez um sinal para que ela esperasse, enquanto aferia sua pressão.

Kate: Por que eles saíram correndo?

Serena: Kate, você tem que me prometer que não vai falar para ninguém que seus filhos estiveram aqui.

Kate: Por que?

Serena: Porque eu violei pelo menos 5 regras do hospital para que eles pudessem te ver.

Kate encarou a enfermeira, que se afastou da maca e apertou um botão.

Serena: Uma equipe médica te levará para uma bateria de exames. Você não pode dizer nada, entendeu?

Kate: Mas...

Kate não teve tempo de argumentar. A porta se abriu e 4 pessoas entraram rapidamente. Uma delas, um senhor de cabelos brancos, sorriu para Kate.

Dr. Sullivan: Quanto tempo? – ele olhou para Serena.

Serena: Há alguns minutos apenas.

Dr. Sullivan: Kate, você está me ouvindo?

Kate: Sim – ela estava confusa.

Dr. Sullivan: Exames iniciais? – ele voltou-se para Serena de novo.

Serena: Todos normais.

Dr. Sullivan: Kate, do que você se lembra? – ele parou a sua frente, enquanto as enfermeiras preparavam uma maca móvel.

Kate: Eu... eu levei uma facada, por aqui – Kate encostou no peito e sentiu uma dor – Isso, aqui. Castle me segurou nos braços... Depois eu só me lembro de acordar aqui com... – ela fez uma pausa – acordar aqui sozinha.

Serena: Eu fazia uma ronda nos quartos e a encontrei sentada aqui.

Dr. Sullivan: Então entre se ferir e acordar há poucos minutos você não se lembra de mais nada?

Kate: Não. – Kate observou que uma enfermeira anotava o que ela falava – O que está errado? Das outras vezes não foram assim.

Dr. Sullivan: Das outras vezes você se refere à cirurgia cardíaca e à sua cesariana? – Ele deu uma olhada no histórico da paciente.

Kate: Sim. – Kate estava um tanto quanto assustada com a movimentação. Enquanto uma enfermeira anotava tudo que ela falava, outra marcava os dados dos aparelhos, e uma terceira telefonava requisitando a preparação de aparelhos para vários exames. Kate estava confusa. Por que ela precisaria fazer uma ressonância do cérebro e um exame do coração quase que ao mesmo tempo?

Dr. Sullivan sentou-se na beira da maca e, pacientemente, mandou todo mundo parar. As enfermeiras o questionaram com o olhar, e ele confirmou. Voltou-se então para Kate e sorriu.

Dr. Sullivan: Nós te assustamos, não é?

Kate: Um pouco.

Dr. Sullivan: Kate, você acabou de sair de um estado de coma.

O médico esperou por uma resposta, mas Kate parecia processar a informação.

Dr. Sullivan: Você ficou inconsciente por 7 dias.

Kate: Sete... dias...? – Ela conseguiu falar com esforço, enquanto em sua mente se passavam as imagens de Castle imóvel na porta do quarto e as crianças assustadas. Lembrou-se de Serena dizer que tinha quebrado regras, e olhou para a enfermeira, que confirmou com a cabeça. Então era por isso que Castle havia segurado sua mão e dito que ela tinha voltado...

Dr. Sullivan: Kate?

Kate: Eu acho que estou meio tonta...

Dr. Sullivan: Está tudo bem, você acordou de repente. – o médico pegou na mão dela – Está tudo bem... – Ele esperou um pouco – Agora nós vamos fazer alguns exames, ok?

Kate fez que sim, ainda com o pensamento longe. Castle, as crianças... sete dias. Sete dias...

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Alex: Papai, por que nós tivemos que sair correndo?

Castle andava com as crianças pelo estacionamento do hospital. Depois de saírem correndo pelo corredor, agora estavam mais devagar, indo em direção ao carro de Jack.

Castle: Porque... – Castle pensou um pouco. Como explicar? – Eu disse que seria rapidinho, lembram?

Jo: Sim, mas a mamãe estava muito feliz com a gente lá.

Castle: Aliás... – Castle fez as crianças pararem e se ajoelhou diante delas – Como é que vocês acordaram a mamãe?

Alex: Nós não fizemos nada, papai, eu juro!

Castle: Calma filhote, eu não estou bravo, eu estou muito, muito feliz!

Jo: Nós pedimos para ela acordar.

Alex: Porque nós estávamos com muita saudade dela, papai.

Jo: Muita mesmo.

Castle sorriu para suas duas crianças. Abraçou os dois num único abraço, finalizando com um beijo.

Castle: Eu amo tanto vocês!

Jo: Eu também te amo, papai.

Alex: Eu também, mas.... Nós não podemos voltar e buscar a mamãe?

Castle: Eu vou fazer isso filhote, mas vocês não podem ir comigo. É por isso que vocês vão para casa com a vovó Martha.

Alex: Você promete que vai mesmo levar a mamãe para casa?

Castle: Agora eu vou, prometo! – Castle sorriu confiante. Seu coração explodia de alegria. Levantou-se e os três continuaram caminhando.

Martha: Richard! Você demorou! Aconteceu algo?

Castle: Aconteceu, mãe.

Martha encarou o filho preocupada. Ele sorriu.

Castle: Ela voltou, mãe! Ela voltou!

Martha: Voltou?

Jack: Kate acordou?

Castle fez que sim, enquanto a Martha o abraçava emocionada.

Martha: Como?

Castle: Foram eles, mãe. Ela voltou por eles – Castle também se emocionou.

Martha: Claro que ela voltou por eles – Martha chamou as crianças para si – Não há amor maior no mundo do que o amor de mãe.

Jo: Vovó, a mamãe vai voltar para casa agora!

Alex: E nós seremos uma família feliz de novo!

Os três adultos se olharam. As crianças não diziam com palavras, mas era evidente que ninguém era feliz sem Kate.

Castle: Sim filho, nós seremos de novo a família feliz que sempre fomos. – Castle beijou de novo as duas crianças – Agora vocês vão com a vovó, eu preciso voltar e ver como a mamãe está, ok?

As crianças se despediram do pai, e ele voltou correndo para o hospital. Castle não poderia estar mais feliz!

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Castle voltou pela mesma “passagem secreta” que Serena tinha usado para infiltrar seus filhos no hospital, pois a entrada por onde os visitantes passavam já havia sido fechada. Ao chegar no quarto, abriu a porta com o maior sorriso que poderia existir, mas não encontrou ninguém. Saiu correndo desesperado pelo corredor, abrindo portas que não deveria, até ser parado por uma enfermeira, que o encaminhou para a portaria.

Castle: Espera, eu preciso encontrá-la, ela acordou!

Enfermeira: Senhor, o horário de visitas terminou há 25 minutos. A UTI tem acesso restrito.

Castle: Você não está entendendo, minha mulher acordou! Ela saiu do coma!

A enfermeira o levava pelo braço, sem dar importância ao que ele falava. O deixou na recepção, e foi ríspida, falando e dando as costas ao mesmo tempo.

Enfermeira: O senhor pode obter informações sobre pacientes aqui.

Castle: Eu sou amigo da Serena, eu vou falar de você para ela, ouviu?

Recepcionista: Ei, silêncio, isso aqui é um hospital!

Castle suspirou forte e se apoiou no balcão, fazendo sua melhor cara pidona.

Castle: Ooooi.

A recepcionista, uma senhora de cerca de 60 anos, o olhou por cima dos óculos.

Castle: Será que a senhora poderia me dar uma informação?

Recepcionista: Estou aqui para isso.

Castle: Que bom! É que minha esposa estava internada há 7 dias em estado de coma, e ela acordou! A senhora acredita? Ela acordou!

Recepcionista: E..?

Castle: E eu quero vê-la, eu preciso vê-la!

Recepcionista: O que o médico responsável disse ao senhor?

Castle: Ele não disse nada.

Recepcionista: Então como é que o senhor sabe que sua esposa acordou? Quando um paciente em coma acorda a equipe médica contata a família.

Castle: É que foi no horário de visitas.

Recepcionista: Então o senhor estava com ela no momento em que ela acordou?

Castle: Não.

A recepcionista o encarou.

Castle: Quer dizer, sim.

Recepcionista: Sim ou não?

Castle: Mais ou menos. Eu tinha saído para tomar um copo d’água.

Recepcionista: O senhor vem visitar sua esposa em coma e sai para tomar água? Que espécie de marido é o senhor?

Castle: Eu...

Recepcionista: É por isso que nunca me casei.

Castle: Percebe-se.

Recepcionista: Como é que é?

Castle: Percebe-se a falta de percepção dos homens em não enxergar uma beleza natural como a senhora.

A recepcionista voltou os olhos para os prontuários e ignorou a presença de Castle.

Castle: A senhora não vai mesmo me ajudar?

A mulher levantou os olhos de novo, e depois de pensar um pouco, suspirou alto.

Recepcionista: Qual o nome dela?

Castle: Katherine Beckett Castle.

Recepcionista: Ahh o senhor é o escritor!

Castle: Sou – Castle sorriu orgulhoso.

Recepcionista: Muito feio o senhor corromper enfermeiras para favorecimento pessoal.

Castle: Como?

Recepcionista: Os minutos a mais nas visitas.

Castle: Como a senhora sabe disso?

Recepcionista: O senhor poderia ao menos tentar negar.

Castle respirou fundo, derrotado. Quando deu as costas, avistou um rosto conhecido através do pedaço de vidro da grande porta branca que separava a recepção do resto do hospital.

Castle: Leslie! – ele gritou e acenou para a enfermeira do turno da noite.

Leslie: Castle, eu fiquei muito feliz por sua esposa! – ela disse assim que chegou até ele.

Castle: Você a viu? Onde ela está?

Leslie: Eu fui vê-la com o Dr. Sullivan assim que ela acordou, mas depois continuei minha ronda.

Castle: Leslie, por favor, eu preciso saber onde ela está, eu preciso de notícias.

Leslie: Calma, olha, ela está sendo examinada. Onde exatamente agora eu ainda não sei te informar, mas vou tentar descobrir. E direi também ao médico que você está aflito à espera de notícias.

Castle: Obrigado Leslie, você é um amor!

A enfermeira sorriu e voltou ao corredor que dava acesso aos quartos. Quando se virou, Castle encontrou os olhos da recepcionista o encarando.

Castle: Isso se chama charme natural.

Recepcionista: Eu prefiro chamar de sem vergonhice natural.

Castle deu os ombros e sentou-se numa cadeira afastada. O relógio marcava quase 21h. Cerca de 15 minutos depois, Leslie retornou dizendo que Kate estava fazendo uma tomografia do tórax e que o Dr. Sullivan a acompanhava.

Leslie: Ainda há alguns exames a serem feitos, e só vão retorná-la ao quarto depois de tudo terminado.

Castle: Claro.

Leslie: O Dr. Sullivan virá pessoalmente te chamar quando isso acontecer.

Castle abriu um sorriso de felicidade e alívio.

Leslie: Mas isso pode demorar um bom tempo, até horas...

Castle: Não tem problema, eu espero. Obrigado, Leslie, muito obrigado.

Leslie: Kate tem muita sorte.

Castle: Foi quase um milagre, não foi?

Leslie: Sim, um homem como o senhor é mesmo quase um milagre. – Leslie deu um sorriso tímido e voltou ao trabalho.

Castle sorriu pensando que a grande sorte quem tinha era ele. Kate, seu amor, a mulher de sua vida, tinha voltado para ele.

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Leslie tinha razão, os exames demoraram mesmo. Pouco mais de uma hora, Castle marcou no relógio, mas não se importou em esperar. Já tinha feito amizade com algumas pessoas que também esperavam notícias de familiares, e contava sobre o nascimento dos gêmeos quando ouviu seu nome.

Dr. Sullivan: Senhor Castle?

Castle: Sou eu! – ele se levantou rapidamente.

Dr. Sullivan: Eu sou o Dr. Sullivan, o médico que operou sua esposa.

Castle: Sim, eu me lembro. – Castle estendeu a mão em cumprimento.

Dr. Sullivan: Que boa notícia o senhor teve hoje, não?

Castle: A melhor de todos os tempos!

Dr. Sullivan: Eu soube de sua dedicação à Kate. Acho que isso influenciou nas consequências.

Castle: Que... consequências? – Castle estava aflito.

Dr. Sullivan: Sua esposa não teve nenhuma sequela do coma.

Castle: O senhor está dizendo que ela está bem? Totalmente bem?

Dr. Sullivan: Bem não, ela está ótima. É como se tivesse voltado da cirurgia torácica agora, com a diferença de que o corte já está bem cicatrizado.

Castle: O senhor não faz ideia de como isso me deixa aliviado. – Castle enfim soltou a respiração.

Dr. Sullivan: E a mim também. É sempre gratificante saber que eu e minha equipe fizemos um bom trabalho.

Castle: Excelente trabalho! Mas... e agora? Ela pode ir para casa?

Dr. Sullivan: Não essa noite. É melhor que ela fique em observação, mas provavelmente amanhã cedo ela receberá alta. Porém... eu vou permitir que o senhor passe a noite com ela, se quiser.

Castle: Claro, claro que eu quero!

Dr. Sullivan: Você vai encontrá-la no mesmo quarto. Pode ir. – o médico fez sinal em direção ao corredor. Castle o agradeceu mais uma vez, e foi ao encontro de sua amada.

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Castle abriu a porta cuidadosamente, mas encontrou a maca vazia. Deu dois passos para frente sem entender, e ouviu a voz doce de Kate.

Kate: Procurando por mim?

Ele olhou para trás e pôde finalmente vê-la no canto do quarto, sentada numa poltrona cor de rosa, que antes não estava ali.

Kate: Você não acha que eles desenham bem? – Kate tinha os desenhos de Johanna e Alexander sobre o colo, que haviam ficado por ali na correria.

Castle fechou a porta devagar e observou a expressão tranquila de Kate, que agora olhava fixamente para ele.

Kate: Eu acho. – ela respondeu, já que ele não disse nada, e se levantou, indo em sua direção – Rick? Você não vai dizer nada?

Castle: Deus, como eu te amo! – ele a abraçou rapidamente e respirava ofegante em seu pescoço, sentindo umas lágrimas escorrerem.

Kate: Me desculpa, meu amor. Me desculpa por te fazer sofrer, por fazer nossos filhos sofrerem...

Castle voltou seu olhar a Kate, segurando o rosto dela com as duas mãos, deixando-o bem próximo ao seu.

Castle: Não foi sua culpa, meu amor. Mas... por favor, não faça isso de novo. Eu cheguei a pensar que nunca mais te teria de novo.

Kate: Eu sei... eu não vou, eu prometo – ela o beijou, um beijo suave e apaixonado. Foi Castle quem se soltou primeiro, mas ela reclamou – Não para, está bom...

Castle: Eu não quero te machucar, babe. – ele se conteve.

Kate: Rick, desde quando você me machuca com um beijo? Aliás, você não me machuca com nada!

Castle: Você está em recuperação, vamos com calma.

Kate revirou os olhos e o pegou pela mão, fazendo-o sentar-se na poltrona. Sentou então em seu colo.

Kate: Eu gostei da decoração – ela mostrou o quarto, que tinha sido preenchido com flores, um porta retrato deles com as crianças, e um desenho que Johanna e Alexander haviam feito logo nos primeiros dias – Além do Fluffy me fazer companhia – ela sorriu e apontou o ursinho, que estava na maca.

Castle: Jo fez questão de que ele ficasse aqui com você. Eu só podia te ver 3 vezes ao dia... – o olhar de Castle era triste.

Kate: Sete dias, babe... Eu ainda não consigo acreditar.

Castle: Os piores dias da minha vida.

Kate: Certamente não foram os melhores para mim. Ficar sem vocês, em qualquer situação que seja, é a pior coisa que pode me acontecer – Kate segurou o rosto de Castle e o beijou novamente – Como eles ficaram?

Castle: Eu tentei evitar o sofrimento deles o máximo que pude. Eu disse que você estava dodói e precisaria passar uns dias no hospital.

Kate: Deve ter sido tão difícil para você...

Castle fez que sim, sofrendo com a lembrança dos dias que se passaram.

Kate: Você até subornou a enfermeira com seu charme para colocá-los aqui.

Castle: Quanto a isso...

Kate: Eu só não vou ficar brava porque foram eles que me trouxeram de volta. – ela protestou logo.

Castle: Sim, meu amor – ele estava com medo, e Kate riu de sua cara.

Kate: Como você é bobo, Rick. Você sabe que eu também faria qualquer coisa por eles e por você.

Castle: Ainda bem que você entende.

Kate: Claro que eu entendo – ela o deu um beijo rápido – Às vezes nós temos que fazer um certo esforço para conseguir as coisas. Como eu fiz para que você pudesse dormir aqui hoje.

Castle: Ei, espera, como é que eles me permitiram dormir aqui hoje com você? E essa poltrona, como veio parar aqui?

Kate: Acho que o Dr. Sullivan gostou de mim.

Castle: Kate!

Kate: O que?

Castle: Ele é um idoso!

Kate: Ah babe, ele está inteirão, vai.

Castle: Eu não estou acreditando nisso!

Kate riu e o beijou várias vezes no pescoço.

Kate: Foi Serena quem providenciou a poltrona, é da maternidade. Ela me contou tudo: a primeira noite, que você dormiu no corredor, o 10 minutos em cada visita que você conseguiu como se fosse a coisa mais importante do mundo...

Castle: E era. Cada segundo perto de você é importante.

Kate: Eu sei, é por isso que eu te amo tanto. Mais uma vez, você fez tudo por mim.

Castle: E farei tudo mais o que for necessário.

Kate: Até dormir sentado aqui?

Castle: Eu estou tão feliz que acho que nem vou dormir!

Kate mudou de posição e o abraçou forte, mas sentiu um incômodo no peito e voltou à posição inicial.

Castle: Está doendo?

Kate: Um pouco... Você viu?

Castle: Não.

Kate: Medo?

Castle: Não... eu queria tanto que você voltasse que nem me importei com isso.

Kate abriu os botões da túnica branca que usava e deixou o peito à mostra.

Kate: Ficou pequena.

Castle: Quase imperceptível – Castle passou a mão suavemente sobre a cicatriz, que ficava abaixo do seio direito.

Kate: Estou ficando remendada.

Castle: Podem te remendar quantas vezes quiserem, contanto que fique inteira para mim – ele sorriu e ganhou mais um beijo.

Kate: Obrigada por cuidar de mim, babe.

Castle: Sempre.

Kate repousou a cabeça no peito de Castle, ouvindo as histórias dos filhos durante a semana em que esteve ausente. Algumas horas depois, Serena deu uma batida na porta e não obteve resposta. Abriu-a devagar e sorriu com a cena. Não se arrependeu de violar as regras, e soube que faria tudo de novo. Apagou a luz do quarto e saiu silenciosamente, deixando o casal apaixonado adormecido, abraçados na pequena poltrona.


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