Life escrita por Jennie


Capítulo 9
'Vingança'


Notas iniciais do capítulo

Hey! Emma aqui. Lembrando á vocês que o próximo cap será um flash back, okay?
Estou sentindo falta de alguns comentários. Cadê vocês amores? Vou ser rápida hoje porquê estou morrendo de dor de cabeça, fiquem tranquilos, é só da enxaqueca mesmo.
Não seja rígido, as cenas poderão ser trocadas/mudadas ou invertidas.
Aqui a imaginação é livre, é e seu prazer em ler.
Boa leitura e leiam as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/581919/chapter/9

Beck estava outra vez dopado. Isto acontecia todas as quartas, á tarde. Mas, ficava alí cheirando sua pedra de crack no canto do quarto, como se cheirasse uma mulher. A analisava, sentia seu cheiro. Não conseguia viver sem no mínimo a cheirar por um minuto no dia. Era um vício, sabia disso, mas negava. Sam sabia que ele era assim. Seu namorado, ou quase isso, estava viciado com uma droga. Não queria se meter em sua vida e muito menos nesse mundo de Beck , mas sempre o aconselhou para que largasse isso de vez. Tentou. Pelo menos, fez uma tentativa. Mas nada substituía aquele cheiro, que para ele, fazia parte de sua vida.

Louco. Era como ele vagava pela Thallerman, com uma pedra no bolso. Não procurava ninguém e muito menos tinha destino. Conhecia bem a escola. Conhecia os locais de bagunça. Conhecia as pessoas que faziam a bagunça. Conhecia as meninas que suspiravam pelos cantos por causa dele. E ele suspirando por uma que não tá nem aí pra ele : Jade West. Os corredores estavam vazios, apenas o lixeiro varria o chão cantarolando. Sua voz era grave. Tenor. Era o que ele de princípio achava que era o timbre de voz do cara. Mas não. Á cada passo que dava, chegava mais perto dele, e podia ouvir sua voz ficando fina e mais fina.

Pulou para o outro corredor, e desceu as escadas para o primeiro andar. Se apoiava no corrimão. Estava sem equilíbrio.

Andou mais, vendo no último corredor uma sala. Alguém estava lá. Na verdade, sabia que era a aula de teatro, e que Sam estaria lá. Entrou como se estivesse desfilando, e foi para cima da sua namorada.
– Hey, amor... Vamos alí ver o sol se pôr comigo! - Ele sussurrou no ouvido da loira, e ficou com um sorriso louco na face. Ela ficou constrangida, e tentou empurrá-lo para a porta. Carly, já estava com falas maldosas em sua mente, e agora tinha achado a hora perfeita para colocá-las em ação.
– Beck, vamos lá fora. Com licença professor. - Ela o empurrou fortemente para o corredor, e Carly se levantou, indo para a frente da classe, ao lado do professor.
– Hora! Mais que descoberta! O capitão do time de futebol está envolvido com drogas! E AINDA ESTÁ DOPADO! - Ela sorriu vitoriosa para Sam, que a viu, e foi embora com Beck sem dar a menor satisfação.
– Vai vadia! Vai se drogar também! - A morena gritou pro corredor.

* * *
– Hey! Foi fumar com o namoradinho e voltou agora Sammy? - Carly estava assistindo tevê, e a loira entrou, bateu a porta com a maior força que podia fazer no momento, pegou o controle da delicada mão da patricinha e desligou a televisão.
– Porquê? - Sam bufou - Fala sério, porquê?
– Ai o quê é garota? - Ela massageou sua mão com cuidado, e analisou sua francesinha. - Não vê que acabei de fazer a unha?
– Você... Você é o demônio! - Sam pegou um remédio de dentro do banheiro, e tomou com um copo d'água.
– Olha querida, me desculpa, não sei o quê você está falando. - Carly se encostou na parede do quarto.
– Você... Sabe que ele se envolve com as drogas! Sério, não precisava. Ele tava dopado, e olha Carly... Aquilo foi demais, o grupo do teatro é muito nerd para contar qualquer coisa, e com o Sikowitz eu me resolvo depois. Você... Não vai contar pra ninguém que ele tá com crack aqui dentro, entendeu?- Ameaçou Sam com dedos entre a face da morena.
– Eu não vou falar, se é isso quê você quer. Mas só não vou falar, pra não queimar minha fita, entendeu Puckett? - Ela se distanciou da garota.
– Que seja. Mas que fique claro... Eu estou de olho em você.- Ela apontou para Carly, que deu de ombros.- Agora, preciso esfriar minha cabeça. - Sam pegou sua roupa, dois pedaços de frango frito, e foi para o banheiro. Carly ignorou a atitude dela, e voltou a assistir tevê.

* * *
Dia seguinte - Aula de história - Manhã - 6:00.

Pov Cat.
Cheguei na sala. Primeira aula do dia. Nada como começar o dia com aula de história. A professora Ellen tem uma voz tão fina que irritava meus ouvidos. Sentei na primeira cadeira, eu gostava de história. Logo, vi aquele carinha que eu me esbarrei no primeiro dia. Na semana passada ele não tava aqui. Ou será que estava, e eu não percebi? Do jeito que sou distraída, deve ter sido isso. Ele ficou me encarando. DENOVO. Sério, eu odeio quando alguém me encara. Não sei se a pessoa tá olhando pra minha beleza, ou pensando mal de mim. Olhei para ele de volta, que desviou o olhar e voltou para a aula.
– Bem turma, façam duplas para fazer a lição. Nada de conversas paralelas hein. - Falou Ellen. Tampei meus ouvidos pela sua voz fina, e vi um monte de gente atrás de mim se amontoar e fazer os seus grupinhos. Fiquei desolada, não tinha ninguém pra fazer dupla comigo. Exceto...
– Catherine, não têm dupla?- Ellen foi para cima de mim, ela era uma loira alta, com roupas apertadas, tinha uns vinte e poucos anos.
– Acho que não né. - Olhei para os lados, e abri meu caderno. Ia fazer a lição sozinha.
– Hum... Bom, o Robbie está sozinho, lá no fundo. - Ela apontou. - Vai lá. - Sem fazer barulho, levei minha cadeira para perto dele, no fundão.
– Oi. ' Cê ' tá sem dupla? - Sorri timidamente.
– É né. - Ele coçou o queixo, e ficamos em silêncio.
– Ah! Roma antiga é fácil. - Falei em voz alta.
– Odeio história. Pra quê estudar o quê já passou? Chega! Acabou. - Ele bufou, cruzando os braços.
– Nada a ver, Robbie.
– Você é a Cat né?- Ele finalmente tocou no livro, e o abriu na página certa.
– Como sabe? - Virei para ele.
– Andando com aquelas coisas - Ele parou por um momento, respirando fundo. - Todo mundo já tá sabendo do seu nome.
– Ai, sério? - Larguei meu lápis encima do caderno.
– Vamos, vamos terminar este dever. - Ele deu fim á conversa, como se não quisesse falar naquilo. Decidi me calar, e continuei fazendo o dever em silêncio.
– Crianças. Atenção. Não vai dar para terminar isso hoje. Então, terminem com suas duplas á tarde, lembrando que amanhã teremos duas aulas. Fechem seus cadernos. - Avisou Ellen, e dei um suspiro longo. Todos bufaram, eles odiavam quando ela os chamava de crianças.
– Pode ser na sala de inglês? Á tarde não fica ninguém lá. - Ele se levantou, e colocou sua mochila encima da mesa, abriu o zíper e colocou o caderno e as outras coisas.
– Tá bom. Que horas? - Falei sem o mínimo de interesse possível.
– Depois do almoço, está bom? - Robbie ajeitou seu óculos, e peguei meu caderno e livro, segurando em meu braço esquerdo.
– Tá. Tchau. - Me virei e fui até o bebedouro. Senti alguém me tocar. Era Jade. - Acordada á esta hora? Milagre. - Ironizei.
– Eu não sou preguiçosa ruivinha. Agora vamos, tenho aula de Espanhol com você. - Ela me arrastou, e fomos conversando normalmente.

* * *
– ' Cada segundo longe de você é um desperdício. É como me jogar de um precipício.'– Ditava enquanto escrevia as cartas. Estava largado no quarto, com muitos lápis de diversos tamanhos no cômodo. Era de tarde, e o sol já estava se pondo. A luz clara o iluminava, e ele fazia disso o seu abajur. Desenhava como um bobo a face da garota, e esbanjava um sorriso abobalhado. Não havia ninguém no quarto além dele, seu colega de quarto só aparecia de noite para dormir. Ficou alí mesmo, pensando na garota que fazia seus olhos brilharem. Seu coração pulsava mais forte só de pensar nela. Um sorriso doce só ao ver a face da garota. Não conseguia esquecê-la, era inevitável. Juntou suas coisas, e pegou seu telefone, que estava largado no chão. Com um dedo, chegou até as mensagens, e começou a digitar.
– Tenho um servicinho para você, James. - Enviou a mensagem, e passou a analisar o desenho, deitado no chão, de barriga pra cima. Abraçou o desenho, e se culpou por tê-la perdido. Mas tudo era culpa de só uma pessoa. Carlotta Taylor Shay.

* * *
– Hora de armar um plano. Preciso mostrar a Puckett com quem ela está se metendo. - A morena sorriu travessamente, enquanto se olhava no espelho do banheiro.
– CARLY! Sai da merda deste banheiro, eu quero fazer xixi! - Gritou Sam batendo na porta com força.
– NÃO! - Gritou ela de volta, Sam parecia ter se calado. Na verdade, foi em busca de outro banheiro. - Ai, Sammyzinha. Já sei o quê fazer. - Carly falou em voz baixa enquanto analisava uma faca. - Nhac! - Colocou a ponta do objeto para cima , e fingiu perfurar algo para o espelho. Riu de seu próprio ato, e saiu do banheiro.

–-
– Diretora! - Gritou a garota entrando na diretoria. O medo que transparecia em sua face era mentiroso. Seu sorriso estava escondido por trás de sua atuação.
– O quê houve Carly? - Theresa se levantou assustada.
– Eu encontrei isso... - Ela colocou a faca encima da mesa- No meu banheiro. E provavelmente deve ser da Sam.
– Essa acusação é séria, Carly? - Ela pegou a faca, e deixou perto dela.
– Seríssima. Eu estou com medo... Que ela faça algo comigo. Do tipo. Fatal. - Carly continuou com sua atuação, e arregaçou as mangas de seu casaco.
– Chame a Samantha. - Ela falou ríspida.
– Ela não está no quarto. Eu não quero ir falar com ela, vai que ela têm outra faca!- Carly colocou as mãos para cima.
– Fique aí. - Ela se levantou, e Carly ficou sentada na cadeira. Começou a rir sarcasticamente, e novamente, uma loira estava lá, com os braços cruzados, escondida, com o olhar de reprovação, observando tudo, e negando com a cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Carly sua.... Huum.... Quem será que estava escrevendo as cartas? E o romance Cabbie, será que rola?
O próximo cap, eu irei postar, porquê a Diwa Glêh irá viajar, então eu postarei, okay?
Até mais povo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Life" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.