Logo após de matar alguns Walker´s, Daryl me mandou entrar e tomar um banho.
Tomei meu banho e fui para minha sala, Grimes estava lá, só que não estava sozinho, eu entrei e vi que ele estava beijando Lizzie, a garota tinha uns 14 anos e era um porre. Meu coração se apertou, meu estômago queria sair pela boca, eu queria chorar, mas tinha que me impôr.
– Com licença.- Falei em alto e bom tom.
– J-jenna, não é isso que você... - Grimes idiota tentou eplicar.
– Não é isso o que Grimes? Você não me deve explicações e eu não quero saber, agora se quiserem fazer coisas desse tipo, por favor vão para o lado de fora, não espera melhor ainda, eu vou.
Grimes tentava explicar em vão pois eu não ouvia nada, a raiva tomará conta de mim, eu sou muito idiota mesmo, peguei minha mochia e meu travesseiro.
– Cale a boca Grimes. Fiquei aí com a sua vadiazinha. - Eu disse e saí dali.
Me escondi em um bloco que ninguém frequentava, e permiti que as lágrimas escorressem, eu estava sem chão, eu tinha me apegado ao Grimes mesmo não querendo, mas não entendi o porque dele ter feito aquilo, eu estou me sentindo horrível. Eu ouvi passos e sequei minhas lágrimas depressa, achei que eram Walker's, mas era o Glenn.
– Jenna? - Ele perguntou surpreso.
– Sim.
– O que houve? Porque está aqui?
– Eu só queria um tempinho.
– Pode contar o que aconteceu, eu não irei te julgar e muito menos brigar com você, sou seu amigo, somos uma família. - Disse ele sentando ao meu lado.
– Parece idiotice, mas eu havia me apegado ao Grimes, muito para falar a verdade, foi um tipo de carinho que eu não recebia à anos, ele foi o primeiro menino que eu beijei, estavamos nos entendendo, só que eu cheguei no quarto e vi ele com Lizzie.
– O Carl? Com Lizzie? Não faz sentido, à dois dias ele tinha comprado um negócio pra você. E disse que te daria, era uma coisa importante, eu vou falar com ele Jenna, isso está estranho. - Glenn me deu um beijo na testa e saiu.
Glenn impôs um papel do pai que eu nunca tive, e isso era confortante.
*
Eu estava ali à horas, tinha que ir.
Quando estava saindo, dei de cara com Grimes.
– Jenna, temos que conversar.
– Não temos nada para conversar Grimes.
– Temos sim.
Ele me pegou pelo braço e me levou até o lugar que eu estava sentada antes.
– O que você quer Grimes?
– Foi um mal intendido, Lizzie queria se vingar, pois você havia gritado com ela no outro dia.
– E..
– Então ela me beijou, mas eu não queria beijá-la.
– Engraçado, quando eu entrei lá você parecia estar gostando.
– Não, eu estava tentando me soltar.
– Soltar?
– Lizze amarrou minhas mãos enquanto eu dormia.
– Me poupe Grimes, você estava quase "Comendo" a garota.
– Eu nunca trocaria você pela lizzie.
– Ata. Você não me deve explicações, nós não somos nada.
– Claro que não somos. Ainda. Pois antes de Lizzie me amarrar, eu achei uma coisa e tive uma ideia ótima.
– Ainda? *risos*. O que quer dizer com "Ainda"?
– Jenna, nós perdemos pessoas importantes, quase fomos mortos mais de cem vezes no mesmo dia, você viveu sozinha por 3 anos, e eu nunca me senti tão sozinho também, mas aí você chegou, chegou com tudo, você me abalou de um jeito que ninguém nunca havia abalado, você é perfeita em todos os apectos, eu adoro seu jeito de andar, o seu beijo, as suas "Patadas", seu jeito todo durona de ser, eu quero que o mundo acabe com você do meu lado. Então você aceita namorar comigo nesse mundo? Nós podemos Matar Amando.
Meus olhos estavam cheio de lágrimas. DROGA GRIMES!.
– Grimes seu idiota.
Eu disse aquilo e o beijei. Foi um beijo calmo, mas ao mesmo tempo dependente, nós dois dependiamos daquilo.
– Isso foi um sim? - Ele disse e eu assenti.
– Agora escuta aqui, se eu te pegar com Lizzie, eu arranco seus olhos.
– T-tudo bem. Eu tenho uma coisa pra você.
– Roubou chocolates e um urso pra mim é? - Falei irônica.
– Não, eu estava com Daryl e Glenn, então esbarrei nessa caixinha.
Ele abriu a delicada caixinha vermelha e lá haviam um par de alianças douradas.
– G-grimes.
– Alguém estava indo fazer o pedido e foi atacado, apenas a caixinha sobreviveu.
– Grimes...
Ele colocou a aliança no dedo anelar da mão direita.
– Não espere outra quando casarmos. - Ele disse rindo.
– Cale a boca.