O Despertar do Lobo escrita por Chase_Aphrodite, danaandme


Capítulo 15
CAPITULO 14 – Girando, girando e girando...


Notas iniciais do capítulo

Gente, FELIZ ANO NOVO!!!!! :****

A Chase me lembrou ontem de noite que o Despertar do Lobo já tem 01 aninho de publicação! :) Nós só agradecemos por todo carinho, puxões de orelha e ameaças (kkkkk) em forma de mensagem que recebemos durante esse tempo. É sério mesmo, vocês não tem noção do quanto muitas vezes é difícil conseguir burlar o dia a dia para manter uma história online, principalmente para duas pessoas com um cotidiano maluco como eu e ela... Inclusive, a gente sabe que da última atualização para cá já tem um bom tempo, mas gente, mais uma vez, pode demorar mas não vai terminar até vocês lerem um FIM. Então, é isso! Agradeço mais uma vez por todas as mensagens e apoio! Ah, e se não for muito, façam um pensamento positivo para Chase! Hoje tem vestibular e ela está a mil! :)



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As gotas de chuva escorriam por todo seu corpo, encharcando sua roupa e cabelos. Mais tarde, talvez, ela sentisse as consequências por ficar exposta ao frio por tanto tempo, mas nesse momento suas pernas não encontravam forças para se mover. Seus olhos não desejavam perder um segundo sequer do ritual que se desenrolada diante dela. A raiva deveria ficar contida em sua alma, como uma essência preciosa, engarrafada e especialmente reservada para a ocasião certa. Ela ouviu o Reverendo Jonathan dar por encerrados os ritos póstumos e o caixão começou a ser abaixado cova adentro, para o que seria agora o lugar de eterno descanso de Billy Thompson.

O corpo de Billy foi encontrado próximo a área do ginásio horas depois da chamada que denunciou o ataque a escola. ‘Uma morte inconcebivelmente violenta’, foi a declaração dos peritos e do jornal local. A notícia teve tanta repercussão, que ganhou destaque até mesmo no noticiário nacional, que atribuiu a tragédia que ocorrera na escola a um ataque de um lobo selvagem.

Era até irônico o quão eles estavam próximos da verdade.

Foi um velório com o caixão fechado. O corpo do rapaz estava completamente dilacerado, tanto que os procedimentos para o reconhecimento dos restos mortais foram feitos através de testes em sua arcada dentária.

Finn Hudson estava de pé ao lado da irmã mais nova de Billy, trajando um terno preto e parecendo ainda estar em choque. Seus olhos fixos no caixão que sumia diante dele, enquanto todos os outros presentes atiravam flores dentro da cova. Se toda a família havia sido poupada de contemplar a forma como Billy deixara esse mundo, Finn não tivera a mesma sorte. Ele fora a pessoa que encontrou o corpo. Todos os bombeiros e policiais envolvidos no caso comentaram o quanto o capitão do McKinley Titans merecia ser reconhecido como um herói. ‘Se não fosse por ele, a tragédia poderia ter sido bem maior’, foi a frase recorrente. Decerto Finn havia pensado e agido rapidamente, trancafiando seu time no vestuário, disparando o alarme de incêndio logo em que ouviu os gritos de socorro de Billy, e em seguida discando para 911. Segundo a Deputy Sheriff (*) Swan, encarregada temporária pela região de Lima depois da morte do Sheriff local, essa simples sequência de ações acionou as unidades mesmo antes da ligação feita pelo garoto para a polícia. ‘A barulhada das sirenes deve ter assustado o bicho. Tinham marcas que seguiam para floresta atrás da escola. Ele arrastou o corpo do garoto até onde pode’, foi a declaração extraoficial da Chefe Swan para Angelina Puckerman no dia que a legista realizou a autopsia do corpo.

A chuva havia ficado mais forte e o cemitério mais vazio. A senhora Thompson caminhava praticamente apoiada por seu esposo. A mulher estivera sentada durante toda cerimonia. Era impossível imaginar o tamanho da dor dela nesse momento. Finn seguia logo atrás da família, sua mãe caminhava ao seu lado. Nenhum deles pertencia a alcateia. Nenhum. Nenhum deles nem ao menos desconfiava da existência do povo lupino. E era isso que fazia pulsar ainda mais forte esse sentimento de pura fúria dentro dela, porque quem quer que fosse esse inimigo, ele não passava de um assassino covarde que não mediria esforços para chegar onde queria.

Ela precisava descobrir o que ele pretendia o mais rápido possível. Não era só sua alcateia que precisava de proteção. Toda Lima dependia dela.

...

RESIDÊNCIA DOS LOPEZ

Quinn irrompeu pela porta da frente tão voraz quanto a tempestade que caia lá fora.

– Onde está a Rachel? – Exigiu saber, no momento que seus olhos encontraram os de Santana.

A morena suspirou antes de deixar o aconchego dos braços de sua Britt, junto ao sofá próximo a lareira da sala de estar. Hora de dar adeus aos seus planos de uma tarde romântica dividindo algumas garrafas de root beer e fondue de queijo com sua companheira e aquele gato HDLP que insistia em acompanhá-las para todo canto.

– Com toda certeza ela não está no meu bolso, Fabray. Que tal começar a bater antes de entrar? – Santana reclamou de mau-humor parando a dois centímetros de distância dela. As duas já se encaravam mordazmente, já se preparando para começar a discutir quando Brittany interrompeu.

– Rachel foi ao enterro do Billy.

Automaticamente Quinn virou na direção dela, ignorando Santana completamente.

– Mas isso foi esta manhã. Já são quase cinco horas da tarde! – A loira atestou exasperada.

– Não consegue prender sua garota, Q? - Santana provocou. Um sorriso cheio de malícia cortou seus lábios. – Talvez se você afrouxar um pouco o cinto, e deixar o Lobo Negro brincar um pouquinho com essa Lobinha em você, Rachel não vá largar esse seu traseiro enorme tão cedo.

Um olhar letal fez Santana congelar no lugar. Limpando a garganta sonoramente, a morena firmou a voz.

– Você já checou a casa dela? Pode não parecer ultimamente, mas Rachel ainda tem uma, sabia?

Quinn ergueu a infame sobrancelha. Ela não tinha pensado em checar lá. Era a opção mais lógica decerto, mas como Santana afirmara ultimamente Rachel não ficava muito tempo na própria casa. A herdeira da Lua deu meia volta, deixando a casa com o mesmo ímpeto que chegara.

Santana revirou os olhos. Duas ‘drama-queen’. Puxando o celular do bolso, ela digitou os números que já guardara na memória.

– Puckassaurus falando. – Disse a voz do outro lado da linha

– Corta a palhaçada Puckerman, e diga ao Stevens para se juntar a você e ao Karofsky. Quinn está ainda mais impossível que o usual e Rachel não vai gostar de saber que sua musa da Lua está rodando por toda Lima, logo depois que foi preciso reduzir a guarda.

– Entendi. – Foi a resposta dele. Ela notou que ele ofegava um pouco.

– Problemas em acompanhá-la, Lobo?

Ele bufou alto.

– Ainda não. Droga. Quando essa garota ficou mais rápida?

– Só não a perca de vista, Puckerman ou castro você. – Ela disse antes de encerrar a chamada.

...

LIMA MEMORIAL

Frannie se remexeu na cadeira incomodada, desviando o olhar para o chão. Uma mão suave demais para ser masculina segurava a sua com tanto cuidado que mais parecia estar segurando a uma taça de cristal, ou outra coisa frágil e preciosa. O olhar dele também a incomodava. Era cálido demais, cheio de devoção e afeto. Há anos ninguém a olhava desse jeito. Seu estômago contorceu. Ninguém podia olhá-la desse jeito. Não mais.

– Ele vai continuar me encarando assim por quanto tempo? – A pergunta foi direcionada para Bernardo Lopez de forma sutil, no tom de voz mais ameno que ela conseguira, mas mesmo assim, o rapaz deitado na cama hospitalar ao seu lado pareceu se encolher como se as palavras dela o houvessem ferido profundamente.

Ma che. Não quer estar con me, Vita Mia?

Francine sentiu as bochechas esquentarem e se levantou da cadeira de uma vez, se afastando até a outra ponta do quarto.

Bernardo Lopez havia pedido que ela estivesse presente durante alguns procedimentos médicos que seriam realizados em Fernando esta tarde. Aparentemente depois da breve visita que fizera a alguns dias, Fernando ficara bastante inquieto e não estava cooperando muito com os médicos. Tudo que ele pedia era para ver Francine, ou melhor, a sua Isabela, mais uma vez. Frannie havia concordado em ajudar, afinal, Fernando era a chave para resolver o mistério do que tinha acontecido durante a chacina na rodovia e na recente tragédia no campus da William McKinley High School. Frannie tinha a obrigação de ajudar sua alcateia. Então, não custava nada cooperar com a recuperação dele, não é mesmo?

– Eu concordei em ficar, mas... – Ela tentou dizer, mas seu coração se encheu com uma raiva irracional, direcionada exatamente a pessoa que ela deveria ajudar a se recuperar. – Não posso. – Murmurou travando o queixo. – Ele não é...

O médico podia ver o quanto ela estava se esforçando para conter as lágrimas. Ele deveria ter imaginado o quão difícil essa situação deveria ser para ela. Sentindo a culpa invadir o peito, o médico suspirou profundamente já se arrependendo de suas próximas palavras.

– Entenda o quanto é difícil vê-lo nesse estado, Sr. Di Angelo. – Ele disse, chamando a atenção do rapaz para si. – Isabela... Ela quase perdeu você.

Do outro lado da sala, Frannie sentiu seu coração congelar. Ainda de costas para os dois, ela engoliu um murmúrio de dor.

Fernando abaixou o olhar, envergonhado. Sem questionar, ele acreditou nas palavras do médico. Em meio à confusão de lembranças que dançavam em sua mente, ele recordou de um detalhe importante.

Perdonami, Cara Mia. Io sono um idiota. Quebrei a nossa promessa, não é? – Ele disse arrependido. Sua voz doce parecia deslizar pelo ar buscando por ela. – Prometi não machucar seu coração... E falhei.

‘Não vou mais machucar seu coração. É uma promessa’, a voz de Joshua ecoou dentro dela vinda de algum lugar no passado. E de repente ela estava diante dele no campo de futebol, depois de uma partida particularmente violenta contra os Hawks da Bishop High. O jovem Quarterback havia realizado um passe audacioso e acabou sendo derrubado por cinco dos gigantes da defesa dos Hawks mesmo já tendo ultrapassado a end zone. O rapaz exibia um belo corte nos lábios, um ombro deslocado e um hematoma no tórax que estava dificultando sua respiração. Frannie estava de joelhos na sua frente, enquanto os procedimentos de primeiros socorros eram realizados pelos paramédicos na beira do campo. Lágrimas escorriam por seus olhos esverdeados os fazendo brilhar como joias. Naquela noite ele prometeu que não a faria sofrer, que para não machucar mais seu coração, tomaria mais cuidado no campo... Dois meses depois ele morreria e levaria seu coração com ele.

– Frannie? – Bernardo Lopez chamou ao seu lado. Ela não percebeu que chorava. Seu corpo tremia com os soluços. A dor ameaçando rompê-la ao meio. Mordendo os lábios até sentir o gosto do sangue Frannie tentou se recompor. Não havia espaço para pensar em seu bem-estar agora. Não havia espaço para lembrar de Joshua. Controlando sua respiração, ela enxugou as lágrimas com as costas mãos e se voltou para onde Fernando jazia em seu leito hospitalar, a observando com uma expressão de absoluto sofrimento.

– Exatamente. – Disse, buscando toda a força que possuía em seu interior. – Você é um idiota. Nunca mais faça isso...

Ela voltou a sentar-se na cadeira ao lado da cama tomando as mãos dele entre as suas.

– ... Vita Mia. – Sussurrou, mirando os olhos verde esmeralda diante dela, sentindo uma lágrima escorrer por sua face.

Sentindo-se o vil arquiteto de um dos piores crimes de sua espécie, Bernardo Lopez continuou no canto do quarto observando a filha de seu melhor amigo sacrificar seu coração na esperança de ajudar sua alcateia. A menina que ele vira crescer, que ele vira sorrir, sofrer e quase perecer diante da dor, agora se erguia majestosamente para assumir uma responsabilidade de tamanho imensurável. A culpa voltou a apertar o peito do médico. As consequências de seus atos seriam dolorosas para todos os envolvidos. Mas a nuvem negra que se adiantava sobre eles já anunciava o perigo que rondava não somente a alcateia, mas toda cidade... E a salvação podia estar no sacrifício dos corações daqueles dois jovens.

– Não quero mais ver a tristeza colorir suas lágrimas, cara mia. – Fernando disse, estendendo a mão, acariciando com reverência o rosto de Frannie.

...

Ré, Lá, Sol, Fá menor...

As notas fluíam pelo auditório compondo uma melodia triste. Rachel não era tão habilidosa quanto Quinn junto ao piano, mas seus dedos ainda eram capazes de percorrer as teclas transformando seus sentimentos em música.

Ela precisava de um lugar onde pudesse colocar seus pensamentos em ordem depois do que havia visto no funeral de Billy. O auditório sempre fora seu refúgio e a música seu santuário. Por causa dos acontecimentos recentes, a escola havia sido fechada e as aulas suspensas por tempo indeterminado. O que a garantia que ninguém a incomodaria.

...Ré, Lá, Sol...

Não havia outro lugar onde ela pudesse se acalmar no momento. Quer dizer, existia sim um lugar para ir e uma pessoa capaz de aplacar a dor em seu coração, mas estar junto dela agora talvez canalizasse toda a energia em algo que Rachel não sabia se deveria acontecer...ainda. Como se não bastassem todos os problemas, sua mente e corpo não conseguiam se livrar do cheiro dela.

…Lá, Si sustenido...

A morena suspirou. Seu Lobo estava insistindo em estar com sua companheira desde o primeiro minuto. Ele era quase tão teimoso quanto ela e o que aconteceu a Billy só fortaleceu o medo de perde-la.

Ver aquele caixão sumir num buraco cavado na terra a fez entrar em pânico. Foi como se alguém estivesse tecendo diante de seus olhos um enorme painel com cenas de todos os ataques a sua companheira. Rachel viu claramente os quatro lobos na floresta, os cinco lobos junto a rodovia, a visão do corpo de Quinn sem vida em seu quarto. As cenas eram como uma previsão macabra que levava a um cemitério. Porque depois de tanto pensar, Rachel finalmente compreendeu a mensagem de seu inimigo. Ele não iria parar. Não iria descansar. Até que fosse o corpo de sua Quinn sendo sepultado num caixão.

Até lá, ele continuaria brincando com todos eles.

Si sustenido...

How do I get through a night without you? If I had to live without you, what kind of life would that be? For a while, I need you in my arms, need you to hold. You're my world, my heart, my soul. If you ever leave… Baby you would take away everything good in my life… And tell me now… How do I live without you? I want to know. How do I breathe without you? If you ever go. How do I ever, ever survive? How do I… How do I… Oh, how do I live…Without you, there would be no sun in my sky. There would be no love in my life. There would be no world left for me. And I, oh Baby, I don't know what I would do, I'd be lost if I lost you… If you ever leave…Baby, you would take away everything real in my life… and tell me now…How do I live without you? I want to know. How do I breathe without you? If you ever go… How do I ever, ever survive? How do I…How do I…Oh, how do I live…Please tell me baby...How do I, Oh…If you ever leave…Baby, you would take away everything. Need you with me. Baby, don't you know that you're everything good in my life… and tell me now… How do I live without you? I want to know. How do I breathe without you? If you ever go. How do I ever, ever survive? How do I…How do I…Oh, how do I live? How do I live without you? How do I live without baby?

– Você tem uma bela voz, Alfa. Me faz lembrar alguém... – A vozinha adocicada de tom sonhador ressoou logo atrás dela. Ela conhecia aquela voz. Instintivamente, Rachel pulou do assento se virando de uma vez e dando de cara com um de seus maiores temores.

Sentadinha na beirada do palco, lá estava ela. A aparição meiga verde de olhinhos afetuosos e atitude empolgada. A pequena Meliade ergueu as duas mãozinhas, acenando alegremente na direção dela, visivelmente feliz em revê-la. Infelizmente Rachel não podia compartilhar do sentimento.

– Melisse?! O que você está fazendo aqui? Eu...Eu...só estava pensando na Quinn! Isso não é justo... – Rachel cruzou os braços fazendo beicinho.

– Ora, ora, Alfa. Isso são modos de receber sua Ninfa da fertilidade? Eu só estava ajudando a... um amigo... e resolvi ficar quando ouvi você cantar. – Melisse cantarolou se levantando de uma vez e correndo para abraça-la.

Rachel respirou fundo quando a pequena Ninfa se chocou com ela, a envolvendo num abraço apertado demais para alguém aparentemente tão frágil.

– Você deixou a Quinn apavorada da última vez, sabia? É melhor você passar logo um tutorial de como podemos lidar com...com esse assunto... sem ficar invocando você toda hora...Estou começando a achar que Ninfas da fertilidade não tem muita noção do quão estressante pode ser ficar sobre a ameaça constante de engravidar por acaso!

Agora era Melisse que fazia beicinho.

– Mas vocês duas teriam filhotinhos tão fofinhos...porque esperar tanto? – a pequena Ninfa argumentou com um muxoxo.

Rachel revirou os olhos.

–Talvez porque nós ainda somos adolescentes? E nenhuma de nós está pronta para isso? – Se abaixando para ficar olhar o pequeno ser mítico nos olhos, Rachel continuou. – Eu e Quinn precisamos de mais tempo. Nós não tivemos um começo convencional, e mesmo estando segura dos meus sentimentos por ela, acho que nossa situação atual não é a ideal para seguirmos por esse caminho...

Parecia que Rachel havia chutado um filhotinho. Aqueles olhinhos arredondados a olhavam como se ela fosse a pior das pessoas, mas por fim, Melisse suspirou e assentiu.

– Tudo bem... Eu espero... - Ela consentiu, apesar da evidente decepção. – Vocês só complicam as coisas hoje em dia, mas tudo bem...

Rachel ergueu a sobrancelha.

– Se você não queria lidar com complicações, acho que escolheu o casal errado para apadrinhar. – Disse Rachel sem conseguir deixar de rir. – Mas, você colégio está fechado. – Ela argumentou colocando as mãos na cintura. – É proibido estar aqui, sabia?

Isso pareceu trazer o sorriso de volta ao rosto da Ninfa.

– Sério? – Ela disse parecendo conter uma gargalhada. Rachel estreitou os olhos.

– Eu sou uma das melhores alunas dessa instituição, voluntária do grêmio estudantil e capitã do Glee Clube. Minha presença neste local é incontestavelmente aceitável, ao contrário da sua aparição repentina que além de indiscutivelmente inapropriada é extremamente suspeita! Quem é esse amigo que você disse estar ajudando e porque essa ajuda envolveu a escola?

– Uau. Nossa, Alfa você é tão eloquente! – Ela continuou como se nada que Rachel dissesse a desagradasse.

– E você está tentando escapar sem responder minhas perguntas!

– Não era ninguém importante. Assunto de Ninfa. Então, eu só estava de passagem. Acabei parando para ouvir você cantar e não consegui deixar de dizer quão bonita é a sua voz.

Rachel inclinou a cabeça para o lado.

– E como ela lembra a voz de alguém... – Ela lembrou, recitando as palavras da pequena Ninfa.

Aquilo pareceu disparar os alarmes da Meliade. Os olhos dela pareceram brilhar de repente. Rachel sentiu seu corpo congelar no lugar como se uma força invisível estivesse impedindo seus movimentos. Rachel sentiu sua respiração ficar mais pesada. Ela não conseguiu se mexer.

Parando a poucos centímetros de seu rosto, ela sussurrou.

– Teremos muito tempo para trocar mais palavras. Até lá, cuide bem do seu tesouro, minha Alfa. Não deseje saber como seria viver com as respostas para as perguntas da sua canção.

No instante seguinte ela sumiu. Rachel sentiu o corpo amolecer, como se finalmente tivesse sido libertado do feitiço que o segurava.

Algo lhe dizia que a visita da Ninfa não havia sido ao acaso. Muito menos o aviso que ela lhe trouxera.

RESIDÊNCIA DOS BERRY

O sol já havia se posto no horizonte quando o New Beetle vermelho estacionou diante da residência dos Berry. Quinn respirou fundo antes de desligar o carro e se aventurar até a porta da frente. A possibilidade de estar prestes a conhecer um dos pais de Rachel fazia as borboletas em seu estômago darem piruetas. Rachel havia contado a seus pais sobre seu envolvimento com Quinn, ou eles a conheciam simplesmente como a HBIC que atirava slushies de uva na filha deles? Sua mão tremeu por alguns instantes, antes que seu indicador finalmente fizesse contato com a superfície perolada do botão da campainha. O ding-dong ecoou por seus ouvidos fazendo-a estremecer no lugar.

‘Talvez essa fosse uma péssima ideia. Talvez Rachel nem mesmo estivesse em casa! ’

A porta se abriu de repente. Muito antes que a jovem cheerleader tivesse tempo para se compor.

– Olá. Como posso ajudá-la? - Quinn deu um salto ao ouvir a voz de barítono de quem ela supunha ser um dos senhores Berry.

– E-Eu... – Ela limpou a garganta. – Boa noite, Sr. Berry. Rachel está?

O homem inclinou a cabeça levemente para o lado, visivelmente interessado nela.

– Rachel? Entendo. Você não gostaria de entrar? Eu estava me perguntando exatamente quando você iria aparecer... Senhorita Fabray.

Quinn arregalou os olhos para ele.

– Eu... Acho... Que é melhor tentar o celular dela mais uma vez... – A garota balbuciou dando um passo para trás.

– Não se preocupe, Quinn. – A voz de uma mulher se fez notar, fazendo o homem parado na porta dar um passo para o lado para dar-lhe passagem.

A visão dela fez o coração da garota pular uma batida. Vendo a surpresa estampada nos olhos dela, a mulher sorriu.

– É um prazer finalmente estar diante da alma gêmea da minha filha.

Do outro lado da rua, apertados dentro de uma pick-up velha, Noah Puckerman, David Karofsky e Ethan Stevens viram Quinn Fabray desaparecer dentro da casa dos Berry.


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Notas finais do capítulo

Dana: Madonna mia, antipasti, polenta, gorgonzoli, risoto, tortellini, cappelletti, lasagna, ravioli, Gnocchi... Bá-bé-né!
Chase sai feito um foguete de dentro do quarto.
Chase: O que raios você tá fazendo, meu? Eu preciso estudar e você fica ai recitando o cardápio italiano? É o quê? Vai abrir uma Cantina?
Dana pisca os olhinhos, juntando as mãozinhas sobre o peito.
Dana: Má che io tô estudando pá escrivir o Fernando!
Chase revira os olhos.
Chase: Pronto. Daqui a pouco o pessoal vai ter que lê essa história com um dicionario aberto...
Dana: CIBATTAAAA
Chase: O QUÊ? *o martelo do Thor surge do nada na mão dela*
Dana: Ciaaaaaaaabattaaaa! É Ciaaaaaabatta!!!! *de olhos arregalados*
E sai correndo.