Trying to love you escrita por liebefaberry


Capítulo 4
Capítulo 3 - GET OUT!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Mals não postar ontem, mas eu cheguei meio tarde e tal...
Enfim. Tá aí. Comentem, por favor. 15 acompanhamentos e 4 favoritos, e só 2 comentários... Enfim.
Ah, praticamente todos os nomes que eu colocar aqui sobre New Haven são fictícios. Lugares, avenidas, prédio. Eu realmente não tô interessada na geografia real do lugar. Mas assim parece que fica mais legal.
Enjoy!



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Eu sentia o desespero dela naquele beijo. Ela passava as mãos pelo meu corpo, e eu estava gostando, apesar da dor no nariz. Por que ela tava fazendo aquilo? E o que era pior era que eu correspondia, mesmo com todas aquelas coisas na mão. Não conseguia raciocinar direito.

– Anna... – falei quando ela deu um tempo, mas somente para ser interrompida de novo pelo toque do meu celular. OBRIGADA, QUEM QUER QUE SEJA! Me afastei dela, que veio atrás de mim.

– Não, deixa isso pra lá. – Ela tentou me puxar e me impedir de atender, mas eu me desvencilhei, procurando o celular na mochila.

– Oi, oi, oi, alô?? – Falei rápido sem ao menos ver quem era.

– Credo, Fabray. Tá caindo de uma ponte? – Santana perguntou rindo.

– San! Nossa, eu te amo, eu te amo muito mesmo. – Falei assim que reconheci aquela voz. Me virei para não encarar Anna, que provavelmente ficaria chateada com aquilo. – O que foi?

– Não precisa se declarar por telefone. Eu já sei de tudo isso. – Eu ainda estava comemorando internamente. –Tô indo na casa de Britt e ela mora perto de você. Então, como eu tenho que falar com você um assunto, estou indo aí. Chego em 5min. Até. – Desligou.

Me virei para Anna e a encarei. Ela estava parada me encarando com uma expressão frágil.

– Santana está vindo aqui. É melhor você ir embora agora. – Falei mordendo o lábio inferior. Joguei a mochila no sofá, o celular em cima da bancada e fui pra cozinha colocar as cervejas na geladeira.

– Quinn... Eu... Eu vim aqui conversar... Por favor. – Ela me seguiu até a cozinha. Suspirei e me virei:

– Anna, acabou. Você fez merda, e eu te perdoo por isso. Mas acabou. Eu não quero mais nada com você, eu já te superei, por favor, vá embora. Podemos ser amigas e tal, mas nada além disso. Acab... – E então ela me beijou de novo, me prensando na geladeira. Tentei empurrá-la, mas ela prendia mais forte, e então a porta abriu e Santana entrou, mas Anna não parou.

– ¿QUÉ COÑO ESTÁ PASSANDO AQUÍ? – Falou gritando, vindo até a cozinha e puxando Anna com força. – QUINN, O QUE ESTA... CRIATURA TÁ FAZENDO AQUI? – Ela me olhou brava.

– Ela veio aqui e entrou e me beijou e...

– Eu não vou desistir de você. – Anna me interrompeu. Céus, não consigo falar nada na minha própria casa? – Eu te amo e isso não vai acabar tão cedo. Eu não vou desistir. – Ela se levantou. – Eu prometo. – Olhou pra Santana sorrindo e se virou pra sair do apartamento, me deixando desestabilizada e Santana bravíssima.

– Quinn? Por que ela tava aqui? Vocês terminaram há tempos. E que merda aconteceu com o seu nariz? – Coloquei a mão pra cobrir o nariz e olhei pra ela. Ela estava muito brava.

– Eu já disse. Ela veio aqui. Nos encontramos numa loja de conveniências, e eu demorei um pouco mais lá, e quando eu cheguei, ela estava parada na porta, e quando eu abri ela me beijou. E depois você me ligou, e depois ela me beijou de novo e me prendeu aqui. – Falei, um pouco mais calma, percebendo que eu ainda estava encostada na geladeira.

– Céus, Fabray. Olha o seu tamanho pro dela. Você poderia quebrar a cara dela. – Ela revirou os olhos e me seguiu até a sala. – Me prometa que nunca mais vai ver essa garota na vida, falar com essa garota, ou até mesmo pensar nessa garota. Ambas sabemos o que ela fez você passar. – Ela me olhou séria antes de sentar no sofá.

– Eu sei, eu sei Sant. Mas cara, eu juro que não queria. – Falei me sentando. – Não posso prometer, eu tenho que ser adulta. Mas posso evitar esse tipo de contato... – Falei olhando pra cozinha. Você sabe.

– Tá, serve. Enfim, não posso me demorar. Minha B está me esperando. – Ela sorriu. – Vim te entregar isso. – Ela pegou um envelope da bolsa e jogou em mim. – Um amigo meu chamado Kurt vai dar sua festa na boate de Genne. A prima dele, uma famosa qualquer de Nova York também vai estar lá. Ela é da Broadway. Já pensou? Ele poderia ser primo de alguém de Hollywood. Seria melhor. – Ela sorriu e se levantou.

– Kurt? Você nunca falou dele pra mim. – Arqueei a sobrancelha.

– Tanto faz. Você precisa sair, e essa festa vai ser mais ou menos uma parada gay, então você pode conhecer alguém lá. Alguém não como a que saiu, mas uma garota bem gostosa pra te fazer feliz.

– Hmmm, não sei.. Eu acho que vou pen...

– Não, não vai pensar. – Me interrompeu de novo. Aff. - Já tá pensado. Eu já pensei. - Ela apontou pra cabeça. – Você vai. É daqui a uma semana. Até lá essa coisa horrível que é o seu nariz já deve ter melhorado. Sei lá. – Ela deu de ombros.

– Tá, tá. Vamos ver. – Eu desisti de discutir. E levantei também.

– Ok, então até amanhã. Vou ver a loira mais linda do mundo agora. – Ela sorriu e me abraçou.

– Tá, tá, Santana. Que melação. Guarda pra Brittany. Vai logo. – A empurrei de brincadeira.

– Tchau, loira azeda. – Sorriu e saiu do apartamento.

Brittany está fazendo bem a ela. A conheço desde o ensino médio, e nunca a vi assim.

Um bip interrompeu meus pensamentos, chamando minha atenção. Peguei o celular.

Você continua beijando muito bem. – A

Céus! Ela é surda?

Desculpe, mas acho que você não me ouviu bem. ACABOU, ANNA!

Enviei a mensagem, jogando o celular no sofá e indo tomar um banho.

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Aquela semana passou rápida. A festa seria no sábado, e na sexta o meu nariz não parecia mais uma aberração. Claro que fui zoada por Noah e Mike, me chamando de Geddy Lee a semana toda. Santana também me zoava, mas isso não era anormal. Ela e Brittany estavam de bem, e eu já tinha confirmado que iria à festa. O semestre corria bem, apesar de ser só o início.

Na sexta, ao chegar em casa da faculdade, recebi uma ligação do meu pai.

Pai? Oi pai! Que saudade! Está tudo bem? – Perguntei apreensiva.

– Oi querida, como você está? – Ele ignorou a pergunta.

– Eu estou bem. Aconteceu alguma coisa? – Insisti.

Não, não. Está tudo bem. Eu tenho boas notícias. – Boas notícias! Vibrei por dentro.

– Sério? A mamãe acordou? Ela tá bem? Eu posso falar com ela? - O bombardeei com perguntas.

Não, querida. Ela ainda não acordou. Mas os médicos falaram que ela melhorou muito, portanto não se surpreenderiam se ela acordasse esse mês ainda. – Eu percebi que ele sorria.

– Sério? Céus, que bom! Eu pegarei um voo assim que ela acordar. Ligarei todos os dias, eu prometo. – Eu estava muito feliz, mal me conseguia me conter, pela primeira vez em meses eu estava em paz.

Como está a vida por aí? Você está se divertindo? – Ele falava como se eu tivesse acabado de me mudar.

– Tá tudo bem, pai. Estou indo bem na faculdade, se quer saber. Não demoro a me formar.

Muito bem, filha. E o seu namorado? O Noah? Como ele está? – Meu pai não sabia que eu era lésbica, aliás, ele surtaria.

– Hmm, ele está bem, mas desconfio que as coisas entre nós não. – Menti.

Sério? Que pena. Sei que vai melhorar. Preciso ir agora, amanhã nós nos falamos, certo? – Percebi um pouco de ansiedade na voz dele. ­– Um beijo, meu amor. Te cuida.

Tchau pai, cuide-se também. Até amanhã. – Desliguei o telefone, feliz pelas notícias.

Minha mãe tinha sofrido um acidente. Bateu o carro num poste e capotou, entrou em coma. Já fazia 4 meses que ela estava assim, e agora ela poderia acordar. Eu tinha que ir vê-la assim que acordasse. Como será que ela estaria?

Eu não me preocupo mais com meus pais com relação à sexualidade. Eles são conservadores, típicos religiosos de cidade pequena. Eu sei que eles ainda pagam minhas contas, mas eu estou juntando um dinheiro para me mudar para Los Angeles, Washington ou Nova York. Eu certamente conseguiria algo lá. Estaria bem formada e tudo o mais. Decidi esquecer o assunto por enquanto, e me focar em outra coisa. A minha casa estava uma zona. Desde que a minha mãe entrou em coma, não tenho saco pra arrumar nada. Garrafas de cerveja perto do sofá, caixas de pizza e embalagens de salgadinho. Como eu sou tão desorganizada, cara? Tenho que dar um jeito nisso. Como não tenho vergonha das visitas? Céus!, e então decidi limpar a minha casa.

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No sábado, Santana me ligou de manhã, me acordando. Desgraçada.

– Fabray! Levanta a bunda da cama e vá ver o que tem no seu armário. Espero que você não vá pra festa com calça jeans e moletom! Certifique-se que você vá apresentável! – Ela disse, me irritando ainda mais.

– Tá, tá. Eu sei. Eu vou ver, não precisa gritar comigo. Talvez eu compre alguma coisa no shopping. Não sei. – Falei com voz sonolenta. – Ei, tenho boas notícias.

O que é? Fala logo. – Ela parecia apressada.

– Arrumei a casa! – Falei rindo.

Tava mais que na hora. Olha, estou com pressa, será que poderíamos deslig...

– Talvez minha mãe acorde esse mês. – Sorri com a lembrança da ligação do meu pai no dia anterior. – Ele me ligou ontem e os médicos disseram que ela melhorou bastante.

Sério? Porra, 4 meses, né? Fico feliz. Quando ela acordar, poderíamos ir lá, certo? Me dê qualquer notícia. – Ela parecia sorrir. – Preciso ir agora, Quinn. Nos falamos depois!

– Com certeza. Pode deixar. Até depois, Lopez. – Me despedi e desliguei o telefone.

Levantei da cama e abri a janela do quarto. Não fazia aquele belo dia de sol, mas havia alguns raios. Deixei eles banharem o quarto e fechei os olhos, sentindo o aroma da manhã. Olhei o relógio: 07:34h. Decidi dar uma corrida no parque, fazia tempo que não saía de manhã pra me exercitar. Tomei um banho e vesti um short curto e um moletom. Decidi que depois resolveria a questão do que eu iria vestir a noite, eu tinha bastante tempo ainda. Peguei meu iPod e prendi no bolso do casaco, selecionando uma playlist bacana.

– Bom dia, Sr. Murray. – Falei sorrindo para o simpático porteiro do dia.

– Bom dia, Srta. Fabray! – Ele acenou.

Assim que saí do prédio, comecei a corrida em direção à New Haven Green.

Durante a corrida, recebi vários olhares, mas eu não tava ligando, minha música inundava minha mente. Pearl Jam não me deixava na mão.

I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so, why do I sear?

Depois de meia hora correndo, dei uma parada e sentei um banco. Ventava fraco, e eu estava suada. Céus, quanto tempo eu não faço uma atividade física? Estou esgotada. Comprei uma água, e depois de 5min eu voltei a correr. Dei algumas voltas no parque e voltei pra casa. Me sentia muito mais disposta, eu deveria fazer isso mais vezes. Voltei pra casa andando, pensando na festa. Assim que cheguei, havia um certo movimento no prédio, houve um pequeno incêndio num apartamento do 2º andar, nada grave. Como o elevador estava interditado (algo sobre risco, sei lá), subi pela escada. Entrei em casa e tomei um banho. Me enxuguei e andei pelada pelo quarto. Eu adorava a sensação de liberdade, e o que eu via nos espelhos não era desagradável. Abri meu armário e comecei a rir. CÉUS, COMO EU POSSO SER TÃO DESORGANIZADA?! Comecei a remexer o armário, a procura de alguma coisa que eu poderia usar.

Nada.

Decidi sair pra comprar alguma coisa, afinal, eu tinha que comprar o presente do tal de Kurt. Não fazia ideia do que ele gostava.


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Notas finais do capítulo

Foi bem pra enrolar mesmo. Mas eu prometo que o próximo será mais legal. Até loguinho. :)



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