Trying to love you escrita por liebefaberry


Capítulo 3
Capítulo 2 - Nice to meet you


Notas iniciais do capítulo

Bom, desculpem não ter postado ontem.

Ah, galera... Poxa, no capítulo anterior só recebi 1 review. Tá tão ruim assim? Se estiver, eu vou parar. Meus dedinhos têm outro uso e eu não vou ficar escrevendo pra ninguém. Espero que mais gente leia e mais gente deixe comentários. Valeu.

Enjoy.

Ah, mais uma coisa. Imaginem assim:
Anna (Tatiana Maslany, Orphan Black): https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/38/2f/41/382f41ea504e7fbc183ecf8773231199.jpg

Cat (Laura Fraser, Lip Service): http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20120605075520/lipservice/images/0/07/Cat_mackenzie.jpg

Frankie (Ruta Gedmintas, Lip Service): http://28.media.tumblr.com/tumblr_lreytcVFfa1qczeeoo1_400.jpg



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Dirigi até a loja de conveniências que ficava entre a faculdade e minha casa e entrei. Olhei em volta e andei até a seção de bebidas. Peguei duas caixas de cerveja pensando se era muito pra eu consumir sozinha. Ao me virar, como aqueles corredores não eram largos, esbarrei numa garota de cabelos escuros e me assustei:

– Oh merda, me desculpa, eu não vi você, eu tava de costas e... - Falei sem nem ao menos olhar pro rosto da garota.

– Quinn!!!! - Uma voz familiar. HOLY SHIT.

Anna?! - Falei meio boquiaberta, confusa.

– Quanto tempo! - Ela me abraçou e fez menção de me beijar na bochecha mas eu me afastei, apesar de ter correspondido o abraço, sem vontade. - Nossa, você tá muito gata. Como sempre.

– Obrigada, você também. - E estava mesmo. Uau. Vestia um short que mostrava o belo par de pernas que tinha, uma camiseta vermelha e uma jaqueta preta desbotada, além de botas pretas. Uau. Os cabelos soltos e bagunçados contribuíam com o ar sexy que tinha.

– Ei! - Percebi que tinha deixado a Terra por uns instantes enquanto pensava em como ela era gata. - Você tá bem? Como tem passado? Começou a beber? Nossa. Quinn Fabray bebendo. Quem te corrompeu? - Ela riu.

Fiquei confusa pensando em qual pergunta responder primeiro, tentando lembrar delas na ordem.

– Eu tô bem, obrigada. - Falei um tanto sério demais pra uma conversa casual, mas eu havia lembrado o que tinha acontecido entre nós duas. - Ah, pois é - Minha tentativa de parecer boa moça foi destruída assim que lembrei da pergunta sobre a bebida. - É só pra eu me divertir. Ninguém me corrompeu. - Arqueei uma sobrancelha.

– Você ainda faz isso. - Ela sorriu.

– O quê? - Respondi confusa.

– Essa coisa com a sobrancelha. - Ela continuava sorrindo. - Você sabe que eu adorava. E ainda gosto.

– Hm, não tinha porquê parar. Não fazia por sua causa. - Turn down for what!!!!, pensei rindo internamente. Ela fechou a cara.

– Deus, Fabray. Você não mudou nada. Grossa como sempre. - Ela revirou os olhos.

– Você não imagina. - Sorri provocando. - Bem, já que estamos paradas aqui atrapalhando o movimento - Só estávamos nós duas, uma mulher com uma criança fazendo birra e um atendente na loja - é melhor irmos. Bom te ver. - Saí andando em direção ao caixa.

– Ei, espera! Você não vai me dar nem seu número novo? - Ela perguntou me segurando pelo braço. ARGH. ODEIO ISSO!

– Por que eu faria isso? - Perguntei sem interesse olhando pras minhas cervejas que estavam ficando quentes.

– Eu estou pedindo. Por favor. Talvez precisemos conversar, eu não sei... - Ela falou pensativa.

– Apesar de já termos conversado tudo o que tínhamos pra conversar há meses, tudo bem. - Falei suspirando e abrindo a bolsa, pegando um bloco de notas e uma caneta. Ia começar a anotar quando percebi que ela tinha o celular nas mãos, me olhando interrogativamente.

– Deus, você é muito antiquada. - Ela falou rindo.

– Okay... - Dei meu número a ela e 3 segundos depois ouvi meu celular tocando. Olhei interrogativamente pra ela e ela deu de ombros.

– Só me certificando que era o número certo. - Ela se aproximou e deu um beijo quase no canto da minha boca. - Tchau Fabray, a gente se vê por aí. - Ela saiu andando, olhou pra trás e deu uma piscadela pra mim antes de sair da loja. Nem reparei se ela tinha comprado nada.

Suspirei, voltei ao refrigerador e troquei as caixas. Queria umas geladas. Fui até o caixa pensando naquele encontro inusitado e no momento que eu pensei "mulheres!", o caixa falou:

– Mulheres! - O rapaz sorriu. Era baixo, branquinho, cabelos lisos, e tinha a pele tão delicada. Parecia um boneco de porcelana. - Por isso eu não gosto. - Franzi o cenho, não por causa da declaração, óbvio, mas porque eu não tava entendendo nada. E ele percebeu. - Me desculpe, ouvi a conversa. - Ele sorriu malicioso.

– Ah, sim, claro. É, foi exatamente o que eu pensei. - Sorri fraco, pegando meu cartão e meu documento de identidade do bolso. - Pois é. - E entreguei a ele, desviando o olhar.

Ele pigarreou e eu olhei sem entender.

– A mercadoria. - Ele me olhou meu incrédulo.

– Hã? - Franzi o cenho.

– A mercadoria que tá na sua mão. Preciso passar no caixa. - Ele riu.

– Nossa, me desculpa. Tô muito distraída. - Falei vermelha de constrangimento, entregando as caixas, o cartão e a identidade a ele, que conferiu.

– Tudo bem. - Ele pegou e passou no caixa, e depois selecionou a forma de pagamento, passando o cartão na máquina. - Talvez eu até saiba no que você tá pensando. - Ele falou rindo, no exato momento em que uma garota entrava na loja e olhava em volta.

Olhei pra ela embasbacada. Ela era extremamente linda, apesar de ter um nariz grande e estar usando uma roupa um tanto duvidosa. Sei que estava frio, mas era necessário um casado de peles peludo e enorme pro tamanho dela? Talvez fosse pra compensar o shortinho que ela estava usand... CA-RA-CA. Olhei boquiaberta pras pernas daquela mulher. Era torneada, definida, bronzeada na medida certa. Céus! Ela sorriu na minha direção e veio andando. Hã? Eu não a conheço. Ela tá vindo pra cá! Eu não a conheço! Mas logo percebi que ela sorria pro rapaz que me atendia.

– Estrelinha! - Ele gritou com a voz meio esganiçada.

– Oi meu amor, lindo, maravilhoso, divo, princeso, tesouro, gato... - Ela sorria mordendo os lábios, e isso me fez sorrir também. Ela chegou mais perto e eles se abraçaram, mas ele interrompeu.

– Hey, nossa, me desculpe. A senha, por favor. - Ele chamou minha atenção quase que esfregando a minha identidade na minha cara, e eu desviei o olhar daquela garota.

– Claro. Desculpe. - Digitei a senha na máquina e esperei a transação ser aprovada. Assim que ouvi o bip, tirei o cartão e dei uma olhada pra aquela garota, ela me olhava também, fiquei nervosa e guardei o cartão e a identidade no bolso de trás da calça de qualquer jeito.

– Obrigada, volte sempre. - Ele falou rápido e logo voltou a atenção para a garota que estava esperando, ela tinha desviado o olhar e sorria pra ele.

Saí andando em direção à saída com a imagem daquela garota na cabeça e o pensamento lá longe, quase não percebi quando ouvi uma voz feminina se aproximando.

– Ei, garota! Ei! - Me virei e era ela. - Você deixou cair o seu cartão, olha... - Ela se abaixou pra pegar, e eu me abaixei também, mas ela pegou primeiro do chão e se levantou. Não tinha percebido que eu tinha abaixado também e deu uma cabeçada forte no meu nariz.

– Ai, cacete! Ai! - Gemi de dor levando a mão livre ao nariz, que estava sangrando.

– OH MEUS DEUSES, ME DESCULPA, CARAMBA, EU NÃO QUERIA TE ACERTAR, EU NÃO VI, ME DESCULPA, NOSSA, ME DESCULPA MESMO, POR FAVOR, EU JURO QUE NÃO VI VOCÊ, EU SÓ TAVA TENTANDO SER GENTIL... - Ela estava assustada e boquiaberta, não parava de falar. Não consegui conter o riso daquela cena, ainda mais com ela usando aquele casaco.

– O que foi? O que é engraçado? - Ela perguntou indignada. - Céus, me desculpa, deixa eu ver! - Ela tentou tirar minha mão do rosto com delicadeza.

– Não, tudo bem, auch. Não... - Tentei impedir, mas ela era insistente, e conseguiu tirar minha mão.

– MEU DEUS DO CÉU, ISSO TÁ MUITO FEIO, QUEBROU, SEU NARIZ VAI CAIR, VAI TER QUE OPERAR, AI... - Ela se desesperou mais ainda, aposto que nem pensou no que disse.

– Meu nariz vai cair? Sério? - Não me conti e comecei a rir ainda mais. - Não seja tão dramática. - Senti o sangue pingar na minha camisa. Droga.

– Pedir isso a ela é como pedir pra parar de respirar. - O rapaz saiu de trás do balcão. - Você tá bem? Céus, isso tá horrível. - Ele me entregou uma caixa de lenços e olhou pra garota. - Eu sempre disse que você tinha a cabeça dura, mas não imaginava o sentido literal.

Enquanto eu limpava o sangue que não coagulava e pressionava o sangramento pra acelerar a coagulação, ela o socou fraco e olhou pra mim.

– Você tá bem? Eu tenho que te levar pro hospital agora, vamos. - Me puxou pelo braço em direção à saída. - Primo, depois a gente se fala, eu te ligo!

– Tá bom. - Ele deu de ombros. - A gente conversa em casa, estrelinha. - Eles se abraçaram e ele voltou pro balcão, um tanto irritado.

– Ei, não precisa! - Tentei me soltar delicadamente, mas ela segurava forte.

– Não, vamos, vamos, sem discussão, por favor. A propósito, sou Rachel... - Ela disse séria. Sei. Rachel. Ela olhou meu cartão. - Prazer, Quinn? - Ela completou.

– Sim, prazer também. - Sorri com a boca com sangue. - Sério, não precisa... Eu vou ficar bem. - O meu nariz ardia muito e ainda sangrava, mas pelo toque, não estava quebrado. Olhei pra um espelho da loja e vi que ele tava feio, parecia uma bola roxa e vermelha e sangrenta. Eca.

– Mas olha como tá! - Ela olhou e apontou pro espelho.

– Por favor, eu cuido disso, minha mãe é médica, eu vejo com ela quando eu chegar em casa. – Que mentira, ela está há milhas dali e simplesmente não estava disponível pra nada.– Sério. - Respondi limpando um pouco mais de sangue com outro lenço, e mais uma vez pressionando. Apesar de gostar do gosto, eu não era uma vampira. E se eu fosse, eu escolheria o sangue de outra pessoa. Eu morderia o pescoço daquela garota. Para com isso, Fabray. Olha teu estado!

Ela me olhou com aqueles olhos cor de chocolate. Estavam marejados? Que drama. Sorri.

– Tá. - Ela finalmente cedeu. - Mas por favor. Te cuida, e me desculpa de novo, Quinn. - Ela falou triste. - Ah! - Me entregou o cartão que ela tinha pego antes de tudo aquilo.

– Relaxa. Obrigada. Adeus! - Sorri.

Saí da loja em direção ao meu carro, com o nariz ardendo muito, a camisa suja de sangue e ainda pressionando meu nariz. Coloquei as caixas em cima do carro e o destravei. Joguei tudo (as caixas de cerveja, que mais uma vez estavam ficando quentes e a caixa de lenços, não sem antes de pegar uns 3) no banco de trás junto com a mochila e antes de entrar no carro, olhei pra trás e procurei aquela garota novamente. Ela conversava com o rapaz, mas lançou um olhar pra mim e percebeu que eu a observava. Eu sorri e ela sorriu também. Entrei no carro e dei a partida, sem tirar aquela garota da cabeça. Dirigi até meu prédio e estacionei, tirei a mochila e todas as caixas do meu carro. Subi no elevador e dei de cara com Cat e Frankie.

– Hey, meninas! Que surpresa! Transando no apê de Cat agora? - Ri, segurando o elevador.

– Foda-se, Fabray. - Frankie respondeu rindo.

– Que diabos houve com o seu nariz? - Cat parecia horrorizada.

– Ah, bem, um acidente... - Comecei, mas fui interrompida por Cat.

– Que acidente horrível, faça uma plástica, vê se melhora essa sua cara rabugenta e vê se faça sexo. - Frankie disse rindo.

– Foda-se, Alan! - Ri. - De qualquer forma, não foi nada.

– Aparece lá em casa com essas cervejas, Q. Socialize. - Cat sorriu.

– Já consigo ouvir vocês transando da minha casa. Não preciso me aproximar mais da fonte do som. - Respondi fazendo as duas corarem, levei um soco no braço de Frankie, e comecei a rir.

– Foda-se, Fabray! - Ela disse de novo. - Até! - E entrou no elevador puxando Cat carinhosamente.

– Se cuida, Q. Até! - Cat disse. Acenei pras duas e me virei, indo em direção ao meu apartamento. Ao dobrar o corredor que dava na minha porta, vi Anna encostada na parede, me esperando.

– Céus, Fabray, que demora! O que houve com o seu nariz?

– O que você tá fazendo aqui? - Franzi o cenho.

– Vim te ver. - Ela deu de ombros.

– Mas... - Comecei, abrindo a porta da minha casa. - Pra quê? A gente já se viu hoje.

– Pra fazer isso.

Me empurrou pra dentro e me beijou, fechando a porta num gesto ágil, sem ao menos deixar eu guardar as coisas que tinha na mão.


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Notas finais do capítulo

Uuuulll!!!! Espero que tenham gostado. Até amanhã!!!!



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