A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 38
Capitulo Trinta e Sete - Zoey


Notas iniciais do capítulo

Depois desse capitulo só falta o epilogo gente...



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As hélices do helicóptero batiam cada vez mais rápidas. Máster Great ameaçou de bombardear Onyx se não devolvêssemos Ethan e Cyrus. Caleb iria ficar por conta de sua matilha está aqui. Ethan despedia-se da Arya com um abraço forte, enquanto Cyrus esperava por sua vez atrás dele. Como sempre ele estava bonito de mais para o bem de nós dois. Estava com um suéter azul marinho por cima de uma camisa social negra, de calça social preta e um casaco sobretudo por cima. Não usava as botas coturnos cotidianas, mas sapatos sociais bem lustrados. O cabelo continuava mais longo do que quando ele chegou aqui, já chegava aos ombros. Suspiro pesadamente enquanto isso eu esperava minha vez para me despedir do meu namorado atrás da Arya. Apesar de ter quase morrido há cinco dias meus pais deixaram que eu me despedi-se na pista de pouso. O corte não tinha se fechado ainda e eu deveria está no pós- operatório, então tive de usar muito drama, lagrimas e cara de choro para conseguir convencer o Henry, que se autonomeou meu médico, a me dar alta. No final eu consegui, com algumas observações é claro. Nada de sair da cadeira de rodas e ficar andando por aí, ou inventar de lutar, fazer movimentos bruscos e um abraço apertado está fora de questão. Se eu quiser ter filhos algum dia não posso ousar em fazer nada disso. E nada de dar escapulidas. Como se eu quiser-se ter minha primeira vez em uma rapidinha. E meu pai quase matou o Cyrus quando ele me beijou. Ele está paranóico em me manter o mais longe que consegui do meu namorado, com a desculpa que ele é um assassino profissional e quase me matou, e claro ignorando os pedidos desesperados de perdão do Cyrus a mim por que ele nunca que iria pedi perdão ao meu pai, pro meu progenitor Cyrus só tem socos e palavrões do qual eu nunca vi na vida, o que é bem engraçado por que ele é um amor com a minha mãe e com os meus irmãos que não tentaram matá-lo. E comigo é claro.

–Se cuida, baixinha.

Resmunga Ethan para Arya, que faz uma careta para ele. Arya é o verdadeiro milagre dessa semana. Desde que matou Nyx ela teve cinco paradas cardíacas, se mostrou alérgica ao antídoto de Jilyzard, teve insuficiência respiratória e todo mundo achou que iria bater as botas a qualquer momento. Até que ontem de noite acordou do nada, com as feridas curando e muito atenta, fazendo até piada pelo que me contaram. A garota tem saúde de Lizard. Ou nasceu mesmo na espécie errada. Ela deveria ser uma Lizard, não uma sadic.

–Baixinha é sua mãe.

Retruca Arya levantando a cabeça e revirando os olhos azuis gelo. Ethan esboça um sorriso e franze as sobrancelhas braça enquanto pergunta:

–E você acha que puxou sua estatura de quem? De nosso pai?

–Cala a boca, Ethan.

–Vou senti sua falta também.

–Ah! Eu não vou senti a sua.

–Já está sentindo.

Resmunga Ethan dando um sorriso de menino que vai aprontar alguma para a irmã dele que sempre apronta alguma. A Arya tem o mesmo sorriso. Deve ser de família.

–A propósito, já que eu não vou está lá pra cuidar de você, se cuida. Nada de morrer, nem nada do tipo.

–Pra você também.

–Você está me zoando, não está? Se a morte quiser-se me levar teria feito isso quando pulei da muralha de Fell diretamente para a água quando não sabia nadar. E eu bati a cabeça. Por isso não me lembro de nada. Ou quando aquele Sauter tentou me comer e por aí vai. No ultimo ano eu quase morri dez vezes. Dez.

Retruca Arya levando as mãos como se fosse começar a contar todas as vezes que ela quase morreu.

–Arya, quem sai de Fell tem suas memórias boas apagadas.

Informa Ethan, ainda com os braços envolvendo sua cintura. Arya franze as sobrancelhas e pergunta com sarcasmo, até dando um sorriso torto:

–Desde quando há memórias boas em Fell?

–Como você vai saber se não lembra nem como chegou à muralha.

–Você ouviu falar de alguma coisa?

–Não, Arya. Hazazel não faz o tipo que conta suas falhas e fraquezas.

–Aposto que não.

Resmunga balançando a cabeça. De vez em quando imagino como seria um encontro entre Arya e Hazazel. Provavelmente a guerra acabaria, por que ela o mataria. Sem a menor sombra de duvida.

–Já que vocês estão batendo um grande papo, posso me despedir do Cyrus?

Pergunta interrompendo e aproveitando para furar a fila com a minha cadeira de rodas motorizada. Ethan sai da minha frente, antes que eu passasse com a cadeira de rodas em seu pé e me responde:

–Claro, loira maligna.

–Você é o único maligno aqui, eu sou boazinha.

Digo dando um sorriso fraco para o loiro maligno da Emma, e parando em frente ao meu namorado. Ele abaixa em frente a mim para que eu não levante. Ok! Confesso. No quesito protetor Cyrus consegue ser pior do que meu pai. Muito pior. Até por que meu pai não fica paranóico quando algum mosquito chega perto de mim e o Cyrus sim. A culpa é da minha mãe que teve que soltar que sou alérgica a picada de mosquito. Nada grave de mais, só fico empolada onde o mosquito pica e depois passa. Mas a cabeça do meu namorado eu vou ter minhas vias respiratórias fechadas e vou morrer. Só tem homem complexado em minha vida meu Deus.

Cyrus pega na minha mão do meu colo, e olha para o Bryan, que estava lá atrás averiguando que eu não faça nada contra as recomendações médica. Resolvi trazer o Bryan no lugar do meu pai. Primeiro por que é o Bryan e eu poderia listar um monte de coisas que faz o Bryan Blood ser o melhor irmão mais velho do mundo, para mim, por que quem detém esse titulo oficialmente é o meu médico e primo gato Henry William, mas a principal delas é que ele não força muito a barra e tem a plena confiança do meu pai, a segunda é que ele se deu muito bem com o Cyrus o que foi um milagre, por que a maioria dos meus irmãos o ignora e quando não está ignorando está implicando com ele que até saiu no soco com alguns, e terceiro por que a outra opção foi proibida de chegar perto do meu namorado por razões obvias como a paranóia do meu pai, mas eu tenho a impressão que da próxima vez minha mãe não vai acatar nenhuma proibição para chegar perto do genro preferido dela. Isso. Genro preferido. E é esquisito até ser medonho. Deve ser por que ele não vira um cãozinho perto do meu pai que é o que acontece com os outros genros deles. Meu pai é do tipo, já que você vai levar a minha filhinha (que são muitas a propósito e todas já detiveram o titulo de caçula da casa) faça o que eu mando sem a menor reclamação ou a tiro de você. Acho que meu avô Ítalo é assim, mas eu não o conheci por que ele só aparece em casos de extrema emergência, e o ultimo foi há mais ou menos dezoito anos quando tia Beverly sumiu e isso virou a maior bagunça por que tio Alef caiu em depressão profunda. Diferente de agora que está se divertindo muito sendo pai de uma garota com os hormônios em ebulição. Afinal, ele pode assustar qualquer um que olhe para a Emma. E eu achando que estava difícil para mim e Cyrus. Agora vejo que poderia ser pior: Eu poderia ser filha do Lorde Dark em pessoa e com Transtorno de Personalidade Dupla.

–Você está bem?

Pergunta suavemente. Ah! Só falta da comidinha em minha boca. Se bem que ele fez isso quando eu estava no hospital. E foi assim que Bryan o viu pela primeira vez. Sentando na minha cama que nem índio, brincando de aviãozinho comigo quando eu não queria comer, e fazendo careta como se eu fosse um bebê. Foi a primeira vez que eu ri depois que acordei e estava com uma dor miserável, não queria comer mingau de hospital e estava tonta por causa dos remédios que quase mataram minha flora intestinal. Acho que foi assim que Cyrus conquistou a confiança do meu irmão.

–É claro que não, você está indo embora.

–Como é tão dramática.

–Eu mereço ser. Devo ser mimada e dramática de vez em quando e como eu não fico doente sempre então devo ser mais mimada do que os doentes normais. E a culpa é sua que resolveu da comida em minha boca. Agora quem é que vai fazer isso?

–Você tem muitos irmãos. Não é tão legais quanto eu, mas são seus irmãos.

–Você é muito convencido.

–E você gosta de mim do mesmo jeito.

Retruca me dando um beijo adocicado. Solto um suspiro quando ele se afasta e dou sorriso. A linha da delicadeza e da brutalidade em Cyrus é tão fina e frágil que ele parou de me beijar apaixonadamente para não me machucar. E nosso autocontrole não é lá essas coisas, por isso evitamos mesmo nós beijar sempre apaixonadamente. Normalmente é o mais doce e rápido possível.

–Não sei como eu te suporto.

Resmungo dando outro beijo nele, que sorria convencido de mais para meu gosto. Eu vou mesmo senti falta desse homem. Dos sorrisos raros e que me deixava com cara de boba toda vez que aconteciam, dos seus olhos cinza e intensos, do cheiro tão bom que deveria virar uma droga, de fazer cafuné nele, ou das discussões. Eu vou senti mesmo falta dele. Cyrus suspira segurando meu rosto com as duas mãos grandes, pálidas e quentes.

–Eu vou senti sua falta.

–Eu já sabia disso.

Sussurro sorrindo e seguindo sua mão quando ele acaricia minha bochecha. Aí,aí,aí. Acho que acabei de revirar os olhos. Que bizarro.

–Temos de ir, Cyrus.

Chama Ethan bem alto, enquanto olha para a Emma franzindo de leve as sobrancelhas. Eles já se despediram? Nossa! Que rápido. Cyrus fecha o cenho um pouco mal humorado. Ele me dar um ultimo e rápido beijo na boca e depois beija a minha testa. Cyrus corre para o helicóptero antes que ele alcance voou. Enquanto o helicóptero vai subindo o ouço dizer:

–Eu vou voltar.


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Notas finais do capítulo

Ah, gente, finalmente o primeiro livro está terminando. Mas, o próximo muito mais aventuras, algumas revelações surpreendentes, mais loucuras e paixões. Quem está ansiosa?Bem, eu estou e muito. Depois que ganhei meu belo presente de natal, um smartphone, algo que eu não tinha, resolvi colocar essa historia no wattpad também. Provavelmente vai continuar com o mesmo nome ou então ficara como O Legado do Corvo. Para quem não está ligada em inglês, Corvo significa Raven ou Raven significa Corvo. Bom, o próximo livro não vai se chamar Primavera gelada, mas A Dança dos Corvos. E considerando que tudo se passa durante uma guerra, faz muito sentido o corvo ser o simbolo do livros. Não sei se vai ser uma trilogia ou uma saga com quatro livros, mas quando eu decidi conto para vocês. Comentem e beijocas para vocês, pequenas sadics.



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