A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 3
Capitulo Dois - Zoey




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Quando a garota desconhecida desmaiou a primeira coisa que pensei foi: pronto! Mais uma confusão para essa merda de dia. E ainda nem é meio dia. A causa do meu mau humor crônico é simplesmente um avião de Great Master ter caído na nossa amada floresta. O problema não foi o avião em si ter caído, mas o fato que o avião vinha Great Master, o país em que o tirano Hazazel Apache controla com mãos de ferro, e que estamos em guerra. Ou seja, eu tive de sair mais cedo da cama para fazer parte da equipe de apoio. Não tive tempo nem de comer, por que, se tiver sobreviventes na floresta vamos ter que trazer-los como prisioneiros de guerra. Não é nada pessoal. Pelo menos da parte do pessoal de Onyx, o nome que deram a cidade Base da Resistência, por que da minha parte e da minha família já é algo bastante pessoal. Digamos que o Clã Apache e o Clã Blood, têm questões bem mal resolvidas. E que os Apaches seqüestraram minha tia Beverly a uns quinze a dezesseis anos atrás. Eu nem tinha nascido ainda, mas as dores da minha família são minhas dores. E um Trouble, uma das famílias que faz parte do Clã Apache, já tentou me matar quando eu era pequena. Essa guerra em parte é movida por rancor pessoal. Minha família contra os remanescentes de Drakon Apache.

Aspen pegou a garota desconhecida antes que eu pensar-se em piscar. Por ser humano até a ultima gota, a única explicação para Aspen ter sido tão rápido em socorrer a garota estranha era que ele teve um surto de adrenalina. Bem raro para o sempre calmo Aspen, que quando acorda de manhã fica bem mais irritante que eu. O Aspen é a jóia rara de nossa coroa. Para ele não bata ter a exclusividade de ser humano, como ter que ser genial em tudo o que ele inventa de fazer, ter QI acima da média, e ser muito gato. O único defeito que o Aspen tem a ver com a saúde dele, mas de vez em quando até ele mesmo esquece que tem sérios problemas e saúde. Ah, e é claro, o fato de que é um pouco metido. Mas não é pra menos. Os mais próximos de Aspen sabe bem do que esse garoto passou para conseguir ficar vivo. Ele tem uma historia de amor e ódio com os sadics. E ela é bem longa.

–O que deu nela?

Pergunta meu curioso primo Zayn. Ele é um pouco ingênuo e muito simpático. Mas isso não significa seja menos experiente. Os Worfs, a espécie de Zayn, têm algumas peculiaridades dignas de filmes, como ter a mente interligadas com os Alfas. Zayn é filho do Alfa Primórdio Supremo Cam Blood. Digamos que é um dos baitas privilégios que um sadic pode ter se for um Worf. Mas se for o filho mais novo, não tem gene Alfa que resista. E Zayn tem tantos irmão e irmãs quanto eu. Mas nossas mães nem parece que tem muitos filhos. Na verdade elas nem parecem que tem filhos. Minha mãe mesmo parece que tem vinte cinco anos, quando ela tinha vinte e cinco anos ainda era inicio do século passado. Auto regeneração é algo bem comum na minha família. Eu puxei isso dos meus pais.

–Acho que isso significa uma coisa: CCEC.

Responde Aspen passando o corpo desacordado da garota pela passagem que da a entrada da base. Ele olhou para mim e sorriu traquino. Logo entendi a brincadeira. Zayn não é muito ligado em termos técnicos ou siglas. Aspen é do tipo que gosta muito de prega peças nos mais desatentos ou desinformados. E por incrível que pareça Zayn conseguia ser os dois.

–O que é isso?

Ingada o lobinho de fios loiros confuso, como se era de espera. Prendo um sorriso que iria se formar em meus lábios e me finjo de séria.

–Colapso de corpo extremamente cansado. Simples, não?

Respondo aproveitando para dá uma alfinetada. Zayn tinha que realmente começar a se informar. Afinal, conhecimento é vida.

–É isso? Eu pensei que era algo mais grave.

–Por sorte, nada que uma boa noite de descanso e um belo soro não resolvem.

Informa Aspen olhando estranhamente de mais para a garota desacordada. Conheço Aspen desde que de ele era um pirralho perdido e confuso quando chegou aqui, mas nunca vi essa expressão nele. Era uma mistura de confusão e encantamento. Tipo a expressão que meu pai usa com minha mãe quando ela faz algo impressionante. É inacreditável. Meu melhor amigo coração de pedra Aspen Scant está apaixonado. E é a primeira vista! Para o mundo que eu quero descer. Não acredito que estou viva para ver isso. O cara mais calculista, informado e racional que eu conheço esta prestes a ter a primeira aventura que ele não tem a menor experiência.

–Que cara é essa, Aspen?

Pergunto abrindo passagem para ele passar com a milagrosa estranha. Aspen me olha de maneira ainda mais confusa. Agora fiquei com pena. A criatura nem sabe o que vai passar em breve. Segundo minha mãe, a paixão é como ser atropelado por um carro. Se você não morrer fica com seqüelas para o resto da vida. Segundo ela, é a pior e a melhor coisa que pode se acontecer com alguém.

–Que cara?

–Essa de encantamento.

–Você esta pirando realmente.

–Estou é? Qualquer um que te conheça sabe bem que você não olha encantado para nada. Se cuidar viu, criatura? Ou vai acabar acordando de manhã e descobri que esta totalmente depen...

–Zoey Valentine Blood Garden, onde a senhora estava?

Pergunta minha mãe Angel, um furacão loiro vindo em minha direção com toda sua força, e eu pequena e perto da Angel Blood, sou incapaz de fugir.

–Estou indo Zoey, essa garota precisa de cuidados.

Avisa Aspen indo em direção da enfermaria. Zayn me dá um cumprimento com a cabeça e segue Aspen como um cãozinho segue o dono. Quer dizer, Zayn é tecnicamente um, mas ele só segue o Aspen para lá e para cá por que Aspen é o tutor de Zayn. Melhor, Zayn um dia vai ocupar o lugar de Aspen no grande comando e ele precisa saber fazer tudo que Aspen sabe. O afastamento de Aspen vai ser algo difícil de adiar. Ele é um grande teimoso e seus problemas de saúde apenas evolui. Segundo Aspen, Zayn não vai ficar muito tempo com essa responsabilidade. Parece que ele está treinando outra pessoa para ficar em seu lugar. Ele só insiste em não dizer quem é.

–Patrulha lembra?

Pergunto dando um sorriso amarelo para minha implacável mãe. Digamos que desde que eu inventei de ir aos penhascos gélidos do sul e torci o pé, minha mãe se tornou super cuidadosa comigo. Agora se eu vou ao armazém, tenho que informá-la. Se eu não fizer isso, a chance de ser proibida de treinar cresce de 60% a 99%. Nem me impressiona mais. Minha mãe foi contra eu aprender artes marciais desde o inicio. Se não fosse pela tentativa de assassinato que sofri, ela não permitiria.

–E quem te permitiu ir?

–Eu... Digamos que fui obrigada, sabe, me tiraram da minha cama cedo.

–Não sei não, Zoey. Melhor, a única coisa que sei é que você poderia ter morrido e eu nem saberia. Eu ficaria preocupada até algum filho de Deus vim me contar que você tinha morrido, e eu já perdi seu irmão, não perder você também.

–Mãe, eu também sinto falta do Niall, mas a senhora ainda tem o Bryan, o Berry, o Justin e uma penca inteira de filhos. Não vai perder todos ok? Só confia em mim.

–Cada filho é um, e eu confio em você, não confio no Hazazel, nem no Derek! Eles podem tentar algo contra você, e eu não sei se vou agüentar.

–Mãe, eu também te amo.

–Não me invente mais uma dessas.

Adverte ela, me abraçando e beijando minha bochecha. Mães são criaturas únicas! Do tipo que dão declarações de amor enquanto brigam. Apesar de que com meu pai ela é a mesma coisa. Se não pior. Quer dizer, ele é bem mais paciente do que eu, mas é a idade. Meu pai tem quase duzentos anos.

–Ah, a Emma mandou te avisar para quando eu te achar e procurar ela.

Avisa minha mãe, me dando um ultimo beijo na bochecha e voltando a auxiliar as tropas. Emma é como dizem os antigos, minha BFF. A minha melhor amiga para toda a eternidade. Somos muito discretas quanto a isso, mas nós conhecemos desde que éramos duas nanicas sem nada o que fazer. Temos um relacionamento de pura cumprincidade. Emma é a paciência, a calma e a graciosa, e eu sou a toda ao contrario. Então quando uma precisa da outra é só chamar. Mas não é tão fácil assim, por que cada uma é muito ocupada e nem sempre pode atender. Fui à casa da mãe adotiva de Emma. A dona Carmem, a chefe das damas da luz sempre faz uma careta quando me vê, mas dessa vez foi diferente. Ela parecia preocupada.

–Que bom que você apareceu loirinha das trevas! Estou preocupada com a Emma.

–Serio? O que a santa não fez dessa vez?Pinchou o muro? Matou o gato? Está namorando escondida?

–Não! Graças a Boreh, nada disso aconteceu! Mas a Emma foi dá banho na Emily e não voltou ainda.

–E está insinuando que...

–Talvez ela tenha ido para a lagoa.

Completa Carmem. Ótimo! O pingo d’água do meu dia. Minha melhor amiga inventa de dá banho na meia irmã mais nova bem na lagoa mais próxima da queda do avião. Eu sabia que ia sobrar para mim.


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Notas finais do capítulo

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