A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 23
Capitulo Vinte e Dois - Zoey




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Acordamos antes de o sol aparecer. Quer dizer, nem se quer dormimos com a mente a mil e o coração cheio de tristeza. Tantos se perderam ontem e nunca será esquecido esse dia fatídico que nos atingira brutalmente. Os Worfs principalmente. A família do meu tio Cam é com certeza a mais melancólica da base depois de tantas perdas. Parece que quando se compartilha a dor ela é maior.

Suspiro pesadamente enquanto olho para o Jonathan de olhos vermelhos de tanto chorar. Meu Boreh! Ele está tão triste que meu coração chega a doer. Meu irmão mais velho estava com o olho roxo, o braço enfaixado, tomando soro e antibióticos depois de ganhar uma bela mordida de um Sauter ao tentar proteger a ex-futura namorada dele. Ex por que ela morreu. Agora Jonathan se sente um imprestável. E nem foi por falta de proteção dele que a Tayna se foi. Ele ganhou uma mordida e conseguiu protegê-la, mas, o Sauter já tinha conseguido pegar a Tayna e o veneno já estava quase que no coração dela. No final das contas meu pai teve que bater nele, para Jonathan apagar, para conseguirem dá o antídoto por que meu irmão lutava para que isso não acontecer-se. E agora está assim. Querendo morrer. Mas se isso acontece é só uma questão de tempo até mais tragédias acontecerem em minha família. Por que minha mãe também morreria de tristeza, e meu pai logo depois por perder a Aspiração e Razão da existência dele. E agora mais do que nunca o Jonathan vai ter que ser forte. Pela mamãe, por ele, e pela família. Espero que ele não azede completamente e possamos recuperá-lo com o tempo. Mas vai demorar. Muito.

–Você foi chamada para a missão?

Pergunta Regina em um sussurro. A Regina é outra entrando na lista de grandes preocupações da minha família. Parece que o pretendente dela também morreu. Solto outro suspiro. Se os Sauters não mataram minha família, eu vou acabar fazendo isso de tanta preocupação que vou causar em breve. Fui convocada para fazer parte do pequeno grupo que vai buscar mantimentos na base Dois. No grupo está a Arya, nossa Raven salvadora da pátria preferida, Cyrus, para me proteger, Aspen, por que ele e só ele tem a senha da porta que guarda as reservas, Ethan, por que meu tio quer mesmo é garantir que não haverá nenhum ataque da parte de Hazazel, Caleb, por ser um bom caçador, eu, por ser uma boa lutadora, Gwen por ser a melhor em chamar ajuda, Timóteo, Lauren, Harv para o grupo não ficar sem nenhum Dark ou nenhuma dama, e a Emma, o que é uma infelicidade. A Emma está traumatizada, muito machucada, mas no quesito controlar o Ethan ela é muito boa mesmo. Ontem ela conseguiu que o príncipe nos ajudar-se a arrumar o acampamento de alguma maneira. Parece que o Príncipe Sombrio só se importa mesmo com a Emma, por que ela é a garota dos olhos dele, o Cyrus e o Caleb por serem seus confidentes.

Concordo com a cabeça, e a Regina volta a chorar copiosamente.

–Não fica assim não, Gina! Eu vou voltar, prometo.

–Você não pode me prometer isso, Zoey! Não tem certeza.

–Posso sim! Eu posso não ter certeza, mas sei o que quero e vou ter o que quero. E o que eu quero é voltar para minha família.

–Se você diz...

–Mas, me prometa que não vai fazer nenhuma grande bobagem!

–Não posso lhe prometer nada!

–Vou me sentir melhor em saber que vocês estão bem! Na medida do possível.

–Ok! Prometo que não vou aprontar nada.

–Ah, que bom! Amo você! E eu já estou indo.

Digo aliviada, abraçando a Regina, e dando um beijo na testa de Jonathan. Suspiro uma ultima vez ao sair da tenda. Eu queria mesmo é jogar uma bomba no palácio daquele maldito. Explodir ele e sua corja.

Cyrus já me esperava do lado de fora da tenda. Usava uma calça militar, camisa e casaco com capuz, e coturnos militar pretos. Pelo jeito ele deixou de ser um prisioneiro de guerra para ser uma dos oficiais da Base. Bem, esse foi seu premio por ter me protegido e protegido minha mãe ontem. Cyrus agora é visto com olhos mais atentos do me pai. Atentos por que Dexter insiste em deixar claro que ele nunca vai aceitar um genro que seja um filho de Derek, mesmo que esse tenha salvado sua amada esposa e sua mais amada ainda filha caçula. Nunca vi meu pai tão orgulhoso. Mas como eu não estou namorando o Cyrus ou correspondendo abertamente seus sentimentos isso não faz nem sentido. Ele não poderia dar o braço a torcer por alguém que se arriscou por mim? É claro que poderia! Que doeria, doeria, mas me perder não vai doer muito mais? Por que se Cyrus consegue tocar meu coração e meu pai não o aceitar, é isso que vai acontecer apesar de eu lutar para ficar longe do Cyrus. Ah, meu Boreh! Como eu queria que tudo fosse mais fácil. Não tivesse que escolher entre minha família e ele. E quem ganharia na luta pelo meu coração? Sinto que nessa historia eu saio perdendo. Se eu escolho o Cyrus, não posso ficar também com o amor da minha família e vice versa.

–Eu desejaria bom dia, mas dificilmente isso ira acontecer com seus irmãos tão abalados.

–Está preocupado com meus irmãos?

Pergunto incrédula. Cyrus passa a mão nos bem arrumados cabelos e suspira cansado. Acho que eu também não estou dando o braço a torcer. Mas eu não quero me machucar! É só isso. Não quero me machucar, nem machucar minha família, nem machucar o Cyrus. Não o Cyrus que faz tanto por mim.

–Estou preocupado com você! É tão ligada a sua família. E seus irmãos nesse estado... Significa basicamente você preocupada. Sem foco.

–E mais trabalho para você!

–Pelo jeito eu vou ter que te distrair!

–Não entendo o porquê você se importa tanto comigo.

Comento em um suspiro. Cyrus pisca seus olhos cinza e brinca com uma das ondas do meu cabelo irritantemente longo. Ele me da um meio sorriso e me responde:

–Por que eu não ficaria? Nossas famílias são rivais! Mas e daí? Preciso ser seu inimigo só por que tenho Apache no sobrenome? E você precisa ser minha inimiga por que é uma Blood? Não faz o menor sentido Zoey! Eu sou tão gente quanto você! E não um ser inferior como nossas famílias se julgam. A propósito! Estamos sendo rivais por uma briga que nem sabemos onde começou. Por isso mesmo, eu não ligo se somos rivais ou não! Eu me importo com seu bem estar e você não perde nada com isso!

–Você é sempre tão maduro?

Indago não acreditando que ele fosse tão apegado as tradições. Por que o Clã Apache ser inimigo do Clã Blood já é uma tradição. Das antigas! E o pai de Cyrus deve ter ensinado-o a odiar os Blood. Não é exatamente o meu caso, mas as historias e as testemunhas estão aí para provar que Drakon aprontou e feio para cima da minha família, e que Hazazel segue o mesmo caminho. O Cyrus deve ser tão mais racional que parou de ligar para isso quando chegou aqui. Ou a mãe dele colocou panos quentes nessa criação a rivalidade. Afinal, os Owl nunca foram inimigos dos Blood.

–Com certeza não! Dizem que eu frustrado posso ser tão perigoso quanto um grupo de Sauters famintos.

–Ou seja, você é levemente infantil para não agir bem com frustrações.

–Não gosto de lutar para perder.

–Quem gosta?

–Ah! Meu Boreh! Será que voltamos vivos dessa viajem?

–Sinceramente espero que sim!Minha mãe deve está tão preocupada, imagina se eu morro aqui!

–Você me parece muito apegado a sua mãe.

–Somos muito parecidos! Ela consegue me compreender, algo que meu pai nunca conseguiu.

–Como assim, Cyrus?

–Cobrança! Ele me cobrava sangue por vitoria, e talvez não seja isso que eu queira. Queria a perfeição! Um assassino, não um filho. E eu acho que acabei me tornando isso.

–Assassino?! Você não matou ninguém... Oh! Você matou meu irmão! De vez em quando eu esqueço. Sinto-me tão confortável perto de você que nem me lembro desse detalhe fatídico.

–É bom saber que não sou só eu que se sente assim, e sobre o seu irmão, bem, eu sinto muito, muito mesmo por ter ajudado a levarem ele para um matadouro. E se te consola, ele conseguiu da um fim a uns cinco primos meus.

–Não! Isso não me consola! Ainda mais por que tudo isso começou comigo, quando o seu pai tentou me matar.

Desabafo sentindo uma pitada de irritação. Algo que minha calmaria de TPM. Olho para frente e respiro fundo. Cyrus não fala nada, apenas fica pensando no que eu disse, a sua respiração mais alta do que o normal sobre minha nuca.

–Não foi culpa sua.

Sussurra pesaroso, como quem se contém. Acabo fungando de tanto nervosismo. Pela minha visão periférica o vejo contendo um suspiro e suas mãos. Ele tem razão, a culpa não foi minha dessa guerra ter começado, e não adianta tentar achar quem foi o real culpado de tudo que está acontecendo. Mas espero que ele esteja vivo para ver o estrago que suas escolhas causarão. Meu humor muda bruscamente ao ver Arya vindo em nossa direção. Ok! Agora ela é nossa Raven da sorte. Por que é isso que a garota tem! Muita sorte. Conseguiu escapar de Fell, tem o coração do Aspen e ninguém para ela. Isso sem contar que está se recuperando muito rápido com os cuidados que damos a ela. E hoje está incrivelmente bem humorada, e consequentemente linda. A Arya sorri a me ver perto do Cyrus. Ok! Algo me diz que seu bom humor tem a ver com meu bom amigo humano que não deve ter contado para ela sua real situação. Talvez ele esteja curtindo a vida que nunca tentou curtir realmente e apesar de gostar da Arya eu não tenho que contar os segredos do Aspen para ela, ainda mais por que meu amigo não é muito feliz desde que chegou a Base quando ainda era um pirralho. O Aspen sempre me passou a impressão de que foge da felicidade. E eu quero que ele fique feliz. Nem que seja por poucos momentos.

–Oi!

–Ei! Que isso? Cadê o respeito ao luto alheio?

Brinca Cyrus com a prima dele. Parece que sua quase morte o aproximou dela. Isso é um bom sinal. Muito bom. Arya revira os olhos azuis acinzentados como gelo e isso me faz rir. Nada acaba com o bom humor de quem tem um amor correspondendo. Pelo menos no inicio.

–Ok! Conta logo! O que foi que o Aspen aprontou para cima de você?

Pergunto interessada.

–Eu? Eu não aprontei nada!

Responde Aspen fingindo ofensa, enquanto abraçava a Arya por trás, e beijava o ponto sensível de seu pescoço. Ela rir e beija-o. Na boca! Meu Deus! Como são rápidos! Se conhecerem no máximo há duas semanas e já está nesse Love todo! Aspen acaba por aprofundar aquele selinho que deveria ser no mínimo bem intencionado. Isso me prova que o Aspen não é assexuado, é exigente. Quer dizer, e achei que ele era por que os humanos tinham dessas de vez em quando, e ele não pegava nenhuma garota publicamente. Sadic ou humana. Uma vez eu perguntei isso para ele e Aspen riu da minha cara por uma semana inteira. Acho que aquilo foi um não, mas eu tinha minhas duvidas. Agora não, já que essa moreninha de olhos azuis acinzentados não só tocou como roubou seu coração. E ele está cheio de fogo.

–Cyrus, vai buscar o extintor de incêndio.

Peço brincando chamando a atenção do casal indiscreto de namorados. Aspen para de beijar a Arya e os dois ficam tão vermelhos que um pimentão teria inveja. Isso arranca risadas do Cyrus e de mim.

–Desculpa.

–Ah, não! Precisamos de uma boa noticia de vez em quando. E confesso! Vocês formam por enquanto o casal mais bonito desse lugar!

–Valeu! Mas não somos um casal ainda!

–Não, Arya? Então vocês são o que? Parceiros de desejo? Dupla da pegação? Meu, eu não sou cego! Vocês é um casal! Um pouco precoce, mas são.

Discorda Cyrus.

–Quando me livro de um vem outro.

Resmunga Arya com uma careta. Logo depois ela rir com alguma coisa que Aspen sussurra aos seus ouvidos e da um tapa de leve nele depois de ficar corada.

–E eu achando que o Aspen era assexuado!

–E te avisei, Zoey!

–Avisou nada, seu sonso! Você riu da minha cara uma semana inteira.

–Ah! Zoey, você não sabe como é esse seu amigo.

–Não sei?

–Não! Nem um pouquinho. Esse daí só tem cara de santo.

–Cala a boca, Cyrus!

–Não cala não! Conte-me!

Imploro quase dando pulinhos. Como gosto de uma fofoca da vida do Aspen. Claro que o que chega aos meus ouvidos fica retidos neles, eu não saio espalhando por aí.

–Depois.

Responde Cyrus, subindo em nosso transporte e estendendo a mão para me ajudar a subir! Odeio como esses carros são altos! E não tem se quer escadinha. Parece que de vez em quando eles se esquecem das garotas de estatura mediana. Mas não é para menos! No inicio só guerreavam os homens. Esses carros foram feitos para homens sadics, e eles são realmente altos. Meu pai mesmo deve ter um e noventa. Já meu tio Cam tem quase dois e meu tio Alef é bem mais baixo com um e oitenta e quatro. Já no caso da minha mãe, ela tem um e sessenta e cinco, Tia Carrie tem um sessenta e oito e Tia Bev é a mais baixa do grupo com um metro e sessenta e sessenta e três. Não é a toa que eu tenho só um e sessenta e sete. Mas como só tenho quinze anos cresço mais um pouco.

Sento ao lado da Emma com a perna esquerda no gesso. Ela teve uma fratura nessa mesma perna que só não foi mais grave por causa de um milagre. Parece que fraturou o osso do joelho. Vai demora pacas para calcificar, mas não temos tanto tempo. A Gwen estava mal humorada ao lado do Ethan, mais mal humorado ainda.

–Oi.

–Oi, Emma. Você está bem?

–Na medida do possível.

–Sente muita dor?

–Oh! Sim! Muita!

Responde-me com a voz fraca, suspirando pesadamente. Repito o seu gesto. Não deveriam ter mandado a Emma nessa missão. Não nesse estado.

–Ela não quer tomar nenhum analgésico.

Avisa Ethan. Acho que o fato de colarem a Emma em perigo estava o estressando. Mas o Ethan é todo estressadinho. Reclama de tudo, não se contenta com nada. É uma pessoa que se esforça para ser insuportável. Mas, que a situação da Emma é estressante, sem a menor duvida é.

–Como é que o tio Alef pode deixar ela vim nessa situação?

Indigna-se Gwen falando pela primeira vez. Caleb sentado no chão do carro suspira pesadamente. Parece que a situação de Emma está irritando a todos. Diretamente e indiretamente.

–O Dark pouco se importa com qualquer coisa.

–Na verdade foi a Beverly que mandou ela vim.

Corrige Lauren, uma tradicion ruiva boazinha com a bochecha arranhada, ao Caleb. Ethan bufa de indignação, mas algo no olhar da Emma o faz desistir de comentar o que quer que ele pense em comentar. Mas que é impressionante é! A tia Bev tem alguma coisa em fazer tudo ao contrario do que se espera. Ela é incrivelmente imprevisível. Olha só para mim! Eu sinto uma dor infernal que nunca imaginaria que sentiria. Tudo por causa da minha tia sumida meio maluca.

–Essa mulher deve ser louca!

Comenta Timóteo, o loiro de olhos negros, esquecendo completamente que essa mulher louca é a esposa de seu mestre. Tio Alef que ouça isso. Aí esse daí vai ser um Timóteo indignado morto! Harv concorda com a cabeça.

–Ela tem um motivo para você ir?

Pergunto tentando entender por que minha tia mandou a Emma ir.

–Tem!

Responde convicta. Ok! Se minha tia tem um plano para Emma, só nos resta espera saber qual é.

–-

A viajem até a base dois não durou muito tempo, mas foi tensa. Poderíamos ser atacados por Sauters a qualquer momento. E estava todo mundo estressado, irritado, alguns sentiam dor, outros calor. Harv mesmo deu fome. Logo depois todo mundo como se fosse uma epidemia. Quando chegamos à base Dois fomos direto para a dispensa. Tentamos ser rápido o suficiente, mas aconteceu um belo de um imprevisto. O Aspen começou a passar mal. Ele ficou tonto, quase derrubou a Arya e o Cyrus, e então caiu de fraqueza. Claro que foi todo mundo acudi-lo. Aí de nós se não voltássemos com o Aspen para a Base.

–Aspen o que aconteceu?

Pergunta Arya, conferindo a temperatura dele com as costas da mão. A cabeça do Aspen pede para o lado, e isso assusta a todos. Ah, meu Deus! Será que ele já tomou os remédios hoje?O Aspen é anêmico. E a coisa é realmente séria. E essa anemia dele já está se transformando em algo mais sério como leucemia.

–Esqueceu de tomar o remédio?

Pergunto tão preocupada quanto a Arya. Ok, talvez não tão preocupada, mas só preocupada.

–Dei para aquela menininha da Jane.

Responde-me pálido, com a voz fraca, e a respiração lenta. Sempre o Aspen querendo mostrar serviço. Mesmo precisando muito do remédio ele abriu mão para a Cecília, filha da humana Jane com o mesmo problema que ele. Por crianças Aspen faz tudo.

–O que ele tem Zoey?

Pergunta Cyrus em um sussurro. Parece que ele não sabe tudo da vida de seu novo amigo. Mas como o Aspen não gosta que falemos sobre suas muitas limitações.

–Me ajuda a levanta, precisamos chegar lá.

Implora, fazendo um grande esforço para ficar sentado. Em vão, por que ele despenca. Um alto rugido chama nossa atenção. Desesperadamente Cyrus e Arya escoram Aspen em seus ombros, e o ajuda a entrar no prédio. Vamos direto para o vigésimo andar pelas escadas por que a energia tinha sido desligada e o elevador não funcionária. Tentamos fazer isso o mais rápido possível, mas com o Aspen quase desmaiado a situação complicou. A Emma era carregada pelo Ethan, Gwen empurrava Cyrus e Arya com o focinho, Lauren, Timóteo e Harv faziam barreiras a cada degrau que passávamos. Caleb e eu ajudávamos como podia. Mas não adiantava muito, podíamos ouvir os Sauters se aproximando. Quando finalmente chegamos ao vigésimo andar um novo problema. A senha! Não tínhamos a senha e Aspen desmaiou. Aperto um botão vermelho perto da porta e tinha apenas três maneiras de abri-la! Com leitura biométrica de algum Blood Tradicion, ou seja, ou tia Beverly, ou Tio Alef ou algum filho deles, a senha que o Aspen tinha, ou com o sangue de tio Alef, ou tia Beverly, ou de algum filho deles. Pronto! Estávamos encurralados, sem a menor saída. Morreríamos todos nós.

–Emma, pode tentar aí, por favor? Enquanto isso ganhou tempo.

Pede Ethan, sempre querendo proteger a Emma. Vou ajudá-la. Assim como a Gwen. Sabemos um monte de senhas daqui. Gwen escreve todas as senhas que ele lembra rapidamente, enquanto eu e Emma ajudamos a atrasar os Sauters. Um deles consegue pegar Timóteo pela perna e Lauren começa a chorar desesperadamente. Foi uma questão de tempo até ela também virar comida ser capturada. Meu Deus! Quem será o próximo? Aspen? Emma? Harv? Cyrus? Quem mais morreria por causa dessa peste? Atiro em um Sauter que tentava pegar Cyrus, e ele cai em frente à porta, atrapalhando a passagem dos outros. Isso nos dá um tempo até Emma começar a digitar qualquer merda de palavra. Ela soca o botão Enter frustrada. E a porta se abre. Entramos todos juntos, nos empurrando. O Aspen e a Arya na frente, eu, Gwen, Emma logo atrás, e Caleb, Cyrus, Ethan e Harv por ultimo. A porta fecha assim que todos nós entramos. E acabamos despencando um em cima do outro dentro do que parecia um elevador. Não tivemos nem tempo de ficar desesperado por que ele começou a se mover para o lado bem rapidamente, e logo depois para baixo. Depois a porta se abre e nos empurra todo mundo junto para frente. Acabamos por cair e tropeçar um em cima do outro. Caio perto de um par de botas militar verde musgo, e logo olho para cima para ver a quem pertencer tal bota. E surpreendentemente pertence a um defunto.


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Notas finais do capítulo

Comentem sadizinhas, isso me deixa super animada.



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