A Liberdade do Corvo escrita por Raquel Barros, Ellie Raven


Capítulo 12
Capitulo Onze - Gwen


Notas iniciais do capítulo

Oie sadizinhas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/581239/chapter/12

O restante da noite quase segue tranquilamente. Quer dizer, o Cyrus acabou causando um mau tempo, mas ele já tinha antes de sua promessa de deixar os nervos de qualquer garota quase normal bastante esquentado. E o cara não se dá para jogar fora. Ele é um partidão. Pena que é um presai. E de presai já me basta Ian, e a confusão que ele está causando em minha família. A Zoey estava bem abalada. O que era estranho! A Zoey é a garota mais resistente que eu conheci. Nem quando ela perdeu o Niall, ficou tão abalada. Pelo menos o Cyrus não percebeu isso. Ele estava muito ocupado estudando física quântica, com o lobo Alfa Caleb. Odeio esse garoto. Ele me deixa confusa. Fica aflorando meus instintos alfas adormecido. È como se ele invadisse meu espaço, e ao mesmo tempo me atrair-se como um imã gigante. Os Alfas normalmente fazem isso comigo. E se eu não gosto do individuo piora a situação. Parece que é maior o magnetismo quando eu não gosto do Alfa. Talvez seja por isso que eu não goste do Alfa. Ano passado mesmo, meu pai quase enlouqueceu, por causa de certa reunião que acontece de quinze e quinze anos e só tem Alfas. Digamos que não deu muito certo aquele bando de lobos jovens desejando a mesma loba. Cam recebeu tanto pedido por minha mão que me trancou no quarto todos os dias. Minha mãe acha que ele vai me casar com o primeiro cara que conquistar meu coração e passar a responsabilidade de ter que cuida de uma Alfa capaz de ter outros Alfas para o meu marido. Encosto minha cabeça em um travesseiro improvisado e relaxo. A dor em minha panturrilha era pior do que nunca. Parecem que até que esse povo tem fixação por morder a perna alheia. Mas também pudera né? Se tiver algo que cachorros sabem fazer é morder. E não tem essa de que não morde se não é sem dentes morde. Sem querer, eu acabo ouvindo a conversa alheia. Na parte afastada da cela gigantesca o príncipe e o lobo batiam um papo reto sobre as companheiras superiores de cela.

–Elas vão acabar nós deixando loucos.

Sussurra Caleb, esquecendo completamente que tem uma loba entre eles.

–Eu sei! Já percebi ok? Mas eu não tenho culpa se o avião caiu.

–Mas podemos fugir daqui facilmente, Ethan, o que está nós impedindo? Três crianças que acabaram de sair das fraldas. E essa base nem é tão forte assim.

–Você que acha! Se eles não fossem realmente resistentes, acha mesmo ainda estaríamos em guerra. Tem que parar de subestimar essa família, meu amigo. Eles estão sobrevivendo à guerra, cada vez mais fortes, enquanto nós enfraquecemos.

–E o espião?

–O espião? Com Bervely Blood controlando tudo mesmo inconsciente, acha mesmo que o espião tem algum poder ou autoridade nessa base. E vamos parar de falar, a filha de Cam Garden tem uma audição mais que privilegiada.

–Impressionante a capacidade de ouvir a conversa alheia que você tem garota.

Elogia Caleb, bem baixinho sobre meus ombros. Isso até me fez rir. Esse garoto não sabe com quem está se metendo mesmo. Abro os olhos e vejo, Caleb sentado mais perto de mim com aquele olhar penetrante dele, e um pouco mais longe por causa do meu cheiro, estava o príncipe Ethan sentado como se a cama fosse seu trono. Acho que eles estavam apenas testando minha audição. Mas mesmo assim, fico desconfiada com todo esse papo de espião, Bervely Blood, eles mais fracos e nós mais fortes. Isso sem contar que a queda desse avião é muito suspeita.

–Não melhor do que sua capacidade de esquecer que eu também sou uma loba. Se fosse mais atento escreveria, não falaria.

–Xeretar deve ser de família, então?

–Eu não estava xeretando, aspirante a imperador, eu estava tentando relaxar, e nessa acabo ouvindo sem querer a conversa alheia.

–E você queria relaxar por que mesmo?

–Ah, santo Deus! Você se não bastar-se ter amnésia grave, ainda é cego. Sinto dor na panturrilha, ok?

–Você não cura tão rápido quanto seu pai? Isso é culpa de sua mãe?

–Não! Seu Alfa sem matilha, eu recebi outra mordida por cima da sua. E minha mãe chega a curar mais rápido do que meu pai, só para sua informação.

–Quem te mordeu, loba manca?

–Eu tenho um nome sabia? É Gwyneth! E não é da sua conta.

–Gwyneth? É muito grande, eu não vou lembrar.

–Então chama de Gwen.

–Ok, Gwen, foi outro Alfa que te mordeu?

–Foi minha irmã e para de ficarem me fazendo perguntas desnecessárias! Eu não estou em um interrogatório.

Irrito-me logo com o Alfa de olhos cinzentos. Mas é cada uma que me faltava! E nem dá para eu levantar, com a perna magoada, e a muleta com Caleb... Para tudo! Minha muleta está com o Alfa maligno? E pelo sorriso maroto dele, acho que Caleb não vai me devolver.

–Ah, qual é? Você não tem piedade de ninguém não?

Pergunto não acreditando. Caleb dá um pulo do meu lado, e balança a muleta na minha frente com muita maldade.

–Quer a muletinha, meu bem? Vem pegar, vem!

Convida Caleb na maior cara de maldade. Sinto-me tristemente ofendida. Agora tenho certeza de que desse aí eu não gosto mesmo. Não é nem por que ele é atraente, mas ele é por que mau mesmo. Não poderia simplesmente me deixar em paz, e ir perturbar outra criatura inocente e sem mais nada o que fazer.

–Você é tão mal.

–Pra você ver! É da minha natureza.

–Imaginei, sei patife!

–Hum, hum! Não senhorita, nem velha me ofendendo ok? Quer a muletinha de volta? Faça por merecer. E pode começando com um elogio...

–Nem morta.

Interrompo Caleb, me escorando nele, para levantar. Como Caleb não se faz o favor de me segurar, acabo caindo em cima dele. O lobo Alfa de olhos cinzentos levanta os braços para evitar que eu consiga alcançar a muleta, me obrigando a engatinhar por cima dele. Na hora Caleb, se vira e fica em cima de mim. Ele tinha mesmo me atraído para uma armadilha? Mas que cara é esse? Droga! Um oportunista. E agora mesmo é que ficou difícil de escapar desses daí. Olho para Caleb a procura de algum tipo de expressão vitoriosa. Ele tinha conseguido me derrubar e enganar. Deveria está satisfeito. Mas não, o que encontro quando olho para Caleb é intensidade. Seus olhos cinza tempestade encarava meu rosto desesperadamente, querendo, necessitando que eu lhe desse algo. Eu não conseguia imaginar o que? Fugia da minha memória totalmente. Olhando dentro de seus olhos, bem lá no fundo de sua tempestade cinzenta, consigo ver um garoto confuso e perdido, precisando de alguém para guiar, mas muito orgulhoso para pedir ajuda. Um homem, um menino e um lobo. Caleb tinha a responsabilidade de ser líder, quando precisava ser liderado. Amado até. Como se um lado da minha mente congelado, e incontrolável tivesse tomado conta do meu corpo, eu o beijei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem gente, e beijocas para vocês.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Liberdade do Corvo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.