Between us escrita por IS Maria


Capítulo 1
Trens , prédios enormes e mordomos


Notas iniciais do capítulo

É a minha segunda fic do gênero , logo se ja leu a minha primeira estou aqui para garantir que uma não tem nada a ver com a outra >< Eu sinceramente espero que apreciem afinal isso é uma história teste que pretendo começar com idéia para enviar para a Editora .
Eu sinceramente espero que gostem ♥



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Pela pequena janela em movimento eu podia aos poucos perceber que cada vez me encontrava em maior distância da paisagem do campo na qual eu havia praticamente amadurecido . Deixar a minha zona de conforto para mim era semelhante a abandonar tudo naquilo em que se confia e entrar de cabeça em algo que não se faz nem idéia do que se é formado .

Por muitos anos o verde do campo misturado ao dourado dos trigais , o céu azul que pouco se via nublado e as aves que sempre apareciam para nos dar o ar de sua graça , vinham sendo o meu bloqueio para tudo . Desde que me vira cercada daquilo que muitos chamariam de nada , eu não pude me recordar dos motivos que me levaram a me isolar ali . Nenhuma das dores antigas que costumavam me causar pesadelos me incomodaram por longos dez anos . Fora apenas sentir uma dor semelhante a de antes que tudo voltará a tona e ainda trazendo junto a si a minha passagem de volta para a pura amargura .

Eu sempre havia pensado em quando seria a hora de voltar , mas jamais colocará em minha cabeça que eu seria arrastada de volta . Depois que minha família fora destruída , minha mãe caiu em ruínas e logo morreu de desgosto . Eu jamais pensará que o desgosto pudesse de fato levar uma pessoa aos seus últimos dias , mas depois de presenciar tudo , pude perceber que é a mais amarga das mortes . Talvez eu dramatize tudo porque quando eu a perdi eu tinha apenas sete anos , mas não me esqueço da maneira que me senti quando a vi deixar esse mundo enquanto segurava a minha mão .

A vida já começara dura para mim , mas nem por isso passei muito tempo me prendendo a isso . Com a ajuda de minha vó eu sobrevivi por muito tempo , fui criada e consegui me reconstruir , tanto que nem mais me lembro ao certo do rosto daquele que nos causara tanta dor . Não me lembro de seu rosto , mas jamais me esquecerei de seu nome ...ou da maneira que costumava sentir quando ele me levantava ao alto e me tratava como uma verdadeira princesa , não posso me esquecer de como eu o amava , mesmo pouco o vendo ele era simplesmente ... O melhor pai do mundo .

Naquela noite , havia sido eu quem acordara primeiro e corri para atender a porta . Sonolenta , nem pude me focar no rosto da mulher que me jogara ao chão praticamente passando por cima de mim e subindo as escadas ao encontro de minha mãe . Gritos e tapas , uma longa briga e então meu pai rompe a porta despejando sobre todos a verdade . Nós nem sequer éramos a sua verdadeira família , éramos o meio de sua verdadeira vida , tudo havia sido uma grande mentira . Desde então eu nunca mais o vi e fiz questão de nem sequer pensar nele .

Mas , por ironia do destino , aqui estou eu . Com o falecimento da minha vó a pouco tempo o banco tomou a casa onde costumava viver para o pagamento das dívidas e meu pai proclamou a minha guarda já que sou apenas uma menor idade e eu não possuo nenhuma escolha a não ser obedecê-lo . E é ele que me faz retornar para o lugar onde eu sofri amargamente e serei obrigada a viver até os meus dezoito anos , sim em um ano tudo será resolvido ...mas não posso evitar me centrar em toda a dor que sentirei nesses doze meses .

Desci na estação de trem e ao longe pude ver meu nome escrito em uma pequena folha branca . Como esperado ele nem se dera o trabalho de vir até mim . Caminhei até o senhor que sorrira ao pegar minha bagagem , o acompanhei até o carro e em seguida mergulhei no banco revestido em couro , permitindo-me simplesmente não pensar em nada , simplesmente fingir que eu ainda estou segura , sem ligar para o fato de que estou cada vez mais próxima de minha ruína .

O caminho não fora muito longo e em instantes eu estava em frente ao prédio do meu pai . Eu sabia que ele tinha dinheiro considerando pelo fato de como eu e minha mãe costumávamos viver , mas viver em tal maneira , jamais havia me passado pela cabeça . " Ultimo andar " berrou ele e então sai do carro as pressas . Peguei o elevador , ignorando os olhares e sussurros que surgiram com a minha entrada e simplesmente permaneci quieta . O elevador já abrira a sua porta dentro do apartamento , suspirei sentindo a tensão me dominar e depois de um murmúrio , me virei para o homem que permanecia tranquilamente sentado sobre a poltrona em couro escuro .


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Notas finais do capítulo

*CoMeNtÁrIoS ??
*Se você vejo até aqui é porque gosto então por favor me dêem sua opinião , pois são os comentários que me fazem querer continuar , perdi as contas de quantas histórias não continuei pela falta de manifestação das leitoras .

*Qualquer questão sobre mim , em meu perfil a informações de como me encontrar nas redes sociais ;)