Escolha-me [EM REVISÃO] escrita por Moriah


Capítulo 7
Música sobre jovens inexperientes, histórias de bar e beijos para dormir bem


Notas iniciais do capítulo

Oi anjos, então vocês devem estar querendo me matar (fujam para as colinas o/), mas eu tenho um bom motivo para ter sumido (para mim é um bom motivo e-e), tive que fazer uma viajem inesperada para Colinas, para a chácara dos meus tios, só que lá não tem sinal, na verdade tem sinal só que ele pegava só em alguns cantinhos: ele pegava em um dos cantos da área da casa, pegava embaixo de uma arvore lá no meio da chácara e pegava em um sofá que tinha no canto da sala, MAS AI NÃO PEGAVA SINAL TIM, SÓ VIVO, e eu tinha que usar o celular do meu pai, fora as minhas brigas com minha querida prima para eu poder sentar no sofá. Gente ontem tava chovendo e eu fiquei na chuva só para pegar sinal, vê se pode...
Convenci vocês a me perdoarem?
NOTAS FINAIS EXTREMAMENTE IMPORTANTE.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/581094/chapter/7

Capítulo Sete:

Música sobre jovens inexperientes, histórias de bar e beijos para dormir bem

 

— Foi no show. — Sally começou, dando indícios de que iria corar. — Havia um homem e ele me puxava para longe da tia e da vó...

— Meu deus, Sally — May murmurou, assustada.

— Mas não houve nada, não se preocupe. Por sorte esse garoto apareceu e eu não fazia ideia que ele era... bem, que trabalhava aqui. Ele meio que começou a brigar com esse cara, mas então veio outro, um grupo de bêbados inconsequentes. Nós todos fomos expulsos pelos seguranças e a briga recomeçou do lado de fora...

— Mas...? Antes do fim você estava lá, deixamos você e mamãe responsável por Emily — May apontou e sua cara não escondia a desconfiança.

— Sim, porque o segurança não estava bêbado. Ele me reconheceu, foi educado e me deixou provar quem eu era. Na confusão eu perdi o maldito passe e foi uma burocracia conseguir outro. Quando estava prestes a entrar Benjamin começou a choramingar.

— Ele chorou? — Emily acordou num salto e então pressionou os lábios. — Oi, gente.

Todos gargalharam e Sally se permitiu um ou dois sorrisos.

— Não, ele ficou resmungando sobre ter me ajudado e que deveria ter direito a entrar. Como não estava fardado ninguém acreditou que era segurança de Esther, nem mesmo eu.

— Imagine se John descobre que ele não ficou na cola da Princesa — Pâmela murmurou — ele ia pirar.

— E o Rei também, foi um risco muito sério que ele correu. Mas ele salvou você, Sally, então qual o motivo da cena que todas nós presenciamos? — America perguntou, buscando os olhos de Sally que se virava de costas ao olhar inquisitivo dela.

— Ele queria obrigar-me a levá-lo comigo. Parecia um pouco alterado também, então eu lhe chutei... entre as pernas. E entrei. Quando chegamos ele me procurou no quarto e fez ameaças, achando que eu poderia contar algo ao príncipe ou ao rei... Dizendo-me para me afastar de Esther e coisas mais ridículas e além...

— E o que você fez?

— Eu fechei a porta na cara dele. Ora, o que eu vou falar? Perder meu tempo com intrigas? Por favor!

— Você agradeceu?

— Sim, e ele disse que um beijo vale mais que palavras.

— Ugh. — Emily murmurou.

— Pelo menos não estava bêbado? — Sally disse, sem muita convicção.

— Tem certeza que ele estava bêbado protegendo a princesa? — America perguntou, juntando as sobrancelhas.

— Como saber se ela mesmo não estava? — Sally perguntou.

Um silêncio caiu. Era uma acusação boba, a princesa poderia beber tudo o que desejasse, ainda assim era meio estranho pensar numa monarca bêbada.

— Talvez ela mesmo tenha dispensado ele, com aquela cara feia — Sally concluiu. — Quem há de querer ele perto?

— Eu consigo pensar em muitas meninas — Pâmela deu de ombros, rindo. — Fico feliz que aquele estúpido tenha ajudado você, não pense em se afastar só outra vez.

— Isso nem mesmo vai acontecer, eu falarei com Katia sobre um guarda-costas.

— Ah não Meri — Pâmela rugiu, mas America calou-a com um erguer de mãos.

— Não é um debate, Pam. Se por sorte Benjamin não tivesse chegado isso seria uma conversa ainda pior, desastrosa e não imagino onde poderiam estar nossos corações. Você é mulher, compreende o risco.

Todas calaram-se.

— Bem, não há porque pensar nisso enquanto estamos aqui neste imenso palácio, certo? — May declarou, juntando as mãos. — Estão com vontade de assaltar a cozinha?

— Eu estou indo dormir, mas antes queria pedir desculpas. Por tê-las arrastado para isso, todas tínhamos vidas e afazeres e eu trouxe tudo isso sobre nós.

— Eu lembro nós nos reunirmos em uma sala e escolher isso, Ames — May relembrou.

— Pra mim é como férias, vocês sabiam que há um salão de mulheres? Esther nos convidou para fazer um “tratamento de beleza”, eu adorei — Pâmela bateu palminhas.

— Eu estou bem aqui, mãe. Não se sinta culpada. Agora sobre assaltar a cozinha, se não formos agora eu vou sozinha, estou morrendo de vontade de um doce. Será que há doces guardados?

— Vamos descobrir — Emily gritou, pulando na cama.

— Vai mesmo deitar? — May perguntou preocupada.

— Estou exausta, May. Preciso de um sono rejuvenescedor.

Assim America levantou, beijou a testa de cada uma e sorriu, antes de ir para o quarto. Sonhou com montes vermelhos de tulipas, que de repente derretiam e tornavam-se sangue e escorriam dos montes para uma poça onde ela estava sentada. Maxon estava lá, mas era jovem e inexperiente como quando America o conhecera, sujo de sangue e oco como alguém que conhecera demais a morte, lembrando America de Clarkson e Amberly. Ele gritava de dor no alto de um dos montes, mas nada saia e sobre ele erguia-se uma aurora azul resplandecente e roxo.

America acordou em um salto assustando Oda que deixou cair a roupa que tirava do armário.

— Está tudo bem senhora?

— Um pesadelo, Oda — America murmurou. — Que horas são?

— Oito e meia.

— Meu deus, dormi demais. E o café? E todos?

America senta em um pulo e sua juba ergue-se com ela.

— O café foi deixado para ás nove no dia de hoje, o Rei e seus filhos estão em uma reunião importante. — Oda juntou rapidamente o vestido e deixou-o sobre a poltrona. — O Rei veio pela manhã, pediu para que lhe avisasse que sua assistente tentou contato cinco vezes hoje mais cedo.

— Katia deve estar doida — America bocejou. — Que horas você chegou aqui?

— Sete e meia. Seu banho está preparado. Se tiver fome posso ir até a cozinha pegar algumas frutas...

— Você já comeu, mocinha?

Oda sorriu.

— Posso tomar banho sozinha, eu prefiro na verdade. Obrigada pela roupa, e pelo banho.

— De nada, senhora.

Oda deixou o quarto com a cabeça baixa. O banho tinha cheiro doce e America enrugou o nariz, odiava perfumes doces, ainda assim era bom relaxar deste modo e se permitir mais tempo para pensar, seu celular tocando em algum lugar lembrou-a de seus compromissos. America tinha que admitir que agora um lado seu gostava de ter desculpas para usar vestidos deslumbrantes e podia imaginar o mesmo sentimento em suas meninas, que a ensinaram o gosto pela moda sofisticada. Usava um vestido de alças trançadas e amarelas, deixava-a amarelada demais para seu gosto, mas era simples e elegante o suficiente para aquele dia que prometia sol.

Havia dezenas de mensagens de Katia, e no telefone ela parecia cada vez mais irritada pelo sumiço de America. Com poucas palavras America conseguiu acalmá-la, prometendo que até o fim do dia apresentava-a a proposta do clipe completo. America respirou fundo enquanto se direcionava ao escritório de Maxon, seguindo as instruções dos guardas que encontrava pelo caminho. No final notou ser o antigo escritório de Rei Clarkson e lembrando-se do seu sonho prometeu a si pegar leva com o homem que encontrasse.

O guarda à porta apenas olhou-a.

— O Rei Maxon ainda não chegou — e falando isso abriu a porta para ela.

America apertou os olhos em confusão entrando vagarosamente. Optou por sentar-se quietinha e imóvel para não causar maiores problemas. Logo a voz de Maxon tornou-se audível junto com a de Esther, e entrando tanto John quanto a princesa assustaram-se com a ruiva, menos Maxon que apenas a deu um breve sorriso.

Falava sem parar com John sobre negócios e número enquanto Esther servia em quatro pequenos copos doses de água ardente. Esther deixou os copos para olhar para os muitos papéis espalhados na mesa.

— Pelo amor, como podem se achar no meio de tanta bagunça?

— Acredite, passei a noite organizando.

America fez uma careta segurando a risada enquanto Esther lançou-lhe um olhar exasperado sussurrando “esses homens?!”.

— Bom dia — John finalmente disse, quando seu pai parou de enchê-lo de números para cuidar.

— Bom dia — Ames sorriu.

Maxon desviou o olhar, ela parecia brilhante no seu vestido amarelo com seus cabelos de cobre. O próprio sol em gente. O Rei virou então um copo recebendo outro olhar de sua filha mais nova.

— Bem, acho que eu estou dispensada, vou preparar o salão para as meninas. Se America permitir, gostaria de deixar o início de nossas aulas para amanhã.

— Como você quiser, Alteza — disse uma America que lembrou-se repentinamente que não havia feito reverências. Nenhum dos monarcas parecia ter notado.

— Ótimo, então essa é minha deixa. Rapazes, America — Esther abaixou a cabeça em uma breve reverência antes de sair.

— Só mais um momento, Meri. Estou devendo um relatório antigo a John. Está aqui, deixei aqui ontem.

Maxon não olhara duas vezes para America e ela engoliu em seco enquanto observava todo o escritório. Era um caos, como o próprio homem desgrenhado e raivoso à sua frente. A tal reunião não parecia ter sido boa.

— Aqui! — Um entusiasmo passou pela voz de Maxon, que limpou a garganta. — Aqui está o relatório do ano passado, filho. Peço que revise isso e passe as devidas orientações a Benjamin e Itiel.

— Como o senhor desejar, só falta encontrar aquele bêbado desvairado antes que Itiel o encontre.

— Esther não deveria dispensar tão fácil Benjamin — Maxon balançava a cabeça. — Porém ambos têm idade o suficiente para saberem lidar com suas escolhas, eu não preciso mais andar por vocês. Agora, quanto à Midston?

— Eu estive focando em Sota — John franziu os lábios esperando uma reprimenda. — Vou cuidar de Midston agora.

— Você precisa cuidar das trinta e quatro e ver se consegue entrar em contato com o informante outra vez.

— Esther ficou com as do norte — John lembrou-o.

America prendia a respiração. Devia estar ali?

— Isso era antes das ameaças de White e Clermont.

Muitas províncias com que se preocupar.

— Hm, eu volto depois — America sorri amarelo, levantando-se e congelando ao ver Maxon erguer a mão e murmurar um “espere.” que foi prontamente obedecido por ela.

— Deixe para Esther o lidar com o povo, com as pessoas que estão perdendo as casas. Precisamos dela como o rosto disso mais do que nunca, ela tem a graça de sua mãe.

America segurou-se para não inclinar a cabeça. Quem era a mãe de Esther afinal?

— Não temos como ajudar tantas pessoas, o custo é elevado e os ministros não estariam dispostos.

— Ainda bem que nós temos a coroa — Maxon suspirou. — Não é uma benção? Riu para America. — Itiel pode te ajudar com isso, filho.

John entendera a deixa então concordou bebendo de um dos pequenos copos antes de pedir licença e se retirar.

— Bem, desculpe por isso — Maxon pede, tomando então de outro copo e entregando o último a America. — Essa manhã parece ter durado cerca de três dias. Deixou-se afundar na poltrona de couro que o abraçou, como um soberano. A barba por fazer parecia irritar sua pele e seus olhos estavam avermelhados.

— Foi dormir ontem?

— Eu obedeci às bem dadas orientações — ele sorriu, não parecia azedo, tão pouco simpático. — Ainda assim acordei mais cedo do que gostaria. Desculpe atrasar nosso café.

— Eu acabei de acordar — America dá de ombros.

— Sorte a sua, mulher.

— John parece você — America se viu comentar. — Jovem, confuso, sem dormir direito e agitado.

— Isso foi pior que uma maldição — Maxon concordou. — Mas antes que pense que eu sou como meu pai, John escolheu esconder-se atrás de números e relatórios a ter que enfrentar sua noiva estrangeira.

— Parece uma história de bar — Ames desdenhou. — Ele foi uma moeda de troca?

— Na verdade a princesa foi. Eles nunca se viram e eu sou um péssimo pai, com certeza.

— Mas um ótimo rei.

Maxon sorriu.

— Não é sempre assim? Enfim, ele irá reinar na Escócia. Só Deus sabe quando e se irá de fato, mas são os planos.

— E você me conta por...?

O Rei retesou, ajeitando sua postura e limpando a garganta.

— Os conselhos de uma mulher fazem falta por aqui. Ando questionando tudo o que faço desde... bem, você sabe.

E o peso caiu. O luto. Espesso, sufocante e real. Maxon havia perdido sua companheira e seus filhos perderam única mãe que conheceram, ele mal teve tempo para se permitir sentir saudades de sua companheira até agora. Ainda assim os gostos de Kriss estavam em todos os lados. No perfume doce que todos usam, nas cortinas novas que ela havia acabado de escolher, na dança em seu quarto de todas as noites que Maxon não tinha mais. As lembranças em todos os cantos quebravam ele em pedacinhos e ele continuava aos arrastos, como algum miserável fugindo da guerra.

—  Eu sinto muito — America sussurrou. E era verdade, ele pode ver.

O rei limpou a garganta, tirando a coroa da cabeça e deixando-a sobre alguns papéis.

— Katia colocou o inferno atrás de você essa manhã. Gostaria que mantivesse mais seu celular consigo, mas de qualquer forma eu lidei com a fera, outra coisa que gostaria é saber de que circo você resgatou aquela mulherzinha adorável.  

— O celular descarregou e esqueci totalmente que ela estava envolvida no projeto do clipe. Já a acalmei, há apenas uma dama agora, posso prometer.

Riram como amigos.

— Os ministros, como o esperado, mal podem esperar para saberem seus lugares e papéis — como os gordos e ricos adoradores da ostentação que eram.

— Eu sei bem... Tive algumas ideias para o clipe, gostaria de discutir com a princesa.

— Por que não comigo?

— Porque você é homem, Majestade.

— Maxon.

— Maxon — America concordou. Ele ainda não a olhava direito, mas sorriu pela primeira vez e Meri prendeu o fôlego.

Queria desviar para terrenos seguros, pois talvez este trato de cordialidades tivesse sido a pior ideia que America já tivera, e talvez perdoar Maxon tenha sido o pior conselho de Magda já dera à filha, pois agora haviam poucas barreiras e luzes de alerta soando em relação a Maxon. Agora ele era um cara boa pinta, na idade adequada, com corpo em forma e responsabilidades o suficiente para não ser um completo imbecil. Sem aquela coroa e com cabelos bagunçados era um homem absurdamente sexy que deixava America com um calor irritante.

— Está tudo bem? — America perguntou, sua voz saindo abafada demais para seu gosto. Após limpar a garganta, continuou: — Você parece exausto, a cada piscada tenho a impressão de que você não vai voltar a abrir os olhos.

— Pesadelos — ele encerra.

— Regulares?

— É minha psicóloga que está perguntando?

— Ela deveria? Você tem uma?

Maxon riu, olhando pela segunda vez em todo o diálogo.

— Você está deslumbrante hoje, America.

— E você devia dormir, Maxon. Há bons chás para impedir pesadelos, sabia? É difícil sonhar quando você está desmaiado.

— Talvez eu durma um pouco após o café.

— Eu tenho certeza que todos sobrevivem se o desjejum for em seus aposentos e o almoço jogado para a tarde.

America queria parecer como uma amiga que aconselhava e não uma mãe mandona, mas não conseguia medir muito bem as palavras enquanto Maxon continuava olhando-a daquele modo: como se ela não fosse real.

— Quero ajudar você com o seu clipe, Meri.

— Então tire essa cara de exausto dele.

Maxon suspirou, concordando.

— O orfanato Ambers tem me tirado o sono — ele murmurou. — Ela o erguera, o sustentara e agora sinto que estou sempre prestes a enchê-lo de mais crianças outra vez.

America mordeu sua curiosidade e juntou as mãos em uma palma forte que despertou Maxon. 

— Vamos homem — ela levantou, dando a volta na mesa e puxando-o por um dos braços. — Você está me dando pena.

— Vou obedecê-la, por amor aos meus belos dentes — Maxon murmurou, deixando-se ficar em pé. Entretanto com uma facilidade assustadora girou America até tê-la contra si, seu hálito na nuca da ruiva cheirando a álcool e promessas proibidas: — mas antes um beijo para dormir bem — e antes que America entendesse qualquer coisa Maxon a virava de frente, beijando-lhe o topo da cabeça. Agora a ruiva sentia-se pelada de um jeito completamente novo. — Obrigado.

Ele sorriu como um gato preguiçoso, piscou e saiu porta fora deixando-a só em seu escritório outra vez. Será que qualquer um tinha tão fácil acesso a este lugar? O que ocorrera na reunião para deixar os monarcas tão abalados? E o que haveria de ser o Orfanato Ambers e o que Maxon disse ao seu respeito? E a quem deveria culpar pelo seu estado deplorável de alguém que não tinha um bom sexo há muito tempo? E entre tantas outras coisas: quem era a mãe de Esther? E de John?

Tudo poderia estar ali dentro, ainda assim America sentia-se enjoada só de pensar em futricar e vendo o sino prateado sobre a mesa lembrou que precisava avisar das mudanças do café da manhã.

O almoço fora leve e tranquilo, tendo sido preparada uma tenda no jardim para aproveitarem a tarde quente e agradável sob o sol. Maxon não aparecera e um John revigorado e pronto para jogar tênis no quintal declarou que seu pai ainda estava dormindo. America e Esther discutiam alguns detalhes com uma Katia no celular de America em relação ao clipe que seria gravado naquele fim de semana.

Ao fim da chamada de vídeo Esther e America começaram a falar sobre amenidades.

— Como você se sente em relação A Seleção que aguarda você?

Esther deu de ombros, tirando a tiara de ouro da sua cabeça e segurando-a com as mãos.

— Nervosa, porém sem expectativas.

— Acha possível encontrar o amor?

— Acho possível encontrar um parceiro. Como papai e Kriss, como vovó e Rei Clarkson... Não devo esperar demais, mas tenho medo de abaixar muito minhas expectativas quando alguém aparecer com sorrisos e promessas.

— Você parece muito bem instruída em como o mundo real é — America observou enquanto tomava o resto do suco de laranja em seu copo.

— Kriss me ajudou bastante com isso, pois era um futuro óbvio para mim desde... desde que carrego uma coroa.

America segurou-se para não perguntar desde quando Esther carregava uma coroa, de fato.

— Este quadro devia chamar “As garotas do sol” ou algo tosco como isso — Benjamin sorriu-lhes. — Posso roubar a princesa por algum tempinho?

— Claro, bom passeio — America sorriu, avaliando discretamente o guarda. Esther e Benjamin saíram de braços dados.

May se preparava para fazer companhia a irmã quando avistou Maxon passando por ela e rumando para baixo da tenda onde America estava. Ficou observando-os de longe durante um bom tempo.

— Pensei que iria me esperar para o almoço querido — a Majestade parecia quase como um homem comum, enquanto arregaçava as mangas para cima do cotovelo.

— Estava esperando a Bela Adormecida — America murmurou. — Pensando bem é a mesma coisa, certo?  

— De fato os chás que me fizeram renderam umas boas horas de sono de verdade, foi revigorante. Agora se me permite, querida, estou indo arrasar com o ego de John Schreave — Maxon engoliu de uma vez só o suco dele e então sorriu para America uma última vez: — Você continua deslumbrante, Meri.

America se permitiu secar um Maxon jogando tênis enquanto observava duas crianças menores jogando bola com Benjamin, Esther e Gabriel. Seriam primos?  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que o capitulo esta muito pequeno, mas não tive tempo de escrever enquanto estive fora.
Até os comentários anjos :*

Música do capítulo: Let It All Go — Birdy ft. RHODES

— Betado dia 02/10/2020.