Escolha-me [EM REVISÃO] escrita por Moriah


Capítulo 26
Grande Família!


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, aqui esta o tão esperado capitulo :3
Espero que gostem.
Queria agradecer a Maria Luiza (Acho que é esse o nome) e a Duda



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–Sally? – America pergunta na porta do banheiro.

–Mãe acima de dez coisinhas significa o que? – Sally pergunta abrindo a porta com o teste na mão.

–Que você esta grávida – America fala tomando da mão de Sally o teste.

E adivinhem? Para infelicidade de ambas, Sally estava grávida.

–Mãe, isso não pode estar certo, eu estou menstruando! – Sally fala chorando.

–Isso acontece no inicio da gravidez – America fala, ela não sabia se estava feliz, triste ou com raiva – Por isso muitas mulheres demoram a descobrir que estão grávidas.

–Mãe... – Sally começa a falar, mas a frase fica no ar.

–Sally, minha vontade é de te pegar e dar umas boas palmadas! Por que se eu tivesse feito isso antes, com certeza isso não estaria acontecendo – America fala com raiva na voz – Mas eu amo você, e você vai me dar um neto, e por pior que seja à hora, isso é um presente para mim, e para você e Benjamin também. Te bater e brigar com você não vai mudar nada.

America suspira fundo.

–Mãe... – Sally começou, mas ela estava confusa demais – Eu não quero esse filho, ele não veio por que eu quis, foi um erro.

–Cale a boca Sally – America fala com lagrimas nos olhos apontando o dedo para a filha – Ele é seu filho. E você vai o amar independente do que acontecer. A culpa não é dele, é sua e de Benjamin, o bebe não teve nada haver com isso!

Sally balança a cabeça negando e então deita na cama.

–Vou avisar os outros. – America fala e se retira.

Sally jogou um dos travesseiros na parede e começou a socar o outro.

~~”~~

–Sally esta bem? – Benjamin pergunta quando America entra na sala de jantar.

–Reunião em família – Ela suspira chamando todos com a mão.

–O que houve com Sally? – Emily pergunta preocupada.

–Nada – America fala – Quer dizer... – America começou a se enrolar e por fim suspira – Sally esta grávida de Benjamin, algo me faz crer que é de gêmeos, mas isso é apenas intuição.

–Ela o que? – Benjamin pergunta – Mas como?

–Que isso irmãozinho? – John diz rindo – Se o filho é seu, você sabe muito bem como.

–John, não é hora para brincadeira – Pâmela o repreende.

–Só estava tentando animar – Ele fala com as mãos para cima.

–Como você deixou isso acontecer? – Maxon pergunta para Benjamin, ele estava furioso – Eu não lhe eduquei assim!

–Pai... – Benjamin começa, mas não tinha argumentos em sua defesa, por que apesar dos apesares, Maxon estava certo.

–Maxon – America põem as mãos em cima das do noivo – Ele não precisa que você brigue com ele agora, agora é hora de você ser pai e avo, e ajudar o seu filho. Você sabe que não é fácil educar uma criança. Benjamin errou. Minha filha também errou, e eles vão pagar por isso. Mas eles precisam de nossa ajuda, e sua raiva, bem... Não ajuda muito.

Maxon apenas concorda com a cabeça.

–Benjamin, Sally precisa de você, ela não aceitou muito bem essa idéia – America fala e Benjamin sai correndo – Quanto a vocês – Ela se vira para os outros que observavam – Benjamin e Sally precisam de força, precisam que vocês mostrem o lado bom de tudo isso, e se não existir um lado bom, criem um. Sally e Benjamin estão vendo esse bebe como um demônio, que veio apenas para transformar a vida deles em um inferno, vocês têm o dever de mostrar a eles que esse bebe, pode e vai, se transformar na melhor coisa da vida deles.

~~”~~

Depois de Sally e Benjamin conversarem, Benjamin foi pro seu quarto e Sally ficou sozinha. Logo America, Esther, Pâmela, Emily e Julieta vieram ver como ela estava.

E os meninos foram conversar com Benjamin.

~~”~~

–Olá – America fala entrando no quarto.

–Estamos entrando – Pâmela fala cantando.

–Estamos invadindo na verdade – Esther brinca.

–Oi – Sally tentou sorrir, mas não deu certo.

–Viemos ver você – Emily fala abraçando a irmã mais velha.

Sally aperta Emily contra ela.

–Já sabe os nomes? – Julieta pergunta animada.

–Eu e Benjamin decidiremos depois – Sally responde docemente, America se assustou com a doçura da filha.

–Vou ver como Maxon esta – America fala saindo pela porta, ela sabia que sua filha precisa de um tempo com as amigas e irmãs.

Depois de America fechar a porta Pâmela deita na cama e fica olhando para o teto.

–E agora? – Sally suspira.

Agora você tem um filho – Esther fala olhando nos olhos de Sally – E por ele você vai levantar dessa cama e por um sorriso no rosto, por ele você vai enfrentar o que acontecer, você vai se doar todos os dias, não existe mais você e Benjamin, agora existe apenas essa crianças, sua vida agora gira em torno dela, ela é sua vida, hoje você descobriu que leva com sigo a sua felicidade, a sua alegria, a sua continuação Sally, sinta orgulho disso, ele é o fruto do seu amor. – Falando isso Esther se despede com um abano e as seguintes palavras – Vou pesquisar algumas coisas que possam te ajudar, ate amanhã Sally.

Sally concorda sorrindo para Esther, e então ela vai embora.

Talvez seja hora de fazer diferente – Pâmela fala sorrindo carinhosamente para irmã – Hora de amadurecer de verdade.

–Queria poder voltar naquele dia e mudar tudo – Sally choraminga – Por causa de um descuido, merda!

–Sally olhar demais para o que aconteceu vai acabar te machucando – Julieta diz dando batidinhas na perna de Sally – É passado, já aconteceu, você não pode mudar. E o passado pode machucar, mas eu vejo assim: Você pode fugir dele ou aprender com ele.

–Me sinto tão fraca, não consigo pensar direito, me sinto incapacitada, eu não consigo ser forte, por mais que eu tente, não consigo – Sally fala baixinho.

Você nunca sabe a força que tem, ate que sua única opção é ser forte – Emily fala ainda abraçada na irmã – Você tem que ser forte.

–Isso é impossível – Sally fala.

–Nada é impossível. – Emily rebate.

–Talvez eu seja a fracassada. Toda família tem alguém que é a fracassada, que não se forma, que tropeça... Que a vida derruba... Talvez eu seja a nossa fracassada.

Emily, Julieta e Pâmela se entreolham e apenas com os olhos entenderam que era hora de deixar Sally sozinha, ela precisava mesmo pensar.

~~”~~

John e Maxon estavam no quarto de Benjamin.

Todos estavam em silencio olhando para vários cantos aleatórios.

–Como você esta? – John pergunta encarando Benjamin.

–Espero que o telhado seja arrancado e eu seja sugado para o espaço. – Benjamin responde desanimado.

–Acho que não deve ser tão ruim assim, digo ter um filho. – John e então encara o pai – Como é ter um filho?

–Bom... O único que eu tive que cuidar desde pequeno foi Benjamin, que Kriss fez questão que fosse um bebe, então minha experiência é bem escassa.

–Mas você deve saber alguma coisa – Benjamin diz deitando na cama.

–Ter filho é: Horrível, horrível, horrível, horrível, horrível, horrível. Ai de repente acontece um momento mágico e você percebe que é a pessoa mais sortuda do mundo. Depois é horrível, horrível, horrível, horrível... – Maxon fala fazendo Benjamin e John rirem.

–Isso não é reconfortante. – Benjamin fala depois de um tempo.

–Ter filhos é algo estranho Benjamin, isso não significa que não seja maravilhoso, é complicado, é engraçado quando você diz para o bebe não por algo na boca e ele faz um sinal de “não” com o dedinho, ou quando ele fala uma palavra errada, quando ele faz uma apresentação para você na escola. Mas tem momentos ruins, quando ele se machuca, ou talvez você no meio de uma brincadeira machuca ele, quando ele estiver com febre ou talvez for internado no hospital, você vai se sentir vazio, fraco... Um pai horrível. Por que você pode odiar esse bebe agora, mas quando ele nascer, e você ver os olhos dele te fitando, quando pela primeira vez ele falar “Papai” ou alguma coisa do gênero, quando ele aprender a andar, e se essas coisas acontecerem com você por perto... Você vai saber o que é amar incondicionalmente alguém. Você vai saber o que significa ter uma vida que roda ao em torno de alguém. Vai ter dias em que você vai ter que fingir estar tudo bem para a saúde dele, para o bem estar dele. Você vai parar de comprar flores e chocolates para Sally e vai passar a comprar brinquedos e fraldas para o bebe, e quanto mais ele crescer, mais ele vai depender de você, ate o momento em que, se ele for um homem, se formar ou achar uma namorada, e se for menina, bom ai você vai sofrer, ela vai achar alguém, alguém que de inicio você vai odiar, alguém que vai tirar sua gatinha de você e que talvez a machuque. Você vai entender o sentido da frase “Fazemos loucuras por amor”, nós fazemos loucuras por nossos filhos, porque nós os amamos. Vai ter dias em que você vai se sentir forte, e em outros, você estará pensando “mas que merda eu estou fazendo?”

–Isso foi... – John procurava as palavras – Gay! Isso foi lindo pai, mas foi gay.

–Você achava os textos que falavam de amor coisa de Gay, e agora você sabe que é real, então me fale filho, como é? Como é estar com Pâmela? Como é amar? – Maxon fala brincando.

–É muito esquisito, você encontrar a felicidade justamente no lugar que você jurou que não iria. – John diz dando de ombros – Já entendi aonde você quer chegar, só vou entender essas coisas, quando eu tiver um filho.

–Exatamente – Maxon concorda – E eu espero que demore.

–Eu ainda estou aqui – Benjamin fala se levantando fazendo John e Maxon gargalharem.

~~”~~

America procura Maxon e ouve sua voz vindo de dentro do quarto de Benjamin, decidiu por fim não atrapalhá-los e voltou para o quarto de Sally. Ficou espantada ao perceber que as meninas não estavam mais lá, apenas Sally estava sentada na frente da penteadeira tomando um café.

–Como você esta se sentido? – America pergunta pegando a escova e começando a escovar os enormes fios pretos de Sally.

–Eu nem consigo pensar em um bom motivo para sair do quarto hoje. – Sally responde depois de tomar um gole do café.

America ri pelo nariz.

–Como é mãe?

–Ter filhos? É horrível, os choros, as fraudas, as birras, os brinquedos barulhentos, mas então eles crescem e você percebe que... Eles só pioram.

–Estou com medo – Sally diz rindo.

–Não precisa se preocupar, acredite se quiser, vai chegar um tempo em que você vai sentir saudades, principalmente das brigas e momentos ruins. – America diz lembrando-se de quando Sally tinha 12 anos e America a adotou.

–Como vai ser mãe? – Sally pergunta logo depois murmurando um xingamento por sua mãe puxar um pouco forte se cabelo – Sabe, eu sei que eu deveria amá-lo, mas eu não escolhi tê-lo!

–Anjo, você tem que entender que, não tem diferença, o amor é o mesmo, um filho esperado que nasceu por que você quis, é um presente maravilhoso, isso não significa que um filho não esperado é ruim, um filho não esperado é uma dádiva, é uma surpresa incrível.

–Eu não estou pronta. – Sally fala com lagrimas nos olhos.

–Nunca deixe ninguém dizer que não pode fazer alguma coisa. Se você quer, você tem que correr atrás. As pessoas não conseguem vencer então dizem que você também não vai conseguir. Não acredite nelas.

–Mas eu errei mãe! Você devia estar me xingando, eu fui uma idiota, ta legal? Eu fui burra e imbecil.

–Você não é perfeita. Ninguém é perfeito. Nós erramos, fazemos besteiras, mas depois nós perdoamos e seguimos em frente.

~~”~~

Após sair do quarto de Sally, America liga para a mãe. A mesma assim que soube das novidades viajou, demorou algumas horas, mas quando chegou ao castelo foi direto para o quarto da tão querida neta.

–Pelo Amor de Deus, não pergunte se eu estou bem! – Sally diz assim que vê a avó entrando no quarto.

–É um enorme prazer rever você também Sally – Magda diz irônica – Estamos tentando te ajudar querida.

–Eu não preciso de ajuda, vocês acham que eu sou incompetente? Eu errei e eu vou arcar com meu erro, eu vou criar essa criança, e não preciso de ajuda de nenhum de vocês – Sally estava com os hormônios à flor da pele.

–Ter alguém ajudando não quer dizer que você falhou ou que você é fraca, muito menos incompetente – Magda diz se sentando de frente para a neta – Apenas significa que não esta nessa sozinha.

Sally abraça a avó, aquele abraço bom que parece que leva todos os pesos da sua costa embora, aquele abraço que você tem certeza que te acalmara independente do que aconteça, aquele abraço carinhoso, que só os avôs sabem dar.

–Tenho medo do que o povo vai pensar de mim – Sally admite ainda abraçada a sua avó – Medo do que falarão das minhas escolhas erradas. Queria não ter mais que fazer escolhas.

–Todos os dias, enquanto não estiver morta, quando acordar de manhã, terá que tomar algumas decisões. Terá que perguntar a si mesma “Vou acreditar em todas as coisas ruins que aqueles tolos falarão de mim?”

Sally não responde apenas se solta da avó e fica a encarando. Sally chorava. Sinceramente ela já estava se achando uma idiota, todo esse tempo tudo que ela fez foi chorar, chorar e chorar.

–Mulheres espertas sabem que... Chorar é algo que se faz em casamentos e funerais... Não nas noites de sábado gatinha – Magda chama Sally pelo apelido que seu marido costumava chamar America, mesmo não sendo mãe e filha, America e Sally tinham o mesmo gênio: “forte mas ao mesmo tempo frágil”. Magda enxuga as lagrimas da neta, sem conseguir segurar as suas próprias.

–Por que choras vovó? – Sally pergunta preocupada.

–Sinto falta do seu avô – Magda admite, há tanto tempo não falava aquilo em voz alta - Sabe, quando você já viveu demais e perde alguém importante, começa a apreciar as lembranças guardadas, e se arrepende das que não pode ter.

Sally abraça a avó, agora, ao contrario de antes, Sally era o ombro e Magda o que precisava de um, Sally se sentia melhor ajudando alguém, vendo que não era a única “coitada”, vendo que não era à única que sofria naquele momento.

~~”~~

Sally e Benjamin estavam abraçados na cama, Sally esta deitada por cima do braço direito de Benjamin, que a abraçava de lado.

–Você esta bem? – Benjamin pergunta.

–Juro que a próxima pessoa que me perguntar se eu estou bem, vai levar um soco. – Sally responde braba.

Benjamin ri e fica um tempo em silencio, passa as mãos no cabelo loiro e quebra o silencio:

–Eu não sei o que faria se te acontecesse algo. – Benjamin fala mexendo no cabelo preto de Sally com a mão livre.

–Você me ama de verdade Ben? Não quer terminar comigo por que... Eu estou grávida?

–Eu amo você de verdade. Eu levaria um tiro por você. Você sabe disso. Bem no meio da testa. Eu prefiro cortar minha garganta a falar algo que você não queria que eu fale. – Benjamin responde beijando a cabeça de Sally – Eu lutaria por você Sally, mesmo depois de cansado.

–Você acha que sou o tipo de garota por quem vale à pena lutar? – Sally pergunta sentando na cama e encarando os olhos azuis do namorado.

–Você é o tipo de garota por quem as pessoas vão para guerra. – Benjamin diz sorrindo encarando os olhos escuros de Sally.

–Eu te amo – Sally diz abraçando Benjamin.

–Somos uma família agora – Benjamin diz – Todos nós. Meus irmãos e meu pai, sua mãe e seus irmãos, tia Marlee e tio Carter, Tia Lucy e tio Aspen... Todos somos uma “Grande Família” – Benjamin então solta a risada com um pensamento – Vai ser complicado explicar para nosso filho o motivo por ele ter apenas uma avó e um avô e não dois como a maioria.

–Somos todos uma família – Sally sussurra sorrindo – Uma família completamente bagunçada. Que nem é uma família de verdade.

–Uma família com alguns fragmentos – Benjamin completa – Mas ainda assim feliz.

–Para você o que é família? – Sally pergunta voltando a deitar.

–Família não é apenas aqueles que te acompanham. São aqueles que lutam por você, por quem você luta.


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Notas finais do capítulo

Bom como vocês podem ver, o capitulo mostra vários momentos, então me desculpem se ficou confuso, focou mais em Sally, que é quem esta esperando o bebe.
Desculpem os erros de português, eu fiz com pressa e não revisei.
Então eu espero comentários por esse capitulo tão dramático.
Devo dizer que eu aceito recomendações :3 Nem precisam ser muito grandes...