Esther:

Acordei de bom humor, e fui tomar café, nossa aula vai ser de manhã, quando chego lá todos já estão na mesa.

—Benjamin você vai com a Sally no seu carro. – Diz Ames chamando a atenção do meu irmão.

—Eu tenho um carro? – Ele pergunta animado – Sempre usei o do meu pai.

—Um presente meu para você - Ames diz piscando - É um Pagani Huayra na cor vermelha.

—Você ta brincando? – Ele diz animado – Serio?

—Sim – Ames diz sorrindo.

—Muito obrigado, você é a melhor mãe do mundo – Ele diz indo abraçar ela então ele vira para os filhos da America – Vocês tem sorte.

—Que nada ela nunca nos deu um carro – Pâmela diz brincando – Mas ela é uma ótima mãe sim.

—Juízo, use o cinto e não dirija como um bêbado, e não beba quando for dirigir. - Diz Maxon serio.

—Sim senhor – Ben diz voltando a se sentar.

—John você vai levar a Pâmela no seu carro. – Ames diz sorrindo.

—Eu também ganhei um carro? – Ele pergunta com os olhos brilhando – Muito obrigado Ames.

Ele começa a pular e abraça-a forte.

—É um Zenvo ST1 – Ela diz sorrindo – Na cor cinza.

—Obrigado de verdade Ames – Ele diz sorrindo.

Sally e Pâmela ainda estavam em choque, Ames era bem má, as fazer ir com os meus irmãos, principalmente a Sally que desde o inicio ta sendo cantado pelo Ben, tadinha todo dia indo com ele para a escola... Mas espera, eu vou com quem? Eu não sei dirigir!

—Henrique você é Esther vão juntos no seu carro – Ames lança para nós dois um olhar com malicia.

—Eu não tenho carro mãe – Diz Henrique, ele estava vermelho?

—Agora tem, o seu é o Lamborghini Reventon preto, que esta lá fora.

—Obrigado mãe – Ele começa a pular e fazer o mesmo showzinho que os outros fizeram.

—Você esta bem? – Pergunta Sally me olhando.

—Não – Digo com os olhos arregalados – E vocês?

—Não – Pâmela e Sally responderam.

—Eu vou no meu carro que é o HB20, o mais simples de todos, com Stalin, Julieta, Gabriel e Emy.

—Eu e Carter vamos juntos com Lucy e Aspen – Marlee diz animada.

—Posso ir com vocês? – Pergunta May.

—Claro – Diz Lucy.

—Há... Vocês vão ir sempre nos mesmos carros com as mesmas pessoas – Ames diz sorrindo. – Agora subam se arrumar.

♫ ♫ ♫

Ponho uma blusa rosa com um coelho branco de óculos bem na frente, ponho uma calça jeans escura bem apertada, um All Star de cano longo preto, uma toca preta. Pus essa roupa por que combinava com o esmalte das minhas unhas que era rosinha.

Desço as escadas e sai para a entrada do castelo, lá todos os carros estão perfeitamente ajeitados, e eu fui uma das ultimas a chegar, isso já ta virando mania.

Quando estou próxima do carro, Henrique aparece e abre a porta para mim.

—Obrigado – Digo e me sento.

A ida ate a escola foi legal, ele ficou lançando piadinhas e ele não sabia como mechar no radio, e a gente meio que piorou tudo, ele se queimou com um fiozinho do radio e eu fiquei vermelha de tanto rir. Chegamos em ordem, o carro da Ames foi o primeiro, depois o do Ben, depois o do John e por ultimo o do Henrique, estacionamos um do lado do outro.

Assim que descemos todos ficaram olhando, como se tivessem congelado no tempo.

—Eu nunca me acostumo com isso – Murmura Pâmela no meu lado.

—O que? – Pergunta John – Isso é ótimo, eu gosto de ser o centro das atenções.

Nós estávamos andando um do lado do outros, Ames, Marlee, Carter, Aspen, Lucy e May estavam vindo um pouco atrás da gente e as crianças, Julieta, Stalin, Gabriel e Emy estavam na nossa frente.

—Estamos acostumados a ficar na sombra da minha mãe – Diz Sally.

—Pôs bem, a partir de hoje, vocês vão ser populares pelo que são, não por mim ou pelo Rei. – Diz Ames atrás de nós. – Meus filhos vocês já estão acostumados com escolas então ajudem os outros. Os horários de vocês estão na secretaria. Benjamin você vem conosco ate a sala dos professores por que você é o treinador, John você vem junto para se inscrever no time. Henrique você já faz parte do grêmio, pode ficar andando por ai. Os outros vão ate a secretaria e peguem seus horários.

♫ ♫ ♫

Quando chegamos à porta nos separamos, eu, Sally e Pâmela fomos ate a secretaria junto com os menores (chamo de crianças e menores, mas eles já são bem grandinhos).

Quando pegamos o horários recebemos as chaves dos nossos armários e os livros da escola.

—O meu é o numero 155 fila 2 e vocês? – Pergunto para elas.

—156 fila 2 – Diz Pâmela animada.

—157 fila 2 – Diz Sally com um sorriso.

Nós três tínhamos armários um do lado do outros, isso era ótimo.

—Tenho musica – Diz Pâmela seria – Nunca pensei em ter aula com a minha mãe.

—Vai ser horrível – Diz Sally – Eu tenho português, com a tia Marlee.

—Eu tenho artes – Digo com um sorriso – Eu adoro de paixão artes.

Ficamos conversando ate que bate para irmos para as aulas.

Quando entro na sala todos ficam quietos e ficam me olhando.

Entro e me sento na ultima mesa.

—Bom dia classe – Lucy exclama entrando o que me faz rir – Eu sou a nova professora de Artes de vocês.

—Bom dia professora – Todos falaram.

—Então, vamos fazer um jogo, eu digo coisas sobre mim e cada um diz coisas sobre vocês.

Não presto muita atenção nos que os outros dizem ate que alguém me cutuca.

—Sim? – Viro-me e dou de cara com um garoto com olhos verde-água e cabelo castanho claro.

—É sua vez – Ele cochicha.

—Quando me viro para frente vejo Lucy sorrindo.

—Esther é sua vez, fale de você – Ela diz.

Devo falar que eu sou a herdeira? Acho que não.

—Meu nome é Esther, acho que nada que eu fale as revistas já não falaram, eu tenho 16 anos, sou filha do meio do Rei Maxon, e eu sou adotada, moro no castelo. – Digo monotonamente – Falei tudo Lucy?

—Aqui eu sou a professora Lucy, Esther – Ela diz piscando.

—Há, ok... Eu me acostumo. – Digo sorrindo.

—De onde vocês se conhecem? – Pergunta uma garota, com toda a certeza era uma puta, usava um vestido que não tampavam nem a calcinha, e olha que hoje estava frio.

—Bom agora eu vou me apresentar – Lucy diz se encostando à ponta da mesa e ignorando a pergunta da outra lá – Eu sou Lucy Leger, sou professora de Arte de vocês, sou divertida e não sou uma professora monstro, tenho 28 anos e estou morando no castelo temporariamente. Já trabalhei no castelo na época da Seleção.

—Você trabalhou lá e agora mora lá? – Pergunta a guria nojenta.

—Sim, e eu sou casada antes que você pense coisas. – Lucy diz seria.

—Comigo – Diz Aspen entrando. – Eu sou um dos novos monitores, meu nome é Aspen Leger, já trabalhei no castelo e moro temporariamente lá, sei como pegar uma arma, então encostem um dedo nos príncipes ou em um dos filhos da America e vocês morrem. – Aspen diz serio.

—Não assuste eles Aspen. – Lucy o repreende.

Aspen olha para mim e pisca com um sorriso e sai, eu solto uma risada e Lucy sorri.

—Bom vamos começar. – Ela diz animada.

Lucy explica varias coisas e diz que vamos aprender essa semana sobre desenhar pessoas. Meu desenho fica mais ou menos.

Desenho uma menina de frente, o rosto não ficou tão feio, o que mais estragou foi o cabelo, ficou horrível.

—Você desenha bem – Disse uma voz me fazendo pular. Viro-me e vejo o mesmo menino de antes.

—Obrigado – Digo voltando a minha postura – Qual seu nome?

—Você não prestou mesmo a atenção nas apresentações, não é? – Ele pergunta e eu nego com a cabeça – Meu nome é Murillo Sunny.

—O que vocês tanto cochicham? – Lucy pergunta chegando do nada na nossa frente.

—Sobre o desenho dela – O Murillo diz.

—Deixe-me ver – Disse Lucy para mim.

—N-não, ta feio – Digo assustada.

—Não esta não! – Murillo diz e nesse momento toda a sala já presta atenção em nós.

Sem muita vontade entrego a folha para Lucy e cochicho para o menino.

—Filho da Mãe.

Ele gargalha.

—Você desenha muito bem Esther. – Lucy diz.

—Obrigado.

—Bom todos voltem a fazer suas atividades. – Lucy diz seria.

♫ ♫ ♫

Sally:

Quando entro na sala todos ficam me olhando, eu reviro os olhos e olho em volta.

Vi uns garotos jogando bolinha em uma menina que estava sentada sozinha e chamando-a de nerd.

—Ei! – Digo chamando a atenção deles – Quem vocês pensam que são para fazer isso? – Ergo uma sobrancelha – Já sei, uns merdinhas de nada que se acham.

—Nossa a justiceira da sala chegou – Diz um garoto irritantemente bonito – A ultima foi parar na enfermaria.

—Interessante, só que eu não sou ela e se você ou o bando de asnos que te seguem encostarem um dedo em mim, você morre. – Digo seria – E eles também.

—Sally, por favor, lembre-se do que sua mãe disse. – Tia Marlee diz entrando na sala.

—Lembro. - Digo me sentando.

—Ui, ela abodece a mamãe - O garoto cochicha no meu ouvido.

—Há seu filho da... - Sou interrompida por Marlee.

—Resolva isso no recreio Sally, tenho certeza que ele esta tentando entrar no time de futebol. Lembre-se que Ben é o treinador? Dedure-o e então ele não terá como entrar no time. Mas não suje suas mãos – Tia Marlee diz sentando.

—Por que o Ben me ajudaria? – Pergunto me virando para Marlee.

—Por que vocês se amam – Carter aparece na porta.

—O príncipe Benjamin? Ajudando essa daí? Amando ela? Acho difícil. – Diz uma menina.

—E qual seu nome? – Pergunto me virando para ela.

—Annie Garcia– Ela diz se levantando.

—Então sua vaquinha acho melhor você não se intrometer em assunto de família. Por que talvez o príncipe goste mesmo de mim, e você não vai mudar isso, e mesmo que ele não goste, acha mesmo que ela vai gostar de alguém com você? Que se acha superior? Que tenta botar medo nas pessoas, mas tem medo de mosca? – Digo seria.

—Sally acho que não precisa de tudo isso – Diz Carter e eu assinto me sentando do lado da garota que eu defendi – E garota o príncipe gosta mesmo de Sally, ele deixou isso bem claro para America.

—ELE O QUE? – Eu gritei.

—É, sua mãe pediu uma ajuda dele e ele disse que não ia dar, por que estava apaixonado por você, alguma coisa assim. – Carter responde.

—Eu vou matar ele. – Digo seria.

—EU QUERO DAR MINHA AULA CARTER – Marlee fala alto o bastante para todos ouvirem.

—Desculpe Marlee – Carter diz roubando um selinho dela.

—Desculpo professora. – Digo seria.

—Eu me chamo Calvin Lasmann– O menino idiota sussurra no meu ouvido.

—Quer biscoito? – Sussurro de volta. Fazendo a menina do meu lado rir.

—Quero que você não me dedure. – Ele diz serio.

—Eu não jogo tão baixo. Não sou como você, então se você estava preocupado com isso, já resolvi seu problema.

—Obrigado gata – Ele diz.

—Me deixa estudar agora.

A garota do meu lado me passa um bilhetinho:

"Obrigado por me defender."

Escreve um “de nada” e pergunto “Qual se nome?”

Ela me entrega outro papel escrito “Margot Muller”

♫ ♫ ♫

Pâmela:

Entro e logo depois minha mãe entra. Todos ficam me olhando e eu dou sorrisos falsos.

Olho em volta e só tinha um lugar vazio, do lado de um garoto, que pela cara era do time de futebol, ele sorri para mim e eu reviro os olhos.

Sento-me e ajeito minhas coisas.

—E ai gatinha – Ele diz passando os braços pelos meus ombros.

—Desde quando jegues falam? – Pergunto olhando para ele e o sorriso que antes habitava sua boca sumiu.

Ele tira o braço dos meus ombros e eu dou um sorriso.

Minha mãe se apresentou e quase todos que estavam ali eram fã dela.

—Bom eu quero que para nossa próxima aula, vocês venham preparados, pois eu vou dar uma musica para cada um e eu quero que vocês cantem aqui na frente. -Ela diz enquanto escreve seu nome e a matéria que da no quadro.

Algumas pessoas dão pulinhos de alegria, já eu fecho a cara.

—Quem você pensa que é para me chamar de jegue? Sua filha da puta – O garoto de antes sussurra quando minha mãe não esta vendo.

—MINHA MÃE NÃO É PUTA! – Eu digo e dou um soco na sua cara, eu arranho todo o seu pescoço.

Vejo minha mãe ficar parada sorrindo.

—Eu não sou puta – Minha mãe diz aparecendo atrás de mim. – O que conversamos sobre brigas mocinha? – Ela diz se virando para mim.

—Ele te chamou de puta – Eu digo como se fosse obvio.

—Eu sei, vocês dois vão assinar uma ata, e dessa vez eu deixo passar, por que você me defendeu – Minha mãe diz se sentando.

—Uma ata? Ela quase me matou! – O garoto grita.

—SE ALGUÉM AQUI, LEVAR ISSO PARA A SECRETARIA MORRE, EU POSSO ATE SER EXPULSA, MAS EU VOU FAZER UM TRABALHO BEM FEITO! – Grito me sentando do lado do menino – Lamento pelo seu rosto querido.

Ele da um sorriso falso e vira para frente.

♫ ♫ ♫

Esther:

Assim que apitou para o intervalo fui para o refeitório e mais uma vez eu era a ultima a chegar.

Sento-me na mesa entre Sally e Pâmela.

—Como foi o primeiro dia de vocês? – Pergunta John.

—Um filho da mãe mostrou meu desenho para Lucy – Digo seria.

—Quem? –Pergunta Benjamin.

—Aquele – Aponto com o queixo para Murillo que vinha em direção a nossa mesa.

—E ae Esther, posso sentar aqui? – Murillo pergunta se sentando na minha frente.

—Já se sentou mesmo – Digo seria.

—Você fica linda de mal humor – Ele diz sorrindo.

Escuto Henrique sussurrar algo com Pâmela e eles trocarem de lugar, Henrique passa a mão pelos meus ombros.

—E quem é você? – Ele pergunta.

—Sou Murillo um amigo da Esther, ela não falou de mim para você? – Ele diz sorrindo.

—Não – Henrique responde me olhando.

—Só falo de coisas importantes, seria perda de tempo falar sobre ele. – Eu dou de ombros e Henrique solta uma risada.

O garoto revira os olhos e vai sentar em outra mesa com umas pessoas esquisitas.

—Henrique ele já foi, pode tirar os braço – Digo corando.

—Droga, devia ter o deixar ficar – Ele diz e todos riem.

Ele tira o braço.

—E ae maninha você esta com uma cara péssima como foi amanhã? Já fez alguns inimigos? – Henrique pergunta para Sally.

—Fiz, uma putinha que se acha, o nome dela é Annie Garcia.

—Essa menina me deu o numero dela – John exclama e Pâmela deixa os talheres caírem no prato.

—Que isso mulher – John diz quando vê a cara que Pâmela faz – Não precisa ter ciúmes. É só pedir que eu sou todo seu.

Pâmela mostra o dedo fazendo Henrique gargalhar.

—Ei! Focando em mim, eu fiz outro inimigo também, o nome dele é Calvin Lasmann, ele também deu o numero dele John? – Sally pergunta e toda a mesa ri – Eu quase bati nele – Sally suspira.

—Já eu bati em um menino – Pâmela diz e todos se viram para ela, inclusive os pequenos – Ele chamou minha mãe de puta, eu arranhei todo o pescoço dele e dei um soco no nariz, mas infelizmente eu não sei o nome.

—Aquele ali todo machucado? – Sally aponta o garfo para um garoto.

—Sim – Pâmela diz depois de um tempo.

—O nome dele é Harry Wimmer. – Sally diz.

—Como você sabe? – Eu pergunto.

Sally leva a mão no bolso e tira um cartãozinho.

—Ele me deu um cartãozinho, tem o nome e o numero dele. Ele disse que eu era muito linda e que eu não podia negar o cartão, então eu peguei – Ela disse rindo.

—O QUE? – Ben bate os punhos na mesa.

—Pelo menos ele tem coragem de falar comigo! – Sally diz seria.

—Do que você esta falando? – Benjamin passa a mão no cabelo, esse cacoete é de família, só pode.

—Sobre você ficar falando que este apaixonado por mim e que eu sou linda para todo mundo, MENOS PARA MIM! – Ela grita a ultima parte.

Benjamin fica quieto, na verdade todo o refeitório fica quieto.

—Viu! – Ela grita se levantado.

Benjamin se levanta para ir atrás dela e quando ela estava saindo ele segura o braço dela, quando ele a puxa eles ficam cara a cara e ele a beija.

Seria mega fofo, se Aspen não chegasse interrompendo o beijo.

—Juízo garoto – Aspen diz serio para Benjamin – Se você machucar a minha sobrinha você nunca mais terá a chance de machucar alguém.

Benjamin concorda com a cabeça.

—Eu estou completamente apaixonado por você, desde que você entrou aquele dia pela porta do palácio e eu vi o quanto você é linda, por que você é muito linda, eu amo esse seu jeito revoltada mais ao mesmo tempo certinha. E eu acho que gosto mesmo de você Sally. – Ele diz e então Sally o beija de novo.

—Eu também acho que gosto de você – Ela diz sorrindo.

♫ ♫ ♫

Não consigo lembrar-me de nada legal nas aulas que vieram depois do intervalo para contar para vocês, tirando o ataque que America teve quando chegamos ao palácio e ela viu Ben e Sally de mãos dadas.

E foi mais engraçado quando papai os viu se beijando.

Eles falaram de tudo, ate sobre filhos com os dois, eu fiquei com um pouco de dó dos dois, eles ficaram vermelhos quando chegou NAQUELA parte da conversa.