P.O.V Ally

Estávamos correndo pelo jardim, como sempre fazíamos.

- Você está muito lerdo hoje, Austin. Esta muito trás. – Disse correndo, e ele rapidamente me puxou e caímos na grama.

- Você que é lerda. – revidou.

- Não sou não. – disse e ele me deu língua. Ficamos um tempo em silêncio olhando para o seu.

- Acha que um dia eu conseguirei? – Ele perguntou.

- Sim, eu acho. Você é bastante talentoso Austin. – afirmei.

- Ally. – me chamou. E me virei para olha-lo

- Sim.

- Quando eu conseguir, você promete que vai está comigo? – eu sorri pra ele

- Sim, alguém tem que está ao seu lado pra fama não subir a sua cabeça. – Disse fazendo cocegas nele.

- KKKK... Ally...para...kkkk – fala ele entre as risadas.

- Não, se você não admitir que eu sou a pessoa mais legal que você conhece. – Propôs.

- Tá, você é a menina mais legal que eu já conhece, para kkkk – pedi.

- E que você vai me dar o ultimo pedaço de bolo da tia Beth.

- Não, isso já é pedir demais.

- ALLY! AUSTIN! VENHAM CÁ. – Gritou Tia Beth de dentro da fazenda. Nossa como essa mulher grita.

- Resolvemos isso mais tarde. – Disse me levantando.

- Ok... quem chegar por ultimo é a mulher do padre. – Gritou ele correndo em direção a casa.

- Austin, isso não fale. – disse tentando alcança-lo.

Quando chegamos lá, tia Mimi, a mãe do Austin estava lá. Ela estava conversando com a minha mãe. Tia Beth não estava com uma cara muito boa.

- Mãe! – Disse Austin abraçando sua mãe – O que a senhora está fazendo aqui, não é final de mês. – Tia Mimi vinha visitar Austin todo final de mês. Ele não morava com ela por que ela e seu pai eram muito ocupados, e não tinham como criar Austin.

- Querido eu tenho uma noticia pra você. – Ela disse ajoelhando para encarar Austin. Nessa hora minha mãe e Tia Beth colocaram as mãos em meus ombros. – Você voltara comigo para casa.

- Serio! Mais e a fazenda? – Austin perguntou, ele parecia dividido por duas emoções diferentes.

- Não precisará ficar aqui, você vai viver comigo e seu pai, juntos. – Ela disse, e eu acho que deixei escapar uma lágrima.

- Mais e se eu não quiser ir? – ele perguntou a sua Mãe.

- Desculpa querido, você não tem escolha. Suas malas estão prontas, agora você só precisa se despedir. – Ela disse, lágrimas escorriam pelo meu rosto, igualmente a Austin, eu não consegui ficar na sala. Subi para o meu quarto. Da minha janela conseguia ver seu Luís colocando as malas do Austin no carro da Tia Mimi. Austin deu um abraço apertado em meu pai que havia acabado de chegar, depois em minha mãe, tia Beth que também estava chorando, seu Luís e o resto dos funcionários da fazenda.

- Mãe, será que eu podia falar com Ally? – Austin perguntou ao perceber que eu observava tudo de longe.

- Sim, querido, mas não demore. – Ela disse e Austin correu pra dentro. Logo depois ele estava no meu quarto.

- Ally, eu acho que não vamos nos ver facilmente. – Ele disse e eu me levantei ficando frente a frente com ele.

- É, eu sei. Você está feliz? Agora vai viver com a sua família, deveria está feliz. – Expliquei.

- Sim eu estou feliz, mais eu também estou triste e com medo. – ele diz e eu o encaro confusa – Estou feliz por que vou viver com a minha mãe uma coisa que nunca tinha feito, estou triste por que sei que vou sentir saudade das manhãs que vamos cavalgar com o seu pai, dos banhos de mangueira, da comida da Tia Beth, das corridas pelo campo, dos sermões da Dona Chica e da sua mãe. Eu vou sentir falta da fazenda e de você. – Ele disse e eu o abracei.

- Austin, promete que não vai se esquecer de mim. – pedi.

- Não vou me esquecer de você, nunca.

...