Athena e Eu escrita por Naiane Nara
Notas iniciais do capítulo
CDZ não pertence a mim, mas ao tio Kuru, sendo assim, é ele quem enche os bolsinhos e eu que me emociono feito boba.
Boa leitura!
Seiya
Enfim cheguei ao Templo da deusa. Não sei com que palavras começar, mas terei que começar. Não suporto mais isso, e essa mulher não sai mais daqui.
Quando a vejo, meu coração tem vontade de congelar a imagem que tenho diante de mim. O mais maravilhoso entardecer que eu jamais presenciara, e uma deusa dançando com uma braçada de flores.
– Athena. - Digo baixinho, sem querer interromper.
– Seiya! Que bom que veio! Pensei em colher vários buquês de flores e espalhar pelo Santuário. Pode me ajudar?
– Seria em comemoração a algo em especial? - pergunto, me abaixando para pegar as primeiras flores.
Ela para um pouco.
– Sim. A estarmos vivos.
Ela tem razão. Só isso já é um milagre.
– Mas não foi por isso que veio até aqui, não é mesmo?
– Ninguém supera sua perspicácia.
Rimos juntos da minha ironia.
– Diga-me - disse ela num tom absolutamente tentador, sem ao menos se dar conta disso - de que você precisa e eu providenciarei.
Fiquei parado onde estava, sem conseguir sequer respirar. Primeiro, que ela vá embora. Segundo, quero você, o calor do seu corpo e o conforto de suas palavras quando nós dois formos um. Mas é óbvio que não disse nada disso.
– Eu estou preocupado com algo que a esposa de Hades me disse no Castelo.
Seu semblante ensombreceu um pouco.
– Sobre a visão... Ela me disse.
– Me sinto... Perturbado.
– Pela visão ou... Por ela?
– Você me conhece bem para saber, Saori.
Ela ficou muito séria:
– Isso é uma maneira de não responder?
– Não. - Já estava começando a ficar irritado. - Só me responda, por favor.
– O que quer saber exatamente, Pégaso?
Que ótimo. Ela só me chama assim quando há algo de muito errado.
– É possível que aquilo aconteça?
– Sim e não. Dependerá unicamente de você. As visões de Pérsefone existem desde tempos imemoriais, mas não são absolutas. O que ela vê é alterado quando alguém muda de decisão.
Suspirei com alívio. Mas como ainda estava irritado por seu jogo de palavras, como se não soubesse que a amo, por ela ser tão linda e eu não poder tocá-la, saiu de meus lábios antes que eu pudesse evitar:
– O que aconteceria se eu... Se um humano se envolvesse... Fisicamente... Com um deus?
Quando ela me olhou, fingi exteriormente que tinha a ver com a Visão de Perséfone, afinal, ela me viu casando com uma deusa.
Seu pequeno rosto se tornou mármore. Sabíamos que não tinha nada a ver com o meu pretexto.
– Eu poderia matá-lo, Seiya. Os deuses o perseguiriam onde quer que fosse - ela sussurrou de forma tão baixa e torturada que quase pensei que tinha imaginado aquelas palavras.
– As divindades são duras e fortes - continuou, como se não houvesse dito nada antes. - Quanto mais têm consciência de seu poder, mais fortes se tornam. É por isso que eu era tão frágil no começo.
– Mas você se manteve viva dentro do pilar de Poseidon, coisa que nenhum mortal pode fazer.
– Sim, mas ali eu já tinha forçado minha consciência divina - disse com desdém - e queimado etapas humanas. Se não fosse assim, não conseguiria estar viva para encorajar vocês durante as batalhas.
– Não consigo imaginar...- Ia dizer a vida sem você. Mas já me expus demais por uma única tarde. E também aquela mulher está se aproximando, posso sentir seu Cosmo. Deixei a frase morrer ali.
– Com sua licença, Athena.
– Nos veremos no jantar?
– Sim, é claro.
Ela assentiu com a cabeça e Perséfone chegou. Ela a abraçou pela cintura, também com uma braçada de flores, e seguiu caminhando ao seu lado, enroscando seu braço ao redor da cintura de Athena e contando-lhe algo ao pé do ouvido, em uma posição que eu daria qualquer coisa para estar.
*****
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Agradeço a atenção de quem teve a paciência de chegar até aqui!