Athena e Eu escrita por Naiane Nara


Capítulo 17
Com você


Notas iniciais do capítulo

Saint Seiya não me pertence, senão muita coisa já teria acontecido...



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Athena

Estando já deitada, em trajes de dormir, o Sono não vinha para acalmar minhas perdas. A essa altura eles já se pertencem, e tudo está em seu lugar. Sinto-me em pedaços, mas estranhamente calma e resignada. Era o melhor que podia acontecer. Há várias eras, Seiya se condenou a andar comigo como um guardião. Em nenhuma ocasião ele teve família, ou vida, por essa escolha.

Agora tudo pode ser diferente. Ele merece uma chance. Levanto-me e fico à janela, esperando que essa pequena parte de mim, que é egoísta e sacrificaria tudo para tê-lo ao meu lado silenciar. Imagine qual não foi a minha surpresa ao vê-lo longe, bem no final da escadaria que leva ao átrio com uma expressão séria no rosto.

Peguei um robe longo e alvo e corri ao seu encontro. Quando cheguei e ficamos frente a frente, notei que ele também correra todo o caminho.

– Pelo Estige, Seiya! Entre e venha tomar um copo de água. - Por sua expressão, parecia que ele ia passar mal - Rápido!

– Não é necessário. - Tornou ele indiferente. - Pode ser à Luz da Lua mesmo. Eu só preciso saber...

Inconscientemente me recostei em um pilar para fugir da luz de Ártemis e respondi:

– Você veio me incomodar esse horário, portanto vai entrar e tomar um copo de água sim. Agora!

Ele ficou quieto e me acompanhou, mas somente até o primeiro aposento. Não resisti a fazer uma ironia da situação:

– Olha, o Templo é bem grande, não precisa temer me desrespeitar, tudo bem? - Enquanto isso lhe servi um copo refrescante de água da minha própria fonte. - O que houve? Por que está aqui?

Ele tomou três copos de água antes de conseguir falar, mas ainda parecia transtornado. Ficou de joelhos e disse, emocionado:

– Hoje eu tive oportunidade de ter uma vida normal e rejeitei, por que te amo. Acho que você sabe disso, acho que sempre soube. Não suporto mais fingir que não está acontecendo nada, que está tudo normal. Minha vida é sua, e eu preciso saber se você vai vivê-la comigo, Saori.

Ele me encarava suplicante; pôs toda a sua alma naquele olhar. Meus lábios tremeram de vontade de aceitar.

Mas imagens iam e vinham na minha cabeça: Crianças correndo, pais chorando, viúvas em desespero, trevas, horror, guerra. Homens bons morrendo do meu lado. Cidades inteiras destruídas, catástrofes ambientais, morte e mais morte, tudo que eu quis evitar.

É muito mais do que abrir mão de minha isenção de tanto tempo, é abrir mão de tudo pelo qual lutei uma vida inteira, de pessoas que confiam em mim, que tem fé que tudo vai ser melhor por minha causa...

Minha boca parece trancada com um cadeado, pois não pode dizer sim à felicidade, mas não quer destruí-la com uma palavra.

Finalmente consigo encarar esses olhos tão brilhantes de juventude e esperança e balbuciar, quase chorando, a minha resposta.

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Notas finais do capítulo

Música é inspiração. Estes capítulos tem sido escritos por causa das músicas de Edson e Hudson, Amar não é pecado do Luan Santana e To I Have to cry for you do Nick Carter.



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