Nothing Else Matters escrita por Miss Vanderwaal


Capítulo 12
There's no place like homecoming |parte 2|


Notas iniciais do capítulo

Sim, faz eras que eu não atualizo esta história.
Fiquei me sentindo culpada por um bom tempo porque a criatividade não chegava, mas não queria simplesmente escrever qualquer coisa só pra postar. Tenho um carinho muito grande por Emaya e acho que o casal não deve ser deixado no desleixo :)



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Emily teve certeza de que Maya pôde notá-la se despedindo de Toby e este dando-a mais um beijo na testa antes de ela entrar no carro, o que causou-a um leve constrangimento. Talvez fosse por isso que um curto silêncio se seguiu dentro do veículo antes que uma das duas levantasse a cabeça ou dissesse algo. Riram nervosamente uma para a outra, ao invés disso, antes de caírem em um abraço apertado.

Apenas senti-la junto de si era suficiente, e Emily se entregou ao sentimento de tranquilidade e acolhimento que envolviam-nas.

– Senti muito a sua falta – ela deixou escapar. Não pôde evitar, afinal, estar ali era como estar numa outra dimensão, completamente livre das preocupações exteriores.

– Eu também – rebateu Maya, ainda firmemente enganchada à garota – Fiquei com medo de você não querer ir, no fim das contas – admitiu, agora com a mão esquerda de Emily entre as suas.

– Por que eu não iria querer? – perguntou como se fosse óbvio.

Maya apenas deu de ombros e sorriu, antes de se endireitar afrente do volante. Olhou de canto para Emily antes de girar a chave na ignição.

– Você está linda.

Algo no olhar da garota mais velha dizia que ela sabia que Emily esteve desejando ouvir tal elogio a noite inteira, e a veracidade nas palavras dela fez a temperatura interior de Emily dobrar.

Em um dos primeiros sinais vermelhos, Maya deixou as mãos repousarem em seu colo e suspirou, obviamente tentando soar casual e despreocupada.

– Então, o garoto que estava com você, seu par, acho. Vocês, hã, estão juntos de algum outro jeito?

Emily apenas foi capaz de rir do nervosismo daquela garota que aparentava ser tão autossuficiente.

– Não – garantiu – Ele é apenas um ótimo amigo.

Maya assentiu e forçou um outro sorriso. Talvez acreditasse naquilo, talvez não.

– Estou mesmo feliz que tenha decidido vir – ela encontrou o olhar de Emily.

Novamente, algo na voz de Maya deixava explícito que ela estava de fato feliz ou mesmo aliviada por ter Emily ali com ela. O que era absurdamente novo para Emily, afinal, nunca ninguém quisera sua companhia tanto assim, e tal coisa a fazia questionar-se se merecia tamanha atenção.

– Por que achou que eu não viria? – perguntou delicadamente, recostando a cabeça no encosto do banco do carona.

– Por muitos motivos? – Maya mordeu o lábio.

Emily espantou-se um pouco, posteriormente, devido a naturalidade com a qual tomou a mão direita de Maya sem exitar e entrelaçou seus dedos nos dela. A garota resistiu por um segundo, parecendo se surpreender com o gesto.

– Eu nunca perderia um chance de expandir meus horizontes – garantiu, soando mais confiante do que estava se sentindo. Não parou para pensar de que “horizontes” falava. Não precisou, aliás. Maya pareceu se satisfazer com a resposta.

Emily, enquanto atravessavam a cidade em direção a Universidade de Hollis, contou a Maya o quanto eram clichês os bailes de Rosewood Day, arrancando risadas dela nos momentos certos. Emily cada vez se surpreendia mais com sua desenvoltura ali. Ela sabia que Maya era mais velha e que ela mesma ainda tinha quinze anos, mas era como se conversassem de igual para igual, como se Maya não enxergasse a tremenda cara de caloura que ela tinha.

– Acho que os bailes de Hollis não são como o que aparece em Teen Spirit, por exemplo – disse Maya – Sei lá. Acho que na faculdade as pessoas não tem essa coisa de “preciso brilhar” que nem a maioria tem no ensino médio. Não que eu saiba de algo, é claro – deu de ombros – Eu sou apenas uma aspirante a universitária.

Mas a aspirante estava certa. Um arzinho fresco corria pelo espaçoso campus, fazendo a grama dançar abaixo delas. Emily poderia ter crescido em Rosewood, mas foram poucas as vezes em que saíra dela ou mesmo fora a lugares muito distantes de sua vizinhança, como Old Hollis, o bairro que dera nome à universidade.

Old Hollis era um bairro calmo e afastado, casas simples repousavam em campos verdejantes e a estrada que ligava Rosewood à Filadélfia dividia-os. Ninguém em sã consciência se atreveria a perambular por ali à noite, mas aquela não era qualquer noite.

Dezenas de carros enfileiravam-se ao meio-fio e mais dezenas estavam no estacionamento, atrás do prédio de Hollis, do qual Emily conseguia ver uma parte de onde estava. Biclicletas, muitas em estilo vintage, estavam recostadas às várias árvores espalhadas pela área; simplesmente recostadas, algumas sobre outras, como se ninguém ali temesse um roubo.

Não se via um entra-e-sai do imponente prédio, como era comum em Rosewood Day em eventos do tipo. Ao completo contrário, jovens – uma grande quantidade deles – se encontravam sentados na grama, com ou sem toalhas de mesa abaixo deles. Vários estavam divididos em pequenos grupinhos onde alguém tocava violão, e o resto acompanhava batendo palmas ou cantarolando alguma canção conhecida. Latas de cerveja e garrafas de vinho tinto estavam ao alcance de alguns deles, como se tivessem as trazido de casa, mas eles não pareciam irresponsáveis o suficiente para entornar lata após lata ou garrafa após garrafa, como os garotos deslumbrados do time de lacrosse de Rosewood Day costumavam fazer. Pareciam felizes e ao mesmo tempo responsáveis. Jovens adultos responsáveis, ao olhar de Emily. Ela sorriu ao supor tal coisa.

Cordões de lâmpadas coloridas foram amarrados à parte mais alta do tronco de algumas das árvores, o que dava a tudo um aspecto de piquenique coletivo hippie. Emily pensou especificamente na última palavra porque todos ali, sem exceção, estavam vestidos confortavelmente, e não para um baile de volta às aulas. Alguns dos rapazes estavam até mesmo sem camisa, parecendo não ligarem para o fato de que o verão acabara oficialmente já fazia algum tempo. Emily olhou para baixo, para o próprio vestido simples. Como dizia Carolyn, se comparada àquelas pessoas, Emily parecia uma camponesa. Balançou a cabeça afastando aquele pensamento imbecil. Ela nunca fora de se preocupar com vestuário.

Ela e Maya ainda não haviam saído do lugar, estavam recostadas lado a lado na lateral do carro, observando a movimentação. Emily sorriu novamente, fazendo outra varredura pelo local e percebendo o quão informal aquela reunião parecia ser. Era como se aquele grande grupo de universitários tivesse combinado aquilo pela internet. Aparentemente, não havia ninguém para checar identidades, não havia eleições para rei e rainha, parecia não haver nem mesmo supervisão, o que necessariamente não queria dizer algo ruim. Talvez aqueles jovens não precisassem ser supervisionados.

– Bem excêntrico isso, não? – Maya olhou para Emily com uma sobrancelha arqueada e os braços cruzados.

Finalmente Emily notava que ela também não estava vestida para um evento formal. Sandálias rasteiras que mostravam unhas à francesinha e shorts jeans propositalmente esfiapados que iam até o meio de suas coxas contrastavam com uma blusa cor-de-areia de malha fina e mangas longas. Os cabelos ondulados dela estavam cuidadosamente presos em um rabo-de-cavalo. Emily queria dizer que ela estava linda também.

– Talvez, mas é muito legal! – acabou por dizer, abrindo um sorriso.

Deram alguns passos em marcha lenta por entre a multidão. Havia uma espécie de barzinho atrás do prédio que mais lembrava uma daquelas barraquinhas de quermesse onde Toby ganhara o coelhinho de pelúcia azul para Emily mais cedo na escola. Mesas e cadeiras dobráveis estavam dispostas em frente ao barzinho e algumas pessoas compravam hamburgueres e garrafinhas de Ice.

– Se você quiser beber, não tem problema – disse Emily, calmamente – Eu me lembro mais ou menos do caminho. Se você me der algumas instruções, eu posso dirigir na volta.

O fato de Maya estar presa a uma menor de idade naquele momento não significava que ela tinha que agir também como uma, e com certeza aqueles dois copos de ponche batizado que Emily tomara em Rosewood Day não surtiam mais efeito, se é que surtiram algum, para começo de conversa.

– Não se preocupe com isso – disse Maya despreocupadamente – Eu acho que vi máquinas de refrigerante por aqui em algum lugar – ela virou o rosto em direção às escadas frontais do prédio, que davam para o portão entreaberto. Alguns alunos estavam em pé ou sentados rente aos corrimãos de mármore.

– É sério, você não precisa – Emily tentou insistir.

Maya deu um fraco sorriso de olhos baixos.

– Eu convidei você. Me deixe te levar para casa.

A garota concluiu a frase delicadamente, mas seus olhos amendoados penetraram os de Emily da mesma forma que fizeram enquanto Emily a olhava no quarto dela, há quatro dias, intensamente; como se aqueles olhos quisessem entender tudo o que se passava em sua mente. Emily não precisava de mais nada para se convencer. Sorriu abertamente outra vez, sentindo o rubor preencher as maçãs de seu rosto, e não exitou em entrelaçar sua mão direita à esquerda de Maya, que também não resistiu e ajeitou-a na sua no mesmo instante.

E o coração de Emily disparou. Queria que todo o carinho que sentia por ela fosse transpassado por meio daquele toque.

– Vem – Maya puxou-a delicadamente pela mão e elas subiram os degraus frontais do prédio de Hollis – Eu quero te mostrar uma coisa.

Emily a seguiu, animada, apertando o passo gradativamente. Os corredores eram bonitos e espaçosos, em acolhedores tons de marrom. Os detalhes em madeira nas paredes a fizeram lembrar-se do hotel Overlook, da versão de 1997 de O Iluminado.

– Aonde estamos indo? – indagou Emily, entre risos, constatando que realmente não se importava. Ela confiava em Maya.

– É surpresa – disse ela apenas.

Subiram três lances de escada e viraram à direita. Maya parou em frente a uma porta que dizia apenas Harmonia musical – Sala 4. Emily tentou segurar a empolgação ao ler a palavra “musical” em uma plaquinha branca.

– Está trancada, não está? – perguntou – Além do mais, acho que eles não gostariam de nos ver aqui.

Emily nem ao menos sabia a quem se referia quando dizia “eles”, porque o prédio parecia estranhamente desprovido de qualquer autoridade, mas aquilo definitivamente poderia não dar muito certo.

– E quem disse que vamos seguir as regras deles? – Maya devolveu por cima do ombro, em seguida pescando dois pequenos grampos de seus cabelos. Uma fina mecha se desprendeu e ela colocou-a para atrás da orelha.

Emily observou a garota se curvar e enfiar os dois grampos, um por sobre o outro, no minúsculo buraquinho da fechadura. Uma façanha que Emily nunca entenderia. Um surdo clique pôde ser ouvido segundos depois.

– Ela chuta e ela marca – Maya murmurou para si mesma, com um sorriso vitorioso nos lábios.

Emily seguiu-a para dentro da sala espaçosa e - agora que Maya havia ligado as luzes – impecavelmente branca. A primeira coisa que ela notou ali foi as duas janelas que, lado a lado, deixavam o azul escuro do céu estrelado parecer que tal era uma pintura. Era estranho estar em uma sala de aula à noite. Duplamente estranho estar sozinha nela com uma garota que acaba de arrombá-la.

– Desde quando você faz isso? – indagou Emily.

Ela finalmente notou que a sala de aula em questão não tinha carteiras como se esperava que as normais tivessem. Na verdade, a única coisa normal que se tinha ali era a mesa que se supunha que fosse de um professor e o quadro branco. De resto, um piano digital fino e comprido estava rente à parede, ao lado da porta e de frente para as janelas; uma bateria eletrônica estava perto deste; três violões descansavam em seus respectivos suportes e, ao fundo da sala, um violoncelo de um cor-de-avelã rústico roubava a cena.

Maya caminhou desapressadamente até as janelas. Parecia namorar o instrumento de longe. Ao mesmo passo, Emily deu-se a liberdade de sentar na mesa lisa e vazia.

– Desde pequena – informou a garota – Depois do que aconteceu comigo naquela piscina, os amigos idiotas do meu irmão decidiram virar meus amigos também, e me ensinaram. Mas não se preocupe. Eu só faço isso quando é estritamente necessário.

Emily percebeu um sorriso travesso se esboçar em seus próprios lábios. Se sentia cada vez mais à vontade junto de Maya.

– A menos que você queira tocar para mim, qual a necessidade disso?

– Tocar? – ela franziu o nariz em uma expressão encabulada – Agora? Eu acho que não – mas andou até o instrumento mesmo assim, correndo os dedos pelas cordas no braço deste.

– É, tem razão – Emily direcionou um olhar receoso à porta fechada – Há um boa possibilidade de você ser expulsa antes mesmo de começar o seu curso se alguém nos ouvir aqui.

Maya deu uma leve risada.

– Não é por isso, até porque todas as salas de harmonia são à prova de som. Acho que quis vir para cá simplesmente porque me apaixonei por este lugar desde a minha primeira e única visita. Fez eu me perguntar por que escolhi design ao invés de música. Mas obtive minha resposta ao conhecer as salas onde o pessoal tem aula de teoria, aulas essas que parecem ser incrivelmente chatas. Nunca gostei de teoria. E sem falar que são pelo menos sessenta carteiras para destros, e isso é como uma ofensa direta para mim.

Foi a vez de Emily rir.

– Você é como a minha irmã. Carolyn também odeia a parte teorica. Suporta porque faz parte do aprendizado, mas diz que ler partituras é como prender a mente em uma caixinha, não dá espaço para a criatividade – disse, procurando por alguma flauta transversal na sala com os olhos, mas não havia nenhuma – E eu não sabia que você era canhota – se sentiu um tanto culpada por não ter notado aquilo antes.

Maya assentiu.

– Minha mãe me fez aprender a tocar como destra. Não era apenas um inferno, era o inferno. Mas depois eu me acostumei. Aliás, eu por acaso disse a você que já adoro a sua irmã?

Emily riu outra vez. Pelo jeito ela também já é louca por você, sem nem ao menos ter te conhecido, pensou, lembrando-se da conversa que ela e Carolyn tiveram no shopping pela manhã e de como a irmã parecia apoiar qualquer que fosse vir a ser o relacionamento de Emily com Maya.

– Por favor – Emily implorou infantilmente, torcendo para baixo o lábio inferior – Eu quis ouvir você tocar desde que me contou que sabia. Você nunca terá uma plateia tão amorosa quanto eu, prometo.

Maya relaxou os ombros, parecendo ceder, e caminhou mais para perto de Emily com o braço do violoncelo, que aparentava não ser tão pesado assim, envolvido em sua mão direita.

– Está bem – ela puxou um banquinho giratório que estava ao lado da mesa dos professores e tirou o arco do violoncelo de um estojo comprido de tecido preto que estava junto dele momentos antes – Mas só porque você usou as palavras certas.

Emily comemorou, empolgada. Sem contar os pequenos concertos que Carolyn fazia com alguma colega em Rosewood Day que tocava piano e, claro, os particulares que ela fazia especialmente para a família, Emily nunca antes havia assistido tão de perto uma musicista. Quer dizer, apesar de ter entendido que Maya tocava apenas como um hobbie, Emily pensava nela como tal.

A garota separou precisa e angulosamente os dedos da mão direita em volta do arco e respirou fundo, parecendo nervosa, antes de tirar o celular do bolso dos shorts jeans com a esquerda e apertar play no que só podia ser uma música de fundo.

– Certo, eu posso estar meio enferrujada, então não repare – disse, deixando o aparelho na mesa ao lado de Emily, que sorriu em concordância.

Relaxe, Emily queria dizer, sou só eu, não um crítico da Julliard.

Dramáticas e arrastadas notas agudas de um violino vinham do celular enquanto Maya acompanhava, de cabeça baixa, com as notas graves do violoncelo. Emily sorriu de imediato, pensando ser um contraste lindo. Já nos primeiros segundos, ela reconheceu a música como sendo a trilha sonora de um filme que assistira em uma aula de sociologia no oitavo ano, Réquiem de um Sonho.

Ao atingir o refrão da intensa música sem letra, Maya sorria meio que para si mesma, como se estivesse impressionada com a agilidade de seu braço direito. As notas finais foram melodicamente arrastadas como as primeiras, e Maya fechou os olhos durante algumas delas, como se estivesse contente em sentir a vibração das cordas, o que fez o coração de Emily derreter.

Aquilo merecia aplausos. Muitos. Mas Emily manteve as mãos sob as coxas e um sorriso bobo no rosto. Embora Maya ainda estivesse com o olhar baixo, Emily pôde notar que sua expressão era a mesma de quando esteve olhando para o céu encoberto daquela tarde de terça-feira no lago com ela, depois de Emily ter ajudado-a a boiar pela primeira vez em pelo menos dez anos. A garota parecia orgulhosa do que acabara de fazer.

– Foi lindo – Emily conseguiu murmurar, embora quisesse dizer que fora uma das coisas mais lindas que ela já (ou)vira na vida.

Maya deixou escapar outro sorriso encabulado, ainda de cabeça baixa.

– Obrigada. É uma de minhas favoritas.

– Sinto que conheço mais de você depois disso – arriscou, numa tentativa de fazer a garota levantar o olhar, que funcionou.

– Com certeza conhece – afirmou, suspirando em seguida – Eu sei que você pode não ter nenhum motivo para acreditar mas, novamente: eu não fazia isso há muito tempo, e duvido que seria capaz de fazer para qualquer outra pessoa que não fosse você.

Seus olhos amendoados encaravam-na fixamente, vasculhavam-na, analisavam-na; faziam cócegas em seu interior (Emily conseguia entender aquela expressão agora); eram bons nisso. Eram quase da mesma cor que a madeira que compunha o violoncelo. Lindos olhos amendoados, Emily nunca se cansaria de pensar consigo. Tão lindos agora que por um momento singular Emily perdera-se olhando de volta, para dentro deles. E foi a sua vez de quebrar o contato e ir de encontro aos próprios joelhos. Não saberia o que poderia acontecer se continuasse a fitar Maya daquele jeito. Seu coração provavelmente pararia de tanto bater.

Um arrepio a percorreu inteiramente assim que ouviu-a concluir aquele elogio. Havia uma honestidade sem tamanho naquelas palavras. Era perceptível, não era soberba da parte de Emily. Era como se Maya tivesse decidido falar aquilo de uma vez, sabendo que não tinha nada a perder.

Emily também queria não ter mais nada a perder. Queria de repente ganhar coragem e dizer a ela o quanto estava linda naquele exato momento, parecendo estar com a guarda abaixada, vulnerável; linda como nunca estivera e como nunca nenhuma outra garota seria.

Deus. Aquilo estava ficando... sério.


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Notas finais do capítulo

No contexto, Maya toca esta música aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=i5Kwf_nNmGI

Uma das mais incríveis que já escutei na vida *-*



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