Nunca Durma escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 9
Três, quatro, é melhor trancar a sua porta...


Notas iniciais do capítulo

OI! Sou eu! Não me diga...

Não, pessoal, hoje não é sábado, mas atendendo a um pedido da leitora SuperPanda, estou adiantando o capítulo para hoje mesmo kkkkk

Espero que gostem do capítulo e sim, eu amo o Elvis! Oi?



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Era pouco mais de dez horas da noite e Emily já dirigia há no mínimo umas cinco horas. Ela e Henry tinham saído de Springwood depois que Erik e Isabel descobriram que Freddy Krueger havia sido enterrado em uma cidade que ficava longe dali, mas ainda em Ohio.

Aparentemente, os moradores de Springwood não quiseram que o que sobrou do corpo carbonizado de Freddy Krueger fosse enterrado lá. O sujeito era um monstro e por todas as vidas inocentes que tirou, ele merecia ser banido da cidade mesmo depois de morto.

Enquanto Emily dirigia, Henry estava no banco do passageiro falando com a prima pelo celular:

— Rachel, não se preocupe, ok? Vai ficar tudo bem. Nós só precisamos salgar e queimar os restos mortais do Freddy e então isso vai acabar. Até lá, por via das dúvidas, não durma, tudo bem?

Do outro lado da linha, Rachel se jogou na cama do seu quarto na pousada, passou uma das mãos pela testa, respirou fundo, incomodada com a preocupação na voz do primo, e questionou a si mesma:

— Por que eu fui contar sobre o pesadelo mesmo?

— Você fez bem em contar. — aprovou o caçador. — De um jeito ou de outro, nós íamos dar um fim no Sr. Facas de Manteiga¹, agora nós temos um incentivo a mais para isso.

— Mas eu te deixei preocupado. Como se você já não se preocupasse o suficiente comigo. E eu odeio isso. — condenou-se a morena.

— Não, eu não estou preocupado. — negou Henry, tentando tranquilizar não só Rachel, mas a si mesmo. Porém, depois de um instante, ele admitiu: — Tudo bem, eu estou. Mas eu só preciso que você fique acordada, ok? Não durma até isso terminar. — e quando a prima concordou com um som gutural, ele indagou: — Agora, cadê o Estrupício?

Imediatamente, Rachel olhou para a cama de Isabel perto da sua, onde o abusado do Tony estava deitado de lado, com o braço flexionado e apoiado no colchão, a mão servindo de apoio para a cabeça, sorrindo levemente enquanto olhava para ela de um jeito sedutor.

Quando ele ergueu a outra mão e acenou para a caçadora, mexendo os dedos rapidamente no ar, ela revirou os olhos e perguntou ao primo:

— Isso é mesmo necessário?

Do outro lado da linha, Henry respondeu:

— Você sabe que eu odeio essa situação tanto quanto você, mas sim, é necessário. Eu preciso reforçar uma coisa para ele, então...

Depois de soltar um longo suspiro, Rachel assentiu:

— Tudo bem.

Então, sem olhar para Tony, ela estendeu o braço na direção dele, indicando que era para ele pegar o celular.

O irmão de Emily pegou o aparelho, e depois de sentar na cama e mandar um beijinho para Rachel quando ela finalmente o olhou, ele atendeu:

— Tony Carter falando. Em que posso ajudar?

Henry fechou os olhos por um instante, irritado com o som da voz do outro e com aquela situação. Mas, pensando no bem da prima e também em consideração à ruiva ao seu lado, ele abriu os olhos, respirou fundo e articulou de um jeito calmo e firme:

— Olha, eu odeio que a Emily tenha me convencido a deixar você ficar aí, mas eu não quero que você entenda isso errado, ok? Por isso eu quero te lembrar que você só está aí por um único e importante motivo: não deixar a Rachel dormir.

Enquanto arqueava as sobrancelhas e olhava para Rachel com um interesse palpável, Tony questionou de um jeito sugestivo:

— Quem diria, hein? Você me pedindo para não deixar a sua prima dormir? Bem... Por sorte, eu tenho algumas ideias para mantê-la bem acordada.

Surpresa com a audácia daquele comentário, Rachel sentou na cama, pegou um travesseiro e jogou na direção de Tony, que o apanhou no ar e lhe lançou um sorriso torto. Enquanto isso, Henry segurou o celular com mais força contra a orelha e xingou o irmão de Emily mentalmente de todos os nomes possíveis.

Após se acalmar um pouco, ele esclareceu firmemente:

— Isso não é uma noite romântica com a minha prima, Estrupício. Portanto, não tenha ilusões. Eu só concordei com a ideia da Emily porque você tem a capacidade natural de deixar a Rachel irritada. E enquanto estiver irritada, ela não conseguirá dormir e estará a salvo. Eu fui claro?

— Claro como água. — assentiu Tony, e percebendo que Henry iria desligar, ele acrescentou rapidamente: — Ah! E não pense que isso é uma noite romântica com a minha irmãzinha, viu? Honestamente, eu não sei o que ela viu em você, mas não tenha ilusões, ok? Vocês só vão despachar um fantasma vingativo e depois voltarão sãos e salvos. Eu fui claro?

Sentindo uma mistura de raiva e constrangimento, Henry encerrou dizendo:

— Que bom que nós estamos entendidos, Estrupício.

Depois que ele desligou, Tony fez o mesmo, sorriu debochado e colocou o celular sobre o criado-mudo. Então, olhou na direção de Rachel, que tinha se levantado e estava perto da janela do quarto, e perguntou:

— Me diga, Boneca, como eu posso te servir esta noite?

A garota lhe lançou um sorriso amarelo e questionou:

— Me diga, Estrupício, o que foi que eu fiz para merecer um cara assim tão... Galanteador?

Como resposta, Tony enumerou empolgado:

— Bem... Nasceu linda desse jeito, é inteligente, corajosa e ainda por cima tem um humor ácido que me deixa louco! — mas, diante da expressão impassível e até um tanto constrangida dela, ele franziu o cenho e perguntou sério: — Por acaso, isso foi uma pergunta retórica?

— E irônica. — completou Rachel, e depois de uma breve pausa, previu desanimada: — Já deu para perceber que esta será a noite mais longa da minha vida.

Tentando animá-la, Tony argumentou:

— Qual é, Boneca? Não fale assim. Eu vou te distrair, vai ser divertido.

Rachel franziu o cenho e replicou receosa:

— Eu sei que vou me arrepender de perguntar, mas como exatamente você pretende fazer isso?

Ao invés de responder algo malicioso, que era o que a caçadora já esperava que ele dissesse, Tony expôs divertido:

— Bem, eu faço uma imitação ótima do Elvis Presley. — quando Rachel gargalhou incrédula, ele assegurou cheio de si: — É sério. Ninguém canta e dança Blue Suede Shoes como eu, a não ser o próprio Elvis. Antes dele forjar a própria morte, é claro².

Tentando conter uma nova vontade de rir, a morena respirou fundo, se afastou um pouco da janela, caminhou e parou perto das camas, de frente para o rapaz, e incentivou:

— Muito bem, eu estou esperando.

Tony sorriu satisfeito e pegou o seu celular no bolso da calça. Procurou pela música que havia citado, e quando ela começou a tocar, ele começou a tal performance, imitando os trejeitos de Elvis Presley fielmente e cantando com uma voz grave, enquanto dançava também de uma forma muito fiel ao Rei do Rock and Roll.

A princípio, Rachel não sabia o que fazer ou como se comportar diante daquela cena. Estava constrangida e ao mesmo tempo gostando do que estava vendo. Era bom relaxar um pouco enquanto tinha uma criatura sobrenatural disposta a matá-la se ela pegasse no sono.

Rachel não podia negar que Tony era divertido, que sua estratégia de distraí-la podia funcionar e que ele imitava o Elvis muito bem. No fundo, a garota estava se segurando para não entrar naquela brincadeira também. Ouvir Elvis e não querer dançar era praticamente impossível.

E, ao perceber, que Rachel estava movimentando os ombros sutilmente, Tony não resistiu, se aproximou e segurou a mão dela, a trazendo para o centro do quarto e a incentivando a dançar daquela forma frenética.

No começo, ela relutou, mas por fim não conseguiu mais se conter. Amava aquela música e acabou cedendo enquanto sorria envergonhada diante daquela situação.

À medida que Rachel dançava empolgada junto com Tony, a vergonha foi se dissipando. Uma felicidade genuína a inundou, e por mais que relutasse em admitir, Rachel sabia que Tony era o responsável por isso. Tony lhe fazia bem.

Ele, por sua vez, estava disposto a fazer qualquer coisa para manter Rachel acordada. Inclusive, plantar bananeira, se fosse necessário.

Por mais que disfarçasse bem, a ideia de que a garota dormisse e aquele desgraçado do Freddy viesse atrás dela de novo, deixava Tony apavorado.

XXX

Enquanto isso, Isabel e Erik estavam no quarto que o rapaz dividia com Henry na pousada. Os dois tinham ido até ali depois que Erik convenceu Isabel de que estava rolando um clima entre Tony e Rachel, e que o melhor era deixar os dois um pouco sozinhos.

Mas, na verdade, Erik estava mais interessado em ficar a sós com Isabel, afinal ainda não tinha esquecido o episódio do elevador, quando a garota simplesmente o beijou e depois disse que os dois só poderiam ser amigos.

Erik estava disposto a provar para Isabel que ela estava errada. Só não sabia como exatamente faria isso, mas estava pensando.

No quarto, havia uma pequena copa e, enquanto Isabel estava sentada de frente para um balcão, com o cotovelo apoiado sobre ele, a mão no queixo, olhando fixamente para a tela do notebook e relendo a biografia de Freddy Krueger, Erik estava do outro lado do balcão, preparando uma quantidade considerável de café.

Embora quisesse ficar sozinho com Isabel, ele também estava preocupado com Rachel e um pouco de café a ajudaria a ficar alerta e não pegar no sono.

Mas, naquele momento, foi Isabel que sentiu as suas pálpebras pesarem e fechou os olhos lentamente, fazendo com que a tela do notebook se tornasse algo distante e irreconhecível.

Instantes depois, sentindo que sua cabeça estava pendendo para o lado e que ela iria cair da cadeira, a garota abriu os olhos assustada e se endireitou imediatamente. Ao olhar para a frente, se deparou com Erik a encarando com um leve sorriso.

Envergonhada e sentindo o seu rosto enrubescer, Isabel o ouviu dizer:

— Você parece cansada.

— Eu estou bem. — desconversou a nephilim, voltando a ler a biografia de Freddy Krueger. Mas, diante da sua incapacidade de se concentrar naquela leitura, já que podia sentir o olhar de Erik sobre si, ela abaixou a tela, apoiou os dois braços no balcão e questionou: — O que foi?

Erik sorriu mais uma vez, deu de ombros e respondeu tranquilamente:

— Eu só estava pensando naquele beijo.

Okay. Essa não era a resposta que Isabel estava esperando e, por isso, ela pôde sentir o seu rosto entrando em combustão mais uma vez.

— Não pense. — foi a única coisa que conseguiu dizer, depois de engolir em seco.

— Eu não consigo. — confessou o rapaz, sustentando o olhar dela de uma forma que a deixou ainda mais sem graça.

— Erik, nós já conversamos sobre isso. — lembrou a nephilim. — Eu já expliquei...

— Não. — interrompeu ele seriamente. — Você não explicou, Isabel, você simplesmente disse que nós não podemos ser mais do que bons amigos. Mas você nunca explicou por que. Então... Por quê? Por que nós não podemos ser mais do que isso? Pelo menos tentar? — pressionou ele.

Isabel tinha várias respostas para aquilo, mas ficou muda. Incapaz de raciocinar direito diante daquele olhar intenso e interrogativo que a fitava. E por mais que repetisse para si mesma que não podia se envolver com Erik, estava cada vez mais difícil de resistir à atração natural que sentia por ele. A vontade que Isabel tinha era de se levantar daquela cadeira imediatamente, dar a volta naquele balcão e agarrar Erik voluptuosamente.

Mas, ao invés disso, ela levantou e fez menção de se afastar dali. No entanto, antes disso, o rapaz segurou a sua mão sobre o balcão, a impedindo de prosseguir com aquilo, e a chamou firmemente:

— Isabel.

Sentindo um estremecimento percorrer o seu corpo, sem saber ser era por causa do toque direto da pele de Erik sobre a sua ou por conta da voz grave dele ressoando em seus ouvidos, Isabel voltou-se na direção do rapaz e deixou o seu corpo cair sobre a cadeira novamente.

Após uma longa troca de olhares, Erik finalmente soltou a mão da garota e assentiu:

— Ok, só amigos.

Isabel não conseguiu esconder certa decepção ao ouvir aquilo. Então ele tinha concordado? Simples assim? Justo agora que, por um momento, ela sentiu que não tinha mais como lutar contra o que queria de verdade?

Isabel parou de se perguntar essas coisas quando Erik deu a volta no balcão, caminhou e parou diante dela. Então, esboçando um sorriso que fez o coração da garota acelerar, ele impôs:

— Desde que você me dê outro beijo.

— O quê...? — replicou Isabel com a voz falha.

— Um beijo de verdade, desta vez. Mais... Intenso. — ressaltou Erik, aproximando-se mais um pouco e apoiando o braço sobre o balcão, enquanto se inclinava na direção da garota.

— Erik... — balbuciou ela, recuando instintivamente.

No entanto, Isabel não conseguiu se distanciar, já que o rapaz deu um passo à frente, passou um dos braços em volta da cintura dela, a fazendo se levantar automaticamente, e com a outra mão envolveu a sua nuca de um jeito firme e carinhoso.

— Eu tô ferrada... — deixou escapar Isabel, sentindo o seu corpo colado ao de Erik e perdida naquele olhar profundo e sedutor que ele possuía.

O rapaz soltou uma risada leve e gostosa, achando aquilo engraçado, mas em seguida se recompôs, acariciou o rosto de Isabel suavemente e perguntou:

— Então eu posso deduzir que você está de acordo, certo?

Antes que Isabel processasse aquela pergunta e provavelmente respondesse algo inaudível, indecifrável e completamente sem importância, Erik se aproximou mais e fechou os olhos. Então a nephilim desistiu de pensar em qualquer coisa naquele momento e se rendeu, fechando os olhos também.

Cautelosa, ela ficou um pouco na ponta dos pés e passou os braços em volta do pescoço dele. Inclinou o rosto ao sentir o nariz de Erik roçar suavemente no seu e a respiração quente dele em sua pele.

Seu coração estava mais disparado do que nunca e Isabel ansiava por aquele beijo mais do que por qualquer outra coisa.

Ansiosa, ela passou a língua pelos lábios brevemente, os molhando um pouco, antes de ir em direção aos lábios de Erik como uma abelha a procura de mel...

Mas então, subitamente, as mãos de Erik não estavam mais sobre ela, nem o rosto dele estava próximo ao seu, nem a boca dele estava prestes a encontrar a sua. Isabel também não conseguia mais tocá-lo ou sentí-lo.

Um enorme vazio a consumia, quando ela abriu os olhos e se viu completamente sozinha no quarto. Erik tinha simplesmente desaparecido no ar, o que não fazia o menor sentindo.

Será que ela tinha imaginado tudo aquilo?

Confusa, a nephilim deixou seus pés tocarem o chão por completo e olhou em volta, procurando pelo rapaz. Mas, inexplicavelmente, não o encontrou.

A frustração e uma onda de perguntas sem respostas invadia a mente de Isabel, quando um silêncio mortal se instalou no quarto, sendo rompido por uma gargalhada macabra em seguida.

Assustada e ainda mais confusa, ela girou em volta de si mesma, procurando pela origem daquela voz e chamou:

— Erik?

Mas, quando a gargalhada soou novamente pelo quarto, Isabel teve certeza de que não pertencia ao rapaz. E a confirmação veio quando o dono daquela voz falou de uma forma sinistra:

— Me chame de Freddy, Sweetieheart.

Isabel engoliu em seco e, por mais que procurasse, não via mais ninguém naquele quarto. De qualquer forma, ela entendeu que estava sonhando e que o fantasma, que Emily e Henry estavam prestes a despacharem, tinha entrado em sua mente.

Apesar de saber que aquilo era um pesadelo e que o Erik que propôs aquele beijo não existia mais, Isabel se ouviu perguntando preocupada e aflita:

— Onde o Erik está? O que você fez com ele?

Uma nova risada ecoou por cada centímetro do quarto, mas Isabel não conseguia identificar de onde ela vinha exatamente.

Então, ao invés de responder aquilo, Freddy provocou:

— É isso o que iria acontecer quando ele descobrisse quem você é de verdade. Ou melhor, o que você é... O seu namoradinho ia desaparecer, fugir da aberração que você é. — após rir novamente, Freddy continuou: — Ou então ele iria morrer como os outros que passaram pela sua vida. Morrer nas mãos de um demônio... Mas agora ele vai morrer nas minhas... Eu prometo que serei gentil com o Erik... Isabel. Mais gentil do que um demônio seria...

Em pânico. Isabel ficou em pânico. Freddy sabia quem ela era. Sabia quem Erik era. Provavelmente sabia quem eram todos eles e o que estavam fazendo em Springwood. Nenhum deles estava seguro. Não mais.

Por mais que tentasse acordar, a nephilim não conseguia e o desespero crescia em seu peito.

— Eu sei o que vocês estão tentando fazer. — falou Freddy, confirmando as suspeitas dela. — Mas vocês não podem me vencer...

Isabel estava zonza e em pânico. Aflita, ela procurou por uma arma que sempre trazia presa em um coldre embaixo da roupa, mas ela não estava lá. Então, olhou na direção da porta do quarto, mas ela também não existia mais. Nem a janela.

Receosa, Isabel deu alguns passos para trás, e já estava esperando que fosse esbarrar no balcão, quando olhou para trás e percebeu que a pequena copa também tinha sumido.

Aos poucos, todo o quarto estava se desfazendo. Sangue começou a escorrer pelas paredes. Primeiro em pouca quantidade, mas logo em quantidades absurdas e surreais.

— Ele vai morrer, Isabel... — profetizou Freddy, e ela sentia a voz dele cada vez mais perto, como se ele estivesse em toda parte ou dentro da sua cabeça. — Como os outros morreram... Como eram mesmo os nomes deles?

— Cala a boca! — esbravejou a nephilim, tampando os ouvidos e fechando os olhos com força, numa tentativa de acordar daquele pesadelo, enquanto lágrimas de dor e culpa começavam a escorrer por seu rosto.

Ao abrir os olhos, ela se viu no mesmo lugar, no mesmo quarto, presa no mesmo insano, doentio e desesperador pesadelo. Mais coisas tinham desaparecido, mais móveis, uma das camas, as cortinas, uma poltrona. Tudo estava se elevando numa velocidade absurda e se desintegrando no ar, enquanto Freddy voltava a rir e mais sangue jorrava pelas paredes, pelo teto, pelo chão, por toda a parte.

Até que só sobrou uma das camas. Justamente a que Erik costumava ocupar desde que se hospedou na pousada.

A risada de Freddy se extinguiu completamente, mas Isabel não se importou, pois agora sabia muito bem onde ele estava.

Então, depois de enxugar o rosto, ela respirou fundo e despejou com repúdio e ódio na voz enquanto encarava a cama:

— Eu não tenho medo de você!

— Tem sim... — afirmou Freddy. — Porque eu descobri os seus maiores temores...

Isabel engoliu em seco e conteve a vontade de chorar, ao deduzir que ele tinha razão. Em seguida, voltou a olhar na direção da cama e viu o lençol se erguer sutilmente à medida que era cortado de dentro para fora por quatro lâminas afiadas.

— Se serve de consolo, você não vai estar aqui para vê-lo morrer... — arrematou Freddy, antes de cortar o lençol mais ainda, fazendo uma larga abertura por onde sua mão saiu lentamente, em seguida.

Isabel deu um passo para trás ao reconhecer a luva de couro marrom e aquelas lâminas no lugar do dedos. Gritou quando um rosto emergiu da cama. Um rosto protegido por um chapéu preto e visivelmente desfigurado por queimaduras horríveis na pele parda.

Isabel gritou novamente quando Freddy emergiu mais, revelando seus braços e seu tronco. Ele vestia uma blusa de listras pretas e vermelhas.

Quando ele finalmente sentou, ergueu o olhar na direção da nephilim e sorriu de um jeito diabólico, Isabel se virou, pensando em fugir daquele lugar de qualquer jeito.

Acabou escorregando no sangue espalhado pelo chão, caindo, acordando sobressaltada e com um grito de terror que ecoou por todo o quarto, assustando Erik que estava diante dela.

O rapaz a fitava aflito e preocupado, enquanto Isabel sentava no meio da cama onde ele a havia colocado dez minutos antes, quando ela pegou no sono e dormiu com a cabeça em cima do notebook, que ainda se encontrava sobre o balcão da pequena copa...


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Notas finais do capítulo

1. No filme Freddy X Jason, a personagem Kia (Kelly Rowland) compara as lâminas da luva do Freddy com facas de manteiga.
2. O Tony é aquele tipo de fã que acredita que Elvis não morreu.

Vixe Maria, para tuuuuudooooooooooo! Agora foi a Isabel que sonhou com o moçoilo queimado??? Como assim? O que eu estou aprontando??? Quem será o próximo a ter pesadelos com o Freddy??? Terá próximo? Ou próxima???

Well, sobre isso eu só posso dizer uma coisa: complicações à vista...

Aiiiimmm mas vamos falar de coisa boa? Eu amei escrever o momento Boneca e Estrupício neste capítulo! Vocês gostaram? No próximo capítulo tem mais kkkk

Sobre o pesadelo da Isabelzinha, só esclarecendo, ela pegou no sono quando deu aquela "pescada" enquanto lia a biografia do Freddy no notebook, ok? Então, quando ela abriu os olhos e viu que o Erik estava sorrindo para ela, já fazia parte do pesadelo.

E sobre as coisas que o Freddy disse sobre o passado dela... Tadinha. Só posso dizer que em algum momento (em breve) ela vai explicar tudinho para nós, ok?

Sobre o próximo capítulo... Teremos mais Rachony, Isaberik e também Hemily... Ah! E uma importante descoberta sobre o Freddy que vai levar a uma reviravolta na história... Muaaaaaaaaahhhhhhhh

Bem, eu tenho certeza que tinha mais coisas para escrever nas notas, mas agora não lembro kkkkkkkk Tipo hoje, quando eu esqueci como se escreve Blu-Ray. É assim, né? Hein?

Enfim, vou passar a bola para ocês! Reviews? Bjs!

PS: https://www.youtube.com/watch?v=Bm5HKlQ6nGM (Blue Suede Shoes - Elvis!)



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