Um Conto de Hope: Imprevisões escrita por Lu Vasquez
Notas iniciais do capítulo
Hey Peoples!!
Meliandra acordou com enjoo. Muito enjoo, ela queria vomitar. Correu de sua cama e vestiu um casaco qualquer por cima de seu pijama – calças compridas cinza de algodão e blusa também cinza e de algodão, com mangas cumpridas e estampa de um smile com fones vermelhos.
Ela saiu do quartel e foi direto ao banheiro. Não se importou nem com os campistas que a olharam curiosos e nem com o sol que irritava sua visão. Ela chegou lá e logo foi abrindo a porta de uma cabine. O vomito a fez se sentir vazia e ela sentia sua garganta ardendo. Ela se sentia horrível.
Ao menos o banheiro estava vazio, odiaria ter mais olhares em cima dela. Até parece que nunca virão alguém vomitar. Ela lavou o rosto na água quente da torneira e fez um bochecho para aliviar a irritação na garganta. Saiu o mais discretamente possível do banheiro. Foi caminhando pelos arredores, tentando se esconder. E, foi tomando todo esse cuidado para não ser vista, que acabou esbarrando em alguém.
– Ah deuses! Me desculpe, eu não havia lhe visto. – ela fala agoniada para o rapaz que parecia surpreso em vê-la ali naquele estado - apenas com um casaco marrom por cima de um pijama que com toda certeza deveria ser para uma criança de doze anos usar, o cabelo todo emaranhado e a cara limpa.
– Tudo bem senhorita. Eu que peço perdão. – ele fala gentilmente. Meliandra reparou nele. Os traços firmes e cabelos num tom de castanho bem escuro. Seus olhos pareciam mel derretido e ele era uns quinze centímetros mais alto que ela, mas não era que ele fosse baixo. Meliandra é que sempre foi um pouco alta demais.
– Não, eu que devia prestar mais atenção. Além do mais, nunca é bom andar distraída. – fala tentando se redimir.
– Eu já falei que tudo bem. – ele responde.
– Sim, mas não aceitou minhas desculpas. – ela replica.
– E nem você as minhas. – seu olhar emitia um desafio e Meliandra sempre adorou desafios.
– Então estamos quites. – ela responde por fim. – Se me der licença, preciso ir me vestir agora.
– Vejo que sim, espero poder ver você de novo. – ele diz com um sorriso de canto.
Ela vai em direção ao quartel da terceira coorte e se apressa em se vestir. Mas ela não deixa de pensar nele. Ainda não havia o visto pelo acampamento. Então deveria ser campista novo. Mas alguma coisa nele era familiar, ela só não sabia o que. Ela se repreendeu mentalmente. Não podia pensar nele! Em ninguém. Agora ela era mãe e não podia cair aos encantos de um cara mais uma vez.
Seguiu até o refeitório, e como o esperado, ela estava atrasada. Todos já comiam e conversavam. Ela entrou de fininho e foi se sentar ao lado de Christina, que a cumprimentou com um sorriso.
– Bom dia dorminhoca.
– Bom dia. – Meli responde. Ela começa a comer e percebe que, apesar do vomito de manhã cedo, ela agora estava com fome.
Ela ouviu o típico som de seu irmão limpando a garganta antes de começar a falar algo para todos.
– Bom dia romanos. Como anunciei ontem, – o que ele anunciou ontem? – hoje de manhã, estamos recebendo a visita do nosso importante príncipe de Roma Henry Fernandez Ellionder!
Aplausos vieram para que em seguida, o príncipe aparecesse. Meliandra ficou surpresa ao ver que se tratava de nada menos do que o rapaz que esbarrará mais cedo. Ela havia esbarrado no príncipe Henry! Tentou ficar o menos visível possível enquanto o irmão passava a vez para o príncipe.
– Quero agradecer a hospitalidade e dizer que fico muito contente em passar um tempo no acampamento Júpiter. Não tenho muito a dizer agora, mas só quero pedir que não me tratem diferente nem nada. Serei só mais um campista assim como vocês. – ele fala com um sorriso estonteante.
O príncipe volta a se sentar na mesa dos membros pretorianos, o que era digno, já que era uma das melhores mesas.
– Wow vamos ter um príncipe gato no acampamento. – Christina fala animada.
– É, grande novidade. – Meliandra murmura sem muita animação.
= Ω =
Henry não esperava esbarrar logo cedo em qualquer um. Muito menos numa garota de pijama infantil e cabelo desordenado. Ela parecia surpresa em vê-lo também, e pelo visto, não havia o reconhecido. Ela parecia ter acabado de acordar, mas isso não era o suficiente para ocultar sua beleza. Tão natural e espetacular... de certo ela seria filha de Vênus. E mais interessante foi quando seu olhar retornou seu desafio... ele tinha que vê-la novamente!
E foi o que ocorreu. Ela estava como que encolhida, torcendo para não ser vista. Mas é quase impossível ignorar a presença de alguém que é tão bela. Sentada no refeitório ela conversava com seus amigos. E Henry queria ir até lá e falar novamente com ela. Ele queria saber o nome dela e conhece-la.
O café foi uma tortura. O tempo parecia desafiar sua paciência. Mas ele se manteve com a fachada de um sorriso. Conversando com quem vinha lhe cumprimentar. Assim que o café acabou, ele foi até ela.
– Que bom nos encontrarmos novamente. – ele diz com um sorriso charmoso.
– Já era de se esperar não é? O acampamento não é um lugar tão grande assim. – ela responde instantaneamente. Esse tom de desafio só fazia a curiosidade de Henry aumentar.
– Como se chama? – eles já caminhavam afora do refeitório agora.
– Meliandra Benett. – ela responde.
– Então é parente do pretor Kayron? – ele pergunta tentando manter a conversa.
– Mais exatamente, eu sou irmã dele. – suas respostas curtas eram frustrantes. Mas ao mesmo tempo, só o fazia querer continuar perto dela.
– Você não é de falar muito não é?
– Geralmente sou, mas é só que hoje não acordei muito bem. – sua sinceridade deixa Henry mais à vontade.
– Eu cheguei agora no acampamento e, bem, não conheço as coisas por aqui. Seria muito incomodo eu lhe pedir para me mostrar o acampamento?
Ela o encara, como se estivesse numa briga mental entre dizer sim ou não. Henry manteve o olhar no dela. E mesmo se quisesse, ele não conseguiria desviar o olhar. Aqueles olhos eram hipnotizantes!
– Tudo bem. Eu posso lhe mostrar o acampamento. – ela finalmente responde.
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O que acham do príncipe Henry?? E como será esse passeio?? Não se esqueçam de comentar!! Adoro saber suas opiniões!!
Kisses
— Lu