Lucy estava parada, encarando Redyana, a primeira dos três magos artificiais criados por Fabrike. Ela não sabia exatamente onde estava Natsu e nem Ryu, por isso precisa dar um jeito logo de ir atrás deles.

Ela olhou para chave em sua mão. “Ela tem que servir!”, a loira pensou em quanto bolava um plano em sua mente. Ela estava disposta a acabar com aquilo com um movimento, e ela precisaria usar todo seu poder para isso.

– Vamos acabar com isso logo! – Lucy disse levantando a chave de ouro. – Abra portão do carneiro: Áries!

Uma luz surgiu e logo após se dissipou, então a talvez mais meiga dos espíritos estrelares revelou-se. Lucy sempre evita invocá-la em uma luta, pois considerava ela muito frágil, mas não tinha alternativa. Talvez ser a única chave a restar havia sido uma jogada do destino para mostrar que somente Áries poderia ser útil naquele momento.

– Áries, só preciso que você me dê suporte, tudo bem? – Lucy disse pegando um bastão em sua cintura.

– Tu-tudo bem. Eu vou tentar. – A bela de cabelos rosa disse tímida como sempre.

Até o jeito que ela falava era frágil. Lucy nutria sentimentos muito fortes por seus espíritos e cortava-lhe o coração fazer aquilo, mas ela sabia que deveria e poderia confiar em Áries. Lucy logo começou a correr na direção de Redyana e concentrando sua mana no bastão que segurava um chicote de energia surgiu.

– Não vai ser tão fácil assim. – A ruiva disse com deboche.

A maga artificial logo fez varias bombas surgirem no ar e voarem na direção da loira.

Lucy havia ficado por alguns segundos com medo de que a ruiva usasse alguma magia diferente, mas quando viu que ela havia sido previsível ficou tranquila.

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Redyana estava começando a ficar incomodada com toda aquela confiança que sua inimiga transpirava. Ela havia materializado suas bombas com o maximo de poder possível. Bastaria apenas uma delas explodir próxima a Lucy que seria seu fim já que ela não parecia tão resistente quando seu amigo. Na verdade até agora a ruiva se perguntava como ele havia conseguido sair com o corpo ileso da explosão. Aquele garoto loiro estava escondendo algum segredo.

“Se ela tentar destruir as bombas usando o chicote será seu fim. As bombas vão explodir próximas o suficiente para machucá-la.” Redyana pensou confiante.

– Sua vez Áries! – Lucy gritou.

“O que ela está planejando?”. Redyana não tinha a menor noção do que a espírito estrelar era capaz de fazer e temeu ela ser mais poderosa do que aparentava.

A espírito estrelar logo lançou pelas mãos pequenas nuvens de algodão na direção das bombas. A maga artificial não resistiu em dar uma risada. “Se aquela loira pretende explodir as bombas usando essas nuvens algodão esta ferrada. Ela esta próximas demais das bombas.”

No momento que uma das pequenas bombas iria acertar Lucy ela foi atingida pela nuvem de algodão. Redyana estava ansiosa para ver Lucy queimar no fogo da explosão. Mas a nuvem não fez a bomba explodir, ela simplesmente absorveu a bomba para seu interior e caiu no chão.

Redyana ficou surpresa com aquilo. “Então este é seu plano?”, ela pensou desesperada. Ela então olhou para Lucy que estava rindo, com certeza debochando em seus pensamentos da cara de desespero da ruiva. Antes que ela pudesse sentir raiva seu desespero aumentou. Ela viu que o chicote de energia que a loira carregava estava enorme e transbordando poder mágico. “Ela veio aumentando o poder do chicote com seu próprio poder mágico”. Enquanto Lucy avançava e todas as bombas que se aproximavam eram envolvidas em nuvens de algodão Redyana teve que admitir em seus pensamentos que havia subestimado a loira.

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Assim que Lucy se aproximou o suficiente de Redyana ela a chicoteou sem dó. Naquele momento ela apenas se lembrou de toda sofrimento que seus amigos haviam passado por causa daquelas malditas bombas, das pessoas que provavelmente haviam morrido despedaçadas por explosões. Nem mesmo a loira sabia que poderia ser tão cruel. Mesmo sabendo que a inimiga a sua frente não era literalmente humana, ela ainda era um ser vivo. Mesmo assim Lucy não conseguia sentir nenhuma compaixão.

Toda aquela raiva havia deixado o chicote ainda mais poderoso e sua luz era mais forte que a da própria lua. Redyana tentou fugir, mas Lucy conseguiu acertá-la facilmente. Uma grande explosão de luz surgiu. Aquela explosão não apenas abateu a inimiga de Lucy, mas também a tranquilizou. “Estou um passo mais próxima de salvar meus amigos!”

A luz se dissipou rapidamente. Lucy se sentia exausta, mas bem. Ela olhou para trás e viu Áries. Ela estava feliz por ela estar bem.

– Pa-parabens Lucy! – Áries disse sem graça e logo sumiu.

– Obrigada pela ajuda Áries. – Lucy disse sozinha, mas tinha certeza que sua amiga poderia escutá-la no mundo dos espíritos.

Lucy olhou para Redyana caída no chão toda esfolada e inconsciente. Ela ainda não conseguia sentir compaixão.

Ela colocou o bastão na cintura e sentiu falta de suas chaves. Mesmo após ter vencido aquela luta ela se sentia desprotegida sem elas. Aqueles itens dourados eram muito mais que apenas ferramentas mágicas, eles eram o que conectava Lucy com seus amigos do outro mundo.

– Hey, Lucy. – Ela escutou uma voz chamá-la ao longe.

Ela se virou rapidamente e viu Happy se aproximar voando. Antes mesmo de se virar ela já havia sabia que era ele, graças a sua voz característica. O gato alado carregava as preciosas chaves da garota e aquilo a deixou mais tranqüila. Assim que ela pegou a pequena bolsa a abraçou com força e sentiu que estava sendo abraçado de volta por todas suas amigos estrelares.

– Obrigada Happy. – Ela disse sorrindo, sinceramente grata.

– Tudo bem Lucy, mas precisamos ir ajudar o Ryu logo. – o gato falou desesperado.

Lucy sentiu um aperto no coração. Ela ficou seria. Ela estava extremamente confiante, como se pudesse salvar todo o mundo.

– Onde ele esta Happy? – Ela perguntou ajeitando as chaves na cintura.

– Não muito longe daqui, ele esta lutando com um mago artificial.

– Vamos logo então.

Os dois partiram velozmente.

“Se os outros magos artificiais foram tão fortes quanto Redyana provavelmente Ryu esta passando por dificuldades. Diferente de mim ele não tem espíritos estrelares para ajudá-lo.”

A preocupação de Lucy fazia com que ela corresse mais rápido que o normal. Ela tinha medo de chegar e ver o loiro caído, machucado e morto. Ela tentava se livrar daqueles pensamentos com todas suas forças.