Magos Artificiais escrita por Silty


Capítulo 10
Capitulo 10 – Final


Notas iniciais do capítulo

Tenho certeza que vocês ficaram surpresos com a revelação deste capitulo! Boa leitura e obrigado por lerem até aqui!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579904/chapter/10

Lucy Havia acabado de se levantar quando repentinamente Ryu havia começado a cair. Seu corpo caiu sobre o solo da floresta de forma brusca. Inicialmente ela havia pensado que era por causa dos machucados de seu corpo e havia corrido até ele e se agachado ao seu lado, pronta para ajudá-lo da melhor forma que pudesse. Ele havia salvado sua vida e a gratidão que ela sentia por isso era enorme. Mas o encarando ele percebeu que ele não estava simplesmente exausto por decorrência das ultimas lutas. Seus olhos estavam ficando cada vez mais vazios como se ele estivesse morrendo.

– Me desculpe Lucy! – Ele falou com voz fraca. – Eu devia ter te contado toda verdade desde o começo.

Ela ficou confusa e principalmente com medo!

– Do que você está falando Ryu?

Ele pareceu hesitar. Com certeza não estava se sentindo bem com aquela situação. Mas, a cada segundo que passava mais vazio seu olhar se tornava. Seu tempo estava acabando.

– Me desculpe de verdade Lucy. Por favor, não me odeie por isto. – ele dizia triste.

“Como eu poderia odiá-lo depois de tudo?”

– Não vou te odiar. Você salvou minha vida. – Lagrimas começaram a escorrer do rosto da loira. – Mas eu preciso saber do que você esta falando!

Natsu e Happy se mantinham calados observando a cena. O dois também pareciam estar se sentindo tensos com aquela situação.

– Eu não sou um mago de verdade. – Ele fez uma pausa. - Assim como aqueles três que tentaram nos matar eu sou um mago artificial.

Lucy tentou absorver aquelas palavras o mais rápido possível, e logo após a consequencia delas a atingiu com força.

– Isso não pode ser verdade! – Ela falava ainda chorando.

– Mas é Lucy! Eu foi o único mago criado por Fabrike a conseguir se libertar de seu controle e fugir. Durante a fuga eu fiquei muito machucado, mas os habitantes de Malgranda me ajudaram com uma enorme boa vontade. Para retribuí-los eu decide derrotar Fabrike e acabar com os problemas que ele estava causando a eles. Mesmo que isto significasse...

– Significasse sua morte. – Natsu completou de forma sombria.

Lucy já havia percebido o que estava acontecendo. O capacete de Fabrike havia sido destruído e isto significava que suas criações se desativariam automaticamente. Ryu era uma das criações de Fabrike e este destino inevitável agora o atingira.

– Você é muito nobre Ryu. Sacrificou-se pelo bem do próximo. – Lucy elogiou o amigo segurando sua mão. – Mas deve haver alguma forma de salva-lo.

Desativar não significa uma morte literal. Deveria haver alguma forma de salvar o loiro.

– Não existe Lucy. Os magos artificiais são muito perigosos. Nós devemos ficar desativados para sempre! – Lucy não parava de chorar. – Não fique triste. – Ele disse com um sorriso fraco no rosto. – Eu estou feliz por ter realizado meu objetivo. Só quero que você realize meu ultimo desejo.

Ela balançou a cabeça com leveza de cima para baixo. “Qualquer coisa!”

– Quando se lembrar de mim... – Ele falava com dificuldade. – não se lembre de um ser artificial, se lembre de um amigo de verdade!

– Não se preocupe, eu vou. – Falou ainda segurando sua mão.

Ryu então a encarou pela ultima vez.

– Obri... – Antes que ele pudesse completar sua ultima palavra seus olhos se esvaziaram por completo e se fecharam, e sua mão escorregou das de Lucy caindo sobre o solo.

“Ele não esta simplesmente desativado. Ele não é um ser artificial. Ryu é um amigo de verdade. E ele agora esta literalmente morto.”

A triste realidade da morte atingiu Lucy com força a fazendo chorar de forma desesperada. Até mesmo Happy não havia conseguido conter as lagrimas.

“Descanse em paz, Ryu!”

–-----------------------------------------------------------

Quando o trio chegou ao vilarejo de Malgranda o sol estava nascendo. Eles atravessaram o calmo vilarejo cambaleando. Eles ainda não haviam se recuperado dos machucados de seus corpos, mas a dor já estava bem mais leve. Ao se aproximarem da praça ouviram vários vozes, ela parecia estar lotada. Eles então se esforçaram para se mover mais rápido. A praça realmente estava lotada. Os prisioneiros de Fabrike haviam voltado para suas famílias. Lucy viu não muito longe de onde estava Joana abraçada com um homem forte e barbudo. Provavelmente aquele era seu pai. A felicidade que a garotinha expressava era a melhor recompensa que Lucy poderia ter após todo o esforço que ela e seus amigos tiveram para derrotar os magos artificiais. Joana então notou a presença de Lucy e logo correu em sua direção.

– Ei Lucy! – Joana gritou se aproximando. – Parabéns, vocês salvaram o nosso vilarejo.

Aparentemente toda aquela pose hostil da garota havia desaparecido.

– Obrigada. – Lucy agradeceu a congratulação. – Parece que está todo mundo bem.

– Pois é. Estão todos felizes. Ninguém vai sofrer mais. – Joana disse transbordando felicidade. - Você conseguiu salvar seu amigo né?

Lucy então se lembrou de Natsu caindo do céu para salva-los.

– Bom, digamos que ele que nos salvou. – Ela falou gargalhando ao final.

Uma espécie de festa com musica e comida e bebida a vontade acontecia na praça. Natsu e Happy já haviam avançado sobre a comida e deixado as duas sozinhas.

– Mas onde esta Ryu? Ela não veio com vocês? – Joana falou parecendo ansiosa para rever o amigo.

Aquilo havia cortado o coração de Lucy. Ela sabia que a garota era apaixona por Ryu. Lucy não podia contar a verdade literal para ela, mas também não podia enganá-la. Então decidiu contá-la a verdade que estava em seu coração.

– Joana – a loira fez uma pausa deixando a garotinha ansiosa. – Ryu morreu lutando contra os magos artificiais.

A garota paralisou. Com certeza ela não havia acreditado nas palavras de Lucy.

– Isto é verdade? – Ela perguntou com voz fraca.

A maga queria poder mentir e falar que aquilo era uma brincadeira de mau gosto e que logo ele estaria ali com elas, mas ela não podia. “A verdade, por mais destruidora que seja sempre será melhor que a mentira confortante.”

– Sim. Ryu realmente está morto.

Lucy sentiu que iria chorar, mas nada aconteceu. Era como se seu estoque de lagrimas estivesse se esvaziado na floresta mais cedo. Mas em compensação era como se as comportas de tristeza de Joana tivessem se rompido e inundado o rosto da garota. A loira a abraçou e a manteve enterrada em seus braços até que ela se acalmasse.

A festa no vilarejo se estendeu pelo resto do dia. O trio dormiu na casa do Sr Ario aquele noite e na manhã seguinte partiram rumo Magnolia.

Eles receberam a recompensa pelo trabalho, mas para Lucy a maior recompensa daquilo tudo não era aquele dinheiro, mas sim as lembranças de um amigo cheio de honra, tão humano quanto qualquer outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acabou! Deixem comentários falando o que acharam da minha fanfic! Até a próxima...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Magos Artificiais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.