365 Dias escrita por Fleur dHiver


Capítulo 9
O Dia do Almoço Fora


Notas iniciais do capítulo

Como venho avisando, esse capítulo foge da cronologia. Se passa em outro dia dentro dos 365, não mais na ordem certinha.
Espero que gostem. Boa leitura a todos;*



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Mesmo sendo apenas uma semana, o período em casa, os quebrou. A volta para o serviço se mostrou, mas complexo do que tinham previsto. Durante o dia quase não tinham tempo vago. As brechas que surgiam, ocasionalmente, quase nunca casavam.

Sasuke corria até o hospital para ver a Haruno e ela estava presa em uma cirurgia ou em uma seção que não pudesse ser interrompida e geralmente quando o inverso acontecia e Sakura ia até o QG da ANBU ele sempre estava em uma reunião interminável.

Só conseguiam se encontrar a noite e a saudade era tanta que algumas noites nem jantavam. Uma necessidade abrasadora surgia, precisavam se tocar, se sentir, se amar até cair de exaustão e acordarem no meio da noite com o estomago doendo de fome.

Isso se estendeu até uma bela tarde, quando Sasuke colocou os pés no hall do Hospital, Sakura surgiu, sem jaleco, pronta para ir almoçar. Ao ver seu marido, um sorriso surgiu em seus lábios, mas esse durou pouco tempo.

No curto espaço de tempo em que ele apareceu, diversas cabeças se viraram para analisa-lo, o pior não era a analise, mas sim todo o contexto em volta. As recepcionistas se aprumaram em seus balcões, as pacientes cruzaram as pernas e estufaram seus atributos naturais. Até mesmo uma senhora próxima a porta pareceu ficar mais ereta para ser apreciada pelo Uchiha, que não de atenção a nenhuma delas.

No entanto toda aquela cena a perturbou um pouco, apressou o passo, puxando-o para fora do Hospital o mais depressa possível. Sasuke não entendeu a atitude, mas não a questionou, mulheres eram esquisitas, não tinha porque tentar entender.

— Onde nós vamos? — Questionou despreocupado fitando o comercio em volta. Havia uma churrascaria logo a frente, não seria ruim comer churrasco hoje. Não fazia ideia de quanto tempo tinha que não comia tal iguaria.

— Eu e Ino costumamos ir em um restaurante que tem um ótimo grelhado. Vamos nele! — Sem esperar resposta a garota saiu na frente e ele estranhou. Não estranhou o tom imperativo, ou a saída brusca, mas o vinco na testa dela. Estava irritada com alguma coisa, estranhou tal fato.

Ela parecia bem calma essa manhã e assim que a avistou no Hospital ela também parecia bem. O que tinha acontecido para aquele comportamento arredio? Ele tinha feito algo? Mas como era possível nesse curto espaço de tempo?

Conhecendo o gênio de sua esposa, ficou alerta, tentando ser o mais cauteloso e prevenido possível. Poderia ser a maldita de todo mês, não estava pronto para TPM ainda, seu psicológico não tinha se recuperado da última ainda.

Fechou o punho. A cada passo dado, outros olhares surgiam. Só haviam mulheres na rua aquele dia? E todas estavam decididas a secar o seu marido? Bufou, tentando manter o controle. Não poderia sair por ai socando todo mundo, mesmo que essa seja a sua real vontade.

Caminhou até o restaurante que costumava frequentar, mas nem chegou a entrar. Já na porta as assistentes de cozinha fitavam o Uchiha com bochechas coradas e pela vitrine diversas garotas davam sorrisinhos e faziam comentários entre si, respirou fundo e o pegou pela mão antes que entrasse no maldito estabelecimento.

— Mudei de ideia, quero lamen. — Puxou-o para longe daquele lugar, não sem antes mandar um olhar ameaçador para cada uma daquelas mulheres.

O caminho do Ichiraku foi exaustivo, porque os olhares não pararam e Sasuke chegou a pensar que os ossos de seus dedos iriam virar pó, de tanto que Sakura apertava sua pobre mão.

— Sakura, está acontecendo alguma coisa? — Sentou no banco em frente à barraca de lamen enquanto sua esposa largava a bolsa de qualquer jeito ao seu lado.

— Está, Sasuke-kun. Está! — Quase estremeceu com o olhar de puro ódio que recebeu. Agora era oficial, a vadia da TPM estava de volta. Dias de inferno estavam prestes a começar.

— Boa tarde, Sakura... Sasuke-kun. O que vão querer? — Os olhos esverdeados se estreitaram ao notarem as bochechas coradas de Akane e a forma musical como pronunciou o nome do seu marido.

Não era possível, até a filha do Ichiraku o queria. Por que tinha que ser tão bonito?

— Dois de frango, por favor. — O sorriso que surgiu no semblante da garota só fez com que as mãos de Sakura se fechassem e pela falta da cabeça, ou quem sabe dos ossos de todas aquelas madeiras, foram de encontro com o balcão do estabelecimento. Todos em volta a fitaram, assustados, incluindo Sasuke.

— Sakura! Por favor, eu sei que é um período complicado, mas você não pode se comportar assim em publico.

— Período complicado? Período? Isso não é um período, vai se repetir para sempre!

— Claro que não, Kakashi me disse que acaba quando a mulher entra na menopausa, ou engravida.

— O que? Do que você está falando?

— Sobre o seu estado... — Odiava falar que ela estava na TPM, aquelas conversas nunca terminavam bem.

— Que estado?

— Bem... — Não foi preciso responder, pois uma garota surgiu, sabe ele de onde (talvez do inferno), passou a ponta dos dedos pelas suas costas, apenas para atrair sua atenção e lhe deu uma piscadela que ela provavelmente pensou ser sensual, mas para Sasuke foi apenas caricata. Alguém deveria ensina-la a como fazer aquilo.

Mas para Sakura aquela foi a gota d’agua, com as mãos abertas, espalmou-as com vontade e sem piedade nas coxas dele.

— O que eu preciso fazer para que elas entendam que você é minha propriedade? E só minha! — Nem ao menos esperou pela comida, pegou suas coisas e saiu bufando rua abaixo. Tinha perdido completamente a vontade de comer.

Sasuke pagou pela comida, mas também não ficou por ali, voltou para o quartel da ANBU refletindo sobre o que ela tinha dito.

O dia transcorreu sem muitas mudanças, a não ser no humor de Sakura que se tornou ainda mais instável ao voltar para o Hospital e descobrir que ainda falavam do seu marido. Sua vontade era de esfregar a aliança na cara de cada uma daquelas mulheres, de todas de Konoha se fosse necessário, do mundo inteiro se for preciso.

Ao voltar para casa, estranhou tudo estar apagado. Abriu a porta e observou o interior escuro e vazio. Sasuke já deveria ter voltado.

— Sasuke-kun? — Não houve resposta. Foi até a cozinha e acendeu a luz, mas nem refeição sobre a pia havia, voltou para o corredor desligando o interruptor tomando o caminho da escada, assim que seu pé tocou o primeiro degrau seu braço foi puxado com brusquidão e seu corpo levado de encontro a outro corpo.

Seus lábios foram tomados em um beijo abrasador, não precisava abrir os olhos ou acender a luz para saber quem era. Só ele a beijaria daquela forma. Envolveu o pescoço com os braços, enquanto as mãos dele deslizavam pelas suas costas.

— Você não precisa fazer nada. Elas sabem que só você me tem assim. — Aquela frase fez um sorriso bobo surgiu em seus lábios.

Durante toda aquela noite, ela ouviu diversas orações diferentes que reafirmavam sua posse, sua conquista. Não tinha outra pessoa no mundo que tenha ocupado o espaço que ela ocupava. A quem ele tenha dado liberdade para conhece-lo, como ela tinha.

Porém a felicidade de Sakura só foi plena na manhã seguinte, quando todos puderam ver a marca de propriedade estampada no pescoço de Sasuke. Dois pontos distintos que avisavam a todas as vadias que aquele homem tinha dona. E uma dona possessiva.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sakura danada?
Agradeço a quem acompanha, comenta e favorita.
Vou responder os comentários ainda hoje;*
Até amanhã