A neve não caia mais com tanta frequência, algumas manhãs era possível ver o chão branco e carros cobertos pela geada, mas não tinha mais tempestades que enchiam todos os cantos de camadas brancas bem altas.

Isso geralmente acontecia no início de janeiro, no entanto o ar frio ainda tomava as ruas, fazendo com que as pessoas se agasalhassem bem ou preferissem permanecer debaixo de cobertas felpudas e quentes.

No entanto em uma residência acontecia o inverso, Sasuke e Sakura não pareciam se importar com o frio, os intensos exercícios praticados pelos dois mantinham o corpo quente e como os mantinha.

Desde que Naruto parou de importuna-los a maratona começou, desbravando primeiro o esconderijo deles embaixo da escada, depois foram se espalhando por diversos cantos da casa. Quando resolveram comer alguma coisa, descobriram que a mesa da cozinha era bastante resistente, a pia estava muito fria e não havia nada de excitante em ficar olhando a geladeira.

Escadas poderiam machucar as costas, mas ainda era um barato, alguns moveis poderiam não aguentar e as janelas estavam geladas demais para ter os seios colado a elas.

Depois de expressar diversos cantos variados casa eles voltaram para o quarto, Sakura estava exausta. Sua respiração estava demorando mais que o normal para se regular e suas pálpebras pesavam tanto que chegou a pensar que tinha tirado um cochilo com elas semiabertas.

Um movimento de Sasuke a despertou, ele estava deitado ao seu lado, com respiração já no compasso, fitava-a com aqueles brilhantes e perigosos olhos negros. A mão dele roçou na lateral de sua barriga e em pouco tempo os dedos dele percorriam a pele lisa de seu ventre em uma leve caricia que deveria lhe parecer sensual, mas sua exaustão era tanta que se fechasse os olhos ia pensar que ele a estava ninando pelo ventre, se é que isso era possível.

O cheiro amadeirado surgiu, próximo demais e logo lábios entraram em contato com a pele de seu ombro, subindo até o pescoço. Como Sasuke poderia não estar cansado? Como ele ainda tinha disposição?

Virou-se ficando de lado também, fitando os olhos negros, agora um pouco confusos pela movimentação brusca.

— Eu estava pensando em tomar um banho de banheira, que tal? — Um sorriso torto surgiu na face alva, um novo beijo foi depositado em seu pescoço.

— Seria um prazer, senhora Uchiha. — Senhora Uchiha. Ser chamada daquela forma ainda lhe causava um comichão no estomago e tinha a impressão de que sempre lhe causaria tal efeito.

Mesmo mole levantou e foi para o banheiro conjugado ao quarto, ligou a torneira da banheira e colocou alguns poucos sais, Sasuke não era o maior fã deles.

Não demorou muito para que ele se juntasse a ela, em seu silencio habitual entrou no cômodo e escorou-se a parede, quando a banheira chegou a metade, ele entrou, escorando as costas na borda e puxando-a para se juntar a ele.

Acomodou-se no meio das pernas dele, apoiando as costas em seu dorso bem trabalhado.

— Lembra quando nos encontramos depois da minha peregrinação? — Ela sorriu, balançando a cabeça em resposta. — Você me banhou e foi muito... Revigorante — A respiração dele roçou em sua nuca e logo em seguida os lábios. Fechou os olhos para apreciar aquela sensação. — Sempre almejei a oportunidade para retribuir o favor.

Pegou a esponja ao lado da banheira, molhou-a na agua com sais e aos poucos começou a passar pelo braço direito de sua esposa, lentamente esfregou a parte de baixo e logo a de cima, passando pela palma da mão e repetindo o gesto no outro braço.

Suas mãos trabalhavam arduamente e sua boca deliciava nos ombros e na nuca, depositava diversos beijos e leves chupões na curva do pescoço dela. Sakura possuía algumas pequenas sardas nos ombros, não eram muitas, apenas um pequeno grupo em cada lado, pequenas e coradas, nunca diria em voz alta, mas as achava as coisas mais fofas que já tinha visto em toda a sua vida, sempre que podia as beijava, para que apenas elas soubessem, o quanto eram apreciadas por ele.

A moleza de Sakura foi notada por ele, mas pensou que era por causa do banho, ele própria tinha relaxado demais antes de começar a se excitar novamente. Apenas como provocação ele descia as mãos até os seios formosos, apertando-os e puxando o bico, logo em seguida se desculpava, alegando que a mão tinha escorregado. Isso arrancava leves risadas dela e beijos esporádicos.

— Agora eu preciso que você desencoste... Sakura? — Não houve nenhuma resposta por parte dela, ao retirar alguns fios de cabelo da frente, notou que os olhos dela estavam fechados. Havia dormido.

Com todo o cuidado do mundo chegou-a para frente, flexionando as pernas até conseguir se erguer, pegando o corpo mole e molhado de Sakura no colo. Levou-a para o quarto e sem fazer muitos movimentos a enxugou, poderia vesti-la, mas gostava tanto do corpo esbelto dela e eles também estavam com um movimento em andamento, não podia por fim. Sem roupas!

Levantou-se para pegar uma coberta um pouco mais grossa, no entanto os olhos esverdeados se abriram.

— O que está fazendo?

— Eu a sequei e agora a estou pondo para dormir.

— Não, não... Vamos transar. — Aquelas palavras saiam cômicas no tom arrastado dela, deitada com a barriga para cima, ela ergueu uma das pernas virando a cabeça, o sono era tanto que não conseguia nem manter os olhos abertos. — Eu estou muito excitada não dá para você notar isso...

— Sakura...

— Vem máquina de fazer sexos, vamos virar... Mais uma noite... — Se ele não fosse, quem fosse teria dado boas gargalhadas.

— Está tudo bem, podemos apenas dormir... — A cobriu dando um beijo na testa dela e acomodando-se ao seu lado, passando os braços pela cintura fina e encaixando o rosto na curva do pescoço, dando um leve beijo na região das sardas.

Nunca diria em voz alta, nem sob tortura, mas estando com Sakura ele não se importava muito em ficar apenas deitado de conchinha ou em qualquer outra posição. Nada lhe dava mais prazer do que tê-la em seus braços.

E esse seria para sempre o seu segredo mais precisou.