365 Dias escrita por Fleur dHiver


Capítulo 13
Saber ou Saber, é a unica opção


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Uma boa leitura a todos;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/579343/chapter/13

Dormir se tornou uma difícil tarefa.

Na verdade tudo que que tinha acontecido nas últimas 24 horas, de alguma forma, tinha sido difícil.

Ver Sasuke sussurrando algo no ouvido de Karin foi difícil; comer na frente dele enquanto queria de alguma forma tortura-lo para saber o que tinha falado foi difícil; voltar a arrumar as roupas (que não foram arrumadas) foi difícil e aguentar aquela dúvida pelo resto do dia foi difícil.

Mas nada foi pior do que compartilhar a cama com Sasuke aquela noite.

Sabia muito bem que ele tinha sentido o olhar penetrante e mortal em si, no entanto ignorou como fez durante todo aquele maldito dia que se arrastou tortuosamente.

Na verdade, Sakura ousava dizer que ele estava gostando disso. Assim que fechou a porta e Karin se foi, ele a fitou e um maldito sorriso presunçoso surgiu em seus lábios

Por essa questão ela não o colocou contra a parede e exigiu respostas, pois sabia que era isso que ele esperava. Apenas para se deliciar com sua curiosidade natural

Maldito fosse aquele Uchiha, maldita fosse Karin por ter sido persuadida tão facilmente. O que tinha sido aquele tapinha? Ela era um cachorro afinal? Com esses pensamentos e muitos outros toda a sua noite transcorreu, o Sol raiou, o dia surgiu e Sakura não dormiu.

Quando o relógio marcou 07h00 ela já estava fora da cama, preparando-se com agilidade para sair de casa, não tomou café, não deu beijo de despedida em Sasuke. Ela tinha uma missão pré-definida em sua vida. Precisava descobrir o que Sasuke havia dito a Karin ou nunca mais teria paz em sua vida.

E para essa missão tão especial só poderia contar com uma pessoa.

— Sakura! Meu plantão é a tarde hoje. A tarde! Você entende essas palavras? — Respondeu Ino agarrada as bordas de seu robe roxo, com o cabelo despenteado como poucas pessoas tinham visto.

— Eu sei, porca. Mas preciso de você. É uma coisa muito especial

— O que é? — Não acreditava nenhum pouco que fosse algo extraordinário, provavelmente apenas fogo de palha de sua amiga.

A ex-Haruno por outro lado parecia uma agente secreta pronta a ser descoberta, fitou todos os cantos a sua volta antes de inclinar-se para frente e sussurrar:

— Ontem o Sasuke disse algo no ouvido da Karin e eu preciso saber o que foi. — Os olhos azuis de Ino aumentaram tanto que pareciam dois grandes pires cristalinos, sem dar uma resposta fechou a porta na cara de Sakura que já se preparava para bater novamente quando ouviu o berro da loira.

— Sai! Eu preciso sair, coisas de mulher e quando eu voltar não quero você com esse livro que fala sobre menstruação! Se você vier falar sobre o meu ovário mais uma vez eu mato você!

Como em um passe de mágica ela apareceu deslumbrante em sua roupa roxa, com os longos cabelos escovados e maquiagem feita.

— E ai? Qual é o plano? — Junto as mãos em frente ao corpo, agitando-se com toda aquela situação. — Vamos invadir a casa dela e tortura-la até que nos conte? Posso entrar na cabeça dela e descobrir a resposta para você. Vamos arranjar umas cordas, amarra-la...

— Ino! Eu estava pensando em sondar em volta, procurar os meninos, ver se ela disse algo.

— Sério? Aff... Você não tem criatividade.

Fizeram o que Sakura propôs e foram atrás dos rapazes, por sorte eles estavam juntos. Ambos dividiam o apartamento com Karin, talvez por terem formado um time e aquela não ser a cidade natal deles o time Hebi permaneceu junto, mesmo sem Sasuke como o líder.

— Ela estava esquisita, mas ela é sempre esquisita então não notei nada, gracinha. — Respondeu Suigetsu piscando para as garotas e mandando um beijo para Ino que apenas revirou os olhos.

— Bem, Sakura-san, eu vi algo.

— O que Juugo?

— Eu não sei se devo contar. — Acariciou o pássaro que estava em suas mãos, Sakura respirou fundo e se aproximou do grandão, passando as mãos em seus ombros.

— Juugo, isso é muito importante para mim. Além do que, me contar, não fará nenhum mal a ela.

Incapaz de ver uma má intensão na garota ele concordou. Afinal Sasuke havia a escolhido como esposa. Deveria ser uma pessoa boa de verdade.

— Ela ficava passando a mão na cabeça e dizia “Eu sou boa”. — Repetiu o gesto que Karin fazia, arrancando risinhos de Ino e Suigetsu, mas a Uchiha ficou petrificada por um instante ao ouvir aquela sentença. — Sussurrava e isso e se agarrava ao travesseiro como se fosse uma pessoa.

— O que? — O rapaz estava prestes a repetir a sentença quando ouviu o rugido de Sakura. — Você ouviu isso? Ouviu? Ele disse que ela era boa. Por que ele diria que ela era boa? — A kunoichi parecia uma fera enjaulada andando de um lado para o outro, assustando os rapazes e deixando a Yamanaka animada mais uma vez. — Pegue a corda Ino, vamos matar aquela praga.

A invasão ao pequeno apartamento foi magistral. Entraram pela escada de incêndios, silenciosas como duas sombras, averiguaram o perímetro. O alvo ainda dormia quando ambas entraram no quarto, Sakura riu ao pensar que estava prestes a dar o bote em alguém tão sensível a chakra quanto Karin, parecia até mentira, a garota deveria estar muito avoada mesmo.

Pularam em cima da Uzumaki, amarrando seus braços e logo em seguida enfiaram um capuz preto na cabeça dela, arrastando-a para a sala. Amarraram-na em uma cadeira e retiraram o capuz, Karin piscou um pouco, mas ao ver de quem se tratava começou a se debater.

— Vocês são duas imbecis. Vão ver só quando eu me soltar. — Ino já estava preste a executar o seu jutsu quando uma Sakura descompensada apareceu na sua frente.

— Fale logo sobre o seu caso com o Sasuke. Fala! Fala! Você é boa no que? Você é boa aonde? O que você fez? O drogou com seu chakra? Eu vou descobrir, eu vou arrancar a verdade de você, nem que seja na marra! — Ino se assustou por não esperar tão comportamento imprevisível da amiga, mas Sakura era uma caixinha ciumenta de surpresas.

O Uchiha surgiu no exato momento em que sua esposa ia pular no pescoço de Karin, pegou-a pela cintura e afastou-a de seu alvo.

— Sasuke! Você não deveria estar aqui. — Remexeu-se tentando se libertar do agarre dele. — Não precisa se preocupar, eu já descobri tudo! Seu caso sórdido com essa ruiva. Por que Sasuke? Está com medo dos nossos bebês terem cabelo rosa? Você quer fugir com ela? Ela deixa você passar tomate todo dia? É alguma posição...

— Sakura!

Ino e Karin observavam aquela cena, estáticas. Uma leve coloração surgiu na feição impassível de Sasuke e ele fez o possível para não fitar as duas meninas.

— Conversaremos em casa.

— Não! Eu vim aqui descobrir o que você disse a ela. Marcou um encontro? Quando vocês vão fugir de Konoha? É o... — Sem aguentar mais toda aquela falação, o Uchiha se aproximou e sussurrou no ouvido de Sakura a resposta. Primeiro ela corou, depois ela segurou a vontade de rir e por último deu de ombros. — Desculpa... — Virou-se para a Uzumaki e abaixou a cabeça. — Desculpa ter invadido sua casa e te amarrado.

— Não! Você vai me pagar por isso! Eu vou dar parte de você, vou até o Hokage agora resolver essa situação, não vai ficar assim. — Remexia-se violentamente na cadeira, tirando-a do lugar diversas vezes.

Sakura e Ino trocaram um olhar sobressaltadas e já planejavam alguma forma de apagar a menina. Talvez nunca mais fossem libertar Karin, quando Sasuke, mais uma vez, se aproximou e sussurrou algo no ouvido dela.

Sakura observou toda a cena paralisada. Não era possível que aquilo estava acontecendo outra vez.

— Tudo bem, Sasuke-kun. Não farei nada. — Depois de receber essa resposta os dois tapinhas foram novamente dados no topo da cabeça de Karin e ele se afastou, caminhando de forma despreocupada até a porta do pequeno apartamento.

Aquilo foi o estopim para Sakura, tinha aguentado uma vez, não dava para aguentar uma segunda.

— Grrrr.... Você precisa parar de ficar sussurrando as coisas no ouvido dela! — Com passos pesados acompanhou o caminho de seu marido. — Você está me ouvindo Uchiha? Eu não estou brincando.

A voz da ex-Haruno sumiu no corredor, a presença do casal também, ficaram apenas Karin e Ino paradas no mesmo lugar, a primeira um pouco extasiada, a segunda tentando entender o que tinha acabado de ocorrer a sua frente.

— Então... Coloca um pouco de gelo e as marcas vão sumir rapidinho. — Desamarrou a garota e deu alguns passos para trás. — Foi um prazer encontra-la, a gente se vê por ai. — Saiu sem olhar para trás, era bom que Sakura lhe contasse qual era a resposta, ou era capaz dela ir torturar aquele casal de idiotas.

Mais tarde, depois de todos os acontecimentos e as possíveis explicações, Sakura ainda estava encucada com essa história.

Primeiro porque não fazia o menor sentido, segundo porque ainda não tinha descoberto a segunda frase.

Em sua defesa o sexo para fazer as pazes de Sasuke era irrecusável, ou ela topava e esquecia a segunda frase (naquele momento), ou perdia a oportunidade. Agora que já estava saciada as dúvidas voltavam a sua cabeça. Passou o creme nos braços observando-o de esguelha. Sasuke lia um pergaminho idiota sobre kunais ao seu lado, bastante satisfeito com o desfecho daquele dia louco.

— Eu ainda não entendi. Por que ela ficou tão feliz? “Boa garota”, ela é um cachorro por algum a caso? — Fitou-o a espera de uma resposta que não veio, Sasuke fingia não ouvi-la, tamanha era sua concentração. — “Seja uma boa garota e vá para casa.”, proíbo você de ficar dizendo essas coisas por ai, está entendendo? Está en-ten-den-do?

— Sakura...

— O que?

— Como você é irritante.

Naquela noite Sasuke entendeu o significado de discutir uma relação e o sexo para fazer as pazes nunca foi tão utilizado desde a história de sua criação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? SHAUSHAUSHASU Sakura e Ino, surtadas toda vida. Espero que vocês tenham gostado.
Agradeço a quem comenta, acompanha e favorita a história.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "365 Dias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.